Uma explosão? Não miasma, mas sim um grande impacto que destruía parte da parede aos fundos assim como a magia defensiva criada por mim. Olhava um breve instante atônita enquanto percebia que as estátuas podiam conter não apenas a magia do miasma como outros tipos de truques. Aquilo tornava-se ainda mais irritante e apesar de olhando ao meu redor, perceber que as coisas estavam melhores do que poderiam estar, ainda fico a mercê da desinformação sobre os eventos e não conseguindo achar algum fio que me leve ao culpado para agarrar-me.

A artesã por sua vez parecia recobrar a consciência e tinha um pensamento ágil e rápido pelo que parece. Seja pelo caos, pelo momento de inconsciência e até pelo empurrão não muito delicado que pode ter acabado de alguma forma dolorido, ela prioriza o bem estar de suas peças tal qual eu faço com as pessoas de Xuridra, criando uma certa empatia que trás um pouco do meu foco a acalmá-la ou explicar tudo por ali. - Vosso dragão era uma armadilha, julgo que pelas palavras proferidas através de ti faz alguns segundos, ambas nós duas éramos os principais alvos. Queriam a tua cabeça e a minha queda. O pagamento pelas estatuetas paga todo esse prejuízo? Ou a sua vida? Digo balançando a cabeça em reprovação, mas, meu tom revela uma preocupação genuína que devia ser percebida pela mulher que antes facilmente percebeu minha mentira.

Avanço na direção dos escombros, a priori observando ao redor se alguém tinha se ferido, percebendo que isto não teria acontecido voltando-me a ajudar a extinguir as chamas restantes com os demais. Abro minhas asas próxima ao local, batendo-as com força o bastante para alçar um pequeno voo de modo a soprá-las em direção diagonal frontal e para baixo. Soprar fogo sem cuidado pode acabar espalhando as chamas, mas, assim como soprar uma pequena chama uma quantia massiva de ar que guia as chamas para uma zona sem combustível, o que era feita por mim ali com as asas, acabava por funcionar para apagá-las e era minha saída ausente uma magia de água ou conhecimento do local para saber onde conseguir o líquido. Jogar terra por cima funcionaria também, mas, imagino o trabalho que daria limpar ainda mais poeira no local.

Havia ainda uma razão velada para usar as minhas asas para ajudar na extinção do fogo da loja da mulher. Se os culpados queriam fazer um movimento político contra mim, utilizar de meus traços raciais mais diferentes para ajudá-los era uma resposta à altura de conseguir melhores olhos quanto a estes traços. Talvez, conseguir confiança o bastante para que obtivesse a resposta que realmente precisava. - Tu estás bem? Se precisares eu posso tentar curá-la. De todo modo, preciso de tua ajuda, sabes quem comprou as estatuetas? A primeira causou uma pequena guerra civil, a segunda uma explosão que mandaria este lugar pelos ares, qual será o próximo se não encontrarmos? Digo com um tom firme, porém, sem hostilidade esperando poder contar com a compreensão da artesã.

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- Dados da percepção: Link - 17/15 Percepção com sucesso
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A ruiva parecia bem mais "simpática" agora, contando-me um pouco sobre os pedidos que recebeu antes. Segundo a mesma todas que foram feitas seguiam exatamente as mesmas proporções, inclusa a estátua maior que estava ali anteriormente. - Não te preocupes com isto. Sou grata pelo auxílio que está conferindo-me com as investigações. Contudo, o que realmente assustava era a quantia produzida pela mesma. Era impossível não demonstrar em meu semblante que estava perplexa, quatrocentas delas e eu ainda não tinha nem certeza de quantos tipos de artimanhas podiam ser feitas através delas, ou, o motivo de seguirem de forma tão exata as medidas necessárias. Estaria isto vinculado as magias conjuradas? Não funcionariam se não estivessem certas? Ou, em outro caso, seria apenas TOC de quem está arquitetando estes planos vis, sendo este último caso até uma possível pista do culpado.

