:: Clã Yami

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    Azor Hokar, o deus da destruição, o senhor da consumação, retornou. Reencarnado no mês de Era, em 329, no Império Corrompido de Aronian. Enquanto o continente dos heróis, Samaria, está mergulhado em guerras e conflitos territoriais e políticos, Hokar reúne suas forças para trazer por fim sua vingança sobre toda a Criação – E por sua trágica derrota na Era dos Deuses.

    Enquanto isso, Mahoro Trakarhin, o rei dos imortais e guardião do Criador, prepara os reis e tenta apaziguar as guerras de Samaria para que possam olhar para o verdadeiro perigo que reside ao norte, no Império Aroniano.

    Não se renda ao temor que Azor Hokar representa e todo o mal que ele ameaça trazer. Una forças com o lado que melhor te convier e participe dessa aventura épica!
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    As Crônicas de Samaria :: Clã Yami

    Hikari Yami
    Líder de Clã Maior
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    Diy-Média: Yoake
    Novas terras, novas pessoas
    — Mês/Ano: 329 E.R - Amy.
    — Pessoas envolvidas: Hikari Yami
    — Localidade: Xuridra, Drakir.
    — Descrição: Hikari auxilia nas reformas e novas construções de uma nova cidade que era inserida aos seus domínios, enquanto isso cuida de assuntos delicados que cercam a natureza daquele local antes de sua intervenção.
    「R」
    Hikari Yami
    Personal Area : https://samaria.forumeiros.com
    Tramas : https://samaria.forumeiros.com
    Hikari Yami
    Líder de Clã Maior
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    The bastard lord
    As sombras dos cavalos ao sol do alvorecer daquela manhã cobriam as margens do local que mais tarde seria chamado de Yoake, um dos territórios dentro da ilha cujas explorações e termos que eram desenvolvidos trazia ao conjunto de população sob governo direto do clã estrelado ao qual lidero. Como toda nova incursão o local era bastante silencioso, sentia um misto salgado de medo e um gosto amargo de repúdia. Não constaria isto em apenas pelo fato de minha hibridez racial lhe anteceder e aquele não ser um povo habituado a este traço, mas, pois com a aliança e a empreitada de minhas tropas após negociações muitos comportamentos locais seriam forçados.

    Me acompanhavam Amayakusa e Asaskryel, ambas detentoras do mesmo nome que me é carregado, Yami, clã maior governante do local. Enquanto Amaya, minha irmã caçula que é de sangue puro draconata não desperta um sentimento estranho nos que lhe observam pela primeira vez, a garota a qual adotei não divide nenhuma gota do sangue dos descendentes do dragão e é observada de forma um pouco curiosa, mesmo pelos soldados de caráter mais velho que cavalgam ao meu lado.

    Por outro lado, isto é sanado pelo fator ainda mais gritante que nos destaca de quaisquer tropas normais compostas por lideranças reconhecidas na ilha de Drakir, toda uma jurisdição de empreitada composta por um povo híbrido estabelecido que também era anexado agora ao nosso povo. As valquírias, como eram conhecidas, ou apenas híbridas entre dragões e traços físicos que assemelham-se aos pássaros com suas longas asas e seus portes físicos impecáveis por si só contribuem para a imponência e excentricidade de nosso levante.

    Ao todo éramos um grupo de duzentas pessoas, considerando-se o momento político delicado, mas, atribuindo-se estarmos dentro dos limites de nossas próprias fronteiras descanso minha mente na confiança da capacidade minhas tropas. Alguns humanos, enviados por Athron ainda nos fazem companhia acostumando-se a minha lideranças, mas, estes são apenas uma minoria curiosa em treinamento. — Estamos adentrando Porto Campo senhorita Hikari. — Uma das mulheres, Gaia que está no comando das valquírias me alerta de forma respeitosa aproximando-se por minha destra.

    Descemos de nossos cavalos de forma a caminharmos mais calmamente, ofereço a mão a garota que estava em sua primeira cavalgada lhe auxiliando a descer em meu favor e a deixava próxima de Amaya. Seria um pouco complicado para mim dividir atenção entre cuidar da criança e auxiliar com o processo de aceitação da cidade. Haviam alguns problemas em específico que levaram o líder da cidade a me procurar e até aceitar de bom grado o nosso auxílio. O primeiro deles era o mais básico, sua infraestrutura era limitada e com o avanço das que eram regidas por mim a disputa de comércio e rentabilidade caía em demasia. O segundo problema mais evidente era o insurgência recorrente de bandidos que atacavam a cidade.

