As ruas de Hjert ainda eram confusas para mim, parecia o futuro. Cheia de trilhos, vlous pedras solari coloridas, veículos e anões para lá e para cá. O único local que eu gostava e me sentia seguro era o Pepita de Ouro. Baartolomeu estava no balcão servindo enquanto sua filha estava de mesa a mesa levando aperitivos. Baartolomeu mal me conhecia, nem sabia que eu era almirante e em Hjert as pessoas talvez nem saibam que exista marinha em Krun. Pedi um grande caneco de cerveja preta e um pedaço de coxão mole bem mal passado a o ponto que quando me levassem o bife o boi viesse junto. Peguei meu caneco, me sentei em uma mesa ao fundo soturno do bar e esperei meu aperitivo. Podia ver os anões cantando e festejando sob uma névoa de tabaco que esfumaça um pouco minha visão, mas que deixava esse lugar com uma aura quente, aconchegante e vermelho como os braços de uma mulher. A comida chegou e pedi mais uma cerveja e uma dose de água ardente que desceu queimando em minha garganta, me punindo me arranhando. Depois mais uma dose e mais comida.

- AHHHHHH - Delicia. Não costumava beber muito em Magmathane para que não perdesse a compostura frente aos subordinados, mas aqui, bem aqui eu podia levar os meus quatro rins anões ao limite que a vergonha e o orgulho me permitia.

Mais alguns goles e doses e eu estava em uma mesa com outros companheiros anões junto de algumas anãs da vida. Dois deles já haviam trabalhado no mar , talvez por isso eu sentei ali, não lembro a única coisa que eu sei que cantavam vantagem frente às damas.

- Eu já vi a Cachalote, sim essa mesmo que pune os navios baleeiros que caçam suas irmãs, já estive frente a frente com as presas do Kraken que por pouco não ceifou minha vida, já lutei contra piratas de Havir e já vi de perto os sinistros navios da marinha de Krieger -. E tomei um gole de conhaque para molhar a garganta, porém fazia o efeito contrário. - Conquistei grandes títulos devido a essas minhas aventuras que acabei de relatar, conquistei certa fama nos mares e conquistei a confiança das alta cortes dessa terra, porém meus caros amigos... o coração da morena eu nunca consegui conquistar -. As damas lamentaram num sonoro "ONNNNNN" os homens ficaram cabisbaixos, pois se identificaram e a música agora estava triste e melancólica como se seguisse o compasso de meu âmago soturno, culpado. Dura noite ao qual o meu objetivo foi o regozijo, mas agora cedia espaço para a tristeza.

- Filha -. Disse agarrando o braço da prole de Baartolomeu que passava por entre as mesas - Traga uma rodada para todos aqui -. E comemoraram efusivamente os anões. Estavam se aproveitando de mim, mas eu não ligava eu queria uma amizade temporária hoje para que amanhã eu não me lembrasse da culpa que era os deixar.

A fumaça dos cachimbos anões deixava o ambiente turvo e a bebida contribuía cada vez mais. Eu estava confuso, frágil e embriagado, o outrora Grande Almirante agora estava rendido frente a tanta gente que neste momento encontrava a sua alegria. Dançavam conversavam sobre assuntos triviais a minha volta e eu ali inerte como se não fizesse parte do ambiente.

- Eu entendo amigo, a vida no mar é solitária e como meu pai dizia "Do que adianta conquistar o mundo se alma continua vazia" -. Disse o anão bigodudo sentado à minha mesa, parceiro de copo companheiro de lamentos agora.

- "Orgulho cega" diz o meu e ele tem razão, mas também emudece eu descobri, o orgulho trava minha boca quando ela está prestes a dizer "perdão", ainda lembro do cheiro dela, do perfume que a presenteei, tento relembrar seu toque e suas palavras em outros braços, mas é em vão, talvez eu mereça -. Tomei outro gole e uma mão veio ao meu ombro me consolando. Nunca tive tanta vontade de voltar ao mar como agora, sentia o mar em meus olhos agora.