- É um número impressionante, há muito tempo desde que solicitaram isto à senhora? Apesar de não tão relevante, poderia ajudar-me em algum momento saber se arquitetavam isto a muito tempo. Quem sabe, talvez desde antes de eu assumir? Se fosse o caso teria de rever alguns conceitos da busca, mas, talvez não seja o caso, seis meses ou menos é o bastante para uma artesã hábil como ela com funcionários conseguir concluir, ainda que, tenha outras estruturas criadas ali de igual maneira. Minha mente maquinava a mil confundindo-se inclusive entre várias conclusões opostas quando a mulher ainda dava-me mais informações. Precisava ser rápida em minhas decisões, parte do dia já havia passado e havia algo grande armado para o final da noite. - Bem, sou grata por tuas informações. Preserves a tua saúde, mandarei um guarda para ficar de olho por aqui. Afinal, não sei se voltariam a tentar algo contra a senhora.

Após minhas palavras deixaria o local buscando ter com outros dos soldados que estariam em busca pela cidade tão rápido quanto conseguisse de modo a que repassassem uma mensagem aos demais o mais rápido que pudessem. - Interrompeis as buscas por oficinas, já encontrei-a. Preciso que um de vós monte guarda pela qual estive e alerte se algo suspeito acontecer. Os demais, convocais Blackwell, Kayo, Jock e Llora ao castelo... Digo com tom firme lembrando dos leais que me acompanharam durante tantas situações de crise com as grandes feras que precisamos matar antes. -  Silverwell também. Digo a última separada com certo receio, assim como os homens em minha frente também devem olhar acredito. Confio na mulher entretanto que apesar de ter alguns problemas com bebida e de comportamento sempre foi leal e já dividiu batalhas por nossas vidas ao meu lado.

Em sequência eu mesma também tomaria esta rota tomando a cavalaria inicial, caso ainda estivesse viva e em condições de levar-me, ou, solicitando a outro cavaleiro presente. Não sabia se algo aconteceria no trajeto, mas, mantinha-me atenta a qualquer eventualidade até que atravessasse os muros prateados. Dentro do local solicitaria uma das mucanas de forma educada. - Solicitais que Kage e Amayakasa apresentem-se no hall por favor, trajadas de forma adequada para atuarem em seus cargos. As duas últimas à quem posso recorrer nesse momento e felizmente as mais próximas são minhas irmãs, Kage que sempre teve ao seu lado e a minha caçula que vem destacando-se entre os cavaleiros. Esperava que Blackwell chegasse logo também, o cavaleiro draconato tinha conseguido muito do meu apreço pelos últimos eventos. - Caso Kage ainda esteja ocupada tratando os feridos deixe-a priorizá-los. Ressalto por último às mulheres sobres os civis que ainda não tinha informação da situação atual deles.

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Cinco dentre os melhores cavaleiros que possuo estavam ao meu redor enquanto eu mesma ainda estava um pouco indecisa sobre como prosseguir com as buscas ou tentativas de ajudar o povo. Tomo um gole de ar, buscando afastar um pouco da aflição e encarar as pessoas que me cercam e as informações que possuo até o momento. - Neste momento deve ser de vosso conhecimento parto dos eventos que ocorreram no vilarejo próximo, seja o caos na via causado por pessoas ferindo às demais ou a explosão pela qual eu consegui fazer algo para pelo menos reduzir os danos, ainda que, não tenha sido ao todo de propósito. Respiro para repassar todas as ideias de forma ordenada. - Do início, no primeiro evento descobrimos que uma estatueta de dragão estava relacionada à uma magia que provocou isto. Após algumas investigações pude encontrar o local que as produzi, daí em diante as notícias não são as melhores. Quatrocentas delas foram produzidas, então, ainda há quatro centenas delas por aí, o bastante para provocar um genocídio. Precisamos fazer algo e rápido, a mulher escutou algo sobre o ataque ser feito hoje meia noite.