    Havia ainda um terceiro fator crucial, para o homem não era algo a ser resolvido em si, em termos mais fulos diria que era o preço a se pagar. Para mim, por outro lado, a escravidão que ali parecia ser vista como natural em ênfase de raças estrangeiras demonstrava-se como algo de primeira instância, assinado pelo agora vassalo de pronto sobre sua nulificação e restrição legislativa. Uma parte do sentimento descrito antes pelo gosto amargo provém justamente dos senhores de engenho insatisfeitos com este tipo de conduta, bem semelhante aos primeiros eventos ocorridos em Gime no Yume, antiga capital de Xuridra.

    — Lorde Hikari, é uma honra recebê-la! — Não custaria muito tempo ou esforço encontar o homem chamado por Shinichi, cujo semblante sempre sorridente como uma aranha cheia de cores pronta para enganar o espectador lhe precede, sua feição dotada de cabelos negros e olhos que já possuem marcas de idade contribuem ainda mais uma falsa sensação de segurança. — Senhor Shinichi, a honra é minha em receber uma recepção tão calorosa e cordial. Como estão os preparativos e as obras? — Questiono de volta de forma direta sem fugir aos objetivos que me levaram ali, meu tempo era curto e limitado, cada vez mais e sempre havia uma tensão no ar causada pelo espetáculo criado por Sirius no assassinato de um soldado.

    Ao que observamos os arredores, num direcionamento convidado pelo próprio homem de forma espalhafatosa ao abrir os braços e fazer um giro parcial em seu próprio eixo podemos notar claramente uma diversa gama de homens reformando casas, expandindo vias ao longe, melhorando as condições das vielas. Um investimento considerável foi realizado por mim na aquisição daquelas terras, quantia o suficiente para atrair pelo menos dezenas de comércios ou milhares de soldados rasos. Por outro lado era um investimento que a mim era completamente válido, possuindo é claro seu retorno, também era de suma importância prezar pelas vidas que ali habitam como a todos os que eu consigo esconder debaixo de minhas asas.

    — Como podes ver por si, mia lorde, tudo anda conforme planejado por ti. Pude olhar um pouco dos seus projetos, é uma arquitetura ousada que buscas, mas, deveras eficiente. — Já faz algum tempo que assumo a esquematização dos projetos arquitetônicos e de engenharia empregados no território do clã estrelado, reflexo deste fator as casas e comércios, tal qual grandes centros tem tornado-se mais robustos e apropriados para uma guerra. A madeira é substituída quando possível por pedras e minérios, considerando o aspecto de que fogo é muito comum nos problemas que perturbam o povo, assumindo construções mais apropriadas a suportar uma catástrofe que envolva queimadas, naturais ou não.

     — Me leves a ter com o mestre de obras, por favor? — Digo com o mesmo evitando sempre assumir um tom de ordem enquanto nos mantermos em bom termos. — Evidente lorde Hikari. — Caminhamos ao longo de onde estávamos, contornando por uma curva a esquerda onde podia ver algumas crianças espreitando, além disso algumas pessoas estavam sentadas na rua com semblantes apáticos, famintos. Meu olhar direciona-se ao administrador local e ele logo justificava-se. — Sã-são ex escravos libertados senhora. — Respiro profundamente, pondero que aquele era um cenário previsto sem abordagem apropriada, mas, também ia pessoalmente ao local para averiguar justamente estas coisas que precisavam de minha intervenção.

    — Olá, não irei fazer perguntas redundantes como se estais bem, posso ver com meus olhos. Sou Hikari Yami, líder que governa do castelo ao norte deste local. Não tomando muito de vosso tempo… — Posso notar que as crianças se encolhem um pouco por minha presença, meu aspecto em si não é muito convidativo e um tanto intimidador, mas, abaixando-me um pouco para retirar a grande diferença de altura busco fazer o pequeno grupo se sentir mais a vontade. — … Tens interesse em trabalhar em prol do progresso deste lugar? Creio que tempo é precioso e mais pessoas com a força e experiência que possuem ajudaria muito no processo. Evidentemente serão pagos por isso como os outros obreiros.

