• Azor Hokar, o deus da destruição, o senhor da consumação, retornou. Reencarnado no mês de Era, em 329, no Império Corrompido de Aronian. Enquanto o continente dos heróis, Samaria, está mergulhado em guerras e conflitos territoriais e políticos, Hokar reúne suas forças para trazer por fim sua vingança sobre toda a Criação – E por sua trágica derrota na Era dos Deuses.

    Enquanto isso, Mahoro Trakarhin, o rei dos imortais e guardião do Criador, prepara os reis e tenta apaziguar as guerras de Samaria para que possam olhar para o verdadeiro perigo que reside ao norte, no Império Aroniano.

    Não se renda ao temor que Azor Hokar representa e todo o mal que ele ameaça trazer. Una forças com o lado que melhor te convier e participe dessa aventura épica!
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    As Crônicas de Samaria :: Secna'tu :: Gran Sangna :: Assombrosa

    Astrid
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    O encontro
    "Um encontro seria capaz de mudar o destino?"
    — Mês/Ano: Yor, 315.
    — Pessoas envolvidas: Luminita e Astrid
    — Localidade: Assombrosa
    — Descrição: Poucos anos após se transformar e perder tudo que tinha, Astrid estava pronta para tirar a própria vida, contudo, a chegada de uma refugiada mudaria todo o seu futuro
    Aviso: Álcool, Linguagem Explícita, Conteúdo sensível e Violência
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    Astrid
    "O Encontro"


    O fim, ou ao menos acreditava ter chegado nele, já não conseguia mais ver a luz no fim do túnel. Por muitos anos me mantive forte, quando fui mandada embora de casa ainda criança não desisti de lutar, lutar pela vida.

    Quando tive minha nova família dilacerada por vampiros e eu, transformada naquilo que matou eles... eu ainda assim não desisti, mas..., depois de quatro anos tentando viver com esse peso sobre meus ombros, chegou o momento de parar.

    Todos merecem um descanso e talvez eu mais do que ninguém mereça esse descanso eterno, afinal, desistir não me faz fraca, me torna alguém consciente da minha situação.

    Estava tão decidida que até mesmo na floresta amaldiçoada eu já me encontrava, agora sem poder sequer saber onde era a entrada, as arvores se mexiam e os barulhos atrapalhavam minha audição, um caminho sem volta para uma vampira sem esperança.

    Comigo, carregava uma corda, talvez o melhor jeito fosse assim, teria poucos segundos de arrependimento e então, tudo pararia, a dor acabaria, de uma vez por todas.

    Achava a arvore que tanto procurava e então subia, começava a amarrar a corda e até enrolava ela em meu pescoço, olhava para o horizonte, talvez buscando uma resposta, mas que como esperado, nada recebia.

    Sorria trazendo todo desgosto que havia criado por essa vida – Tsc... e eu sou burra em achar que algo aconteceria... sequer os deuses me querem nessa vida – Apertava sobre meu pescoço e então me soltava com calma da arvore.

    Começava a me rebater, lagrimas escorriam pelos meus olhos e um flash de toda minha vida começava a passar, a visão ia ficando turva e meu corpo ia amolecendo, havia conseguido o que queria.

    Era quando ouvia um ranger e em seguida o tronco rachava quebrando e se soltando da arvore. Caia cerca de dois metros batendo as costas no chão e sendo atingida pelo tronco no rosto.

    Apagava por breves segundos, então finalmente despertava, olhando em volta perdida, teria eu morrido? Mas não demorava muito para perceber o tronco quebrado.

    Nem mesmo na morte eu tenho sorte, ou melhor... Paz... – Erguia-me com calma, então caminhando até próximo da arvore, irritada começava a soca-la sem parar. Minhas mãos já calejadas não doíam, mas aos poucos começava a chorar.

    EU TE ODEIO EU TE ODEIO EU TE ODEIO!!! – A vida, a mim mesmo, as coisas que passei, tudo, eu odiava tudo – EU NÃO AGUENTO MAIS – Caia de joelhos, apertando meu peito, onde sentia meu coração doer – EU SO QUERO QUE ESSA SENSAÇÃO PASSE... – A raiva passava e a tristeza surgia, começava a chorar.



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    Luminita
    "O encontro"

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    Não sabia exatamente quanto tempo caminhei, e, nem tampouco sabia sobre a última vez que tinha visto uma pessoa. Lembrava-me vagamente sobre um homem de meia idade, um pirulito que me era oferecido e da sensação da saliva escorrendo por meus lábios pela vontade de tê-lo. Me lembro de um peso estranho sobre o meu corpo após acompanhá-lo até uma cabana escondida parcialmente pela nevasca. Eu não entendia muito bem o motivo de ele estar sobre mim e de como conseguiria carregá-lo afinal.

