O inverno havia chegado e muito pouco podia se esperar boas notícias diante de um cenário caótico que estava Krieger. O coração de todos homens do oeste temiam o que estava por vir, pois o seu rei estava morto, e quem iria se levantar para o povo ? Muitos temem o que estava por vir, afinal, os krieguerianos agora eram temidos por todo continente devido a atos de loucura do antigo rei.

Não havia socorro que pudesse ser bem presente naquelas pobres almas. Mas poderiam fazer o mínimo, e era o que o duque da família Laurent ansiava com isso, acabar com o sofrimento das pobres almas, de seus irmãos.

Jean não era bem típico de pessoa apta para ser um duque, não possuía tamanha certeza do que fazer em suas ações, e como poderiam causar impacto. Apenas escondia-se por trás de seu cargo ou de seus conselheiros quando era possível, hora outra apenas conseguia agir em decisão, assim como fizera após ter cometido parricídio, quando utilizou do cenário para esconder as provas do assassinato em outro homem.

E isso era bem provado na maneira como era mimado por seu conselheiro que também era seu mordomo, Charles. E foi ainda numa tarde quando o duque estava lendo e refletindo sobre um conto de um príncipe que matou seu tio, vingando seu pai. O nome do livro estava ocultado pelo braço do loiro, apenas algumas letras poderiam ser lidas “...mlet”. Era uma parte do nome do livro.

- Senhor Laurent. - Charles falou tranquilamente se dirigindo ao seu senhor, pois não queria atrapalhar o sentimento calmo que o garoto possuía, pois o samariano mais velho apreciava bem o momento de leitura. - Devo alertá-lo que nos vilarejos alguns casos estranhos estão acontecendo, e estamos tentando lidar ao máximo com esses problemas. - Esperou a resposta de Jean.

O samariano pausando sua leitura logo quando o protagonista escondia o cadáver do sogro. - Problemas ? O que está havendo que chega agora em meus ouvidos ? - Perguntou o loiro se virando para olhar o seu mordomo.

E Charles possuía uma espécie de lenço por sua do pulso, e inclinava-se um pouco, mostrando sempre a mesma atitude de sempre, que estava ali para ajudar o seu senhor. - Senhor, alguns vilarejos estão tendo alguns casos de sumiços de mulheres e crianças. As pessoas estão entrando em desespero por esses sumiços. - A maneira como Charles explicava calmamente dava a entender tudo e sem entrar em desespero pela causa.

- Pois bem, Charles, contate imediatamente os guardas do castelo que se dirijam até onde estão tendo esses sumiços. Organize em equipes de 10. Os mais preparados do possível. Quero equipes com no mínimo cinco arqueiros e lanceiros. Não colocaremos cavalo pois podem fugir para dentro das floresta, e a montaria não seria a melhor a se ter. - O duque mostrou refletir mais um pouco sobre o que poderia vir.

Charles então mostrou um sorriso simpático por ver a mentalidade do jovem, que diferente do duque anterior que mostrava pensamentos malignos de dominação. O jovem pensava tão somente na proteção de suas terras, e na paz que habitaria por seus atos. - Jean, está esquecendo de algo ? - Perguntou divertidamente, como se fosse o avô do garoto.

- Creio que não… Somente as patrulhas! Sim! As patrulhas! Se colocarmos algumas dessas, e colocarmos um toque de recolher, os casos podem diminuir. Vamos colocar bogues em ação para rastrear tudo que não for normal. Contate alguns caçadores e aventureiros experientes nisso. - O brilho nos olhos de ter uma estratégia já montada que pudesse dar certo era tudo, afinal, havia invasores que estavam causando problemas em suas terras.

Charles então concordou com a cabeça. - Assim será, meu senhor. - E retirou-se para fazer o que lhe foi ordenado. O samariano estava com um orgulho estampado no rosto, com um sorriso de um velho bobo que acabava por ver uma fase de crescimento de seu neto, por mais que fosse apenas o mordomo do garoto.

Mesmo o Laurent possuindo já vinte e três anos, era tratado de maneira que recebia mimos demais, e isso afetava em seu crescimento. Ciente disso, Charles hora outra testava o jovem com alguns problemas que ele mesmo resolvia.

O duque então voltou a sua leitura sobre o conto que estava lendo, na qual se identificava bastante pelo regicídio que era cometido pelo protagonista. Muito não havia mais a ser feito por aquele dia de lazer, certo de que aquele caso seria apenas resolvido com um pensamento estratégico de organização. As pessoas que iriam agir seriam os guardas, eles mesmo deveriam montar as estratégias de milícias para combater.

Charles então contatou os aventureiros e caçadores de recompensa para trabalharem em comunhão com os guardas, a fim de restaurar a normalidade dos vilarejos. Sempre esses sujeitos trabalhavam por dinheiro ou fama, o que não era difícil de pagar.

Os guardas foram organizados e enviados, no total, trinta homens em equipes de três patrulhando o vilarejo do incidente. Os grupos estavam divididos exatamente como foi ordenado pelo próprio duque, e iniciaram a busca. Poder bélico possuíam para combater, homens para caçar e rastrear e lidar com problemas adversos com a mais vasta experiência que viveram, possuíam para ajudar.

Não havia muito mais a ser feito, apenas observar como iria ser os acontecimentos. Certo que isso até o momento foi apenas envio do duque, caso algo acontecesse, ele faria o favor pessoal de caçar os baderneiros quaisquer que fossem.

Os guardas sabiam da conduta de não matar, apenas render. Matar apenas em último caso. Os infratores teriam de ser presos para serem interrogados para ter conhecimento do que estavam por trás, pois informação é poder.

Um truque até que dado pelo capitão da guarda a respeito dos problemas foi marcar as casas que já haviam sido vítimas dos sumiços, e estudá-las em ordem de acontecimentos. E por lidar com diversos casos, uma ideia esperta que ele teve foi a de colocar uma pequena linha nas portas da casa para que assim que a pessoa saísse pela noite, seja enfeitiçada ou não, um sino na porta iria tocar.

O pequeno objeto estaria ligado a linha que estava, o que poderia talvez causar um fator de susto e acordar de um possível feitiço ? Afinal, o cenário da guerra mágica percorria todo o reino, não seria tão difícil especular que pudesse ser alguma orquestra mágica por trás de tudo.