    Naturalmente eles estavam mais desconfiados do que confiantes, eu era uma nobre, minhas vestes eram de luxo e a espada em minha cintura demonstra claramente que sou no mínimo alguém com dinheiro para ter bons equipamentos e no máximo alguém poderosa a se temer que poderia matá-los se eles desobedecessem. Aliviar essa impressão para pessoas que foram escravizadas a vida toda não era fácil, mas, ainda assim tentava o meu melhor mantendo uma voz calma. — Venham, nos acompanhem, terá um almoço em breve e após tal explicaremos o serviço e como funciona um “trabalho comum”, por assim dizer.

    A proposta da comida parecia ter um efeito, as crianças olhavam os adultos como se implorassem, levando meu coração a apertar-se um pouco em meu peito. — Não tenhais temor, eu sei bem como é estar de ambos os lados da história, não lhes farei mal algum. — Eles relutam, porém, acabam cedendo por minha insistência erguendo seus corpos e me olhando ainda confusos.

    Caminhamos mais um pouco acompanhados por eles até uma pequena tenda onde repousava o homem a que buscamos. Com a marcha de um grande grupo aglomerado ele prontamente se retira do local que o protege do sol antes mesmo de uma abordagem. — Lorde Hikari, estava aguardando a sua chegada, ouvi dos outros que tinha cruzado as fronteiras. — O homem vem animado curvando-se um instante e então olhando ao nosso redor, em ênfase para as pessoas farroupilhas sem entender muito bem. — Há vaga para mais obreiros senhor Senji? Estas pessoas podem lhe ser bem úteis, tenho um pouco de pressa nas finalizações dos preparativos por aqui.

    Levava um certo tempo para que ele entendesse que não bem uma pergunta, mas, quando compreendia começava a balançar a cabeça positivamente em concordância. — Sim, sim, precisamos muito de auxiliares e de alguns obreiros. Com mais pessoas certamente conseguiremos um melhor progresso. — Eu sorria, ascentia com a cabeça satisfeita e então falava com o grupo. — Veem, se desejarem estarão trabalhando pelos próprios recursos agora e pelas próprias conquistas, não é fácil escalar, mas, digamos que o alçapão agora está aberto a vós. Sem delongas peguem uniformes, arrumem-se e vamos almoçar, começem logo depois. Deixem as crianças aqui onde é mais seguro.

    Eu não aliviaria a quem não segurasse as próprias armas para escalarem a condições melhores no mundo, mas, com certeza buscaria ser alicerce para as primeiras passadas daqueles que não acomodaram-se. — Certo senhorita! — Alguns saíam mais apressados, satisfeitos, outros ainda pareciam desconfiados. Haviam aqueles que pareciam apenas preguiçosos, o tempo diria o destino de cada um, por hora alegrava-me em juntarmos todos em um grande campo de obras comendo da mesma comida, soldados, nobres, obreiros.

    Quando o almoço acabava eu também seguia a uma tenda onde eu mesma trocaria minhas vestes luxuosas por uniformes mais simples de trabalho. Não era exatamente fácil achar algo do meu tamanho, mas, um dos que ali trabalhavam e havia antes sido membro da cavalaria com um porte mais robusto e alto me emprestava um de seus reservas. Supervisiono os projetos de perto, cavalgando quando necessário de um local a outro para verificar como todos seguem o que foi desenhado por mim.

    Em uma destas encontro novamente com algum dos homens a quem busquei dar uma oportunidade de recomeço. Ele revira massa e ajuda uma mulher de fios ruivos, um pouco rechonchuda que bate a massa na construção de um muro. — O trabalho aqui está a toda — Comento de forma positiva, vendo que estes se dão bem sem maiores esforços diferente da maioria. Ela olha assustada, com uma mão segurando um tijolo e outra ao vento. — Um nível certo?  — Pergunto ao mesmo tempo que pego o objeto do chão lhe entregando após perceber o que ela ia solicitar ao outro antes de ser interrompida. Meço junto com ela, acento alguns dos blocos e então me despeço ao prosseguimento do serviço espalhado pela cidade. — Deixarei-os que estão bem sem mim, continuem o bom trabalho.


