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As Crônicas de Samaria :: Grande Ducado da Batávia
O Amor
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OP Difícil para Magnus Optimus Augustus — A lagoa - Postado Qua maio 19, 2021 11:13 pm
As Crônicas de Samaria
O monstro da lagoa
Estudar magia em Krieger era algo perigoso. Perigoso e extremamente desafiador. Afinal, o domínio da Torre de Arzallum era inegável. Porém, até aquele período, os magos ainda zelavam pela discrição. Ainda assim, não seria uma boa ideia ser descoberto explorando tais temas fora do programa sancionado por Duran e seus professores.
Mas, para alguém determinado, não havia barreira que não pudesse ser superada. Magnus teria que provar seu interesse para que pudesse descobrir sobre um local especial, onde a magia era forte e seus conhecimentos pudessem ser ampliados da maneira que desejava.
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+ Essa é uma quest One Post de dificuldade difícil para Magnus Optimus Augustus.
+ Se passa no Ducado Batávia, em Krieger, no ano 325 E.R.
+ Comece a OP contextualizando a história de seu personagem e o interesse de Magnus pela magia de Krieger.
+ Como a introdução explica, a Torre de Arzallum tem o controle da magia do oeste samariano, por isso será uma tarefa complicada encontrar informações sobres fontes de magia.
+ Você precisará estudar muito, por um longo período de tempo em ongame até encontrar alguma pista. Utilize todos os meios que conseguir imaginar para buscar por informações sobre a magia do reino, como livros, magos anciões que não estão alinhados com Arzallum, entre outros. Você precisará descrever essa passagem de tempo para ter sucesso na missão.
+ Durante esse período de investigação, você precisará enfrentar 2 desafios. Um deles para chegar em uma fonte confiável de informação e outro sendo um encontro desagradável com algum mago de Arzallum, que tentará impedi-lo de usar magia.
+ No final de todo esse processo, você irá descobrir sobre uma lagoa, existente em Ruivosa, que é a moradia de uma enorme besta. Você aprenderá que os ovos dela geram uma grande concentração de energia mágica.
+ Você também descobrirá que chegar até a lagoa não é uma tarefa difícil, mas que o verdadeiro perigo se encontra lá: afinal, toda mãe protege seus ovos. Encerre sua missão adquirindo esse conhecimento.
+ Artefatos mágicos não podem ser dados através de missão, porém você pode solicitar o anel que deseja neste tópico.
+ Qualquer dúvida, MP ou Discord.
+ Boa sorte!
Magnus Optimus Augustus
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Re: OP Difícil para Magnus Optimus Augustus — A lagoa - Postado Sáb maio 29, 2021 4:55 pm
Esta é a
lagoa
?Quando o mundo ruir, poucas serão as coisas que terão a graça - ou o desprazer - de subsistir e resistir à sua continuidade que, talvez, se reste enfadonha. Coisas estranhas aconteciam e, dia a dia, percebia-se que a ruína, tão antigamente prometida, estava próxima de chegar ao mundo que nos dá vida.
A verdade é que, fatalmente, a destruição viria - em mais ou menos tempo do que as profecias davam a entender - e, no fim, somente aqueles com poder, bruto e puro poder, poderiam subsistir tanto ao evento catastrófico, como sobreviver à posteridade. Os Augustus há muito sabiam que essa destruição viria, e toda geração dos duques dedicava seu poder e status à subsistência de seu nome.
Aos Augustus, nada deveria ser possível de os subjugar e, caso permitissem serem subjugados, sempre seria pelo bem maior: poder, bruto e puro poder. E essa filosofia guardava custos severos. Seja a severidade física a resistir combates ou seja a severidade de afastar-se do núcleo de quem o ama. Amor, no fim, é uma barreira para o poder - ou seria a centelha que acende essa vontade?
Para Magnus Optimus, primeiro de seu nome entre os Augustus, poder é indispensável para continuar existindo. Durante décadas, os Augustus cresceram de um pequeno baronato à um Grande Ducado. Agora, definitivamente, o que incendiava a alma do futuro Duque, era conquistar algo que os exércitos vigorosos de seu ducado não poderiam.
E tudo isso começou com uma visita...
Antonius Optimus Augustus, pai de Magnus, estava reunido com Democrites Lacoste, um então Mago Superior da Torre de Arzallum - anos depois, descobrir-se-ia que ele era um traidor que desertaria da Torre devido uma promessa feita a Antonius por salvá-lo da morte certa. Mas isso é uma história para depois, caro leitor.
Democrites era um homem alto, caucasiano, de queixo quadrado e dentes brilhantes. Longos cabelos prateados caíam em suas costas, contrastando com a túnica alva que usava. Uma faixa roxa estava em sua cintura e um colar dourado pendia de seu pescoço. Três orbes flutuavam ao redor da poltrona em que estava repousando, como se o protegesse de algum eventual ataque.
Antonius, com características físicas parecidas com Democrites, branco e alto, vestia uma armadura dourada completa e uma espada negra repousava em sua cintura - a arma ancestral dos Augustus. A capa vermelha pendia em suas costas, com o brasão da família bordado em fios de ouro. O cabelo dourado estava amarrado num coque alto.
O Senhor da Batávia entregou uma xícara de chá para o convidado e sentou-se numa poltrona a sua frente e imediatamente as orbes repousaram na mesa de centro.