Apoio minha mão na sobre uma das mesas do recinto pensativa enquanto ainda sou observada pelos demais. Não sabia ao certo se eles saberiam de algo que eu não sabia, talvez Blackwell em seu posto mais avançado ou Kayo com sua experiência, quem sabe Amayakasa tenha ouvido algo no castelo? - Blackwell, teus homens encontraram algo nas oficinas que já tinham olhado ou pela cidade? Qualquer informação pode vir a ser útil. Kayo, há alguma seita ou organização mais antiga que lhe venha a mente? Questiono aos dois em base de suas possibilidades e no desconhecimento da ruiva sobre quando o pedido foi feito. - Amay percebestes alguém indevido sondando o castelo ou semelhante? Havia mais uma ali que nestes momentos por seus hábitos ruins em verdade podia conter as informações mais valiosas. - Silverwell, sei que você convive em locais não tão aconselhados por vezes, em uma das tuas noites boêmias não ouviu algo que parece importante agora?

Correria os dedos por minhas sobrancelhas um tanto tensa enquanto ouviria atentamente as informações que eles pudessem dar-me ou não enquanto toco repetidas vezes sobre a mesa como um tique que retorna em momentos como estes. - De todo modo, preciso preparar-me para dar uma ordem de evacuação caso não consiga agir. Não, em todo caso, é melhor que o faça o mais breve possível. Jock, faça isso, peça que hoje todos que possam desloquem-se para Fyer, Eliza saiu pela manhã, ela não vai opor-se. Creio que o território desta não deve estar na mira. Os que não conseguem, que fiquem em casa e não saiam esta noite! Leve alguns cavaleiros e espalhe por onde conseguir. Daria a ordem em um firme, de modo que fosse executada o mais breve possível. Ainda havia algum espaço para preocupar-me com Llora, se ela entrasse no transe que participei mais cedo ela certamente seria um problema. Preciso confiar que ela consiga lidar por conta ou que esteja segura, visto que não pôde comparecer.

Sento-me sobre a mesa após a possível retirada de Jock erguendo minha cabeça e olhando o céu acima tentando freneticamente pensar em algo. - Amay, procures com kage se há dentre as pessoas presentes alguma completamente recuperada e tente ter com esta para descobrir se notaram alguém diferente, ou, fugindo do local. Havia um miasma no local, então, acredito que a pessoa esteve ali. Alguém com uma estatueta de dragão ou com uma conduta estranha, qualquer coisa que conseguirem é válida. Precisava de informações para decidir mais do que aquilo, de modo que, no momento restava aguardar que tudo fosse dito em busca de novas pistas.

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Parecia não ser um erro afinal convocar Silverwell, dentre os presentes, ainda que de forma bem superficial, ela era a única que acrescentava alguma informação de início. Amayakasa e Jock por outro lado logo seguiam em busca de cumprir as ordens sobre evacuar parte da cidade sanando em parte umas das minhas preocupações. O mais velho dentre os presentes, Kayo, também parecia começar a ponderar algo em busca de respostas. Um lugar com um grande cunho mágico e uma estrutura alta que facilitassem um controle sobre centenas de artefatos mágicos ao mesmo tempo, de fato, não haviam muitos lugares assim para vir em mente e tampouco muitas organizações que detivessem tal poder. Maza kalderta e o sacro templo ao longo dos raciocínios foram eventuais suspeitas, porém, podem não ser o local mais imediato a ser seguido, levando a conclusão dos presentes diante mim mais relevante.