    Aos poucos vai entardecendo, retorno ainda com sol a barraca do mestre de obras local descendo de Sunna e caminhando calmamente até sentar para ter com este. — Vaguei pela cidade toda e ainda não vi nada muito suspeito, poderiam os bandidos terem recuado pela notícia da chegada das tropas? — Faço uma pergunta retórica, quase a mim mesma levando a mão ao queixo imaginando como resolver a situação. — Creio que sim, de todo modo, eles normalmente atuam de forma sorrateira, pela noite. Talvez eles se aventurem mesmo com soldados se esperarmos. — Não tinha certeza sobre aquilo e certamente não era de meu agrado apenas ficar aguardando de forma apática, mas, talvez fosse a única saída.

    — Quais os crimes relatados? — Questiono de forma a entender melhor o caso, ainda buscando uma solução prática. — Furtos, em geral, alguns raros roubos também foram relatados. — Eu havia pensado bastante sobre aquilo, não pareciam conectar-se de forma alguma a algum tipo de viés de crueldade. Quase podia apostar que era um reflexo da situação precária de antes, algo que me parecia bastante óbvio, mesmo para mim ficar guardando para mim como algum tipo de mistério. — Escravos foragidos… É a única coisa que eu consigo imaginar. — O próprio homem arfava em lamentação com a cabeça. — É o que eu imagino também. Por sinal, mais cedo fiquei com receio mas, o grupo que trouxe tem ajudado bastante, desculpe me assustar. — Enquanto ele diz tal tudo que faço é balançar a cabeça tranquilizando-o, ele era um bom homem, eu podia ver isto sem dificuldades.

    A noite passava sem maiores complicações, nenhum relato de crime era abordado e tampouco alguém era avistado espreitando pelos arredores. Reunia-me cedo pela manhã com a pulsares que estava comigo e também minha irmã em conjunto com Gaia, a alada que liderava a guarnição de Valquírias. — Encontraram algo? — Ia direto ao ponto antes de os demais despertarem de seus leitos. — Não senhorita Hikari — Respiro profundamente, não ter tido um ataque era o esperado, não encontrar olheiros, isto sim era algo estranho. — Acredito que eles tem informações direto de alguém daqui. — Concluía de forma a pensar, ainda que dentre o aspecto mais comum, algo que precisava ser constatado. — Fiquem atentos com pessoas que deixarem a cidade durante o meio tempo que estivermos aqui, sigam de forma discreta se necessário e me alertem.

    Logo o dia ia subindo no horizonte, as margens pálidas daquela cidade iam sendo banhadas no rubro da luz do mês de Amy e nós avançamos para o trabalho. Decido ajudar com as plantações no local. Apesar de entender muito sobre plantas, possuía pouca experiência em si na arte de plantio e colheita em larga escala, tal qual eram os feitos agronômicos. Pegar no cabo da enxada, tal qual era realizado por mim me era, até certo ponto, uma novidade. Tudo que fiz antes foram colheitas simples e cuidados de plantas isoladas, mas, o prático e teórico tendem a ser coisas com aspectos bem diferentes.

    Limpo o suor de minha testa vendo o vasto campo ao nosso redor. Enquanto que boa parte da base alimentícia de Xuridra vem dos mares, as plantações também tem seu valor ampliando a gama de produtos diferentes, ampliando as provisões de saúde nutricional do povo em si. Outros trabalhavam a minha volta, provavelmente, nem de longe tendo pensamentos tão profundos quanto os meus, firmes no cerne daquele conjunto, deixar a plantação nos aspectos apropriados para auxiliar no abastecimento da cidade.

    Outros que também juntavam-se ao nosso redor eram as crianças, elas brincavam como se não houvesse ninguém trabalhando ali. Dentre elas estavam aquelas que nos dias anteriores estavam tristes no chão e também Asaskryel. Observá-la era engraçado, enquanto eu me sentia jovem de mais para ter uma filha, adotá-la também fazia-me pensar por vezes como uma mãe, sorrindo de forma idiota ao vê-la mais animada e alegre, correndo por aquele recinto como se não houvesse amanhã.

