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Azor Hokar
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Cap 3 — O Fim. - Postado Seg Mar 07, 2022 1:11 am
As Crônicas de Samaria
Trama continental
Seu retorno não foi recheado de glórias. Muito menos aplausos ou festas, como fora seu nascimento. Mas, tenhamos calma. Não é como se Azor Hokar fosse... Orgulhoso, não é?
O imperador perambulou pelos corredores de seu império e recebeu os costumeiros olhares de medo. Mas estranhou a fuga de seus servos, invés do costumeiro curvar e servir. Isso o incomodou, mas presumiu ser uma nova forma de tentarem agrada-lo e demonstrar sua imponência. Ora, se por ventura o senhor do Fim precisasse saber de algo, Yoan teria o contado pelos canais que deixou para trás.
Finalmente, lá estava. Diante das portas negras de pedra queimada. Os relevos belos adornando todo o contexto retratava o dia da queda do Criador, que tão alegremente se entregou por um traidor. E lá, havia dois corrompidos.
Tal qual o costume, o suserano não pede licença, ele apenas entra. Mas seria uma pena se as lanças fechassem seu caminho.
— Perdoe-nos, soberano do Fim. Mas você não foi convidado pelo Imperador.
— Ho... É mesmo? —
[...]
As ruas estavam quentes, pois foi com a chegada do mês de Hok, que o próprio Hokar havia retornado. No centro de Hodun, a corrupta capital, havia um palanque. E um show estaria para ser apresentado.
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- Continue lendo:
Suspenso por uma coluna vertebral deslocada e puxada para fora da pele, estava Yoan, que outrora sempre fora tão arrogante. Sua suspensão acontecia através de um gancho. Sua voz já parecia rouca e calejada, depois de agonias sem fim. Não possuía mais pernas, onde metade dos fêmures podiam ser observados como tocos brancos até sua metade, aonde havia carne visivelmente devorada e dilacerada - quem sabe, por outros servos mais fiéis.
O mesmo se repetia com os braços. Um já era faltante, mas agora, o outro também se fazia ausente. Ao menos, de seu local original, pois aquele mesmo braço se encontrava absurdamente inserido por entre as nádegas do corpo que anteriormente era parte de si. Sua nudez estava exposta. Seus ferimentos possuíam pus e sujeira, pois para fora estavam suas vísceras.
E o carniceiro? Estava presente. O sangue lhe pintava os antebraços até os cotovelos, e o autor de tamanho horror, era o próprio Consumador.
— Ouça-me, povo meu. Aos mais fracos, eu ainda os pouparei de meu furor. Testemunhem, povo meu. O que há de se cumprir. Aqueles que me traíram, pereceram. Aqueles que foram fiéis, viverão, até que o dia chegue. Por isso, meus fiéis, eu os deixarei consumir este pecador. Aprendam! Sê tu fiel, e será o maior. Seja o traidor... E será consumado. Pereça, Yoan, como o menor de todos, que sempre foi, espírito do indigno. —
Dessa forma, aconteceu. Arrancado de sua suspensão, sem os poderes para se regenerar, sem a fraqueza para que morresse. Foi arremessado ainda vivo, em desespero e rouquidão, para o povo de Ahodun. Corrompidos furiosos. Corrompidos cansados da instabilidade que o Império vinha experimentando.
Foi com gemidos roucos e opacos, que findou-se Yoan Ahodun, anteriormente, Yoan Brim, último de sua linhagem aroniana. Devorado, lanhado, despedaço. Por unhas, dentes e lâminas. Nem mesmo pele restou, somente ossos, que fora depois disputado por cães.
O show acabou. O fim do regente indigno. Agora, o império precisava prosperar.
Era hora de recuperar Marca.
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+ O Retorno de Azor Hokar define o fim do período atual e a entrada em Era.
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