Magnus sentou-se atrás da porta de madeira grossa que estava entreaberta, e passou a ouvir a conversa que, em tese, deveria ser privada daqueles dois. Talvez, bem talvez, tenha sido percebido desde o começo, mas, de qualquer forma, nunca saberia se sim. Todavia, seus ouvidos não o enganavam:
— A Torre possui planos de dominar a magia de forma ainda mais cruel do que já domina. O velho Krieger nada faz, ensandecido por seus desejos de glória. — O albino tomou um gole de chá. — Existem certas coisas que precisam ser feitas para impedir a Torre, mas nada que possa ser feito antes dela conseguir o que deseja.
— Precisaremos ceder, então? — O duque, girou o anel que portava no dedo mindinho, com o selo do ducado incrustrado na pedra preciosa. Um claro sinal de nervosismo, de insatisfação ao ter que abrir mão de um avanço programado.
— Sim, cederemos, mas os esmagaremos. — Os olhos brancos de Antonius fitou os azuis de Democrites. Suspirou profundamente, seu abdômen subindo e descendo, podendo ser visto por conta da armadura.
— Tudo a seu tempo, então. — De certa forma, seria inevitável, não seria? Não podemos forçar a roda do destino.
— Não podemos esquecer de nossa missão nessas terras, Antonius. — O rosto de Antonius virou levemente, focando no bule de chá.
— Vamos destruir a ordem e reinseri-la. — Uma risada gostosa foi ouvida pelo convidado, como se viajasse em suas lembranças. Já havia ouvido aquela frase, será?
— Revolução, ao custo de nossas próprias vidas. — Sim, já havia ouvido e já havia aceitado o destino.
— Nossos descendentes terão um futuro cruel, Democrites. — A voz firme tinha dor, mas aceitação. Antonius entendia a situação em que estava inserindo seu descendente.
— Caberá a eles decidir, no fim, se sacrificarão suas vontades pelas nossas, ou se nossos desejos morrerá conosco. — Democrites olhou ao longe, para além da grande janela que iluminava o salão, como se pudesse ver o destino se construindo ao longe, como areia fugindo por entre seus dedos.
— A liberdade deles escolherem é o que definirá o sucesso ou a vitória. — O destino, será mesmo, era imutável?
— Entre os muitos destinos que nos são dados, Antonius, poucos são aqueles que realmente trilharemos. E a maioria nos dará fracasso, mas ele... — Quem seria ele? Será "ele"?
— Descobriu alguma coisa sobre A Fonte? — Fonte, que fonte?
— Descobri que não é apenas uma. Mas apenas uma daria o poder de varrer todos os exércitos de Krieger. — Tanto poder assim?
— Sabe onde ela fica? — Deveria saber. É muito poder para ser ocultado.
— Precisaremos procurar. Não há muitas fontes. Mesmo na Torre este é um segredo que só a cúpula guarda e mesmo a cúpula não tem a ousadia de se aventurar: os que tentaram pereceram antes mesmo de entrarem no caminho. — Aparentemente, há desejos escusos por trás de tanto segredo.
Magnus, sem querer, encostou as costas na porta, fazendo-a ir para trás e ranger. Assustado, levantou-se já correndo a todo pulmão, fugindo de alguma punição que seu pai daria.
Magnus estava lendo. Com o passar do tempo, de sua mente nunca saiu a conversa que ouvira escondido. Seu pai nunca o puniu por aquilo, qualquer motivo que fosse, e com os anos, construiu uma imensa biblioteca em seu palácio. Inúmeros livros, secretos ou públicos, que contassem a história da magia em Krieger. Poder. Poder é necessário para sobreviver. Esconder esse poder, também, era um fator necessário para subsistir.
A Torre estendia seus tentáculos, mas ainda não dominara a magia em Krieger. Mesmo assim, Magnus se esforçava ao máximo para não deixar seu poder claro ou a mostra.
Um mapa estendia-se à sua frente. E cinco outros mapas, mais translúcidos, estavam ao lado. Um sorriso insano cresceu em seu rosto, ao lembrar-se de todos os desafios que passou para chegar àquelas informações. O primeiro mapa foi colocado sobre a base. Como um quebra-cabeça, exigia que os outros quatro mapas fossem, na ordem correta, colocados sobre o outro.
Quando ele colocasse o quarto mapa, o local seria revelado.
Tantos anos de luta e batalhas, de desafios... Finalmente, então, estava próximo à localização.
E quando a descobrisse...
Desde aquela conversa que ouvira, a ânsia de obter o poder capaz de destruir todos os exércitos de Krieger se agigantaram em seu âmago. Poder? Ilimitado poder! Mas para obter todo esse poder, muita pesquisa se mostrou necessária. Muitos desafios, muitas necessidades de conquista. Nunca imaginaria que para obter uma simples informação, teria que revirar a ordem de Krieger até o mais obscuro do submundo Samariano...
— Onde ele está? — Magnus perguntou. Estava usando uma capa negra e cachecol que cobria a parte debaixo do rosto. Momentos antes utilizou seu grimório e enfeitiçou o tolo informante, fazendo-o ser influenciado a contar a verdade. Os olhos do outro estavam sem brilho, como se manipulado. Sua voz ressoou baixa, mas o futuro duque pôde entender com clareza o que foi dito.