- Estás certo Blackwell, tome Kayo consigo e prepare  tropas, quantas achar necessário para que demos passo até o local. Confio no homem o bastante para que cuide desta etapa, sendo o homem acostumado às atribuições como líder do regimento de cavaleiros enquanto eu tomo conta da outra parte do assunto. - Silverwell, tu, por outro lado, retire o homem suspeito do meio dos demais, de forma rápida, só tente não exagerar. Havia uma razão para enviá-la, ela já tinha um certo desprestígio e um pouco de rudez não lhe custaria muito mais para si, diferente do que as más línguas poderiam inventar se eu fosse pessoalmente ao recinto. - Não leves a mal, mas preciso ter uma conversa particular com ele e não parece sábio expor-me socialmente sendo um alvo nesse momento.

Obtendo sucesso a mulher em trazer o homem que foi descrito com maior animosidade, esperaria-os em um canto mais isolado e sem visão do restante do hall. Minhas canhota apoiaria-se pelo cabo da espada enquanto meus olhos soariam frios e impiedosos, apesar disso, minha intenção não era intimidá-lo e sim utilizar de uma sensação de poder um meio para um convencimento mais efetivo. - Estás bem? Qual o teu nome? Começaria conversando com o indivíduo, fitando-lhe com olhos que beiram a hostilidade por trás de um sorriso gélido. Utilizar de minha altura e a sensação de grandeza de minhas asas semi abertas também já me era algo comum, aproximando-me com tal postura enquanto sutilmente retiro a mão de cima dar arma para cumprimentá-lo com olhos atentos a qualquer detalhe que possa revelar um comportamento estranho.

- Sabes, eu detestaria ver meu povo sangrar ou sofrer, é por isto que as portas do castelo abriram-se sem exitar quando vi que os macularam de forma tão cruel. Compreendes o sentimento? Digo juntando minhas mãos a frente ainda com a minha expressão de antes intacta. - Há mais deste mal por vir, felizmente, houve ciência de minha parte de informações à respeito dos ataques que ainda estão por vir e com sorte, conseguirei evitar todos ou a maioria sem problemas. Depois disto pegar os culpados não deve ser problema. Dou de ombros esboçando confiança para convencê-lo no queria conseguir. - Ainda assim, apreciaria salvar ainda que apenas mais uma pessoa. Se alguém possuísse informações privilegiadas sobre os eventos, eu realmente ficaria bem grata. Dito isto, viu alguma coisa diferente no meio do ataque senhor? Meus olhos encontrariam os seus como se vasculhassem a sua alma, de modo que, ainda que não conseguisse nenhum depoimento tentaria notar se este mentia ou não. - Eu lamentaria muito uma informação falsa agora, mas aposto que após a meia noite de hoje, os que ousaram tais atos lamentarão ainda mais, não concordas Silverwell?

Com as últimas palavras meu sorriso desfazia-se em um semblante completamente inexpressivo, aguardando a resposta do homem e esperando tê-lo convencido, ou, ainda sondado algo. Dar-lhe o dado "meia noite" também era de propósito, afinal, saber o horário deixava meu blefe sobre saber de tudo mais convincente. Independente das respostas por ali seguiria com os outros cavaleiros assim que estes retornassem anunciando que estariam prontos para marcharem em direção a torre. Deixaria este sob custódia ainda havendo alguma desconfiança e Kage cuidaria das coisas por ali de modo que não havia tanto receio em deixar o castelo a sua mercê, a mulher era uma maga consideravelmente poderosa e sua percepção dos eventos competia com a minha.

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O homem, que parecia-se não muito disposto a ajudar-me de princípio aos poucos abria-se para falar sobre os eventos e o que sabia à respeito.  Em suas palavras haviam dizeres sobre um lunático, alguém que assim como ele estaria infeliz com as mudanças legistas, tomando métodos mais hostis que ele em si não parecia concordar. Pelo que parece ele não estaria completamente envolvido, mas, estava ciente o bastante para eu dizer que ele estava acobertando o crime de alguém sem se pronunciar anteriormente. Não o liberaria de custódia, afinal, ele era o nosso informante mais valioso até então, deixando-o com Silverwell que ficaria no local após o depoimento do homem à mim ali acabar. - Discordar não é o problema, entendes Haryk. Silverwell, deixo o restante contigo, descubras se há mais algo para saber, preciso evitar que mais pessoas machuquem-se.

Após isto tomaria passos enquanto reflito sobre tudo que foi ouvido por mim. De fato o homem era um mago, indenpende dos métodos pelo qual o fazia, isto tornava um embate com ele deveras complicado e arriscado para a vida de meus homens. - Blackwell, estais certos anteriormente, o homem está na torre do sino. É um mago, aparentemente sozinho e possui mais daquelas estátuas pífias com ele. Não seria sábio levar muitos homens, temo por sua retaliação e como ela afetará o local. Llora realmente ainda não fez-se presente? Questiono sobre a rósea, suas habilidades realmente seriam úteis como uma dentre as melhores que possuo. - Bem, não posso apenas depender das habilidades dela, confio em vós de igual maneira. Quero um grupo pequeno, cinco arqueiros e cinco cavaleiros dentre os melhores. Iremos deixar os cavalos próximos ao local tentando não ser vistos, quero os atiradores posicionados ao entorno do local buscando alguma brecha ou vislumbre do homem no interior do recinto de onde possam disparar. Os cavaleiros inicialmente faram guarda destes e me auxiliaram caso eu necessite em um combate direto. No pior dos casos será mago contra maga.

Minha mão aperta-se firme pelo cabo de minha espada enquanto caminho dentre estes com as informações de antes. - Tragam Sunna até mim! Daria a última ordem no recinto em si, aguardando e montando em minha égua. - Leve-os para mim por favor Blackwell? Diria entregando-lhe meus livros e poções para que este carregue consigo deixando-me livre caso precise combater de imediato, apenas com o livro Teratra entre minhas pernas e a espada que uso como catalisador de alguns feitiços por minha cintura enquanto dou um toque na corda para que Sunna avance velozmente através das estradas de terra em direção às proximidades da torre em que encontraria, possivelmente, o homem.

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Uma voz interrompia-nos pelo caminho, dotada de um tom que reflete a personalidade de alguém com pensamentos vis tais quais os seus proferindo ameaças que não afastam-se muito das ações que anteriormente foram conduzidas. Era propagada a partir de várias estátuas como as que antes encontrei e não parecia que fazia questão de escondê-las a esta altura, ou, ao menos o fazia de forma porca que parecia como tal. Escuto-o com atenção, buscando compreender se há novas pistas além de sua afirmação sobre possuir reféns que por si só era um pouco estranha. Com a evacuação e afirmação do homem anteriormente, era bastante crível que estivesse só e com as ilusões conjuradas pelo mesmo no início do dia não descarto a hipótese de em realidade não haver refém algum.

- Prossigam como planejado, Blackwell, dê-me o Kina Drakir por favor. Com o grimório em mãos, enquanto os homens avançariam as posições predeterminadas buscando ângulos com vislumbres para possíveis disparos ao local eu busco ainda falar com o mesmo desviando sua atenção. - Não diria que tu es o único com reféns, ouvi sobre teu apreço a tuas preciosas estátuas, tão desprotegidas, madeira pode incendiar-se tão fácil... Falaria algumas palavras em provocação, sondando, estudando hipóteses. A primeira delas e se era uma via de mão dupla e o mesmo poderia ouvir-me através delas assim como pôde ver-me, caso não houvesse respostas poderia supor algo nesta direção e caso respondesse, mesmo que fosse algo que não me levasse a algum lugar já teria pelo menos uma ideia do funcionamento do feitiço do mesmo.