    — Senhorita Hikari, encontramos alguém que encontra-se na sua descrição. — Uma das aladas aproxima-se de forma calma sussurrando ao meu ouvido enquanto eu mesma apenas sorrio para esta concordando com a cabeça que compreendi. Fico mais algum tempo não gerando desconforto ou desconfiança até que faz-se hora do almoço de mais outro dia. As pessoas se reúnem, mais aglomeradas e isto me permite sair um pouco com o pretexto de que poderia descansar.

    — Prossigam com os relatos. — Digo sentando-me entre algumas tropas juntadas ali. — Uma entre antigos escravos, ela já estava trabalhando antes entre os obreiros antes mesmo de tua iniciativa, seu nome é Merilyn, uma elfa. — Suspiro com certo pesar, desejo tomar as rédeas para a melhor abordagem possível e construir os alicerces ali em cima de discórdia apenas deixaria o território fragilizado. — Certo, irei averiguar isso, montaremos acampamento de forma sorrateira e a seguiremos quando ela partir novamente.

    Apenas um pequeno grupo fazia a busca por manter a mulher sobre vigília sem demonstrar alguma situação que fugia ao normal. Na entrada da cidade montamos o cerco por cima das árvores empoleiradas em galhas como aves de rapina preparando o bote. Como antes ela também saía pelas fronteiras, fora das vias principais e olhando os arredores em certa preocupação.

    Dava um sinal com as mãos e duas de nós erguia um voo alto, reduzindo a perspectiva de visão e mantendo-se misturada ao céu noturno como simples aves graças a baixa luminosidade de uma noite sem luar. Eu por outro lado descia por entre as árvores, seguindo de longe com uma abordagem furtiva, escondendo por entre troncos mais largos e rochedos, guiando-me pelas que voavam quando não tinha uma vista clara da mulher sem expor minha posição.

    Levaria algum tempo de caminhada, mas, logo chegamos a um local onde conversa pode ser ouvida, um pouco de luz pairava de forma bem sutil no breu da mata e algumas pessoas vigiavam no exterior. Não havia abordagem sutil, o que eu precisava eu já tinha encontrado e iria para um confronto frontal, até mesmo para entender o que se passava ali. Mal precisava, não muito longe ouvia o que era a mesma loira de orelhas pontudas na entrada conversando com um draconata de olhos puxados e um bigode mal feito. — Consegui um pouco mais de comida. Como está nossa filha? — Fecho meus olhos um instante, minha desconfiança estar certa tornava as coisas ainda mais complicadas. — Nada bem, ela está com febre, tremendo, precisamos de remédios ou algum curandeiro, talvez o hospital de Kurokaji… Eles não atenderiam escravos como nós neh?

    Daquela faço a minha brecha de abordagem, confiante o bastante para mostrar-me diante eles de forma clara, mas, não o bastante para dispensar o auxílio das valquírias que montava cerco ainda escondidas. — Estais equivocados sobre Kurokaji, teria sido uma boa escolha. — Naturalmente os homens ali assustam-se, alguns sacam as suas armas enquanto me observam, sem atacar-me. — Quem és tu mulher? Como se soubesse algo? — O homem me confronta, de certo modo deixando-me satisfeita, era sinal que poderia prosseguir aquilo com um diálogo. — Não sei tudo sobre tua situação aqui, todavia posso garantir-lhe que sobre a conduta do hospital fundado por Draktar eu conheço, afinal está abaixo também da minha jurisdição, permita-me apresentar, sou Hikari Yami.

    Um burburinho se dá, alguns falam entre si, outros recuam considerando a possibilidade como assustadora. — O que garante que não está mentindo? — Ouriço um pouco minhas asas e dou de ombros. — Não tenho motivos. O que há com tua filha? Eu posso ajudar. — O homem olha, pensa, cochicha algo no ouvido da elfa loira que balança a cabeça positivamente sobre algo, deixando o homem com uma feição incrédula. Se for ter um palpite diria que confirmou minha identidade. — Considerando que tu es mesmo uma líder, o que te garante a segurança que não apenas lhe atacaremos aqui? Te sequestrar pode resolver muitas coisas! — Rio de forma despretensiosa, respondendo sem hesitar. — Apenas criaria mais problemas e chamaria atenção, fora isso, tenho certeza que sabes que isto não seria tão simples.