— Dentro do bar, na mesa na quina que separa os salões. Ele está usando uma túnica roxa. — Assim que ouviu a informação, se permitiu sair de frente ao rapaz, adentrando a taverna com certa tranquilidade.
Quem estava procurando? Democrites Lacoste. Um desertor da Torre, que estava sendo perseguido à recompensa de 10000 Sanários de Ouro. Qualquer um iria querer sua cabeça, todavia, aquela cabeça continha muito mais conhecimento e informações do que meros dez mil sanários de ouro poderiam comprar. Conhecimento é, sem dúvidas, a fortitude suprema, onde os sábios poderiam suprimir os fortes.
Poder.
Magnus andou pelo salão, como se procurasse uma mesa a sentar. Assim que localizou o alvo, sentou-se sem pedir permissão. Abaixou o cachecol, e passou a falar.
— Há muito tempo não vejo você, Lacoste. — Sorriu, fitando-lhe os olhos azuis.
— E você seria? — Perguntou, tomando um gole da cerveja que estava no copo de vidro. O líquido amarelado foi tomado num só gole.
— Hm... Talvez não se lembre de mim, mas se lembre de meu saudoso pai. — E levantou o dedo mindinho, mostrando-lhe o anel com as Armas dos Augustus.
— Não poderia me esquecer dele. Você é Magnus, certo? Acho que esse era seu nome. — Sua mente viajou entre suas memórias, buscando achar o rosto do jovem adulto à sua frente.
— Sim, este sou eu. — Foi simples na resposta, não queria estender a conversa mais que o necessário.
— E o que deseja, Magnus Augustus? Minha cabeça? — Perguntou quase como em deboche. Muitos tentaram ganhar sua cabeça, poucos saíram vivos da tentativa.
— Sim, desejo sua cabeça. — O homem arqueou a sobrancelha, se sentindo desafiado, pronto a revidar qualquer ataque - ou fugir. — Mas não para ganhar míseros sanários. Quero o conhecimento que você tem, mas não pode utilizar e receber a recompensa de tê-lo. — Um sorriso se formou em seu rosto juvenil, um sorriso ladino.
— E que conhecimento é este, que só pode obter comigo? — Questionou, quase como em genuína dúvida.
— A Fonte. Estou no encalço dela há anos e finalmente encontrei a informação que precisava: que você obteve esse conhecimento, e por isso foi exilado. — As palavras foram ditas em tão baixo tom, que fora praticamente inaudível, mas o homem entendeu perfeitamente.
— Oh... Você não quer pouca coisa, não é? — E como A Fonte seria pouca coisa?
— De fato, talvez eu peça muito. Entretanto... Com esse conhecimento e com seu consequente poder, eu poderia fazer o mundo mudar e fazer cumprir o desejo seu e de meu pai. — Estava longe de ser mentira. Esse era seu desejo sincero.
— Eu vou lhe dizer onde encontrar a informação, mas não irei guiá-lo até lá. Com isso, quito minha dívida com seu pai. — Tomou uma toalha de papel que estava sobre a mesa, e passou a desenhar um mapa nela. Aparentemente, deveria levar a uma grossa e velha árvore entre das fronteiras da Batávia. Os olhos de Magnus sorriram, pegando o papel que lhe foi dado.
— Mas terá uma dívida comigo. — Seu rosto se fechou, como se fosse um político cansado de oferecer subornos - e o era.
— Por que eu teria uma dívida com você, pirralho? — Debochado, sim, muito debochado para o gosto de Magnus, mas relevou rapidamente. Ganhou muito naquela barganha.
— Porque conhecimento gera poder. Eu sei sobre você e não irei entrega-lo. Portanto, lembre-se que deve a mim, Democrites.
O Augustus saiu dali com o mapa desenhado, dando as costas ao antigo amigo de seu pai, sabendo que o veria novamente e que cobraria a dívida que se formou.
Para chegar até Democrites, lembrou, enquanto colocava o próximo mapa sobre o outro, teve que enfrentar A Torre. Os desgraçados estavam, aparentemente, disputando entre a “plebe” quem chegaria até o exilado primeiro. No fim das contas, Magnus tinha olhos por todo o Ducado. Poucas eram as coisas que saíam de seu conhecimento – ou que não chegavam até ele.
E uma das coisas que não chegaram a seu conhecimento, fora o paradeiro do exilado. Sequer o motivo do exílio foi contado. Ninguém sabia. Tudo que sabiam, todavia, era sobre a recompensa. E, sinceramente, com uma recompensa tão gigantesca, ninguém estava realmente interessado no motivo, apenas em conseguir por as mãos nos dez mil sanários de ouro.
A Torre, em seu desespero, perdeu a mão na recompensa. Em breve suspeitas levantar-se-iam, mas provavelmente a Torre saberia como evitar as más bocas: como sempre fazia, eliminando todos que a questionavam.
Poder.
A Torre tinha poder. Mas qual a legitimidade dele? Magnus tinha vontade de bani-los, colocar todo exército batavo nas ruas e vielas e destruir todos que pactuassem com aquela vilania tirana. Mas não era o momento, nada ganharia com tamanha investida política. Havia muito a perder, afinal, a influência da Torre era muito maior do que as leigas mentes pudessem supor.
Sopesar os ônus e bônus de uma investida como essa era indispensável para um nobre.
Factível, no fim, que investir contra a Torre causaria um desgaste político muito desagradável para o Augustus, e poderia até mesmo colocar em risco sua Tiara.
