Meus tempos presa na fourge's Hikari Yami tinham se estendido bastante nos últimos tempos. Não sabia ao certo, talvez pois estar ali desviava um pouco da minha ansiedade em torno dos eventos da guerra, ainda que mais cedo ou tarde eu estaria desenvolvendo meus primeiros avanços na direção de conduzir os movimentos direcionados escolhidos após muito tempo pensando. Aquela manhã porém não fazia nenhum item ainda, apenas descansava de maneira despretenciosa e preguiçosa. Trocava mais ua das cartas com a pequena fada que posteriormente me visitaria, deixando fluir finalmente um pouco do meu cansaço acumulado em uma das tábuas de forja antes limpada por mim para isso. Uma menos usada, para ser precisa.

Na porta, por outro lado, contradizendo as temáticas espelhadas Nasubi estava consideravelmente enérgica. Gritava por meu nome ainda que não acordasse aos fundos a priori, na entrada, tudo que encontraria era Giuliart. Não era certo se lembraria-se ou não da anã, mas, quando elas ainda eram damas de negro e de prata dentro do castelo, quando os pulsares sequer existiam elas chegaram a conviver como "colegas de trabalho", ainda que exercendo funções bem distintas assim como continuam o fazendo. Nasubi era da mais alta casta de Yami como uma pulsares, enquanto que, mais adequado até as suas vontades Giuliart Dono acabava por tornar-se uma comerciante em meu auxílio no gerenciamento do local.

- Senhorita Nasubi, a quanto tempo. Hikari está tirando um cochilo sabe, mas ela deve logo acordar. Nunca a vi dormir mais do que duas horas direito em todos esses meses. Havia uma certa preocupação no tom da mulher, ainda que velada por uma certa confiança em sua vivência de que nada ruim saiu disso. - Apesar que eu já vi ela ficar no quarto mais que duas horas, ainda que não dormindo. Com uma piscadela forçada ela transformava parte do que poderia virar uma conversa melancólica e tediosa em uma espécie de brincadeira que aliviava o clima.

- Bem, vamos aos negócios, é para isso que estou aqui. Uma peça como a que pede, bem, normalmente seriam trinta e cinco sanários, mas, com seu tamanhinho, bem, creio que quinze sanários. Não tens o linho certo? Se tiveres isto ficaria por cinco sanários, preparei o tecido para que e verei se a senhorita está acordando. Ela saía dali indo até uma estande, retirando um linho de tecido élfico, tal qual foi solicitado pela fada com cuidado e levando até os fundos. - Me acompanha aqui Nasu-chan. Dizia ela com um sorriso e uma mão na cintura enquanto a outra carregava consigo o material que logo era apoiado em cima de uma mesa próxima a uma roca.

- Hikari... A mulher soprava perto do meu ouvido que abria meus olhos de imediato como resposta. No fundo eu já ouvido parte da conversa, mas, torci em algum lugar do meu âmago que me dessem um tempo antes de ser forçada a levantar-me sentando na beirada em meio a um ato de espreguiçar. - Um vestido certo? A mulher arregalava os olhos e então sorria como se no fundo fosse apenas o esperado. - Então a senhorita já está por dentro. Esfrego o meu rosto soltando meu peso ao solo, minhas asas abrem-se um pouco para equilibrar-me. - Infelizmente.

O fato é que jamais diria aquilo na frente de outro cliente, apenas por ser Nasubi e saber que podia ser mais "escrachada" se é que pode-se chamar algo como aquilo com este termo. Mais próxima seria de rude, mas, era meu jeito de brincar com alguém que eu detinha um pouco mais de intimidade e até um certo gosto de rivalidade. Sem tardar mais ainda um pouco sonolenta começo a fiar o tecido puxando-a na estrutura através de uma pedaleira, trançando por agulhas criando um forro pequeno. Com apenas um linho o trabalho tornava-se mais algo relacionado a precisão do que a continuidade por um longo período. Se não tomasse cuidado realmente não seria nada diferente da roupa de uma boneca de pano e tinha meu orgulho como artesã de fazer peças bem trabalhadas e belas o bastante para ostentar minha assinatura no seu tecido.

- Vem cá, senta no meu colo para eu ter uma perspectiva boneca importada de munhal. Falava em um tom arrastado bocejando outra vez. Quando ela senta-se começo a puxar sutis costuras em ponto cruzado criando de maneira prévia certas nuances que mais tarde refletiram as curvas da pequena, ainda que estas sejam bem sutis por seu corpo quase uniforme. Não demorava muito até esta parte do trabalho estar pronta, justamente pela proporção bem singela e já poderia levá-lo a fase de tintura. Para provocar nuances aproveitaria o comportamento do tecido passando labaredas de uma tocha na fornalha perto dele de forma aleatório de moda que ele recebesse os tons de formas distintas. A partir disso era apenas mergulhar em tom róseo.

- Desejas apenas o vestido Nasubi? Perguntava a mesma durante o tempo de espera, sem muito o que fazer naqueles minutos. Após isso porém voltaria ao trabalho, retirando dali o tecido para os recortes necessários. Traçaria uma semireta no dorso superior fazendo um aspecto de tomara que cai com mangas, bem justo considerando um busto mais esguio para que não deslize em suas atividades mais enérgicas como combates. Uma custura abaixo dos seios seria feita de forma a ajustar-se no mesmo intuito permitindo uma movimentação mais livre. A saia do vestido seria dividida em um forro interior e uma babado exterior conferindo um aspecto de liberdade ao desigin, balançando com o vento enquanto a parte mais curta encoberta privaria ela de mostrar "mais do que deseja" enquanto voa.

Faço os últimos ajustes antes de tomá-lo ao corpo, recorto o que for necessário tento tirar qualquer ponta solta do tecido que possa danificá-la, vejo a ornamentação e se precisa revisar a coloração. Feito isto costuro no interior da saia as letras HY, marca que utilizo para os tecidos como assinatura diferente das forjas onde coloco o nome completo dissociando ambas as "marcas" as quais possuo como espécies de filiais de uma mesma sede. - Experimente, vejas como fica em teu corpo. Entrego a fada segurando-o delicadamente entre meus dedos. - Se desejas dê também um nome a peça.

Item confeccionado:

- Costura[Preparo de materiais, corte & costura, ornamentação](1040 palavras)
- Dados: Link Sucesso// Qualidade 4

Informações:

A anã olhava para ela curiosa, mas, com um certo sorriso malicioso de quem no fundo sabia do que se tratava o assunto que a pequena fada tratava como segredo. - Geme é? Ela ainda tinha medo de aquilo causar um tumulto, mas, até certo ponto também apoiava-se na relação das duas e sua intimidade para confiar que não teria maiores problemas e que devia escapar de mais um daqueles toques em sua cabeça. - Gozado mesmo, eu também costumo ter um desses pesadelos sabe? Ela ria como se tivesse contando uma piada, mas, se continha para tentar falar séria. - Gemia, suava, infelizmente não tinha ninguém lá para olhar ou me ajudar, bem que eu queria uma ajuda nessas horas. A risada se desfazia em um arfar quase melancólico. - Os homens correm, acham que sou areia de mais pro caminhão deles, sabe como é, difícil ser tão linda.

Ela dava de ombros e logo os desenrolares das conversas aconteciam e rumo pendia em outra direção, o vestido que seria cozido por Hikari para a fadinha que antecederia o que seria um arco voltado para a mesma pessoa. - É, eu também não sou boa nisso, nem em alquimia também então apenas sigo como Hikari me pediu para estes produtos e qualquer coisa a consulto se tenho dúvidas. Sei um pouco de forja pois meu povo antigo gostava bastante dessa área, mas também não me aprofundei muito, prefiro vender coisas do que fazer coisas. Ela fazia um símbolo de dinheiro sorrindo alegremente como já lhe era hábito, destinando ambas até o recinto onde mais daqueles diálogos soltos e extensos acontecia, como já era de costume ao redor da fada tagarela.

