• Azor Hokar, o deus da destruição, o senhor da consumação, retornou. Reencarnado no mês de Era, em 329, no Império Corrompido de Aronian. Enquanto o continente dos heróis, Samaria, está mergulhado em guerras e conflitos territoriais e políticos, Hokar reúne suas forças para trazer por fim sua vingança sobre toda a Criação – E por sua trágica derrota na Era dos Deuses.

    Enquanto isso, Mahoro Trakarhin, o rei dos imortais e guardião do Criador, prepara os reis e tenta apaziguar as guerras de Samaria para que possam olhar para o verdadeiro perigo que reside ao norte, no Império Aroniano.

    Não se renda ao temor que Azor Hokar representa e todo o mal que ele ameaça trazer. Una forças com o lado que melhor te convier e participe dessa aventura épica!
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    As Crônicas de Samaria :: Cidade-Fortaleza Krin

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    As Noites em Krin
    "recheadas bardos, putas e mercenários"
    Esta é uma RP fechada, contendo apenas a presença de Valindr e Diaval; é uma rp atual, exatamente no fim de Bel, 331 E.R. Depois de passar três meses em Dawhan com sua irmã, Valindr volta a Krieger devido a um pedido suicida de Reborn. Depois de descansar, sua primeira parada é uma taverna onde sempre cantava em seus anos em Krin, conhecendo Diaval. É uma noite fresca e agradável.

    Vem, manda a casualidade, a gente aguenta :amem:
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    Valindr odiava usar o xale de novo. Era como se voltasse a ter 11 anos, quando começou a usar aquilo na cabeça em prol de esconder as orelhas de elfo que sempre pareceram grandes demais em comparação a sua altura. Pelo Criador, porque tivera a brilhante ideia de voltar a Krieger, quando em Dawhan estava finalmente vivendo uma vida boa e decente? Vivia na casa bonita que sua gêmea comprara para elas, ganhara uma competição anual de música que a fez ficar conhecida em todo o Reino de Dawhan, e agora por causa de um amigo veio arriscar sua vida em prol dos objetivos dele.

    A ruiva fez uma careta, terminando de cobrir suas orelhas de elfos — Eu daria tudo pra não ter conhecido aquele vjuraz dumboe — mas ao pegar seu alaúde para descer a taverna propriamente dita, sentiu o peso das palavras e se arrependeu. Muitas coisas boas aconteceram desde que conhecera Sasory três meses atrás. Ela passou a ponta dos dedos carinhosamente pela extensão do instrumento musical, feito com aço eperion, o aço imortal. Um presente quase mítico, vindo de um ser quase mítico.

    Trancou bem a porta do quarto, descendo as escadas em direção ao balcão. Pediu uma bebida forte, para iniciar bem a noite, e a medida que foi bebendo, começou a dedilhar algumas notas nas cordas do alaúde, procurando uma música que se encaixasse com o clima entre aquelas pessoas. O fluxo de kriegerianos tinha aumentado em comparação aos anos que passara de taverna em taverna, muito provavelmente desde que a cidade finalmente ficara livre dos monstros. Mesmo com todos aqueles desastres, contando também com o que ocorreu no ducado de Mikhail, as pessoas pareciam mais propensas a se afogar no álcool, e se perder nas notas melodiosas de um bardo.

    Dentre as pessoas que iam entrando, alguns rostos eram conhecidos; homens e mulheres da região que sempre iam ali quase todas as noites quando ainda estava em Krieger em 330 E.R, e obviamente, ela também foi reconhecida. Como não reconhecer uma ruiva de 1.40 centímetros? Mesmo se fosse uma barda medíocre - o que ela não era -, sua aparência ajudava (ou não), a não passar despercebida. Pelo menos, não quando queria.