Poder.
Poder para mudar o mundo.
Poder para refazer as fronteiras, desintegrar os inimigos e, sobretudo...
Poder! Ilimitado Poder!
Para reconstruir tudo do zero.
Para encontrar o Lacoste, muito de seus atributos teve que usar. Mas isso ficará para outro conto, meu caro leitor: há muito ainda, entre as linhas deste texto, que não contado foi, e que há de ser revelado.
Uma imensa árvore se elevou na visão de Magnus, que cavalgava num albino dos exércitos batavos. Seguia o mapa dado por Democrites havia meses, e finalmente estava próximo de encontrar o lugar onde o segredo estava guardado.
Há alguns quilômetros de chegar ao destino, seu cavalo foi explodido por um feitiço lançado de algum lugar.
Magnus voou metros e metros longe, a dor nas costas pôde ser sentida em cada célula de seu corpo. Assim que se levantou, a espada Lacerator foi sacada. O fio negro, retorcido, se exibiu lustroso, como se convidasse o sangue inimigo a manchar a lâmina.
Novamente uma magia foi lançada, e o Augustus saltou para o lado. Desviando-se dela. A figura aproximou-se o suficiente para entrar no campo de visão de Magnus, que sorriu em deboche.
— Sua mira não é tão boa, bruxinho. — Desafiou, desagradado com o ataque surpresa. — E nem tão forte. — Levantou a espada frente ao corpo, em posição de luta.
— Vamos ver quanto tempo você resiste, duquezinho. Seu sangue é tudo que você tem... Foi o que fiquei sabendo entre seus, digamos, súditos. — O filha da puta queria tirar Magnus do sério, mas diferente deste narrador, o duque era calmo, ignorando a ofensa como uma pluma perturba um gigante urso.
— Você é apenas um lacaio de alguns idiotas com barba. Não me é relevante. O que está fazendo aqui, plebeu, atacando seu duque?
— Daqui alguns quilômetros, não será mais seu ducado. Mas mais importante que isso, venho aqui com ordens... Superiores. Ficamos sabendo que se encontrou com o exilado. E queremos saber onde ele está... Sabe, não é pessoal, duquezinho, mas existem coisas mais importantes que a vida de um nobre. Sem contar que você não irá mais usar magia morto, não é?
— Oh... Isso é impressionante. Mas você é um idiota. Pessoas soberbas normalmente morrem se afogando no próprio sangue. — E abriu um sorriso raposo.
— Vamos ver quanto tempo você dura com esse sorriso, seu filha da puta. Somente eu sei sobre sua utilização de magia e pode ter certeza... Quando eu contar a “eles”, seu ducado será lavado do mapa de Krieger.
— Oh... Você é bem boca suja. Minha augusta mãe nada tem a ver com sua inferioridade. Por favor, plebeu, coloque-se no seu lugar. — E apontou para os próprios pés. — Abaixo da sola de meus pés.
O mago avançou lançando algumas bolas de fogo, buscando cercar o duque, que desviava com boa habilidade.
— Acalme-se, bruxinho... Se beijar meus pés, eu prometo te dar uma morte rápida. — Novamente, bolas de fogo foram lançadas. Algumas arriscavam realmente atingir Magnus, fazendo-o ficar ainda mais atento que o normal, mas, naquela situação, tão perto de seu objetivo, não seria um mero mago da Torre que o pararia.
Não iria recorrer à magia.
Iria vencê-lo na força bruta.
Magnus quanto mais desviava, mais se aproximava do mago. Se o padrão se repetisse, aquele ser inferior teria baixa qualidade de corpo-a-corpo.
O mago parou de jogar bolas de fogo e preparou o grimório que carregava. Provavelmente iria usar alguma técnica de área, difícil de ser defendida. Mas não precisaria. Avançou com tanta velocidade contra o mago, que ele nem teve reação.
Lacerator perfurou o abdômen do mago, varando a lâmina para o outro lado. Removeu a espada de uma só vez.
O mago começou a vomitar sangue instantaneamente, engasgando-se no líquido viscoso.
— Eu disse... Foi tão fácil te eliminar que nem me fez parecer um desafio. Talvez a Torre realmente me ache dispensável e fraco a ponto de mandar um idiota atrás de mim. — Sorriu largamente. — Isso é muito bom... Quanto mais fraco me acharem, mais longe chegarei sem ser sondado.
Decidiu, então, que quando voltasse ao Palácio das Conquistas, mandaria dizer que enquanto viajava pelos campos de trigo do Ducado em viajem, encontrou o corpo de um mago morto. Dessa forma, não iriam achar que fora o próprio que o eliminou.
Andou a pé até a árvore onde o mapa apontava. Chegando ao destino, cavou suas raízes com as mãos nuas, fazendo suas unhas chegarem a romper com a carne, sangrando demasiadamente. E, enfim, seus dedos doloridos tocaram a caixa aparentemente blindada, onde o segredo estava escondido.
Colocou a caixa numa mochila que escondia atrás da capa rubra, e voltou caminhando até onde havia deixado sua Guarda Pessoal, e voltaram juntos para o Conquista.
Foram meses de pesquisa e tentativas, com aqueles cinco mapas, para encontrar a ordem certa. E, enfim, a achou.
Agora, com os mapas organizados...
Enfim...