    Meus passos me guiam até a entrada onde olho o homem lateralmente. — Vamos, leve-me logo a tua filha. — Ele reluta, esboça que levantará tua espada em mãos, mas, é impedido pela elfa que lhe acompanha. — Ela está por aqui senhorita Hikari. — Logo chegamos a um local onde uma híbrida entre ambas as raças está deitada, suando ela agoniza por vezes por baixos grunhidos e sua dor é evidente em sua expressão mesmo estando inconsciente.

    Aproximo, cubra a mão em sua testa e então vejo que há algumas compressas que estão fazendo ali. — Vejo que tentaram algo. — Quando olho através de seu corpo percebo que sua perna tem uma ferida considerável, uma estaca de madeira encrava por sua carne através dos ligamentos de sua coxa. Estava claramente inflamada. As mãos da elfa tremia e meu senso de responsabilidade ficava ainda mais pesado. — Tentaram remover da ferida? — Questiono consultando o que já foi abordado. — Te-tentamos mas, começa a escorrer sangue no menor dos movimentos.

    Pelo que podia notar a artéria estava rompida e o sangramento estava sendo contido pelo próprio fragmento que causou o dano. Foram prudentes em não insistir, isto apenas teria acelerado sua morte, por outro lado permanecer daquele modo também a mataria com o tempo. Felizmente, talvez por uma coincidência mais do que vital, eu possuía o conhecimento médico e mágico necessários para aquela intervenção. — Fizeram bem.

    Respiro de maneira calma, troco a compressa que está sob a testa da garota que não devia ser muito mais velha que a meio elfa que me acompanhava, suas raças também são semelhantes despertando ainda mais a minha empatia com a sua família, separadas pelos traços paternos que lhe precedem apenas quanto ao seu gênero racial. — Vai ficar tudo bem, eu prometo. —  Com ela um pouco menos agitada posso dar seguimento ao seu tratamento.

    Com um tecido úmido limpo as proximidades para que não caia fragmentos de sujeira dentro durante a operação causando assim uma inflamação posterior por causas de resolução ainda mais complexa. Depois disso seguro de forma cautelosa a parte externa do objeto, retirando sutilmente ao mesmo tempo que tocando sua perna começo a emitir uma fluxo de mana cálido, natural de minhas origens sanguíneas das habitantes de Yomunhal.

    Algum sangue flui misturando-se ao suor que umedece a manta abaixo de si após verter por sua perna, sua voz escapa em gemidos e ela tenta se movimentar por vezes. Enquanto eu seguro firme por esta para evitar que ela acabe causando outros danos, seus pais tentam ajudar contendo a parte de cima de seu corpo. O fragmento quase atravessado vai dando espaço para a carne que forma-se ao comando de minha magia, logo refaz-se por um amontado de novas peles, com um tom um pouco diferente das demais áreas do corpo da garota naturalmente.

    Ajudo eles a limpar todo suor de seu corpo retirando as vestes molhadas, trocamos a roupa de cama ensanguentada e sentamos um pouco ao redor da garota que aos poucos acalma sua respiração e reduz sua febre. — O pior já passou, ao menos, no que refere-se a saúde dela. Sabeis bem que temos outros assuntos, de acordo? —  Retomo as pautas anteriores sobre o fato deles serem abordados como criminosos, até certo ponto de fato são e não posso ignorar os eventos ali.

    Eles me olham, se observam entre si e suspiram em dúvida. — E então, o que vai acontecer conosco? — Eles perguntam, aparentemente esperando o pior e aceitando, quase como uma troca pela gratidão de salvar a filha do casal. — Pelo que pude observar sois vós vistos como líderes neste acampamento. — Questiono vislumbrando sua reação em balançar a cabeça positivamente. — Antes, como tu mesma observastes Merilyn, dei oportunidade de trabalho aos que passaram dificuldades, poderia fazer o mesmo com vós, mas… — Respiro profundamente observando os arredores. — Preciso também dar alguma satisfação aos que querem justiça por seus pertences perdidos.