    Um senhor se aproximou do balcão, acenando em reconhecimento para ela, e enquanto pegava sua cerveja, ele olhou para a submundana, assobiando para o alaúde em suas mãos — Roubou isso de algum ricaço por ai? — perguntou impressionado. Ela quase se ofendeu, mas sua fama em Krieger nunca foi exatamente boa — Foi um presente, acredite ou não — ele deu risada, como se não conseguisse acreditar, mas balançou a cabeça, apontando para o alaúde com a caneca — Cante aquela sobre aquele lugar lá, Rivir, Lanir... Como era mesmo? — Valindr ergueu as sobrancelhas um pouco surpresa, por não ser uma música que ela não tocava muito, mas sorriu. Aprendera aquela música a pouco mais de um ano com um viajante.

    Começou a dedilhar, relembrando as notas e a letra, e quando se sentiu confiante, entrou no clima da música e começou a cantar — Imagine um lugar muito longe daqui com camelos pra passear. É uma imensidão de cultura e expressão, é caótico, mas, é, é um lar — ela começou a andar por entre as pessoas, e como as primeiras estrofes não precisavam do som do alaúde o tempo inteiro, ela aproveitava para criar um clima teatral sobre a música — Sopram ventos do Leste e o Sol vem do Oeste, seu camelo quer descansar. Pode vir e pular, no tapete voar, a noite haviriana vai chegar — ela subiu em uma cadeira, tentando pegar um pouco mais atenção sobre si antes e durante o refrão. Era difícil ser vista tendo menos de 1 metro e meio de altura.

    Há um perfume no ar e em cada bazar cardamomo e gergelim, se pretende encontrar é melhor pechinchar pelas sedas ou por cetim. Ao andar por aí deixa o som te invadir, é um lugar pra aproveitar. Olhe bem ao redor, não há nada melhor, a noite haviriana já vai chegar — ela bateu sem muita força com os nós nos dedos na extensão do alaúde, criando a pressão que a música trás quando tocada com uma banda completa — A noite de Havir e o dia também, é sempre tão quente que faz com que a gente se sinta tão bem. A noite de Havir é um lugar pra sonhar! A mágica está em todo o lugar, é só procurar — ao finalizar a música, ela se curvou na direção de seu público, pegando outra bebida e então procurando uma mesa para se sentar.

    Seus olhos procuraram algum rosto interessante, e por mais que seu alerta de perigo tivesse apitado, o que seria de sua primeira noite em Krieger sem a devida agitação? Se aproximou de um draconato de cara meio fechada, roubando um caneca cheia de cerveja no meio do caminho. Deslizou uma delas na direção dele, abrindo um sorriso malicioso, sentando-se sem pedir permissão em sua mesa — É novo por aqui? — foi a única coisa que perguntou, estudando o quão perigoso ele parecia, um velho habito que ela provavelmente nunca perderia, fosse porque precisava se manter protegida de pessoas que odiavam submundanos, fosse porque queria roubar alguém. Não, não roubar. Tinha mais dinheiro do que precisava agora.

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    Última edição por Valindr em Dom Ago 14, 2022 11:10 pm, editado 1 vez(es)
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    Os dias em Krieger estavam sendo tediosos, e a monotonia nunca agradou aquele draconiano. Por isso, ele aproveitou que havia trabalhado como um louco nos últimos dias, cumprindo mais contratos do que qualquer outro na guilda, e se deu uns poucos dias de "descanso". Oficialmente, ele havia ido à Forte Krin investigar outras guildas que pudessem vir a interessar para Verdade. Extraoficialmente, estava apenas curioso nos boatos que havia ouvido acerca da capital, sobre uma mercenária que praticamente sozinha livrou Krin da horda de bestas que havia tomado a cidade.

    Estava em uma taverna, era uma noite fresca e agradável, o clima local o apetecia. Sentou-se em uma mesa qualquer mais próxima da parede, sozinho, e não pediu nada - ficou ali, apenas a observar o movimento. Não muito tempo depois de tomar um assento, algo - ou melhor, alguém - chamou sua atenção, uma barda tocava uma música quase mágica sobre uma terra igualmente misteriosa. "Havir? Já ouvi falar." pensou.