Uma lagoa em Ruivosa. Com os mapas juntos, além da localização, também havia algumas considerações de Democrites.
Magnus sorriu, decorando o mapa e as informações e, por fim, nunca mais esquecendo do que viu e leu, comeu o mapa, extinguindo o conhecimento do mundo, d'além da mente do próprio Augustus.
A verdade é que, fatalmente, a destruição viria - em mais ou menos tempo do que as profecias davam a entender - e, no fim, somente aqueles com poder, bruto e puro poder, poderiam subsistir tanto ao evento catastrófico, como sobreviver à posteridade. Os Augustus há muito sabiam que essa destruição viria, e toda geração dos duques dedicava seu poder e status à subsistência de seu nome.
Aos Augustus, nada deveria ser possível de os subjugar e, caso permitissem serem subjugados, sempre seria pelo bem maior: poder, bruto e puro poder. E essa filosofia guardava custos severos. Seja a severidade física a resistir combates ou seja a severidade de afastar-se do núcleo de quem o ama. Amor, no fim, é uma barreira para o poder - ou seria a centelha que acende essa vontade?
Para Magnus Optimus, primeiro de seu nome entre os Augustus, poder é indispensável para continuar existindo. Durante décadas, os Augustus cresceram de um pequeno baronato à um Grande Ducado. Agora, definitivamente, o que incendiava a alma do futuro Duque, era conquistar algo que os exércitos vigorosos de seu ducado não poderiam.
E tudo isso começou com uma visita...
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Antonius Optimus Augustus, pai de Magnus, estava reunido com Democrites Lacoste, um então Mago Superior da Torre de Arzallum - anos depois, descobrir-se-ia que ele era um traidor que desertaria da Torre devido uma promessa feita a Antonius por salvá-lo da morte certa. Mas isso é uma história para depois, caro leitor.
Democrites era um homem alto, caucasiano, de queixo quadrado e dentes brilhantes. Longos cabelos prateados caíam em suas costas, contrastando com a túnica alva que usava. Uma faixa roxa estava em sua cintura e um colar dourado pendia de seu pescoço. Três orbes flutuavam ao redor da poltrona em que estava repousando, como se o protegesse de algum eventual ataque.
Antonius, com características físicas parecidas com Democrites, branco e alto, vestia uma armadura dourada completa e uma espada negra repousava em sua cintura - a arma ancestral dos Augustus. A capa vermelha pendia em suas costas, com o brasão da família bordado em fios de ouro. O cabelo dourado estava amarrado num coque alto.
O Senhor da Batávia entregou uma xícara de chá para o convidado e sentou-se numa poltrona a sua frente e imediatamente as orbes repousaram na mesa de centro.
Magnus sentou-se atrás da porta de madeira grossa que estava entreaberta, e passou a ouvir a conversa que, em tese, deveria ser privada daqueles dois. Talvez, bem talvez, tenha sido percebido desde o começo, mas, de qualquer forma, nunca saberia se sim. Todavia, seus ouvidos não o enganavam:
— A Torre possui planos de dominar a magia de forma ainda mais cruel do que já domina. O velho Krieger nada faz, ensandecido por seus desejos de glória. — O albino tomou um gole de chá. — Existem certas coisas que precisam ser feitas para impedir a Torre, mas nada que possa ser feito antes dela conseguir o que deseja.
— Precisaremos ceder, então? — O duque, girou o anel que portava no dedo mindinho, com o selo do ducado incrustrado na pedra preciosa. Um claro sinal de nervosismo, de insatisfação ao ter que abrir mão de um avanço programado.
— Sim, cederemos, mas os esmagaremos. — Os olhos brancos de Antonius fitou os azuis de Democrites. Suspirou profundamente, seu abdômen subindo e descendo, podendo ser visto por conta da armadura.
— Tudo a seu tempo, então. — De certa forma, seria inevitável, não seria? Não podemos forçar a roda do destino.
— Não podemos esquecer de nossa missão nessas terras, Antonius. — O rosto de Antonius virou levemente, focando no bule de chá.
— Vamos destruir a ordem e reinseri-la. — Uma risada gostosa foi ouvida pelo convidado, como se viajasse em suas lembranças. Já havia ouvido aquela frase, será?
— Revolução, ao custo de nossas próprias vidas. — Sim, já havia ouvido e já havia aceitado o destino.
— Nossos descendentes terão um futuro cruel, Democrites. — A voz firme tinha dor, mas aceitação. Antonius entendia a situação em que estava inserindo seu descendente.
— Caberá a eles decidir, no fim, se sacrificarão suas vontades pelas nossas, ou se nossos desejos morrerá conosco. — Democrites olhou ao longe, para além da grande janela que iluminava o salão, como se pudesse ver o destino se construindo ao longe, como areia fugindo por entre seus dedos.
— A liberdade deles escolherem é o que definirá o sucesso ou a vitória. — O destino, será mesmo, era imutável?
— Entre os muitos destinos que nos são dados, Antonius, poucos são aqueles que realmente trilharemos. E a maioria nos dará fracasso, mas ele... — Quem seria ele? Será "ele"?
— Descobriu alguma coisa sobre A Fonte? — Fonte, que fonte?
— Descobri que não é apenas uma. Mas apenas uma daria o poder de varrer todos os exércitos de Krieger. — Tanto poder assim?
