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As Crônicas de Samaria :: Arquiducado de Ostagar
A Morte
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[OP Fácil] — A Terra Amaldiçoada - Postado Qui Dez 29, 2022 12:29 pm
As Crônicas de Samaria
A Terra Amaldiçoada
O antigo lar dos deuses. Atualmente, uma terra sem vida que abriga filhos da própria consumação. E é onde você pode ver e sentir, Tyr, aquele lugar não guarda nada além de morte para você. Estaria mesmo disposto a encarar o seu dever quando até mesmo a insanidade pode te abater ? O seu lado imortal te protegia disso, mas existem coisas que a própria centelha não pode fazer.
Por onde você caminha, existe uma variedade de bestas consumidas antes que chegue e reconheça o Ducado de Otun. Será um desafio de viagem antes de conseguir chegar no lugar onde guarda a esperança aroniana.
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+ Quest OP Fácil para @Tyr Atkinson
+ Quest livre de desenvolvimento e introdução para seu personagem por se tratar da primeira quest dele.
+ Quest de Proficiência para Guardião.
+ Dúvidas, discord.
Tyr Atkinson
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Re: [OP Fácil] — A Terra Amaldiçoada - Postado Qua Jan 04, 2023 10:43 am
Quando parti do Vale dos Imortais em direção a Aronian não esperava que a realidade fosse ainda mais fúnebre que os boatos que chegavam até nós. Era como se em certa altura em alto mar o próprio céu ganhasse um tom acinzentado e melancólico, e um cheiro putrefato e uma aura densa subjugasse meus sentidos. Da proa da embarcação vi aquela mudança no cenário acontecer de forma gradual e senti o pesar em meu peito. ”Aqui já foi a morada dos deuses.”
Antes da Era das Raças eu havia pisado naquele continente apenas uma única vez, mas me recordo com certa vivacidade as cores e o esplendor que cercavam todas as terras aronianas. O povo que vivia feliz sob o comando das antigas famílias e a forma como as plantações cresciam abundantes em um solo antes fértil e abençoado.
Havia me abrigado no litoral fazia pouco tempo; sem noção nenhuma de como começar a peregrinação pelo território dizimado pela consumação. Por sorte havia encontrado um acampamento de aronianos no local que chamavam de Ostagar, e após certa relutância e provação de meu caráter, fui aceito pelos moradores desconfiados e empenhados em sua sobrevivência.
— Então, você vem de onde? — O fogo bailava ao centro, enquanto três indivíduos sentavam-se e se aqueciam ao seu redor.
Pensei sobre o que responder. Ainda não sabiam sobre minha origem imortal e talvez fosse cedo para tal revelação.
— Venho de Samaria, Albert, naveguei alguns dias até aqui. Não foi uma viagem tão fácil. — Em minha mão um graveto e em sua ponta, queimando sobre o fogo, um pedaço exótico de carne de um animal chamado Porpa, uma espécie de porco selvagem que havia ajudado a caçar antes do sol se pôr. Mordi de forma voraz um pedaço tostado e aquecido.
Outro homem riu com meus dizeres e mirou de forma fixa seus olhos em mim.
— Você saiu de um continente que tem vida em abundância, para chegar em um local onde a vida luta para se manter. Qual o grau da sua loucura? — Não contive meu sorriso de canto enquanto encarava apenas as chamas que moviam-se com a brisa.
— Digamos que eu me sinta em dívida com esse lugar. Ele precisa ser salvo, já foi uma terra fértil e habitada por divindades que não gostariam de ver como o continente foi abraçado pelo caos. — Tinha ciência da guerra imoral entre corrompidos e aronianos que se instalou no local, no entanto, estava prestes a conhecer o mártir daquele povo.
Eles não controlam suas gargalhadas.
— Você ainda é novo aqui, daqui a pouco sua esperança se esvai. Nem mesmo Arnor conseguiu o que você pretende. —
— Arnor? — Aquilo certamente chamou minha atenção.
— Sim! — Disse o mais quieto dentro eles. — Arnos foi quem reaveu nossa esperança de lutar, de viver, de querer uma Aronian livre de Yohan e sua prole consumada. — Seu semblante mudou; entristeceu. — No entanto, quando se foi, o sonho foi enterrado junto a ele. —
Pretendia me inteirar mais sobre a história recente do local e sobre aquela figura tão emblemática que representava o povo, no entanto, um único zumbido chamou minha atenção. Ele veio do breu que abraçava as árvores mortas a sul da nossa fogueira.
Um gemido agudo. O sangue saiu pela boca de Albert quando a flecha reluziu e perfurou sua armadura de couro prendendo-se ao seu peito. Todos nós nos erguemos de imediato e foi o momento que vi o vulto estagnado na posição originária do projétil.
— Corram para as árvores. — Disse para os outros dois enquanto apontava na direção oposta do ataque; não houve tempo.
Outra flecha cortou o ar e prendeu-se à jugular do aroniano que buscava sua lâmina sobre o chão para combater aquele mal. O único que restara correu, e eu fiquei. Me mantive abrigado atrás de uma rocha de estrutura média e que abrigava meu corpo levemente retraído e curvado.