Considerando ainda que ele escute, continuaria em nosso diálogo doentio mantendo uma provocação limitada até certo ponto. - Pois por quê não afasta-se do interior e venha ter comigo, um mago poderoso como tu, escondendo-se? Dependendo de artimanhas tão baixas? Es tão fraco teu orgulho dracônico que esconde-se de uma meio sangue como um covarde? Achei que alguém de tanta "fé" como tu ao menos honraria os teus ideais. Não poderia abaixar meus avanços tendo em mente os reféns, afinal, exitar poderia apenas culminar em ainda mais vítimas. Uma exitação, um passo em falso que o fizesse se mostrar talvez fossem o suficiente para uma flecha de um dos homens empalá-lo acabando com aquela angústia, eu, por outro lado é claro mantinha o livro em minhas mãos pronta para queimar aquelas estatuetas caso fosse necessário.

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Enquanto que o homem mantinha-se hostil, o bastante para continuar mantendo suas ameças ao ponto de realizar "um tiro de aviso", até chamando o que seriam os diferente de si como animais (o que em tese é verdade, inclusive para si mesmo). Não parecia que nada teria sido feito para impedir o avanço de meus homens que conseguiriam, acredito, posicionar-se ao redor da torre do sino prontos para seguir com a estratégia e efetuar um disparo de flecha se houvesse brecha em virtude de o único disparo feito pelos dragões ter sido próximo a mim após minhas ordens e diálogo. - Então sois tu realmente apenas um covarde. Saliento em tom debochado mantendo o enfoque do homem em mim enquanto mantenho uma pequena esperança de que ele apareça por alguma fresta e isso acabe pela rota mais simples onde um de meus homens o mata.

Não temo por ameaçá-lo, poderia defender-me de magia até onde posso conceber de um disparo como aquele se percebido por mim com um dos encantamentos no grimório em minhas mãos. Gastar mana por outro lado atacando as criaturas, não parecia a melhor das ideias. Na outra parte dos pensamentos, no que trata-se dos reféns cada vez mais creio que isto não passe de um blefe, em vista que mesmo com a movimentação dos soldados e mesmo com as minhas ofensas iniciais nenhuma vítima foi morta como um demonstrativo ou algo do tipo. É claro que precisava de cautela e frieza para agir, considerando ainda a possibilidade, mas, cada vez mais forma-se a ideia de tudo não passar de uma mentira desesperada. - Encurralado em uma torre e rosnando aos ares como uma fera, protegido por o que julga ser uma espécie de matilha de estátuas, irracional o bastante para que não tenhas o mínimo para um diálogo sem encaminhar-se gritar que "a paciência está acabando". Em suas palavras animais não deveriam ser os outros? Pois eu vejo apenas uma besta acuada.

Tomo um gole de ar e coragem, pronta para encarar os preços de minhas decisões e possíveis sacrifícios caso hajam. Todos serão devidamente vingados e não fugirei da minha culpa por uma decisão errônea, mas, com base nos diálogos antes com a artesã e com o homem no castelo e no seu comportamento, tudo leva-me a crer que não seja real os sons de gritos. Apenas outra de suas ilusões como as utilizadas no começo desta caçada pelo mago. Meus olhos estreitam-se e me esforço para perceber qualquer movimento no interior tendo visão daquilo, manteria-me também atenta as estátuas caso precise conjurar uma magia defensiva. - Deténs mesmo reféns? Me parece um blefe, se realmente possui que tal mostrar-vos, um deles. Serás mais convincente e posso cogitar afastar-me. É claro que este convite em verdade era uma busca de brecha para a situação que eu mais desejava em que tudo acaba em uma única flecha disparada.

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O som de meus homens revela que não foram capazes de passar pelas armadilhas, ao menos dois deles, feridos por uma explosão de sabor amargo a minhas decisões. Cerro meus punhos, porém, sem muito tempo para pensar a respeito pois logo mais uma ação destaca-se ao local. Sua voz percorre enquanto minha mente divaga entre notar que os homens devem parecer seguros o bastante para não precisar de cura imediata e uma insurgência em uma das lacunas da torre. Não o homem é claro, estas são a ação de um covarde, uma mulher, civil segurando algo em sua mão. Apesar de tudo aquela parecia uma brecha que eu não poderia recusar por exitar em agir.

- Conheça a fúria de uma verdedeira dragão! Recito enquanto dou um passo lateral para trás de uma das casas que compõe o entorno do lugar, alguma construção, erguendo minha espada, imaginando que não tenha ninguém nestas após a ordem de evasão, o objetivo? Destruir as casas, assim como qualquer coisa em caminho em linha reta até as proximidades da torre causando um grande alvoroço de projéteis e poeira, enquanto que angularia o ataque de modo que não atingisse a torrem em si com as chamas alvas que irradiam por minha lâmina. Mais tarde compensaria por estas que seriam perdidas por seus residentes assim como suprimentos pagando por meu ato, mas, naquele momento o que importaria era o que isso implicava. Pelo tempo dos atos a mulher deveria estar prestes a retornar para dentro, apoio meus pés firme ao chão enquanto meu corpo se envolve de mana.

Pagarás por teu pecado maldito! Abro minhas asas e lanço-me com violência na direção da mulher, por entre os escombros e fuligem, evitando grandes danos mas não sendo tão reservada a chocar-me contra objetos pequenos para que encurtasse o espaço de tempo o máximo que conseguisse com meu corpo revestido por escamas. Manteria meus olhos atentos a retaliações, enquanto que meus próprio golpe de chamas visaria limpar possíveis estátuas no caminho. Tentaria pousar na mesma abertura que a mulher estaria, torcendo para que fosse a tempo de que ela ainda estivesse ali. Se tentasse me impedir tentaria desviar ou retaliar com a espada se fosse possível para que meu objetivo de chegar a torre como uma bala em chamas.

O fato da mulher ainda estar ali ou não mudaria parte das minhas ações, mas, tomando cuidado para não feri-la aproximando-me de mais olharia os arredores tentando entender de onde ela deslocou-se e se conseguia ver o homem por perto, ou, ainda se ele deixou algum rastro. Algum som de batida? Alguém correndo? Qualquer coisa que me desse a oportunidade de encontrar o caminho até ele. Se o visse de fato ainda mais simples poderia confrontá-lo de frente com minha espada e corpo em chamas, tomada por ódio e escamas que cercam meu corpo em forma dracônica.

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Explosões cercam meu caminho, armadilhas plantadas pelo que esconde-se a torre. Felizmente, rápida como estava e usando-me de alguma destreza superficial em certas maestrias que permitiam-me girar ao evitando os choques causados pelos escombros que poderiam ser danosos ao meu desempenho futuro. Pousando ali todavia a mulher não está mais ali, apenas a cabeça deixada por ela do homem que foi morto jaz ao chão inerte. Um aldeão comum cujo nome não era de minha ciência, certamente alguém que nunca cogitou um fim tão vil a si mesmo. Pouso ao seu lado, poderia levar a mão aos seus olhos pare fechá-lo mas em meu estado atual isto iria apenas carbonizá-lo de modo que postergo o ato caminhando lateralmente ao busto humano.

- Não irás esconder-te para sempre. Minha voz soa oscilando pelo efeito das chamas que me cobrem alimentadas por minha mana que continua queimando mantendo o aspecto dracônico que me cerca. Meus punhos fechados, olhos estreitos, atentos, tal qual meus ouvidos para algum som. Ainda que não visse nada inicialmente estava segura que poderia conseguir algo se me concentrasse tão próxima do meu alvo agora que estaríamos a mesma torre.

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- Dados: Link 22 esquiva // 25 perceber
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No que sigo por marcas tão fétidas quanto o causador de tudo aquilo deve ser, deparo-me com uma sala onde estão reunidos não somente ele, como também os reféns que ele mantém consigo. Presos pro grilhões que estremecem tal qual seus corpos assustados com os atos cruéis que eram mantidos por ali, minha alma também o faz enquanto me enojo pelo homem que parece assustado, desconhecendo meu paradeiro. Parecia que ele só podia manter seus olhos em mim por meios daquelas estátuas. Não consigo ver suas feições por baixo de um capuz por outro lado.