— Sabe onde ela fica? — Deveria saber. É muito poder para ser ocultado.
— Precisaremos procurar. Não há muitas fontes. Mesmo na Torre este é um segredo que só a cúpula guarda e mesmo a cúpula não tem a ousadia de se aventurar: os que tentaram pereceram antes mesmo de entrarem no caminho. — Aparentemente, há desejos escusos por trás de tanto segredo.
Magnus, sem querer, encostou as costas na porta, fazendo-a ir para trás e ranger. Assustado, levantou-se já correndo a todo pulmão, fugindo de alguma punição que seu pai daria.
[...]
Magnus estava lendo. Com o passar do tempo, de sua mente nunca saiu a conversa que ouvira escondido. Seu pai nunca o puniu por aquilo, qualquer motivo que fosse, e com os anos, construiu uma imensa biblioteca em seu palácio. Inúmeros livros, secretos ou públicos, que contassem a história da magia em Krieger. Poder. Poder é necessário para sobreviver. Esconder esse poder, também, era um fator necessário para subsistir.
A Torre estendia seus tentáculos, mas ainda não dominara a magia em Krieger. Mesmo assim, Magnus se esforçava ao máximo para não deixar seu poder claro ou a mostra.
Um mapa estendia-se à sua frente. E cinco outros mapas, mais translúcidos, estavam ao lado. Um sorriso insano cresceu em seu rosto, ao lembrar-se de todos os desafios que passou para chegar àquelas informações. O primeiro mapa foi colocado sobre a base. Como um quebra-cabeça, exigia que os outros quatro mapas fossem, na ordem correta, colocados sobre o outro.
Quando ele colocasse o quarto mapa, o local seria revelado.
Tantos anos de luta e batalhas, de desafios... Finalmente, então, estava próximo à localização.
E quando a descobrisse...
Power! Unlimited power!
Desde aquela conversa que ouvira, a ânsia de obter o poder capaz de destruir todos os exércitos de Krieger se agigantaram em seu âmago. Poder? Ilimitado poder! Mas para obter todo esse poder, muita pesquisa se mostrou necessária. Muitos desafios, muitas necessidades de conquista. Nunca imaginaria que para obter uma simples informação, teria que revirar a ordem de Krieger até o mais obscuro do submundo Samariano...
[...]
— Onde ele está? — Magnus perguntou. Estava usando uma capa negra e cachecol que cobria a parte debaixo do rosto. Momentos antes utilizou seu grimório e enfeitiçou o tolo informante, fazendo-o ser influenciado a contar a verdade. Os olhos do outro estavam sem brilho, como se manipulado. Sua voz ressoou baixa, mas o futuro duque pôde entender com clareza o que foi dito.
— Dentro do bar, na mesa na quina que separa os salões. Ele está usando uma túnica roxa. — Assim que ouviu a informação, se permitiu sair de frente ao rapaz, adentrando a taverna com certa tranquilidade.
Quem estava procurando? Democrites Lacoste. Um desertor da Torre, que estava sendo perseguido à recompensa de 10000 Sanários de Ouro. Qualquer um iria querer sua cabeça, todavia, aquela cabeça continha muito mais conhecimento e informações do que meros dez mil sanários de ouro poderiam comprar. Conhecimento é, sem dúvidas, a fortitude suprema, onde os sábios poderiam suprimir os fortes.
Poder.
Magnus andou pelo salão, como se procurasse uma mesa a sentar. Assim que localizou o alvo, sentou-se sem pedir permissão. Abaixou o cachecol, e passou a falar.
— Há muito tempo não vejo você, Lacoste. — Sorriu, fitando-lhe os olhos azuis.
— E você seria? — Perguntou, tomando um gole da cerveja que estava no copo de vidro. O líquido amarelado foi tomado num só gole.
— Hm... Talvez não se lembre de mim, mas se lembre de meu saudoso pai. — E levantou o dedo mindinho, mostrando-lhe o anel com as Armas dos Augustus.
— Não poderia me esquecer dele. Você é Magnus, certo? Acho que esse era seu nome. — Sua mente viajou entre suas memórias, buscando achar o rosto do jovem adulto à sua frente.
— Sim, este sou eu. — Foi simples na resposta, não queria estender a conversa mais que o necessário.
— E o que deseja, Magnus Augustus? Minha cabeça? — Perguntou quase como em deboche. Muitos tentaram ganhar sua cabeça, poucos saíram vivos da tentativa.
— Sim, desejo sua cabeça. — O homem arqueou a sobrancelha, se sentindo desafiado, pronto a revidar qualquer ataque - ou fugir. — Mas não para ganhar míseros sanários. Quero o conhecimento que você tem, mas não pode utilizar e receber a recompensa de tê-lo. — Um sorriso se formou em seu rosto juvenil, um sorriso ladino.
— E que conhecimento é este, que só pode obter comigo? — Questionou, quase como em genuína dúvida.
— A Fonte. Estou no encalço dela há anos e finalmente encontrei a informação que precisava: que você obteve esse conhecimento, e por isso foi exilado. — As palavras foram ditas em tão baixo tom, que fora praticamente inaudível, mas o homem entendeu perfeitamente.
— Oh... Você não quer pouca coisa, não é? — E como A Fonte seria pouca coisa?