    Meus pais nunca foram de me erguer, mas, eu gostava quando conseguia me enfurnar no espaço que um dos meus irmãos criaram, então, talvez, ele queria algo parecido. O sabor doce na minha boca parecia um bom sinal sobre sua índole apesar da estranha e repentina dor que senti em minha barriga. Ele parecia meio com pressa e assustado no meio de uns sorrisos sem graças e alguns empurrões para ir embora, mas, um cara legal. Ainda estava em minha boca aquela sensação doce que ele me deu, e, o pensamento de que voltar talvez fosse melhor que seguir vinha em minha mente, mas, nem sabia por onde voltar.

    Prossegui, então, tão vulnerável quanto possível se não fosse pela geada constante. A neve cobria os rastros do bastão que carregava pelo caminho, depois de encontrá-lo nos destroços de uma caravana com corpos pela metade e esqueletos aparentes em sua estrutura congelada, provavelmente, abandonada por algum animal. Meus dentes doeram um pouco quando tentei matar um pouco da fome ali, e, me esforcei para não perder o pirulito no processo.

    Me deparei com algumas raposas, e, isto acabou sendo o que deixou meu bastão meio trincado, mas, afugentou as coisinhas brancas, apesar de não poder tê-las comido. Conforme olhei para baixo notei que junto ao risco do bastão estavam algumas gotas de sangue, aparentemente por minha boca e lábios machucados. Frágeis pelo frio, quando mordi a carne congelada dos homens devo ter me mechacudo sem nem perceber e com a agitação abriu.

    A minha eu adulta poderia ter achado tragicamente cômico, mas, naqueles dias, apenas segui caminhando, como um par de vagalumes pelos olhos reluzentes rasgando a escuridão. Sem uma noção certa do tempo, e, nem de quanto havia andado, se ainda estava na nação dos lobos ou não, já que fazia algum tempo que não via pessoas. Meus passos vacilavam vez ou outra, mas, usava aquele bastão para seguir apoiando meu corpo e avançando.

    Em certo ponto o cenário mudava um pouco, e, de certa forma parecia mais arbóreo, ainda que com uma vegetação típica dos lugares frios como aquele. Já podia agora usar os troncos em si para conseguir me apoiar vez ou outra, apesar da minha mão seca doer ao fazer isso. Os toques nos troncos mais ásperos pareciam com arame na minha pele já fragilizada pela falta de comida e pelo frio. O que tinha, era aquele pirulito, um doce sabor de esperança que continuava sentindo em minha boca, além das esperanças do bom moço que me deu aquilo.

    Em certo ponto, comecei a sentir como se andasse em círculos, e, um pouco tonta. Caí com um joelho no chão ainda apoiada no item de madeira enquanto tossia. Segurava forte entre os dentes o pirulito para que não fosse projetado, mas, o espaço entre meus lábios semicerrados era o suficiente para cuspir um pouco de sangue. Arfei, erguendo meus olhos na direção do céu onde uma lua pela metade brilhava meio sem vida, quase como se nem mesmo ela quisesse me olhar. Forço a perna para erguer o corpo. Ainda que fosse indesejada, e, ainda que não tivesse ninguém ali por mim, nem mesmo a adorada lua dos cachorros que faço parte, eu queria seguir, queria aquele gosto de novo persistindo, sobrepondo-se ao do sangue.

    Apoio a cabeça lateralmente em uma das árvores quando escuto um estrondo próximo dali. Eu estava alucinando? Era outra criatura da noite que poderia acabar me caçando? Eu devia fugir? Me esgueirar? Bem, talvez o cheiro do sangue claramente seria algo que chamasse atenção, mas, sem muitos horizontes, e, sendo uma criança, decidi tentar esgueirar até a fonte do som. Cambaleando, meio sem forças, fui me aproximando, me escondendo por trás de árvore em árvore tal qual podia resistir. Alguns passos geravam pequenas quedas, mas, persistia.

    O que encontrei não era um animal silvestre, mas, uma mulher meio pálida, e, sem orelhas. O cheiro dela não parecia muito com o que estava acostumada. Ela era, bem, estranha? Ela estava chorando parecia triste. Quando tentei caminhar para ela perdi um pouco das forças e bati a testa em uma árvore, o que talvez chamasse atenção dela e além disso, revelava um filete bem fraco de sangue que mal escorria, grosso pelo estado de desidratação em que me encontrava e pelo frio, tal qual o que estava em minha boca e queixo. Ainda assim, andava em sua direção.