Uma risada maléfica parecia ecoar de todos os lados. ”Um corrompido?”
Ainda não havia enfrentado aquela raça, não sabia como me portar ou sequer como agir. Mas uma coisa era certa, aquele ser havia demonstrado habilidade e se eu não o parasse ali, ele avançaria para o acampamento mais afastado onde estavam as famílias e lá o massacre era certo.
— Você não é daqui, ou é? — Tinha um timbre grave e intimidador. Pude ver sobre a rocha aquela figura de pele pálida e cabelos escuros caídos sobre os ombros, se aproximando através da noite. Me ergui de maneira lenta, com um machado simples utilizado para cortar madeira, em minha mão direita.
— Quem quer saber? — Foi o momento em que me coloquei em pé e mirei a criatura nos olhos. Seu corpo repleto de sangue me fez estremecer. ”Ele já passou pelo acampamento? Não escutamos os gritos das mulheres e crianças, nem a luta dos guerreiros.”
— Eu reconheço um imortal quando o vejo. Acredite, você não é o primeiro que pisa nessa costa. — Ele sorriu com os dentes púrpura e os lábios pintados de sangue. — Essa guerra não lhe pertence. — E então um projétil reluzente veio em minha direção.
Temo dizer que se aquelas flechas não fossem metálicas por inteira e refletissem a luz da lua, provavelmente não conseguiria esquivar a tempo.
Me mantive em um silêncio absurdo conforme caminhava tranquilamente em direção aquela representação pura do mal. Minha aura havia mudado, era como se minha energia vital tivesse revitalizado meu âmago e o forjado de maneira inabalável naquela situação. A expressão em minha face era de foco e serenidade.
O manto do corrompido esvoaçou quando a distância era curta demais. Suas mãos antes ocultas sob a vestimentas partiram em minha direção com duas adagas. Ele era lento e talvez por isso optasse por ataques a distância. Mas, apesar da letargia em seus movimentos, senti o rastro de vento da lâmina próximo de meu peito.
Aquele mover para trás que me retirou da linha de ataque, serviu de impulso para me mover para frente em um golpe horizontal. Ele ainda se restabelecia de sua investida e não teve tempo de firmar a base para se defender. A lâmina do simplório machado penetrou o pescoço da criatura que gritou em dor dando um salto para trás.
— Você é rápido e astuto. — Buscava estancar inutilmente com a mão o extenso corte que havia sofrido. Pude notar uma marca negra surgir de forma deliberada em sua testa.
”Que marca é esta?” Me botei em posição de batalha novamente quando ameacei caminhar em sua direção novamente, seu corpo passou a sumir lentamente em uma cortina de fumaça.
— Você deu sorte desta vez, sangue imortal, mas eu voltarei e acabarei com você como fiz com o acampamento que o acolheu. — E então sumiu.
Cai sentado buscando assimilar o que havia acontecido e todo aquele ataque repentino. Olhei os corpos sobre o chão com o sangue ainda fresco manchado o solo. No horizonte, onde deveria estar o acampamento familiar, um foco de incêndio parecia se iniciar e se espalhar rápido, mas nenhum grito de socorro ou alerta de fogo podia ser escutado. ”Estão todos mortos.”
— Então essas são minhas boas vindas?!—
Antes da Era das Raças eu havia pisado naquele continente apenas uma única vez, mas me recordo com certa vivacidade as cores e o esplendor que cercavam todas as terras aronianas. O povo que vivia feliz sob o comando das antigas famílias e a forma como as plantações cresciam abundantes em um solo antes fértil e abençoado.
Havia me abrigado no litoral fazia pouco tempo; sem noção nenhuma de como começar a peregrinação pelo território dizimado pela consumação. Por sorte havia encontrado um acampamento de aronianos no local que chamavam de Ostagar, e após certa relutância e provação de meu caráter, fui aceito pelos moradores desconfiados e empenhados em sua sobrevivência.
— Então, você vem de onde? — O fogo bailava ao centro, enquanto três indivíduos sentavam-se e se aqueciam ao seu redor.
Pensei sobre o que responder. Ainda não sabiam sobre minha origem imortal e talvez fosse cedo para tal revelação.
— Venho de Samaria, Albert, naveguei alguns dias até aqui. Não foi uma viagem tão fácil. — Em minha mão um graveto e em sua ponta, queimando sobre o fogo, um pedaço exótico de carne de um animal chamado Porpa, uma espécie de porco selvagem que havia ajudado a caçar antes do sol se pôr. Mordi de forma voraz um pedaço tostado e aquecido.
Outro homem riu com meus dizeres e mirou de forma fixa seus olhos em mim.
— Você saiu de um continente que tem vida em abundância, para chegar em um local onde a vida luta para se manter. Qual o grau da sua loucura? — Não contive meu sorriso de canto enquanto encarava apenas as chamas que moviam-se com a brisa.