— De fato, talvez eu peça muito. Entretanto... Com esse conhecimento e com seu consequente poder, eu poderia fazer o mundo mudar e fazer cumprir o desejo seu e de meu pai. — Estava longe de ser mentira. Esse era seu desejo sincero.
— Eu vou lhe dizer onde encontrar a informação, mas não irei guiá-lo até lá. Com isso, quito minha dívida com seu pai. — Tomou uma toalha de papel que estava sobre a mesa, e passou a desenhar um mapa nela. Aparentemente, deveria levar a uma grossa e velha árvore entre das fronteiras da Batávia. Os olhos de Magnus sorriram, pegando o papel que lhe foi dado.
— Mas terá uma dívida comigo. — Seu rosto se fechou, como se fosse um político cansado de oferecer subornos - e o era.
— Por que eu teria uma dívida com você, pirralho? — Debochado, sim, muito debochado para o gosto de Magnus, mas relevou rapidamente. Ganhou muito naquela barganha.
— Porque conhecimento gera poder. Eu sei sobre você e não irei entrega-lo. Portanto, lembre-se que deve a mim, Democrites.
O Augustus saiu dali com o mapa desenhado, dando as costas ao antigo amigo de seu pai, sabendo que o veria novamente e que cobraria a dívida que se formou.
[...]
Para chegar até Democrites, lembrou, enquanto colocava o próximo mapa sobre o outro, teve que enfrentar A Torre. Os desgraçados estavam, aparentemente, disputando entre a “plebe” quem chegaria até o exilado primeiro. No fim das contas, Magnus tinha olhos por todo o Ducado. Poucas eram as coisas que saíam de seu conhecimento – ou que não chegavam até ele.
E uma das coisas que não chegaram a seu conhecimento, fora o paradeiro do exilado. Sequer o motivo do exílio foi contado. Ninguém sabia. Tudo que sabiam, todavia, era sobre a recompensa. E, sinceramente, com uma recompensa tão gigantesca, ninguém estava realmente interessado no motivo, apenas em conseguir por as mãos nos dez mil sanários de ouro.
A Torre, em seu desespero, perdeu a mão na recompensa. Em breve suspeitas levantar-se-iam, mas provavelmente a Torre saberia como evitar as más bocas: como sempre fazia, eliminando todos que a questionavam.
Poder.
A Torre tinha poder. Mas qual a legitimidade dele? Magnus tinha vontade de bani-los, colocar todo exército batavo nas ruas e vielas e destruir todos que pactuassem com aquela vilania tirana. Mas não era o momento, nada ganharia com tamanha investida política. Havia muito a perder, afinal, a influência da Torre era muito maior do que as leigas mentes pudessem supor.
Sopesar os ônus e bônus de uma investida como essa era indispensável para um nobre.
Factível, no fim, que investir contra a Torre causaria um desgaste político muito desagradável para o Augustus, e poderia até mesmo colocar em risco sua Tiara.
Poder.
Poder para mudar o mundo.
Poder para refazer as fronteiras, desintegrar os inimigos e, sobretudo...
Poder! Ilimitado Poder!
Para reconstruir tudo do zero.
Para encontrar o Lacoste, muito de seus atributos teve que usar. Mas isso ficará para outro conto, meu caro leitor: há muito ainda, entre as linhas deste texto, que não contado foi, e que há de ser revelado.
[...]
Uma imensa árvore se elevou na visão de Magnus, que cavalgava num albino dos exércitos batavos. Seguia o mapa dado por Democrites havia meses, e finalmente estava próximo de encontrar o lugar onde o segredo estava guardado.
Há alguns quilômetros de chegar ao destino, seu cavalo foi explodido por um feitiço lançado de algum lugar.
Magnus voou metros e metros longe, a dor nas costas pôde ser sentida em cada célula de seu corpo. Assim que se levantou, a espada Lacerator foi sacada. O fio negro, retorcido, se exibiu lustroso, como se convidasse o sangue inimigo a manchar a lâmina.
Novamente uma magia foi lançada, e o Augustus saltou para o lado. Desviando-se dela. A figura aproximou-se o suficiente para entrar no campo de visão de Magnus, que sorriu em deboche.
— Sua mira não é tão boa, bruxinho. — Desafiou, desagradado com o ataque surpresa. — E nem tão forte. — Levantou a espada frente ao corpo, em posição de luta.
— Vamos ver quanto tempo você resiste, duquezinho. Seu sangue é tudo que você tem... Foi o que fiquei sabendo entre seus, digamos, súditos. — O filha da puta queria tirar Magnus do sério, mas diferente deste narrador, o duque era calmo, ignorando a ofensa como uma pluma perturba um gigante urso.
— Você é apenas um lacaio de alguns idiotas com barba. Não me é relevante. O que está fazendo aqui, plebeu, atacando seu duque?
— Daqui alguns quilômetros, não será mais seu ducado. Mas mais importante que isso, venho aqui com ordens... Superiores. Ficamos sabendo que se encontrou com o exilado. E queremos saber onde ele está... Sabe, não é pessoal, duquezinho, mas existem coisas mais importantes que a vida de um nobre. Sem contar que você não irá mais usar magia morto, não é?
— Oh... Isso é impressionante. Mas você é um idiota. Pessoas soberbas normalmente morrem se afogando no próprio sangue. — E abriu um sorriso raposo.
— Vamos ver quanto tempo você dura com esse sorriso, seu filha da puta. Somente eu sei sobre sua utilização de magia e pode ter certeza... Quando eu contar a “eles”, seu ducado será lavado do mapa de Krieger.