    Tento erguer o canto dos meus lábios, mas, eles mal se movem. No lugar disso, levo a mão ao cabo do pirulito na tentativa de oferecer. Tinha sido minha esperança até agora. Apoiando uma mão no tronco e deixando o taco cair para levar a outra ao cabo, removo ele com alguma dificuldade dos meus lábios colados. Quando se move, e, entra em frente aos meus olhos... Não havia nada além do cabo. Provavelmente, não havia nada a muito tempo, já fazia mais de um dia que tinha ganho. O sabor doce que sentia até então ia se desfazendo e minha visão ficando mais oscilante, com a mulher espelhada várias vezes ao centro.


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    Astrid
    "O Encontro"


    Os ventos eram fortes e meus sentidos bagunçavam completamente, era como se estivesse num escuro completo, sem conseguir sentir nada, perdido na imensidão do meu coração corrompido.

    O choro era carregado, trazia consigo tudo que me atrapalhou até hoje, não aguentava mais o peso das mortes que vivenciei, nem mesmo o abandono que sofri e acima disso tudo, uma latente vontade de me alimentar, coisas que já não fazia a alguns dias. Uma tentativa de morrer que como todas até agora, não deu certo.

    Não sabia como continuar e nem tinha o porque continuar, mas agora, tinha medo de tentar, algo instintivo fazia minhas mãos tremerem ao pensar na possibilidade de tirar minha própria vida – Eu sou fraca... muit- – Cessava minha fala quando ouvia um barulho.

    Este barulho concentrava minha mente e meus sentidos voltavam, o cheiro do sangue fazia com que meus olhos se arregalassem e eu acabasse lambendo meus lábios.

    Preparava para atacar o que fosse, não resistindo aos meus instintos mais primitivos mas parava no meio do avanço quando prestava atenção na pressa a minha frente.

    Uma garota debilitada, que mal conseguia se manter de pé, olhando em volta não avistava ninguém a sua companhia, estaria ela perdida? Um flash vinha em minha mente quando recordava-me de mim passando por algo parecido.

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    Estendia meus braços a frente segurando-a em sua leve queda, tão gelada quanto o ambiente ela podia morrer em poucos instantes e sem pensar muito arrancava meu sobretudo grosso feito de pele de urso e a enrolava dentro, cobrindo seus pés e fazendo um casulo.

    O que foi que aconteceu com você garotinha? – Perguntava sequer esperando uma reposta. Levantava-me trazendo-a em meu colo e protegendo seu rosto do frio ao ficar com as costas viradas para os ventos, fazendo uma parede de proteção.

    Vai ficar tudo bem – Por instantes não conseguia me mexer, uma dualidade dominava minha mente, a pouco estava prestes a acabar com tudo, mas agora, já não conseguia mais fazer isso – Seria você um sinal... a luz... no fim do túnel – A passos pesados eu começava a tomar meu rumo para a capital.

    Focava-me nos cheiros que os ventos traziam e aos poucos me localizava no ambiente, estavas quase saindo quando ouvia uivos e poucos instantes demoravam para que uma matilha de raposas surgissem.

    Eu segurava-a com mais força usando agora só uma mão e estufava meus peitos, talvez pelo medo, mas naquele instante não precisei lutar, os animais recuaram e eu continuei meu caminho.

    Já na cidade a temperatura melhorava e seguia até minha cabana, que ficava um pouco mais afastada da capital. O que naquele momento seria perfeito, não queria outros de minha raça de aproximando e durante minha caminhada pelas ruas vazias as poucas pessoas que passavam não tinham coragem de tentar algo.

    Chegava no recinto e chutando, em seguida acendendo com a mão livre, uma lareira começava a esquentar a cabana fria, sentando no chão e mantendo-a em meu colo, ficava virada para o fogo. Assim que o chão se esquentasse eu soltaria rapidamente.

    Pegando um copo com água e voltando, abraçava-a de novo – Tente beber, mas bem devagar – Lentamente iria virando o copo – Quando você estiver com um pouco mais de cor vou preparar alguma comida – Na luz via melhor suas orelhas e já me situava quanto a sua raça – Quem diria que a esperança viria de uma raça tão inimiga...

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    Luminita
    "O encontro"

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    O movimento de sua língua sobre os lábios me fazia pensar que ela também devia estar com fome, mas, o pirulito tinha sumido. Ela também parecia meio pálida e os olhos dela tinham um semblante meio cansado. Ela parecia meio aflita, parecido com o moço de antes, e, ao mesmo tempo, meio diferente, a mesma ansiedade, mas, parecia haver menos temor neste traço e mais, bem, algo que eu não sabia muito bem distinguir, e, talvez eu não saiba ainda hoje. A falta do palito entre os dentes acaba fazendo-os bater um pouco enquanto dei um sinal de arrepio pela umidade.

    Sentia seu toque repentino durante o desequilíbrio. Suas mãos eram incrivelmente frias e ásperas, sem ser possível eu distinguir muito bem qual desses dois pontos se sobressaíam. O tecido um tanto molhado ajudava o suficiente, apesar de ter sua eficiência limitada pelas circunstância. Felizmente, eu mesma também não era uma criança normal como parte dos cachorrinhos, então, acaba por bastar. Bem, bastar até certo ponto. Era inegável que a circunstância ainda cobrava bastante do meu corpo bem jovem. Quando ela me abraçou isto cortou um pouco do vento também, apesar de ela mesma ainda ser um pouco fria.

    Com certa curiosidade levo os dedos até a maçã de seu rosto, experimentando ainda mais dessa estranha falta de vida que ela tinha. Ela talvez fosse daqueles que ouvi falar dos meus pais com certo desdém. Para mim, ela parecia mais um gato assustado que um ser do mal porém. - Eu andei, com tudo que eu pude... Respondo a pergunta sem forças para esboçar qualquer reação ou resistência ao fato de ela me erguer. Os olhos da moça pareciam meio engraçados, não só por sua cor que era até próxima aos meus, mas, pelo quanto eles balançavam meio perdidos, como se procurassem indefinidamente algo.

    Em certo ponto, com inocência de alguém daquela mocidade acabei por corrigi-la quanto a menção de luz. - Não... É.. cof cof, é Luminita e não luz, é pouca luz sabe, tipo, tipo agora. Digo me inclinando para ver as frestas do céu noturno escondido por entre os galhos e vinhas. Era um nome pela noite, uma homenagem e apreço pela noite, ou, um deboche. Francamente, eu não sei... Não sei ainda hoje e naquela época menos, mas, eu não gostava e não gosto muito dele, apesar de inegavelmente o ser.

    O percurso todo prossegui na insistência da preservação da minha consciência. Vendo um caminho um tanto tortuoso para sair dali, um grupo de raposas que não pareciam tão motivadas, e, possivelmente foram levadas ali pela outra de antes, apesar que eu não tenho certeza sobre isso. Tudo estava meio embaçado para que eu pudesse ter clareza sobre muita coisa à partir daquele ponto. A cidade que passamos tinha um pouco do cheiro férrico de sangue, e, no meio disso, enquanto as vistas escureciam o impacto do pé dela contra uma porta me fazia puxar o ar em uma tosse.

    Meus olhos estreitavam com a luz de uma chama, e, logo sentia sua mão empurrando algo contra meus lábios que inicialmente eu resistia tentando empurrar para longe. Eventualmente aceitei, apesar do gosto agradável do sangue em minha boca que acabava empurrando pra dentro. Quando ela para escuto algo sobre comida, me deixando mais curiosa, o suficiente para as orelhas se moverem na direção dela. Seus olhos naturalmente focaram ali, e, as histórias dos meus pais me deixaram um tanto receosa quando isto ocorreu. As duas mãos meio sem força alcançavam com algum empenho a minha cabeça onde fazendo um concha cobria elas empurrando para baixo de modo que "não desse para ver", sem saber quanto êxito houve nisso. - Tá-tá bom.

    Quando ela se virasse, me arrastaria um pouco para pegar o tecido que acaba caindo quando ela me deu água para pegá-lo e enrolá-lo a partir da cabeça como uma espécie de capuz, agora, cobrindo as orelhas de forma mais eficiente, enquanto por outro lado ainda observava ela atentamente com algum esforço. Ela ia me sugar até que não houvesse mais nada como os contos falavam? Ou, não sei, me usar como algum tipo de sacrifício pra um deus maligno qualquer como meu irmão dizia para me assustar quando me ameaçava? Eu devia fugir? Abaixando meu campo de visão, noto o palito vazio que logo deixa minhas orelhas cabisbaixas e minhas pernas sem força para tentar levantar e correr.

    - Eu-eu acho que eu não sou gostosa tá bom? E-eu não como à um tempão... E, eu também não sou boa para oferendas... Argumentava a esmo mesmo que o assunto nunca fosse tocado. - E... e, seu coiso vai ficar muito irritado, com uma ira auuuuu, digo, oaaarrr, algo assim. Vo-você não deveria fazer isso. Tento colocar um olhar firme por trás das íris trêmulas um pouco assustadas. - E eu, também, assim que eu conseguir levantar, sou forte, digo, não forte boa de comer, forte de carregar um adulto... Tento levantar o braço como meus irmãos faziam para se gabar, mas, mal há forças para contrair os braços. Eu não sei bem o que queria, mas, acho que eu não era muito boa em assustar pessoas, e, o máximo que devo ter conseguido foi ofendê-la imaturamente.

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    Treino de vigor e intimidação - 875 palavras
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