A luz azul agora tomava conta do ambiente, o inundava, malditas solaris coloridas, indicavam a madrugada. Fria madrugada numa noite de Hol. A dor do amor só se cura com outro, outro que se fosse uma pedra preciosa nem todos os anões de Krun o encontrariam em séculos de escavações. Droga.

- Isso é bom, ser sozinho é bom, nossa rainha precisa de gente solitária, assim o sacrifício é mais fácil quando não se tem nada a perder.... UM BRINDE A NOSSA IORWIORI (ᛡᚥᛡᛁ) -. Gritei e todos levantaram seus copos brindando e gritando "IORWIORI" a plenos pulmões. Algo para me abster dali, ótimo. Mais uma saideira e vou embora.

A conversa ia e vinha quando fui interrompido por dois anões que me pararam enquanto eu ia pegar outra cerveja no balcão. Fiquei os encarando e eles também me encaravam.


Treino de Carisma  805 palavras

Armas:

Os dois ficaram na minha frente, encarando com as caras não muito receptíveis com certeza queriam arrumar briga. Eu estava tentando pegar uma cerveja então os contornei para pegar duas canecas com Baartolomeu, mas foi em vão. Quando desviei dos dois eles me seguiram dando um paço a minha frente para me impedir e me provocar com certeza. Um era careca e o outro possuía um moicano, ambos bem barbados como todos os anões.

- Eu vou pegar uma cerveja porque estão na minha frente? Licença eu vou passar -. Disse aos dois tentando passar por entre os dois, mas me impediram com a mão no meu ombro.

- Você é um mentiroso, pescador , contador de história zomba da gente como se fossemos ninguém -. Disse um deles.

- Ninguém que viu o Kraken sobreviveu, mentiroso não fez metade do que disse, somos anões do mar e nunca sabemos de você -. Continuou o outro, desgraçados isso não vai ficar assim.

Assenti com a cabeça e virei as costas fingindo que não queria briga. Me virei repentinamente acertando um soco bem forte no meio do nariz do anão de moicano que caiu no chão nocauteado por alguns segundos. O outro anão pegou uma faca e partiu para cima de mim tentando me esfaquear, porém eu segurei a sua mão. Ficamos por alguns segundos nesse cabo de guerra disputando força contra força anã quando o meu amigo bigodudo deu uma cadeirada nas costas do anão com a faca. O meu outro adversário se levantou do chão dessa vez me acertando com um soco, mas eu retribui soco com uma joelhada no estômago e ele vomitou na minha cara e depois caiu no chão de vez.

A briga virou generalizada, eu já não sabia com quem estava brigando, socando ou xingando só sei que eu tinha que brigar e me manter vivo. Dois anões me agarraram e tentaram me jogar no chão, mas eu resisti ficando em pé então empurrei um dos meus inimigos em uma mesa e o outro que me agarrava pela barriga, com os braços a volta, eu soltei seus braços e o soquei na cara. Lá pelas tantas eu sai do bar escondido no meio daquela confusão se não eu ia morrer com certeza. Sai do bar e fui embora para minha casa embriagado, humilhado e quase sendo atropelado na rua, não era comum os transeuntes verem anões bêbados na rua, mas eu me destacava na beldice. A primeira coisa que eu fiz foi vomitar no banheiro.


Treino de Força 413 palavras

Armas:

Minha cabeça martelava como se um dos grandes ferreiros de KROEMRŸRR usassem minha cabeça de bigorna para entortarem o metal mole. Acordei no dia seguinte à noitada na pepita de ouro com a cabeça latejando e sozinho de novo. Então quebrei um ovo no copo e bebi, tomei água gelada, café e coloquei para o trabalho. Contíguo ao palácio estava o meu escritório e adjunto a ele uma casa de armas. Minha carroça de bodes me levou lá, quase que sozinha , não conseguia nem ao menos guiar direito, os solavancos do asfalto pioravam ainda mais a minha dor de cabeça, porém cheguei são e salvo graças as nossas pedras solari.