— Oh... Você é bem boca suja. Minha augusta mãe nada tem a ver com sua inferioridade. Por favor, plebeu, coloque-se no seu lugar. — E apontou para os próprios pés. — Abaixo da sola de meus pés.
O mago avançou lançando algumas bolas de fogo, buscando cercar o duque, que desviava com boa habilidade.
— Acalme-se, bruxinho... Se beijar meus pés, eu prometo te dar uma morte rápida. — Novamente, bolas de fogo foram lançadas. Algumas arriscavam realmente atingir Magnus, fazendo-o ficar ainda mais atento que o normal, mas, naquela situação, tão perto de seu objetivo, não seria um mero mago da Torre que o pararia.
Não iria recorrer à magia.
Iria vencê-lo na força bruta.
Magnus quanto mais desviava, mais se aproximava do mago. Se o padrão se repetisse, aquele ser inferior teria baixa qualidade de corpo-a-corpo.
O mago parou de jogar bolas de fogo e preparou o grimório que carregava. Provavelmente iria usar alguma técnica de área, difícil de ser defendida. Mas não precisaria. Avançou com tanta velocidade contra o mago, que ele nem teve reação.
Lacerator perfurou o abdômen do mago, varando a lâmina para o outro lado. Removeu a espada de uma só vez.
O mago começou a vomitar sangue instantaneamente, engasgando-se no líquido viscoso.
— Eu disse... Foi tão fácil te eliminar que nem me fez parecer um desafio. Talvez a Torre realmente me ache dispensável e fraco a ponto de mandar um idiota atrás de mim. — Sorriu largamente. — Isso é muito bom... Quanto mais fraco me acharem, mais longe chegarei sem ser sondado.
Decidiu, então, que quando voltasse ao Palácio das Conquistas, mandaria dizer que enquanto viajava pelos campos de trigo do Ducado em viajem, encontrou o corpo de um mago morto. Dessa forma, não iriam achar que fora o próprio que o eliminou.
Andou a pé até a árvore onde o mapa apontava. Chegando ao destino, cavou suas raízes com as mãos nuas, fazendo suas unhas chegarem a romper com a carne, sangrando demasiadamente. E, enfim, seus dedos doloridos tocaram a caixa aparentemente blindada, onde o segredo estava escondido.
Colocou a caixa numa mochila que escondia atrás da capa rubra, e voltou caminhando até onde havia deixado sua Guarda Pessoal, e voltaram juntos para o Conquista.
[...]
Foram meses de pesquisa e tentativas, com aqueles cinco mapas, para encontrar a ordem certa. E, enfim, a achou.
Agora, com os mapas organizados...
Enfim...
Uma lagoa em Ruivosa. Com os mapas juntos, além da localização, também havia algumas considerações de Democrites.
"O poder de vencer toda Krieger reside nas ovas
de uma gigante besta cujo lar é neste lago em Ruivosa.
As ovas dessa besta geram uma inacreditável fonte de magia e, a cada dia que passa, mais magia é concentrada.
Acreditamos que aquelas ovas nunca darão um fruto,
como se fosse um ovo cujo fruto é a própria magia.
O poder que ele concentra é capaz de vencer todo o continente samariano, pelo que vemos.
Não há dificuldades em chegar à Lagoa,
mas cuidado com a besta.
Ela defenderá as ovas.
O poder das ovas poderá ser absorvido,
quando a casca das ovas forem rompidas.
Aquele que o poder absorver,
a própria Fonte tornar-se-á.
Este é todo conhecimento que a Torre possuía,
armazenado nestas letras,
em única e última cópia.”
de uma gigante besta cujo lar é neste lago em Ruivosa.
As ovas dessa besta geram uma inacreditável fonte de magia e, a cada dia que passa, mais magia é concentrada.
Acreditamos que aquelas ovas nunca darão um fruto,
como se fosse um ovo cujo fruto é a própria magia.
O poder que ele concentra é capaz de vencer todo o continente samariano, pelo que vemos.
Não há dificuldades em chegar à Lagoa,
mas cuidado com a besta.
Ela defenderá as ovas.
O poder das ovas poderá ser absorvido,
quando a casca das ovas forem rompidas.
Aquele que o poder absorver,
a própria Fonte tornar-se-á.
Este é todo conhecimento que a Torre possuía,
armazenado nestas letras,
em única e última cópia.”
Magnus sorriu, decorando o mapa e as informações e, por fim, nunca mais esquecendo do que viu e leu, comeu o mapa, extinguindo o conhecimento do mundo, d'além da mente do próprio Augustus.
O Amor
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Re: OP Difícil para Magnus Optimus Augustus — A lagoa - Postado Ter Jun 01, 2021 7:02 pm
As Crônicas de Samaria
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+600xp em Argumentação
+600xp em Equitação
+3 pontos em Destreza
+ Mapa Completo para a lagoa do enorme: Magnus conseguiu reunir as 5 partes de um mapa criado por um mago pesquisador exilado de Arzallum, que contém a localização exata de uma lagoa na Floresta Ruivosa, onde habita uma enorme besta cujos ovos são uma imensa fonte de poder mágico. O mapa contém alguns comentários do mago Democrites, porém, não especifica qual é a besta ou como obter o magia que reside nos ovos.
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