- Para quem está sempre em serviço, neste é o único lugar que se pode dormir, não achas? Respondo retrucando sua provocação com um tom mais sério. Não estava brava, mas, de fato, não sentia-me "fora do trabalho" nem lá nem cá. No castelo as tarefas do governo e ali sobre a forja, de certo modo eu estava sempre a serviço de meus trabalhos. Ao menos, eu ainda tinha muitos anos pela frente, ainda que, não fosse certo para mim se viveria em torno de um milênio como uma draconata ou, se era eterna tal qual as fadas que me vêm o lado materno. Elas eram mesmo eternas? Descobriria depois, quando minha vida alcançasse as centenas, naquele ponto eu mal tinha ultrapassado o marco da segunda dezena de vida então era um pouco cedo para pensar a respeito.

Açouro ao fogo, ou, é assim que deveria ser, mas, é claro que mais diálogos e diálogos estenderiam-se enquanto que estas peças aqueceriam-se ali para eu poder fazer o que seria seu segundo pedido, antes, porém. - Certo, certo, figure está melhor postado? Ria brincando sobre sua estatura com um termo que referia ao mesmo, mas, feitos em algumas casas de esculturas ou artesanatos com a imagem de pessoas influentes ou heróis, como os pulsares por exemplo. A ironia era ela ser em boa parte do tempo do tamanho de seus representantes mais baratos e até menor que os mais caros. - Um arco, bem, para o seu tamanho não vou gastar muito metal. Açouro é o melhor que detenho no momento, a não ser que queira ir atrás de epérion para mim... Dou de ombros em uma brincadeira com o metal já quase em ponto de ser retirado para criar seu equipamento. - Gostaria de trabalhar este metal em algum momento, lamento ainda não ter tido uma boa oportunidade.

Tracejo durante isto em um papel um esboço de um projeto do que seria o seu equipamento. Como ela não o disse desta vez, sobre como queria, eu mesma faço o projeto colocando bastante requinte que reflita a glória não somente de minha forja como também de sua posição política. O pincel desliza no alvo e aos poucos toma forma, com um corpo bem "mágico", quase de propósito. Ainda que ela vá disparar de forma física tal é uma afronta aos que lhe acometeram, um sinal arquitetônico de que há magia nas coisas mais simples e por isto esta não deve ser de forma alguma contida. - O que achas?


Dali em diante retirava os minérios da fornalha, dispondo-os sobre a bancada para continuidade do trabalho com um martelo de forja. Quebro com uma talha dois fragmentos, um bem menor e outro maior com o qual começo, batendo de forma frenética para alongá-la em uma estrutura "longa" e cilíndrica, longa ao menos em proporção já que seria um objeto considerado pequeno tal qual uma adaga seria. O trabalho começaria então a ser feito novamente batendo com uma peça de esculpir para criar formas complexas desejadas no metal. Haveria uma grande riqueza em detalhes no metal, além disso, era importante atentar-me em deixar um aspecto dobrável mais frágil nas arestas que faziam uma triangulação com onde seria o fio do arco.

Fio, este, que logo em seguida era dado início a sua confecção, quebrando o pequeno fragmento de lingote em proporções ainda menores de açouro e colocando então em pequenas cuias cerâmicas para levar as partes mais profundas da fornalha com ajuda de uma garra alongada, fechando e abafando para tero aquecimento máximo naqueles objetos. Passado algum tempo os retiraria e colocaria sobre estrutura de modelagem com filetes esguios ao centro no qual batia fazendo o metal adentrar alongando-se quase tão finos quanto fios tecidos de algodão. Não uma mas várias vezes até que conseguia fazer trançando-os um cabo que alongava-se de maneira flexível como cordas de um violão. O material dobraria-se ainda na outra área do arco assim causando um disparo consiso, firme e preciso, ao menos era o que eu desejava.

Faria os adornos em coloração, alternando o tom já dourado do metal com algumas gravações em laranja que seriam acopladas assim que ela decidisse o nome para aquele objeto, assim como a própria corda teria acabamento ao resfriar em tal tonalidade. - Escolha um nome, gravarei este. Digo em um tom calmo enquanto também fazia uma gravação por baixo da área que assemelhava-se a um sol com minha assinatura. - Experimente com as flechas que já possui antes de prosseguirmos. E antes que me esqueça, são quarenta e quatro sanários o arco e as flechas, mas vou fazer algo bem especial para ti. Digo dando uma piscadinha e aguardando a sua experimentação do arco que lhe foi concedido, ela tinha ficado um pouco pesado, dois lingotes foram usados afinal, mas, ela era bem forte pro seu tamanho.

Dali, a partir de sua aprovação estenderia a mão novamente para pegar o objeto, pedindo educadamente como um tautrus também conseguiria ser. - Vamos, me entregue, ainda há algo a ser feito. Digo com um sorriso sádico em meu rosto, afinal, o que faria era ao mesmo tempo um presente e ao mesmo tempo seria engraçado vê-la fazendo o que viria a partir daquilo. Diferente de como geralmente forjo, indo direto ao saque mágico, começaria pela fidelidade. Entalho no objeto as runas específicas que seriam atribuídas a tal, uma atrás da outra fazendo o conjunto de hieróglifos gravados no metal responsáveis pela magia rúnica que impediria que outros se não sua dona de fato de portá-lo. Era especialmente de Nasubi afinal, havia me empenhado para isso e cria que seria difícil alguém que não eu, ou, ao menos mais hábil desfazer aquilo por vontade própria.

Algumas batidas bem mais leves quando comparadas ao processo anterior e rapidamente tudo estaria de acordo para seguirmos ao que me seria divertido. - As runas estão gravadas, com isto ela responderá apenas a ti, contudo, ela precisa lhe identificar como dona. Digo olhando curiosa, não exatamente sádica, talvez aquilo não fosse nada para alguém que passou tantas coisas. Eu não tinha visto porém então, seria algo peculiar vê-la se auto flagelando, ou, será que não? - Preciso que goteje um pouco do seu sangue aqui neste objeto, por cima das runas e ela será fiel a ti. O que viria em seguida surpreenderia a mim mesma, nunca tinha observado alguém ferindo a si mesmo, mas, ao observar, em verdade senti um certo embrulho no estômago. Não é como se eu não pudesse continuar olhando, mas, era desconfortável, como se eu sentisse a mesma dor que ela parecia sentir me fazendo olhar um pouco pro lado.

Após descobrir algo bem estranho sobre mim mesma era hora de talhar o segundo conjunto de runas. Não conseguiria mais levantar a arma, mas, faria isto no lado sobreposto de todo modo. Este me era mais comum e por consequência mais simples, quase não precisava pensar para fazê-lo com toques ágeis e runas bem pequenas e precisas, não muito aparentes conferindo o aspecto de materializar-se e desmaterializar-se conforme a vontade de Nasubi. Como ela era uma arma "fiel" eu não podia tentar eu mesma para aferir que tudo tinha corrido bem, então, a parte experimental seria delegada a sua própria proprietária.

- Direcione um pouco de mana para onde conduz o arco, mas, sem dispersá-la de fato, ainda dentro de si apenas ativando as runas. Ela era uma maga hábil de modo que mesmo com instruções tão vagas não imagino que ela tenha problemas com algo tão simples como isso.

Item confeccionado:

- Forja[Preparo de materiais, moldagem, modelagem, resfriamento e/ou ornamentação, encantamentos](1541 palavras)
- Dados: Link Sucesso// Qualidade 1

Informações:

A comunicação entre a fada e a anã seguia falha quanto aos seus intuitos, ao menos, para a pequena tagarela. A anã por outro lado se divertia bastante percebendo o quanto a outra não entendia, até se compadecendo e tinha que segurar para não soltar uma longa gargalhada. - Horrível sim, oh... Ela falava enquanto passa a língua nos lábios respirando fundo, se contendo. - Ah, é muito difícil sabe, mas, sempre tem alguém que ajuda a aliviar a dificuldade desses "pesadelos" aqui e ali. Ela ia até a fada tocando em sua cabeça de forma benevolente, como uma espécie de admiradora olhando para um santo ou coisa do tipo. - Eu também espero. Depois que começa é tão difícil parar. Ela quase rolava uma lágrima de emoção enquanto mergulhava em sua própria ilusão de ver a fada iluminada por um véu branco.

Não havia tempo para responder a pergunta muito pertinente da pequena fada, afinal, segredos de Krun ficam em Krun, certo?  - De fato, também se vou falar dos gostos, bem, digamos que prefiro os humanos. Me pergunto se tem algo a ver com gostar de vender, humanos também gostam disso. A mulher pensa com ela mesmo levando a mão ao queixo. Não é como se a beata Nasubi pudesse opinar de toda forma depois de duzentos anos imaculada. - Bem, me chame para inauguração, somo amigas neh? Vou me empanturrar de muito doce de graça, neh? Neh? A mulher aproveitava a oportunidade com olhos brilhantes, parecia que além de humanos e negócios os doces também lhe eram uma forma de paixão.

Eu por outro lado, quando já pondero os próximos passos com flechas adequadas ao arco que lhe foi criado sou forçada a ponderar uma pergunta que me fez questionar o sentido da vida. Não por fazer sentido, na verdade pelo contrário. Onde afinal foi dito por mim que eu trabalho o tempo todo? Eu disse que só podia dormir no local que trabalho, que foi a crítica anterior. Não vale a pena, é de Nasubi que estamos falando, o normal é não fazer sentido algum. Ignorando-a, por outro lado lembro dos eventos de antes quando ela estava devastada por suas condições. Não pude fazer nada naquele tempo, não sabia como reagir, algo próximo do que odiava estava diante de mim e ao mesmo algo que eu possivelmente amo, no mesmo corpo. Há outra circunstância parecida, mas, mais controlada que aquela não é algo que eu precise me preocupar o tempo inteiro, já ela parecia estar lentamente perdendo.

Observando-a por outro lado, ponderando entre os metais citando seus nomes de forma errônea, tranquilizava-me em partes. Pelo que era aparente os velhos problemas haviam se resolvido, um sorriso formava-se em meu rosto de forma aleatória ainda que meu semblante esteja um pouco abatido. - Como deve ser... Comento por alta em voz baixa antes de em uma brincadeira apoiar minha mão sobre os cabelos de Nasubi balançando meus dedos bagunçando seus fios que espalhar-se-iam pela frente de seu rosto. Ela não devia entender e tampouco eu diria o motivo do ato repentino, guardado atrás de uma feição aliviada e o foco na empreita da confecção das armas de figure action.

Inicialmente pondero um design para as flechas que visione um maior alcance, sem pontas, com uma haste esguia alongada e uma parte anterior de frestas baixas visando um melhor recorte do ar. Flechas assim facilmente chegam a centenas de metros, mas, em verdade a criaturinha deve querer mais causar algum dano que flechas extremamente distantes. O que ia sendo um desenho simples tem uma adição de uma ponta mais grossa, difícil de tirar do corpo após a penetração por seu formato. Por consequência a cauda da flecha também torna-se um pouco maior visando o equilíbrio durante seu voo. - Tu já tens uma alijava certo? Creio que sim, deste modo focarei apenas nas flechas e tu as guarda em seu próprio compartimento.


- Inicialmente pensei em algo mais aerodinâmico, mas, creio que neste modelo sejam mais difíceis de serem arrancadas do corpo de seus alvos. O que achas? Se preferires posso seguir um layout mais esguio. Questiono a mesma lhe entregando o desenho enquanto na fornalha os metais iam aquecendo-se para a confecção dos das setas de disparo. Visando suas intenções, refletidas anteriormente em pensamentos e que devem se refletir em suas resposta prossigo com a confecção do mataria com fins mais agressivos como planejado.

Era uma nova experiência de certa forma tendo em vista que geralmente a confecção destes itens quebrados não são muito praticados por mim, mas, aceito todo tipo de desafio começando a fragmentar o açouro com uma talha. Daria para fazer aproximadamente inte flechas com aquele material quando subdividido e então contava proporções de igual aspecto de proporção de peso até que alcance este número. Com eles fragmentados e sobre aquecimento em moldes esguios um pouco maiores do que os utilizado para fazer as cordas trançadas do arco. Bato com um martelo em sua superficie, prolongado-a sobre o item de modelagem até que logo são varetas alongadas prontas para serem moldadas.

Não faço muita ornamentação, poderiam mais atrapalhar que ajudar, visando amplamente a eficiência. Bato nas pontas ampliando-as em um formato de cone as quais vão tendo extremidades mais esguias as quais posteriormente limo para deixá-las afiadas. Sopro um pouco da fuligem e faço o mesmo na parte anterior, mas, nesta sem afiar as bordas de forma alguma, afinal, elas são onde será feita a admistração do metal no arco para os disparos. Deixo que esfriem um pouco sentada observando os arredores. - Agurade apenas um pouco e experimente-as, se estão do seu agrado. Digo apontando as varetas apoiadas sobre a mesa.

Após isto tornaria a pegá-las assinando-as sutilmente uma a uma, algo bem pequeno apenas assumindo o crédito ainda que não sejam armas muito extravagantes ou coisa do tipo. São boas flechas de um bom material de todo modo, não dá para menosprezá-las por seu aspecto simplório.


Post em curso*

Item confeccionado:

- Forja[Preparo de materiais, moldagem, modelagem, resfriamento e/ou ornamentação(1009 palavras)
- Dados: Link Sucesso// Qualidade 2

Informações:

Distorções estranhas parecem acontecer de repente, enquanto eu estava certa de que teria respondido algo já não fazia muito tempo de repente grande parte da minha memória simplesmente desapareceu. Seria alguma estupidez de alguém na direção divina deste nosso mundo que fez besteira ao apertar um simples botão de editar e esqueceu-se disso ao enviar uma das páginas de minha história no lugar e tempo errados? Não sei, isso parece muita teoria da conspiração, achar que tem alguém me controlando o tempo todo de algum outro universo é apenas estranho de mais para parecer real.

Abro os olhos de forma repentina olhando os meus arredores um tanto perdida, retomo o ar de uma única vez quase engasgando em minha própria respiração. Fito Nasubi lateralmente um pouco confusa, deixo meus lábios abertos como se fosse dizer alguma coisa comentando aquela experiência mas acabo apenas balançando a cabeça em negação. Toco duas vezes o martelo contra minha própria face e me foco a frente enquanto diversas memórias de coisas que eu deveria ter respondido retornam a mim.

- Acho que eu fiquei tonta em seu lugar… Levo a mão a cabeça outra vez, olho ao redor de meu corpo procurando alguma possível marca de ferimento em corte que era o marco característico da doença que atinge os draconatas de meu clã. Nada, apenas uma sensação estranha de dejavu e que eu perdi algo que eu teria feito. - Bem, não deve ser nada. Eu espero ao menos. Pensar naquilo por outro lado me leva a pensar se Nasubi tinha alguma opinião sobre aquele mesmo aspecto, ela era uma fada com bastantes conhecimentos, podia dizer que tão hábil quanto eu em magia e medicina, dentre outras áreas que poderiam ser atribuídas a este aspecto.

- Nasubi, me dê uma opinião. Uma doença que manifesta-se através de cortes repentinos em partes aleatórias do corpo, além de aos poucos ir desgastando a integridade de suas vítimas. Enquanto os cortes em si ameaçam a vida dos que acometem-se, se eles não matam o desgaste em si definha a pessoa até que ela eventualmente morra. Não tem um vírus, não tem uma infecção aparente, no começo a pessoa parece extremamente bem… Apoio-me na bancada abaixando a cabeça em um aspecto cabisbaixo, ponderando algumas coisas. - Ainda não consigo pensar em nada concreto, por mais que eu pondere uma solução parece escapar entre meus dedos.

Aperto firme a borda da mesa de moldagem até que meus olhos fitam um desenho que foi feito ali por cima daquela estrutura, deixando-me um tanto confusa. Não lembro de tê-lo feito, todavia claramente são os meus traços naquele projeto de armadura que tem um design bem característico. Erguendo meus olhos vejo ainda que há uma peça daquele composto já criada, as ombreiras deixando-me ainda mais perplexa. - Eu… Acho que eu estava fazendo isso. Minha cabeça dói um pouco e me lembro de mais lapsos. - Tu querias uma armadura, certo, sem elmo. Ergo o papel observando aquilo muito bem feito até para ter feito de forma rápida ou leviana. - Bem, prossigamos com isto.

Busco analisar o que era o meu próprio desenho, imitando o aspecto de folhagens que referia-se a relação natural do povo de Etherea e também da árvore de Munhal com a natureza, evidenciado pelas formas metálicas já prontas na ombreira que criam uma nuance característica assim como os adornos que são realizados ali. Ao contrário do escopo decido por fazer sim um elmo, era uma peça muito importante do vestuário bélico de uma general, sua vida poderia estar em sérios perigos apenas por causa de uma armadura incompleta.

Precisava ir pro próximo item e concluir logo aquilo, não sabia quanto tempo eu tinha perdido naquele pequeno lapso. Ainda haviam quatro peças a serem criadas e encantadas. Corro, de forma um pouco destrambelhada, talvez, soberba pelo do grande sucesso anterior na ombreira que apenas de olhar consigo perceber todo o seu valor de forja e assim me descuidando das diretrizes mais simples. O sentimento de exaltação e descuido podiam ser um entre os maiores inimigos de uma artesã como eu era nestas situações, e, o que viria servia de espelho mesmo para o que conduz os efeitos militares também. Naqueles tempos mesmo os cuidados de minhas irmãs estavam atrelados a tais responsabilidades.

Falhar como uma artesã é algo lastimável e triste, perder materiais valiosos e caros como açouro doem no bolso de qualquer uma, mesmo em uma líder como eu que via bastante dinheiro sendo administrado por mim no território. Apenas administrado porém, evitando de qualquer modo manchar meu status e honra pegando dinheiro do que não é para meu uso pessoal e criando meus próprios métodos, assim como aquela grande loja que construí após bastantes vendas de armas para almejar ainda mais finanças. É claro que mesmo o dinheiro para a construção daquele local, apesar de este imitar a arquitetura de demais estruturas governamentais, também foi retirado dos meus próprios recursos para que não haja nenhum mal entendido e confusão com a ferraria que essa sim, é do governo.

Para Nasubi, todavia, não sabia qual era o impacto e se ele era muito grande em perder um lingote como aquele durante a produção. Ela tinha feito muitos trabalhos, possivelmente possui muitos recursos. Não falarei de forma leviana entretanto que isso facilita as coisas, mesma eu que tenho mesmo individualmente muito dinheiro sentiria uma lástima em perder um recurso precioso.

O metal, que durante todos os pensamentos longínquos era colocado imerso na fornalha para seu aquecimento prévio e posterior confecção novamente me compraria tempo para algumas outras tarefas que desejava executar, mais daquelas alterações nos projetos que eu pretendia fazer, retocando aqui e ali, adicionando um elmo a composição e fazendo algumas alterações. Rasgo uma outra versão completamente falhar que tava por ali, feita de uma forma um tanto tosca o bastante para que eu me envergonhe e retomo minha atenção ao projeto do momento. .

Minhas mãos tremem ao soltar a pena sobre a mesa inclinando meu corpo para trás, olhos fechados, um sentimento incômodo de agonia que me corre e uma sensação de que tudo deveria correr o mais breve possível antes que as coisas se complicassem ainda mais. Se tardasse de mais temia que outros conflitos adjacentes poderiam nos acometer e isso tornar uma vendaval de eventos de guerras paralelas sufocando meu povo. Era o que eu mais temia, uma situação tão adversa que não sobraria mais nada, nem um legado, nem uma sombra da alegria e esperança que hoje o povo vive, isto para mim certamente seria o pior cenário possível.

Meus olhos arregalam-se por um momento, mas, não pelo que ponderava e sim pois havia esquecido o metal na fornalha, levando em desespero e quando chego para vê-la. - Droga! Reclamo esfregando as sobrancelhas em negação, havia danificado a peça a um ponto irreversível. Coloco outra sem reclamar muito, deixando esta começar a aquecer ao lugar da outra enquanto me via obrigada a descartar a sobressalente. Sobre o que ponderava antes? Justamente sobre isto, sobre a possibilidade de uma falha danificar tudo, como artesã colocar uma nova peça bastava, apesar dos custos altos que doíam bastante, ainda assim era substituível, reparável até certo ponto mas quando se tratasse de um povo, não dava pra simplesmente colocar outras pessoas no lugar das que partiram, das que morreram.

Meus olhos passeiam na direção de Nasubi um tanto inquieta respirando fundo imagindo que ela podia resmungar algo sobre aquilo quando soubesse da falha e um pouco despreparada para ouvir sentimentos negativos em momento que de repente me sentia tão abatida. - Bem, um dos lingotes acabou perdendo-se no processo, precisarei recomeçar isto. Com açouro, bem, pode acontecer. Minha voz reflete o meu estado de espírito.

Através da garra o metal de tons originais dourados mergulha no inferno incandescente criado pelas chamas em um espaço abafado e fechado para então ser retirado como uma fênix abrasada para uma nova tentativa de confecção. O martelo ressoa pelo metal esticando-o de forma que assemelha-se a uma placa retangular que seria posteriormente dobrada de modo a criar o objeto desejado. O som do metal se valida como um coração pulsante, reflexo de todas minhas emoções e quase em semi inconsciência por todas as minhas preocupações iminentes mal dou-me conta de tudo quando o objeto em si já estar suficientemente formado para que possa modelá-lo.

O dobro com auxílio de uma mesa de encurvaturas, precisa ser o bastante para que caiba na cabeça de Nasubi, não grande o bastante para que fique solta atrapalhando minha movimentação. Uma abertura sutil é feita na parte de trás da estrutura para que haja espaço para que seu cabelo seja orientado ao ser preso, isso confere um aspecto achatado no topo da cabeça para onde os fios vão. Na frente algumas ranhuras são feitas em prol de que eu consiga manter seus olhos no campo de batalha sem dificuldades, o metal em si é fechado de forma quase perfeita sob batidas insistentes e precisas, forçadas por toda reflexão de falha que pude ter sobre ambas as hastes e sem mais tardar posso colocar o objeto ao lado para resfriar.

Sigo com o encantamento igualmente sem pausa, crio-o em seu exterior na parte de trás do elmo próximo a nuca, gravando as runas do que seria o saque rápido que seria parte presente de todo o set de itens comprado de modo que pudesse usar sua armadura sem dificuldades ou auxílio de terceiros. A talhadeira ressoa com bastante calma, tentando não interferir no balanço nem danificar a aparência. É claro, isto também conecta-se ao intuito de não querer fragilizá-la de modo algum enquanto trabalho com ela sob batidas precisas e firmes. Feito isto era hora de experimentá-la, colocando-a e então utilizando do saque rápido repetidas vezes.

Após isto voltava-me a alguns retoques, naturalmente talhar após a tintura a danificava em alguns pontos e por isto repassava aqui e ali, deixando-a novamente com um aspecto perfeito e "nobre". Aquela armadura tinha em parte este intuito, seria mais fácil inspirar o povo se eles à vissem como alguém de uma força considerável, um símbolo, eventualmente, talvez um mártir ainda que lamente se seguir por esse caminho.

Utilizava inclusive em soma com o processo anterior, com a asa envolvida. Também prosseguia para observar como acontecia quando estava com as duas peças, pedindo a Nasubi que as experimente um pouco. - Pode utilizá-las por favor? Há um espelho ali, veja como fica em ti e se está de seu agrado. Sorrio de forma melancólica, porém um tanto cálida auxiliando-a a vestir ambas as peças. - Sei que não pediu um elmo, mas, creio que tenhas dinheiro o bastante e isto é crucial a tua proteção. Coloco nela com um olhar teimoso e dou espaço para que ela se observe.

Inclinando minha cabeça em agradecimento sincero a presença da fada e o modo como ela acaba por me fazer companhia, ainda que pelo interesse dos itens, refletnido por um semblante iluminado que defletia um pouco, ainda que temporariamente, do meu aspecto sombrio que me caracterizava boa parte do tempo naquele ambiente que eu sentia-me um tanto mal. - Parece que ficou ótimo em você! Dou um toquinho em sua cabeça de forma bem humorada.

As preparações ao próximo já eram iniciadas. Ou deveria dizer os próximos? Vários lingotes eram despojados para a realização de um conjunto de itens em sequência de modo que havia ainda muito trabalho, mas, tomando a diretriz daquela interação novamente, certamente era peculiar o sentimento que a garota transmitia. A fada possuía seus duzentos anos ou mais, porém, transmitia uma sensação doce, quase infantil e imatura que não combinava com sua posição. Era como se afagasse ou fizesse uma armadura a alguém com sete anos, o que em certo ponto acabava por aliviar minha mente dos pensamentos mais obscuros. Lembrava-me um pouco do sentimento transmitido por Bjorn ou Hiro, ainda que estes sejam mais jovens que ela de fato, tinha uma sensação muito próxima, permitindo-me ser um pouco da jovem Hikari, a garota híbrida de quase vinte e um anos, esquecer-me um pouco das preocupações e de minha liderança. Infelizmente como uma teimosa certos termos davam uma suspendida nessa sensação, mas, podia dizer que gostava ainda assim da companhia da fada de meia idade com jeito infantil, e, ainda que eu me segure para não contestar nada posso confiar no que ela diz por sua convicção, tal qual eu também sou firme em minhas crenças.

Os açouros, ao todo um conjunto inicial de seis peças são inseridos através de uma pá coletora na fornalha próxima para a segmentação das forjas de todos as peças que foram solicitadas sem pestanejar. Aquilo leva um certo tempo, então, posso caminhar através do local, fazer alguma ação paralela em busca de espantar o clima de antes de vez. - Irei fazer um pouco de chá para nós. Falo com a mesma em um tom educado, eu mesma já estava ficando um pouco faminta, já tinha se passado um tempo considerável desde que começamos ali com as peças entre sucessos e falhas que sucederam um ao outro.

Em direção a cantina, onde a lenha já estava em chamas no fogão em favor da comida que a anã preparava para si e os outros funcionários eu também separava uma panela. Utilizava uma boca livre sem atrapalhar o que já era feito e colocava um pouco de água com algumas ervas para esquentar. Felizmente ferver água costuma levar menos tempo que fundir metal e assim eu consigo servir dois copos para que eu possa tomar um e passar o outro para Nasubi. Dou uma olhada também no que ela está preparando de comida, geralmente ela faz macarrão quando é a sua vez.

Deixo algum tempo ainda para ajudar a mulher com os processos iniciais, com uma das panelas no fogo com água para que o chá seja feito e outra para que o macarrão que ela pretende fazer yakisoba também possa ser aferventada, apenas periféricos rápidos para não perder muito tempo e correr risco de perder mais lingote no prosseguimento da confecção dos itens.

Tirava a peça do aquecimento e começava o processo de moldagem ao som e ritmo do metal, começaria pelas perneiras, não por ser mais simples ou semelhante, em verdade, não tinha uma razão prática para aquilo, apenas agi no automático para adiantar um item enquanto a comida ainda não saia. No fim seguirei o escopo do próprio projeto que tinha feito de todo modo, ainda que com sutis alterações na confecção.

Talvez pela minha opinião tão formada de Nasubi eu tinha um resultado bastante caricato diante mim, mas, era já algo dentro do satisfatória para eu fixar em um mural com auxílio de alfinetes para que pudesse ter um vislumbre durante a confecção. Primeiro, precisava alongar em uma peça esguia o minério escolhido, ambos os lingotes para que eu pudesse seccionar em diversas placas e pequenas estruturas que seriam a liga entre as placas da perneira que seria realizada ali para o garoto. Secções eram imprescindíveis quando se faria uma peça mais alongada que atravessasse a linha do joelho assim não limitando seus movimentos, e, como o garoto parecia priorizar eficiência a aparência em si, ainda que eu sempre deixe uma marca mais ornamentada, esse era um tipo ideal de conjectura.

Com uma talha começo a quebrar em várias partes a estrutura já chapada, separando-as em diversas estruturas. Com estas torno a bater de forma espalhada retirando as imperfeições criadas pelo efeito de quebra que causava várias áreas empenadas que logo eram corrigidas. Feito isso com cada parte separada utilizava do bloco de forja para encurvar as zonas metálicas no formato dos locais da perna ao qual seriam acoplados. Mais encurvados em "v" quando eram os objetos destinados a encaixar-se pela área da canela de Nasubi e por outro lado um semicírculo ao que seria a área de seu joelho. No que ia na coxa diferente dos declives intensos da canela uma encurvadura muito mais branda simulando sua estrutura militar era realizada.

Tiras semelhantes as que iam na coxa eram preparadas para ambos os lados semelhantes as que iam na coxa, com nuances menos intensas sendo a panturrilha também mais circular e então começava um processo de montagem. Peça a peça eram encaixadas umas às outras, fixadas por hastes metálicas parecidas com rebites e assim compondo um todo uniforme. Na parte mais baixa o que parecia um sapato de bico fino rasteiro também era forjado, assim, conectando-se ao restante da estrutura para uma composição bem fechada e alinhada. Embaixo deste estaria a minha assinatura como artesã, no objeto que já estaria encaminhado para ser deixado apenas resfriando.

- Senhorita, está pronto, bem aqui? Giuliart entrava apressada, deixava e um prato para mim em uma mesa mais ao fundo e logo se lembrava que Nasubi ainda estaria ali, ela nem perguntava , só olhava com uma cara engraçada estalando os dedos e buscando um prato para a mesma. - Não precisa preocupar que não tem carne de Humano aí. Ela sorri fazendo uma piada sobre o que a fada disse antes, eu por outro lado encaminho-me novamente para a fornalha, desta vez colocando apenas um par e um lingote isolado ali para que a forja seja prosseguida. Enquanto eles aquecem pego uma xícara e sopro um tanto apressada, afastando um pouco de fumaça com cheiro de erva cidreira que também era o material do conteúdo dando um gole no mesmo e sentindo-me satisfeita em um liberar de ar.

Da mesma forma dou uma boa garfada no macarrão com legumes feito pela anã que logo voltava com outra xícara para si mesma sentando-se ao canto. - Como está?. Eu sorrio com a boca cheia e um martelo na mão. - O que acha? Elogio a mesma enquanto como um pouco mais dos legumes, eles eram cortados de forma desleixada e grandes, mas, sinceramente eu não me importava. Eram gostosos por natureza e me sustentava o bastante para manter-me ali caminhando até a fornalha novamente para tirar mais dois lingotes e prosseguir com outras das forjas que tinha de fazer por ali.

Faria intercalado, comer e continuar a fazer os itens, afinal, não queria segurar a dada ali por muito mais tempo. Começo a martelar seguindo o mesmo conceito da perneira e até certo ponto também combinando-se assim com o peitoral e com a espada por sua simplicidade e design de produção, tal qual a dos outros membros esta proteção seria feito por várias chapas seccionadas de modo a proteger o máximo de área e permitir movimentos mais leves sem tanta dificuldade por seu peso ou falta de articulações, pelo contrário, tendo várias delas dentre os dedos e os cotovelos. Assim, bato de forma tal qual a anterior alongando de forma a criar uma chapa alongada e esguia a qual irei criar intersecções posteriores.

Com a chapa criada, mais uma vez bato criando as intersecções, separando a chapa em várias outras pequenas chapas que serão usadas para criar o objeto final. Sopro retirando um pouco da fuligem e quebro também as ligas que serão usadas como rebite de fixação. Diferente da perneira, nesta há frações bem menores de chapas realizadas, isto pois as que irão cobrir o dedo precisam ter esse tamanho bem reduzido para conseguir fazer as dobras deste membro de forma ideal para por exemplo continuar segurando seus artefatos como varinhas, orbes ou grimórios sem maiores problemas. Nesta área não haverão placas internas inclusive, como um tatu, pois isto na mão atrapalharia o movimento e o manuseio de equipamentos.

Pego uma garfada considerável do prato caminhando um pouco até a bancada alta onde o prato está para que não caia fuligem comendo um pouco soprando com a boca aberta para não me queimar, pondo na boca sem esfriar na pressa. Limpo o suor da minha esta que está um pouco "dourada" da fuligem que é passada ali ao limpar. Começo a fixar as peças umas as outras, aos poucos e com cuidado para que fiquem perfeitas em suas juntas. Placas que são semi círculos rasos por fora e semi círculos mais intensos na área interna da armadura na região do antebraço. Bato fixando cada haste e placa em seu devido local enquanto começo a preocupar-me pelos lingotes.

Giuliart nota que olhei de canto para a fornalha e se prontifica. Eu sorrio feliz que ela tem um bom tato pra essas coisas e conhece um pouco de forja. - Já vou pegar senhorita! Enquanto ela caminha rapidamente com suas pernas curtas até o local eu continuo concluindo o item, fazendo a segunda braçadeira tal qual a primeira, fixando e deixando-a notoria. Apesar do design simples a perfeição dos metais é o que transcreve sua eficiência e justifica meu desejo em mesmo assim deixar minha assinatura em seu interior.

A anã por outro lado com uma pinça logo deixa para mim a próxima peça com a qual vou trabalhar, em seguida voltando ao seu prato. Entendo bem que é seu horário de almoço e ela já me ajudou muito por isso nem ouso pedir mais nada apenas agradecendo-a. - Grata! Dou uma piscadinha para a mesma com um sorriso malicioso pensando em uma brincadeira.

Item confeccionado:

- Forja e tecelagem[Preparo de materiais, moldagem, modelagem, resfriamento e/ou ornamentação(6011/6000 palavras)
- Dados: Link - Link - Link 6 Sucessos, 1 Falha, perda de um açouro

Informações:

Já estava encaminhando para a finalização do que seriam os itens componentes do composto da armadura inspirada em uma floresta, faltava apenas o peitoral. Para aquele momento em ênfase precisaria do suficiente de energia para prosseguir com a parte de proteção partindo para um composto de peitoral, era a principal parte e também a que exigia mais cuidado, tanto quanto a proteção do item sendo este responsável por resguardar boa parte dos seus órgãos vitais e também quanto a sua aparência que era uma das coisas mais impactantes aos que observam alguém completamente emoldurado por estes feitos. O metal em si atribuído já ajudaria muito com esse propósito, açouro era a base do corpo de proteção compondo a parte interna do objeto, responsável por enfrentar os choques da batalha. Para o revestimento tecido élfico, um longo manto de tecido élfico que alonga-se costurado sobre frestas do metal unindo-se como uma peça única e uniforme em sua aparência, imitando da mesma forma que ela pediu o design e intuitos da minha própria armadura.

Ergo o projeto diante meus olhos satisfeita, consigo sentir que há muito do que desejo composto em cada traço, ainda que não deixe de preocupar-me com a perfeição do que farei, afinal, aquele é apenas o escopo do que será construído posteriormente. Dou alguns últimos retoques conferindo o aspecto ideal e então caminho até um quadro onde alguns projetos estavam fixados com alfinetes, o mesmo, sendo feito com aquele para que eu possa observá-lo enquanto prossigo com as demais etapas.

Começo pelo metal, isto pois este será feito mais internamente e ainda por cima terá a necessidade de ser resfriado um pouco antes da indexação do tecido a ele para poder manufaturá-lo, tornando-se natural a escolha de seguir por este caminho. Dois lingotes, era tudo o que precisaria para criar uma chapa extensa o bastante para proteger todo meu abdômen de forma efetiva e segura, sem deixar faltar aqui e ali por economias desnecessárias. Os levo a fornalha com esmero por cima de uma pá, incumbindo-os ao aquecimento prévio necessários as etapas de moldagem e modelagem por golpes firmes de um martelo apropriado e uma artesã dedicada. Aquela palavra tinha muito a ver comigo, dedicação e a minha forja refletia e muito esse traço de personalidade encarnado em meu comportamento e também nas peças que realizo, detalhadas por uma conduta insistente e sem procrastinação, firme e sem volta, mesmo quando as coisas não dão certo como a perda da qualidade do minério quando aquecido que fugia ao meu controle.

Com uma pinça removo após algum tempo o metal que ali foi disposto, faço-o de maneira calma e lenta, apoiando ambos os dois lingotes sobre a mesa resistente aos choques mecânicos proveniente dos eventos que viriam a sequenciar todo aquele metodismo inicial. Começo a bater com certa violência contra o metal, estendo-o por cima da plataforma e alongando as placas que seriam modeladas para criar as nuances do peitoral. Faço cada uma separadamente e com atenção, determinando no processo pelos tipos de curvaturas prévias qual seria mais adequada e mais simples de escolher para criar respectivamente a parte frontal e a posterior da peça protetora essencial.

Com esta etapa razoavelmente encaminhada deixo ambos os objetos ali por um instante e procuro pelo bloco de modelagem em curvas para criar as formas pensadas e observadas ao erguer minha cabeça lateralmente para ter um vislumbre claro do desenho fixado no mural. Olhandod e forma crítica, Nasubi não tem seios, mas, bom, ainda assim eu atribuo aquela área um certo relevo mais intenso marcando as formas femininas, vai que um dia. Ela também não detém uma musculatura muito desenvolvida, o que faz com que sua cintura seja um tamanho bem similar ao dorso de suas costas. Forjo no próprio metal uma silhueta um pouco mais desenhada, lhe dando um ar de imponência e graça ausentes normalmente.O abdômen liso, assim como a minha armadura também possui, seria um exagero tentar forçar algo como isto em uma coisa que Nasubi utilizará.

Seguindo para a conduta de modelagem da parte anterior do objeto, esta que será completamente coberta por tecido preciso me ater mais consideravelmente a mantê-la lisa, ao menos quanto a imperfeições que podem acabar danificando o revestimento de forma pré-matura. Bato com bem menos força em relação ao fronte, moldando aos poucos e devagar a silhueta que assim como sua espelhada parte de um tronco mais largo para uma cintura mais esguia. O mesmo intuito, dar-lhe mais ar de imponência e um aspecto que inspire as pessoas antes mesmo de ela abrir a boca. Sei o quão ela sabe usar as suas palavras, mas, às vezes pode ser útil que ela nem sempre precise delas, outro ponto é que nem sempre sua fama lhe antecede, sendo desconhecida em outros continentes por exemplo.

Passo para os ajustes ainda sem revestimento, limando as imperfeições que naturalmente sobram, batendo com martelos menores em imperfeições mais sutis buscando a perfeição da sua conjectura. É nesta etapa também que com uma talhadeira crio frestas laterais por onde o tecido será fixado, adicionando assim os preparativos para a costura que seria organizada ali. Ainda com ela também na parte mais interna começava a criar as runas do que seria o encantamento indexado a todo o conjunto e que também me permitiria fazer uma guarnição tão justa sem maiores problemas. Todo um set desmaterializável, assim, provendo uma chamada imediata que te deixaria pronta para a guerra em um tempo mais hábil, ainda que bem, ela possa usar a alteração de tamanho para facilitar as coisas neste aspecto.

- Experimente um pouco para eu ver o que preciso ajustar no tamanho Nasubi. Dou-lhe a peça um instante e lhe auxílio até certo ponto. Como havia moldado formas artificiais podia ser que alguma medidade tivesse saído equivocada aqui e ali. Pego a estrutura após isso e começo a dar mais algumas batidas aqui e ali, também atestando a validação das runas por intermédio da fada. Outros adornos sobressalentes são criados ao longo da peça que destacam-se sobre o tecido de forma bela em paridade com o restando do conjunto. Uma lâmina alada abaixo do que seria o formato do busto da garota destaca-se de forma graciosa, combinando visualmente com o adorno central da ombreira que antes foi criada. Além disso algumas linhas horizontais são empregadas conferindo todo um charme ao metal.

Apoiando a estrutura na vertical e comparando ao modelo fico feliz que o resultado esteja bem satisfatório. Cada toque as suas extremidadas marcadas como as páginas de um livro entrelaçado por cordas ou as estruturas lisas que percorrem formando a forma de um belo e adequado corpo, esguio e formoso, belo em sua essência e com sensação agradavel ao toque. Não forço, mas, posso sentir que sua resistência é algo considerável, o bastante para não dobrar-se por baixo de minhas mãos ou até de alguém um pouco mais forte do que eu. Talvez Llora em seu ápice, mas, veio tendo notícias de que ela não anda muito bem e não tem conseguido demonstrar todo seu potencial. Bem, não é hora para focar-me misso, ainda tenho o intuito de concluir aquela armadura em tempo hábil não somente para os conflitos como para não interferir em meus demais serviços com os outros clientes que tenho.

A tintura começa a ser feita de maneira cuidadosa por um pincel, o prateado aqui destaca-se em sua clareza, mais que apenas o cintilar de um aço bem polido tem um tom quase alvo, oscila entre o papel mais puro e as encostas nevadas brilhantes quando beijadas pelo sol cálido e gentil daquele mês. Não me importa que ficará boa parte por dentro, com um tecido caro e parcialmente transparente como o élfico pode ser que a transparência acabasse por demonstrar imperfeições que eu deixasse por puro capricho ou preguiça então não ouso tal, dando a devida atenção ao modelo postado para referência.

A partir disso inicia-se o processo de fiagem do tecido antes separado para completar o item que é uma grande extensão de fatores em busca de uma obra primorosa, como uma receita que funciona melhor quando todos os ingredientes estão devidamente dispostos. Através de uma roca começo o processo de estender a linha colocando o rolo em uma borda enquanto um sistema que aproxima-se ao pedal de uma bicicleta é acionado para puxar uma ponta desfiando o linho enquanto com mãos hábeis e longas agulhas transformo o material disperso em uma longa capa de tecido. Diferente do tom negro escolhido para Vincent ou o claro escolhido por mim, ali não tenho nem perto desse intuito, mas, vale ver ainda sem cores o linho quase transparente formando-se entre minhas mãos hábeis.

Mediana, não tão longa quando a minha própria extensão da armadura por exemplo, mas, ainda assim o bastante para cobrir o peitoral e um pouco abaixo das perneiras, ia gradualmente se construindo sob o empenho refinado que tinha em buscar apenas a perfeição. Limpo o suor de minha testa estalando meu pescoço, não sou de mentiras e todo aquele esforço era realmente cansativo, mas, eu também adorava as recompensas que vinham com o ofício, minha sensação de realização era tão real quanto a vontade que por vezes me corria de desistir sobre tanto cansaço envolvido em cada trabalho. Não, eu não podia me render a tal, eu era a líder de Yami, Hikari e sabia que tudo poderia acabar refletindo negativamente em minha imagem, mesmo a falha em fazer ou entregar alguns itens.

Era hora de iniciar o processo de coloração do tecido, e, pretendendo algo que siga a ideia de arquitetura já na própria parte metálica do item adiciono uma tinta verde nem tão escura nem tão claro, uma espécie de tom que imita folhas úmidas ou mais presentes em matas densas, ou, algo entre isso após alguma mistura de tonalidades. Não é muito brilhante, o objetivo é ser um pouco mais fosca de fato e não ter muito reflexo de luz. Ainda que inspire prestígio certamente não quero lhe colocar um alvo, se alguém precisa ser o foco para ter esse risco sou eu. Meu é o papel de proteger e guiar os demais, ainda que o papel da pequena seja crucial em tudo isto no fim do dia.

Algum tempo depois removo o tecido de onde está submergido satisfazendo-me com o resultado de coloração e então colocando-o sobre um pequeno varal onde ele podia secar um pouco antes que eu pudesse prosseguir com sua realização. O faço isso perto da fornalha onde o calor o alcança de forma já conjunta, sendo este fundamental na produção das vestes de tecido élfico para contemplar seus processos. Varro alguns restos de material para fora limpando um pouco do recinto das coisas que iam acumulando-se, jogando fora inclusive as coisas que não me serviam mais como os açouros ruins que haviam sido perdidos durante o processo de aquecimento destes antes de prosseguir com o restante.

Dali, quando seco e devidamente aquecido começava uma série de recortes e costuras realizadas entre as frestas do peitoral, construindo a composição final de um item que partia de um aspecto de longo sobretudo de mangas longas até os pulsos que ficaria por dentro da ombreira das braçadeiras, tal qual isto uma longa calda que facilmente aproxima-se do solo quando parada. Por dentre as zonas do peitoral mostrariam-se algumas das zonas metálicas, principalmente ao centro do abdômen como uma linha que estende-se dentre aspectos de ornamentação do colo dos seios a parte superior a virilha, algumas ornamentações do açouro abaixo também eram aparente sob o tecido que tinha um aspecto fino e maleável. - Bem, creio que está pronto, pode experimentar o conjunto completo e dizer o que acha? Por sinal, tens a força necessária para sustentar tudo? Espero que sim

Ajudo ela a fazer a primeira vestimenta antes de usar saque mágico para desmaterializar tudo com um sorriso no rosto. - Tomei liberdade de fazer diversos ajustes, afinal dissestes que desejavas uma tão boa quanto a minha. Ergo parte do tecido mostrando a que eu me referia. - Fica um pouco mais caro, mas, vale o custo, acredite. Esta é uma das minhas melhores armaduras que já fiz certamente. Observo-a com todo aquele equipamento pesado pensando que daquela forma ela até que realmente parece uma general de respeito.

- Tenho algo para te contar. Falo em tom calmo olhando seu reflexo no espelho ao invés de diretamente para ela. Respiro profundamente, sabia que aquela era uma decisão complicada e algumas pessoas até temiam quem decidia por esse caminho. - Vou tornar-me uma guardiã. Preciso de poder, todas lutas que vieram recentemente me mostraram o quão fraca eu sou. Pensei que poderia perdê-las diversas vezes… Inspiro profundamente apertando os punhos. - As vezes precisamos… Enterrar nossas próprias crenças em algum lugar no fundo do nosso coração para priorizar o que é realmente importante, achas que estou fazendo errado?

Não perguntava de forma retórica, ainda que estivesse decidida, havia verdade em meu questionamento. Eu não tinha uma boa relação à cerca de depositar esperanças em algo além das minhas próprias capacidades, mas, de certa forma também podia apoiar meus feitos nos poderes obtidos. Ou, quem sabe talvez este seja apenas um conceito criado por mim mesma para me enganar, o fato é que meus limites estavam me perturbando e não via uma forma melhor de quebrá-los. - Sei bem como as pessoas veem quem segue esse caminho e o medo que isso desperta, apenas lhe falo isso pois confio em ti. Em geral guardarei este poder, caso obtenha-o de fato para mim até que realmente se faça necessário.

Sento em uma cadeira olhando o nada através das paredes eu mesma ponderando em cima do que eu tinha dito, tudo que podia vir com isto para mim. - Quanto a divindade envolvida, vou optar por Baru, acho que é o único que aceitaria alguém como eu. Além disso concordo um pouco com as opiniões descritas como suas, eu já me afirmo a lâmina da justiça de toda forma. Dou de ombros tentando restabelecer o bom humor que havia sido construído ali alguns momentos antes e dou um sorriso apático para o seu lado. - Espero que tudo corra bem e isso não acabe sendo um défict, mas também não posso fingir que tudo está bem como está.

Item confeccionado:

- Forja  e tecelagem[Preparo de materiais, moldagem, modelagem, resfriamento e/ou ornamentação(6011/6000 palavras)
- Dados: Link - Link - Link 6 Sucessos, 1 Falha, perda de um açouro

Informações:

Nossa conversa sobre a suposta doença parecia ir em uma direção estranha que foge ao que de fato eu quis dizer. Penso, levo a mão ao queixo ponderando se devo render em cima daquilo o nosso assunto ou se deveria apenas ignorar. Nasubi é de minha confiança, acredito que não haja problema em dar detalhes e por ventura disso corrijo alguns pontos e ressalvas sobre o que foi afirmado. - Se houver algo eu não encontrei quando fiz minhas análises. Mas... Sorrio quando ela acha que o problema está comigo até me diagnosticando, acredito que ela esteja apenas muito preocupada comigo e a forma como estou tentando abraçar o mundo em minhas asas. - Não é comigo sabe? Tu deves bem saber que houve muitos líderes em nosso clã, ainda que draconatas possam viver um milênio em trezentos anos dezesseis gerações houveram, não tenho avós, pais, bisavós, tios, o membro mais velho de minha família está longe do ramo principal e ele em si, Kayo, outro dos pulsares, é considerado uma ocasionalidade igualmente.

De fato era realmente estranho aquele desenrolar, mas, mesmo que Nasubi tenha confundido-se quanto ao alvo daquele mal, suas afirmações também faziam-me pensar algumas coisas. Poderia ser que a conexão fosse algo mais "sobrenatural", ainda que desgoste deste termo é difícil encontrar outro para empregar às coisas que relacionam-se ao divino ou a mana em si. Mágico! Corrijo a mim mesma em minha mente quando encontro uma palavra que me satisfaz mais. - Talvez seja algo na mana dos Yami... Balbucio em tom baixo ainda procurando respostas mentalmente enquanto continuo fazendo os produtos que Nasubi me solicitou e ainda requer.

- Imagino que tenhas visto o olho de Amayakusa certo? Um corte vertical, ao público um incidente de batalha, mas, os mais próximos já imaginam que sua hora não está tão distante, alguns até lhe aconselham a encontrar um par e ter filhos o quanto antes. Digo a última parte em tom de desdém, infeliz com a forma como as pessoas poderosas de Yami buscam apenas manter o ciclo interminável de líderes fadados à uma morte pré-matura apenas em busca de manter sólido seu poder econômico e político ligado a família maior de Xuridra. - Shitto também já apresenta diversas feridas pelo corpo, o mais estranho foi que seu cabelo também sofreu com um destes cortes. Foi o que fez com que ela alternasse seu estilo para um corte de cabelo mais curto.

Levando tecido à roca e comendo um pouco do que ela me oferece também concluo o pensamento de antes amenizando o clima. - Bem, deixemos de lado por hora, não adianta ficar remoendo os eventos de forma vazia certo? Começo a fiar aquela vestimenta, o que ela chama de "braçadeiras" porém eram mais como luvas em si, seria feita com recortes nas mãos que deixem seus dedos livres assemelhando-se ao design mais utilizado em corte e costura de peças destinadas a noivas ou outros eventos de gala porém com maior resistência, visto que era bem provável que ela levasse aquela peça para ambientes onde haveriam lutas se era um par para o vestido de antes. Conhecendo-a, mesmo separadas as peças ela usaria o objeto mais estranho na hora mais estranha de um jeito ou de outro, como aquele doce que sentia alterar minhas habilidades ainda que seja em tese comida.

Faço com cuidado e uso tecido élfico assim como em seu conjunto, mantendo uma coerência visual e sensorial. Observo de canto que ela também está criando algo, um artefato mágico curioso, consigo perceber algumas partes do encantamento, mas, sinto que se quiser realmente aprender seu método teria de perguntar especificamente sobre isto e demandar alguma atenção que neste momento tem enfoque no produto a vender-se a fada. Deixo para depois, terei outras oportunidades e aquilo ainda terá alguns usos práticos posteriores vinculados comigo, ainda que neste momento me seja algo desconhecido. Ao menos, até que ela própria me interrompe e acaba mostrando do que se trata, um comunicador a distância. - interessante, seria proveitoso produzir mais destes não achas? Certamente seria útil para os nossos. Tua patente, tua escolha. Confio-lhe a decisão a respeito com uma feição convicta, retomando meus afazeres.

As duas capas de tecido feitas a partir do linho já tinha sua forma estabelecida, a costura iria por baixo de onde  conectava-se as extremidades feitas com esmero através de longas agulhas. Ocasionalmente alguma ponta solta das linhas era recortava com uma tesoura apropriada, ainda que, meus impulsos errôneos dos vícios adquiridas pela pressa de levar aos dentes sempre precisassem ser contidos. Não podia deixar de rir relembrando o seu ataque recente ao ver sua armadura e o quão "sedutora" ela era, apesar que aquelas peças em si que eu estava criando não fugiam muito deste conceito igualmente. - Sabes, ainda não sei se realmente decidi sobre isso, mas, quando acontecer terei certeza que saibas. Seja se for ou não e a quem for que eu prometer algo em troca de poder. Quem sabe não seja alguém com quem eu me torne amiga por acaso? Seria engraçado não? Tornar-me amiga de alguma divindade.

Ia fazendo alguns recortes cilíndricos nas pontas que encaixar-se-iam por entre seus dedos. Enfatizo os detalhes que adornam aquela peça tornando-a graciosa e também destacando o charme de quem a porta de uma forma meiga, trejeitos de inocência que certamente atiçariam os pedófilos por aí que se atraíssem pela pequena Nasubi, ainda que mal saibam eles que ela é uma velha de meia idade mesmo considerando a expectativa de vida das fadas. Este pensamento me faz dar uma risada enquanto olho de canto para a pequena, mas, não é como se ela fosse saber em algum momento dos meus pensamentos maliciosos.

- Experimente-a, vejas por si se está do seu agrado. Digo entregando-lhe a peça calmamente para que ela possa vestir-se. - Tente usar em conjunto com o vestido. Aconselho levantando e se ela desejar ajudando-lhe a colocar ambas as peças. - Estás ótima. São vinte e cinco sanários de ouro. Complemento o elogio típico de vendedora com o preço cobrado pela criação daquela peça que lhe foi entregue. Quem perdoa é deus e não seus possíveis guardiões.



>> Tecelagem (1034/1000 palavras)
>>Link do dado sucesso

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