No vilarejo que ela dormia, no meio da Montanha dos Sussurros, após concluir as tarefas que Manaen havia lhe passado, Liùsaidh se viu pela segunda vez despertando num reino que era simultaneamente desconhecido e familiar.

A guardiã abriu os olhos para se ver no meio de uma tempestade.

Seu corpo flutuava, como se não tivesse qualquer peso, enquanto o ar girava ao seu redor, formando um furacão que parecia misturar todos os elementos que sua senhora dominava.

Mas, desta vez, Liùsaidh não precisou esperar antes de Manaen surgir diante de seus olhos.

Era uma figura feminina formada inteiramente por ar, exceto por seus olhos rubros, que pareciam vislumbrar até mesmo as partes mais ocultas da alma da elfo.

“Seu dever a chama, Liùsaidh Cailleach”, comandou a deusa das tempestades e no instante que sua voz retumbou como um trovão, um raio partiu-se entre as duas. ”Suba para o Castelo de Seidel e defenda a Criação. Venha, Liùsaidh. A hora da batalha chegou.”

Antes que ela pudesse responder, num piscar de olhos, tudo aquilo desapareceu e Liùsaidh despertou sozinha na cama da casa imortal em que estava hospedada.

E a guardiã não hesitou.

Recolheu seus pertences metodicamente, deixando algumas moedas ao lado da cama como pagamento pela estadia.

Então, saiu e caminhou até a floresta.

Não precisou esperar muito antes que um farfalhar pudesse ser detectado por seus ouvidos élficos. Ergueu os olhos para ver o que antes parecia uma nuvem se transformar em um selne.

Aeollus. Seu selne.

Aeollus planou diante dela e Liùsaidh deixou a mão percorrer pela extensão de suas costas, antes de montar em seu dorso e sussurrar:

— Vamos, Aeollus. Para o Castelo de Seidel.

rp em resposta para ao chamado da trama O Erguer de Adreas.