    — Seus, eles só tem essas coisas pois nós estávamos dando nossas vidas como escravos para aqueles párias! — Ergo a mão lhe interrompendo, quando após alguns momentos de silêncio ele resolve retomar um pouco exaltado. — Não tenho como reparar o passado, mas devolver desta forma também não resolverá o futuro. Precisarei detê-los, porém, farei isto apenas para um inquérito inicial, serão condenados em flagrante e pagarão pelos seus crimes com serviços prestados a coroa. Deste modo estarei satisfazendo a lei e oferecendo-lhes uma nova inserção ao mercado de trabalho, não faltam obras em Yami e tampouco guerras, escolherão as formas como desejam ter essa retomada dentre os serviços que são diretamente administrados por mim. Espero que entenda que lamento tudo que ocorreu, minha intervenção apenas pode ser feita de forma oficial agora, mas lhes ofereço uma oportunidade de recomeçar que não seja apenas um conflito armado e vocês acabando mortos ou presos em definitivo. Odiaria um resultado tão desgostoso.

    Eles novamente ficam em silêncio, conversam um pouco entre si e voltam-se a mim com um sutil ato de se curvar, dirigindo-me a palavra. — Nos dê algum tempo, iremos falar com os outros. — Concordo e espero ali, observando a criança calmamente caso ela precise de mais alguma intervenção. Não por uma fuga, não creio que eles deixarão a garota para trás e se vierem a um conflito também estou confiante de enfrentá-los com o auxílio de minhas tropas que cercam o lugar. — Teus pais me parecem boas pessoas pequena. — Balbucio sozinha passando a mão pelos fios loiros da jovem.

    — Tomamos nossa decisão. — O homem volta após algum tempo retornando pela abertura da tenda e eu o sigo até uma espécie de praça central onde muitos homens estão, mulheres e crianças estão. — O que vai acontecer com nossos filhos? — Uma mãe pergunta segurando uma criança de em torno de quatro anos no colo. — Em primeiro momento serão cuidados por minha irmã e outras serviçais do castelo em conjunto com alguns outros órfãos em condições parecidas, quando estiver com liberdade condicionada a prestação de serviços poderão cuidar deles por si próprios.

    Eles olham entre si, fazem algum burburinho e novamente o homem toma a frente. — Tudo bem, estamos nos rendendo, espero que cumpra com tua palavra líder de Yami — Ao mesmo tempo eu coloco a mão no peito com uma sutil reverência. — Tens a minha palavra enquanto eu tiver a tua, um tempo breve em troca de centenas de anos livres como cidadãos de Yami com todos os teus direitos. — Os pais iam se despedindo das crianças que seriam levadas separadamente enquanto eu dava sinal com a mão para as soldados ao entorno se agruparem novamente.

    Não sabia se existia uma possibilidade melhor, mas, certamente fiz o melhor que pude. Dentro do meu desejo de manter ambos os pólos satisfeitos e felizes, aquele era um caminho árduo em que desejar o bem de todos poderia dificultar o oferecimento real de satisfação. Ainda assim, governo para todos que aqui habitam em busca de equilíbrio, desejando um lar melhor, uma sociedade melhor. Talvez eu esteja sendo uma iludida buscando uma utopia, mas, meu cerne está no progresso e minha ânsia de aprimorar a mim e ao que se estende de minhas decisões.

    Retomo as obras em conjunto aos que trabalhavam naquele local nos dias que se seguem, não é rápida, toda a atualização geográfica de uma cidade, mas, com todos os novos funcionários e com o desenvolvimento que já progredia ali antes mesmo de eu ter me juntado as coisas andavam com certa mobilidade. Nos dias finais ainda mais operários estavam listados, alguns dos que antes foram bandidos já cumpriam em liberdade supervisionada ali lavrando as plantações, pintando as paredes ou ajudando na construção dos monumentos que decoraram a cidade que abandonava o nome anterior para assumir um novo que indicava o início de algo, Yoake, o mesmo de minha espada.

    Foi em um destes que vagueamos às finalizações, uma pequena festa era orquestrada, nada extravagante o bastante para que alcance o porte de festival. Apenas algumas poucas barracas de moradores locais com comida, música que alguns bardos faziam ressoar pelo ambiente e pessoas dançando alegremente. Em algum momento sou abordada pelo mesmo casal que algumas semanas antes detive na prisão e agora estavam ali aproveitando a festa ainda que houvesse guardas atentos nos arredores. — Essa moça que me curou? — Abaixo-me vendo a meio elfa, olho sua perna de lado e sorrio de volta. — Parece que estás bem, fico feliz.