    Sua expressão estava inalterada, mas não por que estivesse com raiva ou por que fosse mal encarado. Estava tão imerso em seus pensamentos que parecia desconectado do mundo real, até que uma mulher se sentou inadvertidamente em sua frente, o puxando de volta à realidade, e deslizou uma caneca de cerveja para ele. Seus olhos imediatamente cravaram na moça ruiva à sua frente, reconhecendo-a de imediato como a barda que estava a cantar.

    Ele abriu um sorriso nos lábios e semicerrou os olhos, curioso. - Hm... talvez. Por quê? Conhece todos por aqui? - ele não pegou a caneca de cerveja, ainda, mas se inclinou para frente ao ponto de apoiar os cotovelos na mesa - com as mãos apontadas para dentro - mostrando interesse na pequena mulher. Ele ainda mantinha o sorrisinho. - A propósito, bela canção, já visitou Havir? - os olhos vermelhos do draconiano pareciam emitir um certo brilho ao refletir a luz ambiente, e seu longo cabelo amarrado em um rabo de cabelo caía por suas costas.

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    Com a sua pergunta, Valindr olhou ao redor, contando praticamente nos dedos de uma mão quantas pessoas ela conhecia o rosto; nunca tinha se preocupado em aprender seus nomes, é claro. O único que talvez ela soubesse até o nome da esposa era o dono da taverna, que sempre gostou de suas apresentações e era generoso com a cerveja. Voltou sua atenção ao homem com uma risada debochada, balançando a cabeça em um aceno negativo — Todos nessa parte de Krieger tem a mema cara de tristeza, parece tudo igual — mas se arrependeu quase imediatamente depois da piada, lembrando dos monstros em KrIn, que tinha acabado de ser mortos.

    Ela apoiou as costas na cadeira, dedilhando a música que tinha acabado de cantar, sem tirar os olhos do draconato. Riu baixinho de sua pergunta, exagerando um falso orgulho, a medida que seu sorriso crescia — Sou uma barda, é claro que já ouvi falar. Uma terra linda, banhada pelo sol, com grandes e poderosos magos que controlam a areia dos desertos! — mentiu, torcendo para que ele saber menos do que ela. Para falar a verdade, Valindr tinha aprendido aquela música com um comerciante de Havir, mas ele não tinha falo nada mais do que sobre os desertos e a quentura. Como uma boa barda, estava mentindo.

    A submundana parou de dedilhar, bebendo grandes goles da cerveja, antes de voltar a falar, torcendo para que o assunto sobre Havir fosse esquecido — Enfim, a quanto tempo cê ta em Krieger? Cê num parece tá aqui a muito tempo não — comentou observando o rapaz, seus roupas, os itens a mostra e a expressão em seu rosto. Se fosse a 3 meses atrás, em meia hora eles estariam subindo as escadas em direção a um quarto, e ele não ficaria nu como estaria esperando.

    Ah, se não eram os malefícios de se ter dinheiro de sobra, fosse pelo roubo do castelo de Mikhail, fosse por ter ganho a competição em Dawhan. Ou seriam as consequências de descobrir que imortais de fato existiam, e que agora ela sabia da existência dos imortais; conhecendo sua vida, ela já imaginava para onde iria caso morresse, mas estava fazendo o possível para mudar isso.
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    O draconiano soltou uma risada com o comentário da barda, depois de acompanhar seu olhar enquanto ela analisava os transeuntes da taverna.

    Pff... HAHA! É mesmo. Não parece haver muito senso de humor por aqui, mas não os culpo.

    Ele apontou com o queixo alguns homens que pareciam um pouco esfarrapados, olhares cansados e expressões corporais de alguém que havia perdido muito.

    Afinal, não restou muito para se alegrar, pelo que ouvi.

    O som de suas palavras era mais sério, totalmente diferente de quando riu da piada da jovem. Continuando a conversa, a barda falou mais sobre Havir e suas terras ensolaradas e calorentes. Diaval erguia as sobrancelhas, impressionado, ele pegou sua caneca de cerveja finalmente e a ergueu ao alto, esperando que a barda o acompanhasse.

    Um brinde à isso, então.

    Beberam então, e o assunto caiu sobre o draconiano. Ele desviou o olhar para cima, como se buscasse na memória, afinal, o tempo passava diferente para um ser que vivia tantos anos.

    Hm... quantos anos fazem mesmo? É, esqueci! Mas já faz um tempo.

    Ele desistiu de tentar se lembrar, mas notou que estava sendo analisado. Para mudar de assunto, devolveu a pergunta.

    E você, a quanto tempo compõe músicas por essas bandas?

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    O resultado do seu treino de fama foi:

    • Coerência e Dinâmica (25/25):

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    • Estrutura e Digitação (25/25):

    • Enredo e Criatividade (35/35):


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    Atenciosamente, Kalam.
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    mercenário pro jantar

    Valindr ergueu uma sobrancelha ao observá-lo, sem encontrar mentiras em sua fala sobre ter se esquecido a quanto tempo estava por ali. O assunto então se voltou para ela, mas não é como se não estivesse acostumada. Ela pensou nos anos que passou em Krieger, só o Criador sabe porque, presa a amarras que nem mesmo ela entendia. Nunca gostara em particular dali, e sua estadia em Dawhan fora muito mais proveitosa em três meses do que durante os mais de 5 anos que passara ali. Ou talvez fosse por causa de sua irmã. A vida com Trívia sempre parecia fluir mais facilmente ao lado dela.

    Tô em Krieger a mais tempo do que realmente consigo me lembrar, talvez uns 10 ou 11 anos. Sinceramente num sei porque passei tanto tempo aqui. Esse lugar só te deixa crescer se tu for malvado, mas mesmo como um vilão, é difícil — ah, ela conhecia ambos os lados. Era uma boa ladra até encontrar Sasory, e por causa de Dawhan, agora era uma verdadeira cantora com nome e título: Valindr, a Cantora de Ouro.

    Ela balançou a cabeça com uma risadinha, lembrando de todas as reviravoltas que ocorreram em sua vida, e em seguida, ao olhar para o draconato, continuou a falar, com um leve dar de ombros: — A vida nunca é fácil para um submundano, de qualquer forma — seu sorriso se tornou venenoso a medida que a ruiva o observava, esperando sua reação. Conhecia bem a superioridade que os dragões sentiam em relação ao restante das raças, em especial aos submundanos. E um dragão que estava a anos em Krieger? Ela riu de novo. Mas ela precisava de alguma diversão, e não havia raça melhor para uma briga que um draconato. Ainda assim, torceu para que não chegasse aquele ponto. Se sentia mais ousada em contar as pessoas que era uma submundana agora, fosse por causa da hospitalidade de Dawhan com mestiços, fosse porque conhecia a própria força.

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    Enquanto escutava ali o breve resumo histórico daquela barda, Diaval parecia um tanto interessado, afinal, não era sempre que tinha tanto contato com o povo dali. Kriegerianos eram, em sua maioria, bem menos simpáticos, por assim dizer — então não costumava conversar muito com eles.

    Ao contrário daquela jovem ali, que abertamente conversava com ele sem parecer se importar com sua origem ou raça.

    — É verdade, a bondade por essas bandas não é o que eu chamaria de “comum”.

    O draconato deu uma leve risada. Até que a menina continuou e sorrateiramente soltou uma alfinetada que Diaval jurava ter sido proposital para provocar sua descendência. Ele parou por um momento, em reflexão, mas essa pausa não durou mais que um instante. Ele calmamente deu outro gole na caneca de cerveja e a secou desta vez, voltando-se para Valindr.

    — Sim... Mas devo dizer que o povo aqui é bem mais condescendente com submundanos, do que um certo povo que conheço.

    Diaval não compactuava com a aversão que sua raça tinha pelas demais, afinal, renunciou à muito a maioria dos costumes e até mesmo de sua terra para procurar outra vida ali. Mas não negava encontrar certa superioridade em relação à grande parte dos indivíduos que encontrou.

    — Mil perdões, que falta de educação a minha! Me chamo Zakir, e você?

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    mercenário pro jantar

    Seus dedos começaram a dedilhar Além do Rio Azul quase que imediatamente, e uma expressão de orgulho apareceu em seu rosto, enquanto ela pensava em como se apresentar. O draconato dificilmente a conheceria, porque ele saberia sobre uma competição de música em outro reino, afinal? Mas ela deu uma chance. Levantou da cadeira, o que não fez muita diferença em sua altura, e fez uma reverencia exagerada, erguendo e baixando um chapéu invisível em sua cabeça.

    Meu bom sinhô, sou Valindr, a Cantora de Ouro, uma barda famosa pelas bandas de Dawhan — e colocasse fama nisso. Toda Dawhan parecia conhecer a submundana que tinha ganhado o The Voice Dawhaniano aquele ano — O povo daqui é muito ruim pra apreciar boa música, inda mais se vir da boca de alguém como eu — ela deu de ombros, voltando a se sentar de frente para o rapaz. Ele provavelmente era mais velho do que ela, graças a longevidade de sua raça, e se fosse esperto, viveria o suficiente para ver aquela Era acabar, e outra nascer.

    Valindr, no entanto, não teria tanta sorte. Haviam problemas depois na mistura de raças, então a ruiva não sabia se viveria como um anão, se viveria como um elfo, ou se morreria antes, devido a própria estupidez. Era bem provável que alguém cortasse sua garganta antes. A barda olhou novamente para o mercenário, gravando seu rosto na mente para que pudesse reconhecê-lo mais tarde, e então sorriu marota, terminando a caneca de cerveja.

    Cê é mercenário? Tem cara que sim. Se for, mais tarde precisarei de uns servicinhos. Acha que consegue me proteger numa turnê por toda Samaria? — Valindr ergueu uma sobrancelha, inclinando o corpo sobre a mesa para aproximar-se dele, deixando claro que a oferta era séria — Eu pago bem — garantiu, e então com uma pequena risada, voltou a recostar a coluna no encosto da cadeira. Então se ergueu, pegando um sanario de ouro magicamente que estava "escondido" atrás de sua orelha. Jogou a moeda para cima, pegando-a rapidamente com a ponta dos dedos, e então jogou para o draconato, para mostrá-lo que era sim capaz de pagar.

    Pense bem, viu? Se aceitar, estarei por essas bandas por um tempo, e dipois vô pro Fiorde Orgulhoso lá em Sivatrá — ela fez outra reverencia exagerada, e sorrindo, saiu da taverna, em busca de uma mais animada.

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    Ao ouvir sobre o nome e fama de Valindr durante aquela reverência espalhafatosa, o draconato olhou para cima e semicerrou o olhar, como se vasculhasse em sua memória. No entanto, sem êxito, lembrou-se de que nunca se interessou muito pela arte e música daquele reino.

    — Ér... caham. — Ele fingiu uma tosse. — Nunca ouvi falar, mas acredito em você. Uma voz e talento tão únicos não pertenceriam a uma pessoa qualquer e, se não os tivesse aproveitado até então, a julgaria uma tola! — Tentou contornar o constrangimento da melhor forma que pôde pensar, mesmo que ao jeito draconato.

    Vendo que o assunto mudou de tópico e passou a virar uma oferta de trabalho repentina, o mercenário se ajeitou na cadeira. Cruzou os braços e encarou pensativo a submundana. — Uma turnê... Se você é famosa mesmo, certamente viajar sem proteção seria arriscado. — apesar da oferta parecer tentadora e "dinheiro fácil", Zakir ainda parecia ponderar.

    Era evidente que o draconato desejava viajar por Samaria também, por seus próprios interesses. Talvez este era o momento em que a oportunidade casaria com a necessidade, e então ele tomou sua decisão.

    — Certo, Valindr. Eu aceito, mas devo alertar que tenho meu próprio jeito de fazer as coisas e não gosto de ser questionado sobre ele. Mas garanto sua segurança do começo ao fim, tenho uma reputação a zelar também.

    O draconato descruzou os braços e estendeu a mão direita para um aperto de mãos firme e forte para selar o contrato.

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