Adentrei ao meu escritório e de cara já me lembrei da minha primeira obrigação pendente daquele dia. Capitão Stronomek um dos engenheiros/navegador da armada anã do oceano ele me apresentaria um projeto, escorpiões, armas auxiliares para os galeões.

- Veja meu senhor, serve para abater monstros marinhos e marinheiros quando são visíveis a bordo -. Disse-me mostrando um dos escorpiões montados ao chão da casa de armas à frente de um alvo de madeira quadrado, uma parede de madeira para falar verdade. - Vamos Almirante, a teste -.

Os escorpiões se tratavam de grandes bestas que disparavam arpões.

- Pinte círculos vermelhos na parede para eu constatar se a arma é precisa -. Os alvos foram pintados.

Mirei e em seguida abri fogo contra a madeira fazendo o arpão transpassou a parede como se não fosse nada, bem no alvo pintado. Disparei de novo e de novo seguidamente acertando alvo após alvo. Se para alguém de ressaca como eu foi tão fácil acertar os alvos, quer dizer que qualquer imbecil conseguia.

- Troquem o alvo -. E trouxeram outra parede de tábuas com mais alvos pintados.

A besta com os arpões era pesada mas bastava que mirasse um pouco acima dos alvos para que a lança acertasse o alvo e trespasse a madeira soltando várias astilhas no chão.

- Muito boa a sua ideia e a sua máquina Capitão, vou adicionar essa besta nos projetos futuros de nossas fragatas, vai servir quando os canhões arcanos não funcionarem ou ficarem inutilizados para o carregamento -.



Treino de  Destreza 413 palavras

Armas:

Quando terminado essa apreciação dos novos dispositivos de combate decidi reservar um pouco do meu tempo, o mínimo ainda restante para assim poder treinar com o machado de guerra, apesar de eu gosta do machado curto e os usar em ambas as mãos o que eu tinha de aprender também é o combate com o machado de guerra já que noventa por cento de todos os anões usam martelos de duas mãos e machados de guerra para os seus combates durante a guerra. Eu preferia os machados curtos, pois são mais práticas de se empunhar e armazenar durant uma viagem de navio e quando o combate acontece no convés, coisa comum de se acontecer, assim um machado curto não acaba acertando os aliados ou sendo preso nas cordas do mastro. Mesmo assim eu treinaria com a marreta, porque vai que ,né.

Peguei um dos martelos de guerra que estavam nas prateleiras de treino e passei a empunha-lo. Peguei o martelo e treinei com Junhi um dos imediatos que ali estavam e tinha me ajudado a selecionar marinheiros e também observar essas novas armas, escorpiões, balestras que me haviam trazido. Ele usava do machado da guerra, manipulado por duas mãs, e me ensinou como proceder frente ao peso da arma.

- Ataque com os ombros, a coluna, gire o corpo assim o senhor vai atacar melhor do que só com os braços, certo? -.

Assenti com a cabeça e tudo bem começamos.

Ataque sob ataque nos repelimos saindo faiscas das laâminas do machado e a massa do martelo quando estas se encontravam no ar, uma beleza, pena que perdiam o fio por causa disso. Nossos ataques erma todos pesados, raramente usávamos o cabo do machado e da marreta para atacar e defender, pois podiam se quebrar sem a nossa previsão. Nos limitavamos a desvia da esquerda para direita, quase como um simples virar de costas se desviando da lâmina apenas repelindo as vezes com a lâmina. Não existe choque de lâminas com machados como se acontece com espadas que é mais comum com essas armas onde as lâminas se progetam mais longa.

420 palavra martelo de guerra

Armas: