• Azor Hokar, o deus da destruição, o senhor da consumação, retornou. Reencarnado no mês de Era, em 329, no Império Corrompido de Aronian. Enquanto o continente dos heróis, Samaria, está mergulhado em guerras e conflitos territoriais e políticos, Hokar reúne suas forças para trazer por fim sua vingança sobre toda a Criação – E por sua trágica derrota na Era dos Deuses.

    Enquanto isso, Mahoro Trakarhin, o rei dos imortais e guardião do Criador, prepara os reis e tenta apaziguar as guerras de Samaria para que possam olhar para o verdadeiro perigo que reside ao norte, no Império Aroniano.

    Não se renda ao temor que Azor Hokar representa e todo o mal que ele ameaça trazer. Una forças com o lado que melhor te convier e participe dessa aventura épica!
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    As Crônicas de Samaria :: Condado de Sylvatrar

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    Elizabeth Forge Samariana.
    ÁriesSamariano.

    Após quase quinze dias fora, a loira enfim retorna. A lembrança de como deixou o rapaz, na calada da noite e apenas um simples bilhete sem grandes explicações, finalmente a assombra. Elizabeth nunca teve a intenção de abandoná-lo, mas não poderia levar Áries para uma missão em que ambos poderiam morrer, resta enfrentar as consequências, ele ainda estando naquele lugar esperando-a ou não.
    ESSE NOSSO LAR.331 - VEX - KRIEGER - ESTRELA NEGRA - SEM CAUSALIDADES - ATUAL.


    Elizabeth
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    "O lugar para onde devo retornar..."
    Sentia o tremor ir das mãos, percorrer seus braços e apossar-se de todo seu corpo, não era o frio da noite que causava aquela sensação de arrepio em sua espinha, não era a escuridão à frente que revirava seu estomago ao ponto da loira levar a canhota até os lábios na intenção de evitar o vômito. Reviver os momentos que havia passado ainda jovem é que a atormentava naquele instante, toda a adrenalina enfim acabou, o nervosismo e a sensação de morte já não a deixava eletrizada, restava apenas a lembrança daquela missão e as memórias que o cheiro daquele corrompido a fez lembrar. Dor, desespero e perda.

    Acariciou os penas o Orkugri conforme o voou para casa se estendia mais do que gostaria. Aries estaria bem? A esperava? A entenderia? Sabia que foi injusto ter saído sem nem sequer avisá-lo, tal qual uma fugitiva, se esgueirando pelas sombras noturnas, mas não podia falar com ele sobre o que planejava fazer, o garoto tentaria impedi-la, no pior dos casos, iria querer acompanhá-la, contudo, Elizabeth já havia falado várias vezes que aquela guerra não era dele, e mesmo assim, o rapaz ainda estava ali, mas até quando? Cerrou os punhos apenas imaginando que encontraria aquela mansão vazia. — Garoto burro… — Murmurou observando os primeiros raios da manhã que surgiam timidamente em um céu que ainda brigava com a escuridão.

    “Não se preocupe comigo, não quebrarei minha promessa, eu voltarei e, se eu demorar, cuide do meu irmão tapado.”

    As palavras que escreveu no pedaço de papel colocado em um lugar visível na pequena mesinha da sala ainda a deixava inquieta, deveria ter falado mais alguma coisa? A loira não sabia como agir em situações como aquela, pensou em simplesmente ir para a missão, mas e se ele partisse a sua procura? Eram tantas variáveis. Áries poderia pensar que ela quebrou a promessa, que não queria mais aquela vida, que fugiu… Era um pensamento pior que o outro. Levou ambas as mãos até as têmporas massageando-as tentando afastar a sensação ruim que ainda apertava seu peito, suspirou profundamente quando vislumbrou o telhado da mansão e logo em seguida o resto, o Orkugri rodeou o lugar como se estivesse procurando uma boa área para pousar até finalmente descer vagarosamente parando frente a moradia. A garota desceu em um salto arrumando os cabelos e a roupa amassada, optou por não chegar de armadura. — Bom menino… — Fez um carinho no animal e caminhou a passos lentos em direção ao portão, abrindo-o vagarosamente, não sabia dizer ao certo se todo aquele cuidado era para não acordar o Samariano ou o receio de chegar e saber que ele não estaria mais ali. Demorou alguns segundos para enfim alcançar a chave da casa no bolso, entreabrir a porta dando uma leve espiada para dentro, verificando se todos os móveis ainda estavam na casa e se ainda existia algum vestígio do rapaz.

    Meu lar.
    "Este é o lar que jurei proteger, Krieger não cairá."


    Participantes: Liz & Áries.

    460 palavras

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    (C) Ross

    Elizabeth
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    Áries
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    — O Príncipe Sob A Montanha ✫ —



    As coisas tinham se tornado tão pacíficas, o som das ondas quebrando ao longe, as gaivotas grasnando, o mínimo som que era emitido da grama e das rosas quando o vento as empurrava, cada som da natureza podia ser escutado. Era tanta calma que Áries beirava a insanidade, tinha se acostumado com os gritos, com os sons pesados de movimentações, com a voz desnecessariamente alta para falar. Tinha perdido a vontade de estar em paz, já não era a mesma coisa sem ter o que perturbar seus pensamentos até a hora de dormir. Seu corpo conseguia estar cansado de não fazer absolutamente nada naquele tempo.

    Os empregados nem apareciam mesmo morando no mesmo teto, vez ou outra ele via uma mulher limpando o salão principal ou alguém regando as flores do jardim, mesmo assim, na sua cabeça era como se não existisse ninguém ali e seu corpo estava preso num eterno vácuo. Já tinha perdido a conta de quantas vezes eu fez o mesmo trajeto até a janela que ficava do lado da entrada esperando ver a loira passar pelos portões de ferro da mansão e a cada dia se via preso em uma promessa quebrada. O quão insignificante ele se tornou ao ponto de acreditar nas pessoas? Era isso que cada uma delas faziam, usufruiam do momento de prazer curto e desapareciam sem deixar o mínimo rastro, demonstrando o quão sem afeto são verdadeiramente. Seres mesquinhos e sem qualidade alguma, usam os que estão à sua volta até a última gota.

    Áries tinha se tornado uma figura decadente, não tinha mais o mínimo de cuidado com sua saúde, seu cabelo estava mais longo que o normal, demonstrava não se importar mais se usava uma roupa com o tecido sem estar amarrotado, apenas esperando por algo que não iria voltar. Estava jogado a horas com o peito por cima da mesa de jantar com inúmeras garrafas vazias o cercando, o chão estava tingindo de vermelho e de amarelo, seu desgosto era tanto que nem o paladar mais funcionava e ele não saberia descrever se estava ingerindo vinho, cerveja ou água suja. Um ato tentando buscar em meio ao álcool a possível felicidade ou motivações que a outra tinha ao fazer o mesmo, mas, nada daquilo funcionava. No final da história ele estava afogado em amargor em uma posição que ele mesmo se colocou.

    Consegue escutar? Não consegue, né? Espero que morra.


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    Áries
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    "O lugar para onde devo retornar..."
    Observou atentamente o salão de entrada, todos os móveis ainda estavam ali, cada detalhe da decoração cuidadosamente arrumados, o chão limpo e o silêncio do início da manhã, a garota estreitou os olhos conforme os raios de sol invadiam o ambiente abrindo um pouco mais a porta até finalmente entrar na casa. — Que limpinho. — Colocou a mochila que carregava no chão e deu mais alguns passos notando as primeiras movimentações dos serviçais nos ambientes da casa, a medida que caminhava as poucas pessoas que estavam ali a encaravam como se estivessem vendo um fantasma e retribuía cada encarada com um franzir de sobrancelha.

    Alguém aí sabe onde tá aquele cara alto que mora aqui? — Resmungou meio impaciente após ir ao quarto verificando que o rapaz não estava lá. Uma das garotas se encolheu por alguns segundos no instante em que a loira a encarou, logo em seguida ergueu  a canhota apontando em direção a sala de jantar. — Virei alguma vilã malvada para as pessoas terem medo de mim? — Murmurou caminhando ao local indicado, parou na ponta no instante em que ouviu as palavras do Samariano. Elizabeth sabia que merecia aquilo, não iria culpá-lo se estivesse com raiva ou não quisesse mais vê-la.

    Infelizmente os deuses não ouviram esse teu desejo aí… — Falava caminhando até ele, lançou um olhar em direção as garrafas alcançando uma delas cheirando o conteúdo. — É, pelo menos não é veneno e tem cheiro melhor do que os dos bares de Krieger. — Deu as costas para o rapaz e foi até a porta chamando uma das mulheres que começavam a abrir as janelas da casa pedindo para que limpassem a sujeira que estava no comodo, retornando para junto dele logo em seguida. — Você tá um trapo. — Falou olhando-o de canto, analisando algumas garrafas, verificando se alguma delas ainda tinha pelo menos um pouco de bebida, infelizmente não havia uma única gota.

    Queria beber algo para ajuda-la a conversar com ele, não sabia o que falar. O que geralmente as pessoas faziam quando voltavam de alguma guerra vivos? — Eu prometi para você… — O pegou pelo braço tentando ajudar o garoto a se levantar. — Não vou te deixar, apenas demorei um pouco mais do que o normal, mas eu voltei Áries… — Pigarreou em meio a um suspiro. — voltei para nossa casa, estou aqui… Viva. — Voltou a puxá-lo pelo braço com um pouco mais de força caso ele oferecesse alguma resistência para levantar. — Vamos, você precisa de um banho, roupas limpas, cortar esse cabelo e essas coisas frescas que você costuma cuidar e depois podemos, sei lá, fazer alguma coisa fresca, tipo caminhar na beira da praia… — Reclamava enquanto tentava arrastá-lo para o quarto.

    Meu lar.
    "Este é o lar que jurei proteger, Krieger não cairá."


    Participantes: Liz & Áries.

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    — O Príncipe Sob A Montanha ✫ —



    Áries bateu a palma da mão livre do braço livre contra a mesa e o usou como apoio para dar um impulso para seu corpo e se levantar fazendo a cadeira ser jogada para trás e cair; puxou o braço para o seu lado para interromper os movimentos e os puxões vindo da loira. O samariano jogou as costas para trás sentindo suas vértebras voltarem a posição de deveria e o som era tão alto quanto a dor. Ele abriu a boca puxando o ar e encheu os pulmões de ar e soltou com calma como se estivesse acabado de trazer algum tabaco.

    Você saiu de casa. Se colocou em risco outra vez. Eu disse para você esquecer isso e ficar aqui. Não se esqueça que o que está lá fora não é humano a muito tempo.

    Seus passos eram lentos, seu corpo estava completamente fragilizado, caminhava ao redor da grade mesa agarrando cada garrafa de vidro e a levantando e soltando-a no chão quando sentia o leve peso que demonstrava estar vazio. Aquela inquietação em sua mente era algo extremamente desagradavel.

    Eu esperava que nesse meio tempo eu finalmente ia morrer em meio a uma das minhas crises, sabe? Seria tão bom ver se meu corpo iria apodrecer ou você finalmente iria chegar… e bem, é aí que estaria a graça. Dentre todas as reações eu queria ver a sua. Não ia fazer diferença alguma, não é, Liz?

    Sua face levava um sentimento negativo estampado enquanto falava, mas, nem mesmo era mais pela loira, estava descontente que o estoque de bebidas tinha acabado tão rápido. Ele até mesmo podia viver em Krun, porém não portava cinco fígados e mesmo assim conseguia beber o suficiente para estragar a mesma quantidade.

    Um brinde, Rubi. A todo ouro que você ganhou durante esses quinze dias.

    Dando a volta completa na mesa, cambaleou até o armário abrindo-o e sacando outra garrafa de vinho e o erguendo já sem demonstrar mais nada além do vazio enquanto a encarava. Era apenas isso que restava, não podia se enganar, ainda não tinha aceitado que os dois eram apenas água e óleo convivendo, alguma hora iria forçar a sua mente que os dois nunca iriam se misturar. Puxou a rolha semi-exposta com os dentes e virando o gargalo na boca deixando o líquido escorrer de forma rápida o suficiente para ele poder se engasgar.


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    "O lugar para onde devo retornar..."
    Ficou parada conforme o barulho alto da cadeira ecoava pela sala de jantar, a loira fechou os olhos por alguns segundos suspirando profundamente na intenção de manter a calma em meio aquelas primeiras palavras; ela sabia exatamente o que existia lá fora, o que aquela nuvem escura que surgia ao oeste estava carregando e principalmente, sabia o destino de todos que resolveram ir de encontro aquela escuridão. — Eu sai de casa? Não fale como se eu tivesse abandonado tudo, Áries… Não importa o que você diga, o que me peça… Não tem como deixar pra lá. Eu não consigo esquecer. Não consigo virar as costas para o meu povo, para pessoas que estão lá fora sofrendo. Conheço essa dor, conheço esse desespero… O medo de encarar um corrompido. — A voz estremeceu.

    Lembrava-se claramente do cheiro da criatura que deixou de ser humano há muito tempo, o riso dele quando tentavam interrogá-lo, da lealdade mesmo em meio ao desespero. Do desejo claro em destruir. Mesmo em meio a sua postura de brava e durona, sua alma estremecia de medo. Elizabeth poderia permanecer afogada naquela lembrança que, mesmo apos tantos dias, ainda parecia tão nítida em sua mente, mas conforme o garoto falava uma veia de irritação surgia em sua testa tentando segurar a raiva a cada palavra que era dita, ele a julgava tão superficial assim? Alguém tão vazia que não conseguia dar valor aos outros? — Áries… — Resmungou apertando o maxilar tentando não ir lá socar a cara dele. — Não entendo como você consegue cuspir tanta merda com tanta facilidade. — Estava disposta a receber o castigo que viesse por parte dele, mas já estava exagerado demais.

    A Samariana fechou os olhos por um longo período, contando vagarosamente até dez repetindo a si mesma que deveria manter a calma, que o erro foi seu. — Não fiz isso por ouro… — Deu um passo em direção a ele. — Nem por fama, ou qualquer outra merda que nobres, guerreiros ou qualquer porra do tipo vai em busca. Não ligo para essas coisas. — Deu a volta na mesa o alcançando a passos largos, arrancando a garrafa das mãos dele, lançando-a no chão. — CACETE! — A voz se alterou assim como a respiração cada vez mais ruidosa, não sabia se estava mais brava com a situação em que ele se encontrava ou a ideia de pessoa que ele havia criada sobre ela. — Não sou uma heroína, não sou a porra de uma nobre, uma princesa, uma guerreira… — Avançou a mão alcançando o tecido amarrotado da camisa dele, puxando-o para mais perto. — Mas olha pra mim, porra, eu voltei. Em outro tempo eu não pensaria em voltar, eu me jogaria no meio daquela centena de monstros. Mas eu tomei cuidado, pensei em cada merda de passo que eu dava, analisei a porcaria de bicho que eu poderia enfrentar e eu voltei. Eu estou aqui, Áries, inteira, viva. Fiquei a viagem inteira de volta pensando se você ainda estava aqui, pensando que tinha ido embora… — O soltou dando as costas para ele passando as mãos no rosto, impaciente. — Parecia que alguém tinha enfiado a mão no meu peito e apertava meu coração e era tão doloroso pensar que você não estava aqui. Vá se foder Áries. — Virou-se espalmando as mãos no peitoral do rapaz, empurrando-o sentindo os olhos arder. — Vai tomar banho… — Estreitou o olhar apertando os lábios conforme cerrava os punhos, sentia todo o corpo estremecer, não sabia se era por raiva, a lembrança do que passou ainda tão fresca em sua mente ou o fato do outro ir embora ou mandá-la ir embora.

    Meu lar.
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    Participantes: Liz & Áries.

    560 palavras

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    — O Príncipe Sob A Montanha ✫ —



    O olhar do samariano caiu olhando a garrafa e a bebida que escorria no chão, olhava os pingos vermelhos que mancharam sua roupa, seu olhar era de completa tristeza e luto; aquela era provavelmente uma das melhores garrafas que ele tinha — considerando o preço — e voltou a suspirar tentando buscar qualquer senso para aquela situação. Aquelas palavras apenas furavam seus ouvidos, os faziam sangrar, não passavam de flechas atiradas à queima roupa contra ele. Aquilo não passava de mentiras, uma atrás da outra o ferindo.

    Eu não entendo, você ama tanto essa terra. Você se importa tanto com o seu povo. O que você busca afinal nessa trilha de autopiedade? Krieger não passa de uma terra que não vai ligar quando você morrer. Desde o início dos tempos Krieger é horrível, Josafá era um tirano que usurpou todo o reino e colocou uma coroa de ouro em seu crânio. Essa terra é banhada a ladrões, estupradores, assassinos e você larga tudo para defendê-la?

    Sem fazer movimentos muito bruscos, ele esticou o braço pelo ombro da loira agarrando outra garrafa arrancando a rolha com o polegar da mesma mão que segurava o cascalho. A bebida era o mínimo atrativo para aquele teatrinho que estava acontecendo, cada palavra poderia ser a última, então, Áries estava escolhendo sabiamente o que ele iria dizer e em que ordem para o último ato ser um espetáculo.

    Você viveu em uma bolha utópica com sua família para querer salvar tudo e a todos. Seu irmão não é muito diferente, não é? Casou com uma puta-orfã com um nome aclamado para poder correr atrás da coroa. Alguém auto-intitulado “rei dos heróis" não deveria fazer algo tão baixo quanto isso.

    Seus joelhos se dobraram e ele permitiu todo o peso do seu corpo ser liberado por aquele instante, o samaritano deu uma passada longa como se fosse um salto ao mesmo tempo que girou em seu eixo e abriu o braço o catapultando para frente e o trazendo de volta como um gancho prendendo o pescoço da loira entre o braço e o antebraço. Seu olhar naquele momento era um semblante da morte; a encarava de canto de olho enquanto suspirava vagarosamente.

    Eu conheço o seu rosto, conheço a maneira como você respira e a maneira como sua voz representa suas emoções. Você entra aqui com o rosto erguido como se tivesse feito bem menos das coisas que a gente se dispôs a fazer. Eu sei muito bem que nesse meio tempo que eu não estava com você algo foi aterrorizante o suficiente para te deixar em estado de choque. Esse é o primeiro motivo para você não sair de casa.

    Áries aproximou o rosto o suficiente para sentir o calor da face da loira, queria a olhar melhor, queria poder analisar cada segundo daquele momento. Era uma causa profundamente perdida. Conseguia sentir o coração dela batendo, com toda certeza era raiva e aquele não era um dos melhores momentos. Ele se aproximou mais fechando seus olhos e aquele era o único momento que seria apagado da sua mente, juntou seus lábios aos dela selando um beijo.

    Que ridículo. Eu só tenho uma amiga e ela é Kriegiriana.



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    Áries
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    "O lugar para onde devo retornar..."
    Não importa o quanto ela contasse até dez, nada adiantava para manter seu coração e mente calmos. Tudo o que ela queria era bater nele de todas as maneiras possíveis, e também lamentar a garrafa de bebida quebrada, o cheiro de álcool que invadiu seus pulmões, relevar que o líquido de fato era bom. — Eu amo essa terra porque eu sou uma das putas que vivem nela. Pelo amor do Criador. Não quero lições de história sobre Krieger, que se foda tudo isso. É a minha terra, e estou pouco ligando se eles vão ligar ou não. Merda. — A irritação era clara em seu tom de voz. O olhar acompanhou a movimentação do garoto, o instante em que ele alcançou uma segunda garrafa de bebida, queria arrancar aquilo das mãos dele e lançar no chão, mas não queria desperdiçar mais uma garrafa de um bom álcool.

    Elizabeth estava pronta para retrucar cada palavra do outro, cada comentário maldoso, quem sabe brigariam tal qual a primeira vez que se encontraram naquele bar imundo, mas o que foi falado logo em seguida a congelou. O que ele havia falado de seu irmão? A imagem de Reborn veio à sua mente, de quando eram crianças, os momentos em que corria para ele quando pequena, nas vezes em que caia e ralava os joelhos. As brigas quando jovens, o jeito idiota de como ele cuidava dela e então as costas do irmão no dia em que ele foi embora. Há quantos anos não via aquele sorriso preguiçoso? O jeito despreocupado do irmão do meio? Ela finalmente se encontrou com Reborn, mas naquele rosto cansado não havia nada que a fazia lembrar daquele garoto. Ambos estavam sofrendo, seguindo a vida como acharam melhor, lutando do jeito que conseguiam.

    Estava tão absorta naquelas lembranças que apenas se deu conta do movimento do outro quando seus corpos se juntaram, os lábios do rapaz se moviam, mas não conseguia entender uma única palavra, ainda estava presa no que ele havia dito anteriormente. Sua família, seu irmão; piscou algumas vezes quando os lábios encontraram os dele, o coração parou uma batida para em seguida batucar freneticamente em seu peito e mesmo assim, aquelas palavras não saiam de sua mente, torturando-a. O corpo moveu-se e ela o empurrou, a canhota ergueu-se alcançando o rosto masculino em um tapa sonoro. Não foi por causa do beijo. — Não fale… — Os lábios com gosto de álcool tremiam, mas naquele instante ela tinha certeza que era de raiva. — NÃO OUSE FALAR MAL DO MEU IRMÃO. — Apesar de criticá-lo, sabia dos sacrifícios que o rapaz estava realizando. As lágrimas vieram sem nem ao menos perceber banhando suas bochechas. Já havia repassado muitas vezes em sua mente o momento em que aquele beijo aconteceria, deveria ser mágico, perfeito, único. Era seu primeiro beijo e, mesmo que não parecesse, a garota ainda tinhas alguns pensamentos e sonhos bobos de menina. — Não do meu irmão… — Fungou levando as costas da mão aos lábios, não na intenção de limpá-lo, mas para manter o calor que o outro havia deixado ali.

    Meu lar.
    "Este é o lar que jurei proteger, Krieger não cairá."


    Participantes: Liz & Áries.

    500 palavras

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    Vestindo isso

    (C) Ross

    Elizabeth
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    — O Príncipe Sob A Montanha ✫ —



    Após sentir a queimação no rosto gerado pela mão da outra pensou até mesmo em devolver a agressão, que podia acabar com a vida dela ali mesmo, ideias tão erradas geradas apenas pelo ódio do abandono; optou por manter o silêncio apenas deixando um sorriso de canto estampado na sua boca, já não tinha muito o que ser feito ou falado para aquele momento sem piorar o caso. Era um drama sem fim gerado por todos aqueles sentimentos que foram imbuídos na mente de Áries em tão pouco tempo. Ele levantou a mão a levando até a marca do seu rosto a coçando com três dedos enquanto mantinha o olhar focado nela.

    Quebrei seu coração? Foi tão fácil assim? Eu poderia ser rude e dizer que agora você sabe a sensação que você deixou em mim, mas, seu coração é tão estilhaçado por causa dele.

    Uma risada escapou involuntariamente da sua boca, não, aquilo não era algo engraçado. Moveu a mão para deixar a bebida na mesa, aquilo já estava quase se tornando uma arma. Levou a mesma mão que segurava a garrafa na face deixando o polegar e o indicador no canto dos olhos e apoiando a palma da mão para esconder o nariz e a boca enquanto tentava pensar. Pensar em uma frase nunca tinha sido algo tão difícil.

    É cansativo. Me fala o motivo… Só me dá uma razão pela qual você dá tanto valor para toda essa gente que dá as costas para você. Não dá o mínimo de importância para quem tá do seu lado… é sempre os outros.

    Ele soltou o peso do corpo dando alguns passos e parando na frente da loira, olhava tão fundo para os olhos alheios que buscava uma resposta apenas naquele olhar e não nas palavras. Não existia nada de bom em ter aqueles sentimentos por outra pessoa no final daquela história.

    Tanto faz, Liz, faz o que você quiser daqui para frente. Só que em algum momento você vai voltar e eu não vou mais estar aqui te esperando.

    Deu as costas voltando para a mesa e se sentando e unindo as duas mãos ao entorno da garrafa de vidro. Apenas conseguia pensar quanto tempo ainda restava, não muito com toda a certeza, mas, dentre todos os lugares era aquele que queria estar por último?

    Eu fiz o jantar para te esperar, tá na bancada, faz quinze dias que tá lá.



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    Áries
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    "O lugar para onde devo retornar..."
    Ela queria enchê-lo de tapas, socos, chutes. Tal qual a vez em que brigaram no bar, queria jogar algo contra o rapaz, então só parou. Parou de pensar, parou de sentir todo aquele turbilhão dentro de si, fungou uma última vez enxugando as lágrimas. Por que tinha que se mostrar tão frágil? Áries conhecia seu lado mais delicado, a parte que jamais mostrou, nem mesmo para seus irmãos, mas mesmo assim o outro fazia desse conhecimento uma arma para magoa-la ainda mais. Quem era ele para julgar seu coração naquele instante? — Não, você não me magoou. — O canto dos lábios moveu-se em um sorriso cansado. Foi ela que deu as armas ao garoto, foi ela que baixou a guarda e abriu as portas de seu coração deixando-o entrar. Não foi Áries que a magoou, havia sido ela que fez isso consigo mesma quando se permitiu sorrir e chorar ao lado dele. — Esta tudo bem. — Não foi algo que disse para ele, mas para si mesma esfregando o rosto com as costas das mãos.

    Deu um passo para trás em meio a um suspiro demorado, os braços cruzaram-se frente ao corpo e então o encarou na mesma arrogância de quando haviam se conhecido, mesmo com as bochechas e olhos ainda vermelhos devido ao choro, tentou manter a feição firme em cada palavra. — A família é algo que você não escolhe, às vezes eles te machucam, outras tantas te abandonam… Uns tentam te matar. Mas existem aqueles que estão lá por você, o dono do bar que me deu uma cerveja de graça quando viu que eu estava na merda e não tinha dinheiro. O cara alto e musculoso que sempre procurava confusão por saber que isso me deixava feliz e no fim enchíamos a cara juntos, a puta que dividia o pouco que tinha, não era de sangue, mas é família. Você conhece o lado ruim de Krieger, assim como tantos outros. — Pausou por alguns segundos perdida em seus pensamentos. — Algumas dessas pessoas morreram, outras fugiram, mas existem aqueles que ainda estão lutando. As pessoas daqui são malvadas, não merecem viver. É o que você pensa, não é? Mas eu sou uma Krigeriana e, você ainda está aqui… Esta aqui bravo por alguém que você julga ter lhe dado as costas.

    Ela deixou os braços caírem, estava cansada demais com toda aquela conversa sem sentido. — “Lar é onde você deseja estar, o lugar para onde você volta. O lugar onde esta a pessoa que você mais ama.” — Recitou pausadamente dando a volta na mesa, afastando-se dele. — Sabe, Áries, para alguém tão culto e estudado, você é muito burro, sabia? Me julga, me critica, diz que virei as costas para você, mas sabe o que é engraçado? Eu poderia estar nos braços da minha mãe agora, poderia estar com o idiota do meu irmão em um baquete de comemoração por conseguir cumprir minha missão. Poderia está lá com eles agora, de mãos dadas tentando superar qualquer coisa que vier, mas sabe para onde eu vim correndo? Sabe para os braços de quem eu desejei me jogar? A pessoa que desejei abraçar? — Balançou a cabeça negativamente. — Você não vê, não é? Tem razão, eu sou vazia, não entendo sobre sentimentos ou emoção, mas eu sabia para quem eu queria voltar e fiz de tudo para isso. Desde quando viemos pra cá tento não falar nada que te ofenda, tento ser gentil com você, mas não é suficiente, nunca será. Sabe por quê? Porque não sou uma princesinha. Não vou ficar em um lugar seguro quando você pedir, não vou me afastar de lutas e qualquer coisa que ponha minha vida em risco, não irei ficar sentada esperando você me salvar, Áries. — Parou a caminhada fechando os olhos, não queria mais chorar, não na frente dele. Não queria chorar mais na frente de ninguém.

    Fiquei com medo que você não estivesse aqui, confesso, não por ter medo de ficar sozinha… É porque eu sinto alguma coisa… Por você. Pensei que poderia me ajudar a entender, pensei que me receberia com uma bronca e brigaria comigo, mas depois me abraçaria, igual já vi tantas vezes quando pessoas que se gostam se reencontram depois de tanto tempo… Achei que tinha encontrado isso, que ingenuidade a minha, não é? — Esboçou um sorriso, mas olhos azuis brilhavam como se uma cachoeira estivesse pronta a ser derramada. Caminhou em direção a porta, mas antes de sair parou olhando-o por cima do ombro. — Sempre sonhei… Com o meu primeiro beijo e aquela vez, quando me pediu naquele quarto, eu pensei… Por que não? Mas estávamos cansados demais, sujos de gosma e sangue. Dizem que quando beijamos alguém que a gente gosta, os lábios tem gosto diferente, é quente e único… Naquele dia não quis te beijar porque não queria que meu primeiro beijo tivesse gosto de sangue, seria algo tão ruim e sangue é um gosto comum demais, qualquer um poderia ter esse gosto. — Virou-se vagarosamente para encara-lo. — Então eu ficava imaginando “como a gente vai se beijar?” “que gosto tem os lábios dele?” “será tão quente quanto o abraço?” Enquanto estava em missão, eu só pensava em chegar viva pra isso e, enquanto voava pra cá, eu só pensava nisso. — Ergueu a canhota colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha sentindo as bochechas arderem. — Quero abraçá-lo. Quero beijá-lo. Quero que seja ele a me fazer mulher. Quero que ele seja só meu e eu quero ser só dele. — Piscou várias vezes erguendo o rosto e o olhar para o teto, impedindo as lagrimas de saírem. — E esses pensamentos egoísta vinham na minha cabeça e eu não conseguia entender, e ainda não os entendo, mas mesmo assim eles ficavam invadindo a minha mente. — Voltou a baixar o rosto e encará-lo. — Quero beijar os lábios quentes do Áries e saber que sabor único ele tem… — Cuspiu logo em seguida, esfregando a boca com as costas das mãos. — Que engraçado, tem o mesmo gosto que senti durante vários anos, é só um pouco mais adocicado do que as outras bebidas. Mas o gosto de álcool é igual. É tão comum quanto sangue. No fim, eu só estava me enganando com algo que criei na minha cabeça, igual uma criança idiota. — Virou as costas. — Tudo bem, Áries, já estou acostumada a viver sozinha, e um príncipe… Merece alguém a altura com todas as requintes da realeza. Vou pedir para alguém limpar a comida, já deve estar estragada. Agora se me der licença… — Virou-se apenas o suficiente para curvar o corpo e fazer uma reverência a ele, tal qual se faz a reis e rainhas. — Irei treinar um pouco antes de dormir. Sugiro que tome um banho e descanse. — Girou sob os próprios calcanhares enfiando as mãos nos bolsos; precisava relaxar um pouco e, pela primeira vez, não pensava em encher a cara e cair bêbada por aí, só queria esquecer aquela conversa, aqueles sentimentos. Queria ser a pessoa quebrada e vazia que ele sempre a julgou ser.


    Meu lar.
    "Este é o lar que jurei proteger, Krieger não cairá."


    Participantes: Liz & Áries.

    1150 palavras

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    — O Príncipe Sob A Montanha ✫ —



    Escuro.

    Tudo na mente do samaritano era escuro e sua alma estava mergulhada em um vazio que não existiriam maneiras de resgatá-la daquela prisão. O gosto tão amargo na boca aumentava de formas que o fazia querer vomitar, conseguia sentir a ponta dos dedos geladas e a sensibilidade sumindo, suas costas suando a frio. Tudo aquilo acontecia em um único segundo. Seu corpo não conseguia agir, não conseguia se mover, a mente estava congelada e Aries simplesmente tinha entrado em um estado catatonico ao se sentir odiado. O tempo estava parado na sua mente quando um fio de sangue escorreu pelo seu nariz e o corpo finalmente reagiu movendo as costas mão direita até o nariz para tampar a narina.

     O mundo seria um lugar melhor sem você. O mundo seria um lugar melhor sem você. O mundo seria um lugar melhor sem você. Deveria ter morrido e parado de gastar o tempo das pessoas.

    A frase se repetiu inúmeras vezes, ficou parado falando baixo até a garganta não ter mais forças para conseguir emitir qualquer som. A vida já tinha se tornado algo cansativo, algo tão rotineiro que já não valia mais o esforço, ou melhor, nunca tinha valido seu esforço. Cada dia da sua existência foi algo do acaso, uma migalha de sorte nos cosmos que os cercavam. Sorte teria sido se estivesse morto e junto a terra. Todo o esforço gasto desde o momento em que alguém o salvou até sua criação, até o mesmo momento do agora tinha valido a pena? Foram apenas energias gastas.

    O pulmão se esvaziou lentamente permitindo todo o ar escapar pela boca entreaberta do samariano enquanto toda a razão e a existência ecoavam na frente dos seus olhos, seus pés giraram pesadamente para o lado fazendo um eco na sala com a batida no assoalho quando ele saiu dali indo para o quarto no outro andar.

    Quando chegou no quarto removeu as peças leves de roupa costumeiras do dia a dia de forma dificultosa como se removesse pesos de treino amarrados ao corpo e assim caminhou até o banheiro entrando no box e girando o registro deixou a água quente escorrer. Esperou até tudo ficar nublado com o vapor do chuveiro ligado para entrar debaixo da água corrente e se sentar no chão. Os minutos correram e sua mente ainda estava em pedaços da mesma maneira que o sangramento nasal continuava, sua tosse também tinha voltado com rouquidão e cada vez mais sangue surgia a cada tossida. Aquilo era uma verdadeira tortura e alguém como ele merecia aquilo de certa forma.

    Juntando as forças e se apoiando nas paredes laterais ele ergueu o corpo e saiu do chuveiro pegando apenas um roupão cobrindo a maior parte do corpo. Descontrolado desceu as escadas e abriu a porta de entrada com força a arremessando para trás de forma brusca e praticamente marchou até a loira parando nas suas costas agarrando a sua lança forçando o corpo pequeno a girar para trás, seus joelhos flexionaram e suas mãos agarram as coxas impulsionando o corpo para o alto para os dois terem a mesma altura naquele momento. Áries apenas conseguia encarar nos olhos, já não existia força de vontade nenhuma no seu corpo.  

    L…Li.  


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    "O lugar para onde devo retornar..."
     O ar frio da noite preenchia seus pulmões açoitando seu rosto em suaves tapas que mais pareciam querer acordá-la para a realidade, por alguns instantes após fechar a porta atrás de si desejou chutá-la derrubando-a a pontapés e ir ao encontro do outro sendo a ogra mal-educada que sempre foi despejando tudo aquilo que apertava em seu peito, sentimentos que não conseguia entender, mas ela apenas fechou os olhos por alguns segundos sentindo as unhas cravarem-se nas palmas das mãos conforme tentava não se desmanchar em lágrimas. Quando foi que se tornou alguém tão sentimental? Quando começou a se importar com os sentimentos de outra pessoa? Aries havia mudado-a tão drasticamente assim? O quão fundo em seu coração aquele garoto havia entrado?

    Aquele grande idiota, idiota, idiota, idiota. — A raiva foi descontada em um imenso jarro que servia de acomodação para algum tipo de planta que jamais se interessou em saber, chutava-o até observar as rachaduras deixarem escapar a terra e raízes protegidas por aquele frágil objeto. — Ele é um… — Resmungava furiosa em meio a passos pesados amaldiçoando cada planta que dificultava sua caminhada naquele jardim até finalmente alcançar o enorme Orgukri, o corpo curvou-se em um gesto respeitoso para a imensa criatura que retribuiu com um leve curvar de sua enorme cabeça dando permissão para aquela aproximação.

    Bicadinhaaaaa. — Abraçou uma das patas do animal afundando-se em suas penas. — Onde eu tava com a cabeça que te deu um nome tão… — Ergueu o rosto para encarar a criatura que a observava do alto, não havia palavras para descrever a exuberância daquela ave e, mesmo em meio a escuridão noturna o brilho dourado se fazia presente, como se nada mudasse macular aquela luz. — Vamos ser só eu e você. — Fungou esfregando as costas das mãos no nariz conforme escalava o animal apenas para alcançar a lança que havia deixado ali. — Não acredito que abandonei minha arma e armadura por esse graaaaaande idiota. — Reclamava a medida que sentia o peso da peça em suas mãos e alcançou o solo novamente. Inspirou e expirou profundamente fechando os olhos por alguns segundos, desejava recuperar aquilo que havia perdido.

    E mesmo que o coração permanecesse agitado, a mente se acalmou, o corpo movia-se com suavidade conforme os braços guiavam a lança em estocadas violentas no ar, uma, duas, três vezes e então um giro perfeito, tal qual uma dança mortal, sentia que era ali que se encontrava, os sons de lutas agora pareciam vividos em sua mente fazendo-a se mover, a arma tornando-se parte de si em cada gesto, uma extensão de seus braços e pernas, o sangue fervilhava em suas veias, sentia as bochechas arderem a cada sensação de estocada em que poderia derrubar alguém muito maior que ela, o suor que corria por seu rosto lembrava-lhe seu próprio sangue, a adrenalina de estar a beira da morte, a diversão em não se importar que aquele poderia ser seu último golpe.

    Os movimentos repentinamente perderam a sincronia, os olhos abriram-se, quando o cheiro rapaz estranhamente invadiu seus pulmões e antes mesmo que pudesse se recompor na tentativa de retornar aquele treino e ignorar qualquer distração, o próximo golpe foi bruscamente interceptado. — Mas que merd — O encarou tentando demonstrar toda a fúria que sentia apenas em um breve estreita de olhos quando o corpo foi erguido e, por mais que as palavras viessem em sua mente da forma mais debochada e cínica possível, escapavam por seus lábios quase em um sussurro. — Eu mandei você dormir. — Resmungou baixo, desviando o olhar por alguns segundos para novamente encará-lo quando o nome foi pronunciado. — Heh… — Os lábios moldaram-se em um meio sorriso. A canhota subiu encaixando-se na lateral do rosto masculino e então deslizou o polegar por sua bochecha em uma carícia tão delicada como se, um toque mais forte pudesse quebrá-lo.  — Eu fui enfrentar uns monstros sinistros de Hokar e você que está acabado. — Tentou brincar. Elizabeth sabia lidar com valentões, monstros, sangue e todo tipo de atrocidade que surgisse em sua frente, mas ninguém a preparou para aquilo, o desconforto em seu coração, a falta de ar, o rosto que ardia como se estivesse prestes a pegar uma febre… O medo de perder.

    Sentimentos que a deixavam assustadas, irritada, feliz, animada. Era uma mistura de tanta coisa nova e tantas outras que já conhecia muito bem. Tristeza, desespero, angustia e raiva; estes pareciam tão mais fáceis de enfrentar. Estar diante de Hokar parecia muito menos assustador do que ser encarada por aqueles olhos que, apesar de cansados, pareciam enxergar até mesmo sua alma.

    Meu lar.
    "Este é o lar que jurei proteger, Krieger não cairá."


    Participantes: Liz & Áries.

    750 palavras

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