    Alguma conversa se desenrola entre nós, eles parecem apreensivos e ainda com medo do futuro, mas, consigo ver uma fagulha de esperança no meio disso. Não é possível mudar do dia para a noite, mas, aos poucos esse local me deixa mais satisfeita e ver pessoas sorrindo e alegres como aquela garota que antes estava enferma me alegra. Isto, é claro, não é tão evidente em minha postura que segue firme e falando de forma prestigiosa como meu cargo exige.

    Asaskryel sai em busca de brincar com a recém conhecida e eu me direciono para um pequeno palanque onde será realizado um breve discurso e um corte simbólico de uma faixa para reinauguração da cidade de Yoake, antiga Porto Campo. Já não fico mais tensa como outrora, no começo de meu governo, principalmente no meu discurso de inauguração estava tão ansiosa que parecia que meu coração ia pular pela boca. Ali, estava mais para satisfeita, meu semblante era rígido, reflexo de minhas raízes militares desde os primeiros avanços como herdeira bastarda, meus olhos passeiam pelos rostos gravando suas imagens alegres em mim, me preparando para protegê-los e fazer o que for necessário para manter a integridade daquela pequena ilha.

    — Todas as manhãs o sol nasce no horizonte limitado apenas pela nossa perspectiva, o alvorecer pode ser o começo ou o fim de algo, pode ser belo ou angustiante, mas ele sempre acontece independente das circunstâncias. Yoake, o alvorecer de Xuridra também é desta forma, mêses atrás regidos por um ponto de vista completamente distinto hoje reúne vidas preciosas de uma forma única, sem distinções, apenas sorrisos que espalham-se de forma contagiosa pela música que invade esse local e pelas conquistas feitas em conjunto. Ergue-se as estrelas de cada um pelo céu anil, não derrubados pelas adversidades, não tomados por incertezas, como o sol, vós também ireis perseverar. Cada pequena lajota deste local é mérito do povo que aqui festeja, da força que observei na últimas semanas. Celebremos o alvorecer de uma nova era, celebremos Yoake.

    Eufóricos pelas próprias condições em si e pelas próprias satisfação, não importava muito mais o que eu dissesse, qualquer coisas os faria eufóricos como transparecem e eu mesma também ia festejar com os demais conversando e comendo. Olho um pouco o céu, sinto falta de Ilia, o ambiente de comemoração me faz lembrar de Era e de nosso primeiro encontro, fazendo-me perguntar por onde ela está agora. Logo desfaço o pensamento em busca de focar no presente e na interação com a população local.





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    - Diy de nível médio(5028 palavras)
    - Ações comunitárias(+20 Popularidade)
    - Tentativa de ganho de tendência positiva
    - Pelo reino
    Informações:
    Hikari
    Yami is here for reclame




    Hikari Yami
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    Zoren Fwëryatt
    Príncipe
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    Hikari

    O resultado da DIY foi:

    • Coerência e Dinâmica (20/25)

    Sendo uma DIY, o maior requisito é o número de palavras e não o desafio, mas para fins de coerência, as vezes uns obstáculos podem fazer a diferença. Achei a trama dessa quest boa, mas o desenvolvimento foi um tanto quanto fácil demais, inclusive a parte em que Hikari acha o acampamento de bandidos, entra sozinha, e convence todos de quem realmente é com poucas falas.

    • Desempenho da Perícia (15/15)

    • Estrutura e Digitação (5/25)

    Como já venho falando em diversos posts seus que avalio, existem muitos erros de digitação, concordância e tempo verbal, além de mal uso da pontuação. Tudo isso somado deixa o texto super cansativo e desestimula a leitura. Volto a dizer que uma revisão é necessária antes de fazer o post e é sempre bom tentar se aprimorar na escrita, tendo em vista que este é o cerne do fórum. Seguem alguns exemplos dos erros que mencionei:

    OBS:

    • Enredo e Criatividade (35/35)



    RESULTADO
    + 8 Sanários de Ouro para o reino + 4 pontos de estrutura para o reino + 15 pontos de Popularidade Positiva.


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    Atenciosamente, Zoren.
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