— Digamos que eu me sinta em dívida com esse lugar. Ele precisa ser salvo, já foi uma terra fértil e habitada por divindades que não gostariam de ver como o continente foi abraçado pelo caos. — Tinha ciência da guerra imoral entre corrompidos e aronianos que se instalou no local, no entanto, estava prestes a conhecer o mártir daquele povo.
Eles não controlam suas gargalhadas.
— Você ainda é novo aqui, daqui a pouco sua esperança se esvai. Nem mesmo Arnor conseguiu o que você pretende. —
— Arnor? — Aquilo certamente chamou minha atenção.
— Sim! — Disse o mais quieto dentro eles. — Arnos foi quem reaveu nossa esperança de lutar, de viver, de querer uma Aronian livre de Yohan e sua prole consumada. — Seu semblante mudou; entristeceu. — No entanto, quando se foi, o sonho foi enterrado junto a ele. —
Pretendia me inteirar mais sobre a história recente do local e sobre aquela figura tão emblemática que representava o povo, no entanto, um único zumbido chamou minha atenção. Ele veio do breu que abraçava as árvores mortas a sul da nossa fogueira.
Um gemido agudo. O sangue saiu pela boca de Albert quando a flecha reluziu e perfurou sua armadura de couro prendendo-se ao seu peito. Todos nós nos erguemos de imediato e foi o momento que vi o vulto estagnado na posição originária do projétil.
— Corram para as árvores. — Disse para os outros dois enquanto apontava na direção oposta do ataque; não houve tempo.
Outra flecha cortou o ar e prendeu-se à jugular do aroniano que buscava sua lâmina sobre o chão para combater aquele mal. O único que restara correu, e eu fiquei. Me mantive abrigado atrás de uma rocha de estrutura média e que abrigava meu corpo levemente retraído e curvado.
Uma risada maléfica parecia ecoar de todos os lados. ”Um corrompido?”
Ainda não havia enfrentado aquela raça, não sabia como me portar ou sequer como agir. Mas uma coisa era certa, aquele ser havia demonstrado habilidade e se eu não o parasse ali, ele avançaria para o acampamento mais afastado onde estavam as famílias e lá o massacre era certo.
— Você não é daqui, ou é? — Tinha um timbre grave e intimidador. Pude ver sobre a rocha aquela figura de pele pálida e cabelos escuros caídos sobre os ombros, se aproximando através da noite. Me ergui de maneira lenta, com um machado simples utilizado para cortar madeira, em minha mão direita.
— Quem quer saber? — Foi o momento em que me coloquei em pé e mirei a criatura nos olhos. Seu corpo repleto de sangue me fez estremecer. ”Ele já passou pelo acampamento? Não escutamos os gritos das mulheres e crianças, nem a luta dos guerreiros.”
— Eu reconheço um imortal quando o vejo. Acredite, você não é o primeiro que pisa nessa costa. — Ele sorriu com os dentes púrpura e os lábios pintados de sangue. — Essa guerra não lhe pertence. — E então um projétil reluzente veio em minha direção.
Temo dizer que se aquelas flechas não fossem metálicas por inteira e refletissem a luz da lua, provavelmente não conseguiria esquivar a tempo.
Me mantive em um silêncio absurdo conforme caminhava tranquilamente em direção aquela representação pura do mal. Minha aura havia mudado, era como se minha energia vital tivesse revitalizado meu âmago e o forjado de maneira inabalável naquela situação. A expressão em minha face era de foco e serenidade.
O manto do corrompido esvoaçou quando a distância era curta demais. Suas mãos antes ocultas sob a vestimentas partiram em minha direção com duas adagas. Ele era lento e talvez por isso optasse por ataques a distância. Mas, apesar da letargia em seus movimentos, senti o rastro de vento da lâmina próximo de meu peito.
Aquele mover para trás que me retirou da linha de ataque, serviu de impulso para me mover para frente em um golpe horizontal. Ele ainda se restabelecia de sua investida e não teve tempo de firmar a base para se defender. A lâmina do simplório machado penetrou o pescoço da criatura que gritou em dor dando um salto para trás.
— Você é rápido e astuto. — Buscava estancar inutilmente com a mão o extenso corte que havia sofrido. Pude notar uma marca negra surgir de forma deliberada em sua testa.
”Que marca é esta?” Me botei em posição de batalha novamente quando ameacei caminhar em sua direção novamente, seu corpo passou a sumir lentamente em uma cortina de fumaça.
— Você deu sorte desta vez, sangue imortal, mas eu voltarei e acabarei com você como fiz com o acampamento que o acolheu. — E então sumiu.
Cai sentado buscando assimilar o que havia acontecido e todo aquele ataque repentino. Olhei os corpos sobre o chão com o sangue ainda fresco manchado o solo. No horizonte, onde deveria estar o acampamento familiar, um foco de incêndio parecia se iniciar e se espalhar rápido, mas nenhum grito de socorro ou alerta de fogo podia ser escutado. ”Estão todos mortos.”
— Então essas são minhas boas vindas?!—
A Morte
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Re: [OP Fácil] — A Terra Amaldiçoada - Postado Dom Jan 15, 2023 4:06 pm
As Crônicas de Samaria
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