Temo que, no ângulo errado talvez eu possa ser visto se ele utilizar da estátua que ele mesmo encara diante si, estragando a oportunidade de uma manobra furtiva pela oportunidade única, enquanto que, temo em tardar-me demais pensando e isto acabar levando-me a uma circunstância em que não consiga enfrentá-lo sem mais baixas. Poderia utilizar uma magia do kina drakir, mas, e se isto não funcionar? Ele pode ter imunidade ao fogo herdada de seu sangue e variáveis podem ser prejudiciais. Por outro lado, recordo-me que ele não tem valia sem suas amadas estátuas. - Dveitra Fehur! Sussurro no exterior, por detrás das paredes para que a luz inicial das chamas não lhe chamem a atenção e deste modo uma serpente seja criada para avançar de forma tão sutil quanto consiga. Imagino que os possíveis sons, mesmos os sussurros sejam facilmente cobertos pelo metal que prende os reféns refastelando-se ao chão enquanto meu alvo da magia não é o homem e sim o dragão que este observa.

Uma brecha única, um ataque sorrateiro que visava me criar uma brecha tanto de oportunidade quando de exclusão bélica ao potencial de meu inimigo. Caso tivesse sucesso e a estatua entrasse em chamas, avançaria tentando manter passos sutis, utilizando da ardência das chamas, o barulho das pessoas assustadas em si para cobrir o som de um avanço rápido e furtivo na tentativa de alvejar o homem cravando minha espada por seu abdômen. Não sabia se tudo correria bem, então, não deixo de atentar-me aos detalhes e se seria notada, se precisaria retaliar seu golpe caso houvesse algum ou proteger os reféns se fossem seu alvo. Precisava ser ágil, temia que as chamas poderiam ferir os que ali estavam, mas, sendo o local tão úmido, denso e com paredes de pedra não tinha de preocupar tanto com um alastre veloz ao menos. - Pereça! Bradaria com olhos furiosos caso tivesse sucesso em empalá-lo.

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- Dados: Link Dveitra Fehur 29 // Furtividade 19 // 30
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Meus olhos ainda estariam atentos o bastante para que tivesse minha visão nítida sobre o homem, feições de soldado apesar de ser um mago pelos ataques orquestrados, olhos azuis tais quais os meus que encontram-se de maneira quase espelhada de fronte e um golpe que parecia ser seu último ato após perfurá-lo pelo fio de minha lâmina. Não me assusto, mantenho-me calma enquanto relevo suas palavras para focar na execução de meu corpo para defender-me do ataque que parecia visar meus braços ou um pouco além em média altura. Com movimentos hábeis de alguém que dedica-se a destreza das ações, guio meu corpo lateralmente em forma diagonal enquanto empurro meu pé contra a cintura de meu adversário empurrando-o para trás e por reação da força impulsionando-me de forma que puxaria a espada de dentro de si para bloquear o ataque quase completamente abaixada.

Apesar de parecer complexo o movimento nada mais seria que uma forma de, avançando meu corpo para baixo criar uma angulação em que pudesse apoiar minhas mãos por baixo do cabo e da guarnição para bloquear o ataque que vinha de cima, enquanto que o empurrão visava afastá-lo e conferir torque o bastante para puxar a lâmina encravada mais rapidamente para a execução e para aumentar a vazão de sangue do homem de modo que não precisaria atacá-lo novamente. - Não sei de qual legado tu falas à mim, mas creio que você já o tenhas destruído. Se não o fez, então não era um legado que deveria seguir. Olhe os teus arredores, clamas por um legado e tudo que vejo é um lunático brincando com a vida das pessoas. Não haveria piedade em meus olhos, apenas um furor intenso em conjunto ao meu próprio corpo ascendido. Ainda ficaria atenta se não haveria mais truques por parte do homem.

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- Dados: Link Bloqueio 37
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