Trabalho honesto

— Mês/Ano: 324E.R - Hos
— Pessoas envolvidas: Gaarad e Quinn
— Localidade: Ducado de

O tempo em que Quinn ficou na capital, com o propósito de receber uma educação melhor e sob as custas de Muriel, lhe permitiu conhecer um quantidade numerosas pessoas e realizar contatos importantes. O primeiro seria o colega de quarto, que era oriundo de Chrysta Vattnen, um condado pertencente ao Ducado de origem. Seu nome era Brandly. Um jovem com inúmeras ideias culturais, desde música a pintura, mas leigo em magia e artes fisicas. Um sujeito simples, sem ambições que extrapolam os limites sociais. Havia um tempo desde que o viu, mas tinha certeza de que estava bem. Boatos diziam que o artista estaria trabalhando em uma casa de artes de Belleguard, uma boa alternativa, tendo em mente o desejo pela arte que os cidadãos possuíam. Outras figuras foram essenciais para tornar Quinn quem ele é. Kadrin, na sua época de princesa, foi quem lhe abriu as portas para recomendações maiores, pois havia ajudado-a no passado a resolver problemas de cunho político. Situações a qual seus anos de estudo haviam permitido ajudar a resolver. Desde então, agora que havia se tornado a Rainha de Vaanalt, era necessário manter esse contato mais próximo.

São numerosas as figuras que Quinn conheceu, mas naquela viagem, indo a Wymare com o propósito de estabelecer, não só o tratado comercial, mas pedir por auxílio militar, fez-se necessário ter com Garad e, quando fosse ao condado de Ashvall, veria duas pessoas importantes, dentre ela Anne e Liev. Anne era condessa de Belleguarde, um condado pertencente a Muriel. Liev, por outro lado, seria um de seus colegas de muito tempo. Foi este sujeito que lhe ensinou, de forma árdua, a usar adagas. Liev era, naquele tempo, um capitão da guarda recém nomeado. Ele era um dos poucos que compartilhava a ideia de usar os estudos acerca dos abissais para melhorar nossas armas e tornar o exército cada vez mais forte.

Era inegável o desgosto que sentia por Ashvall. Não sabia discernir se era ciúmes ou um desgosto pelo militarismo exacerbado daquele local. Não era contra a militarização, mas sim a cultura que eles possuíam. Vaneel era o condado militar, mas não como Ashvall. Vaneel tinha a proposta de ser mais sutil, não seriam exatamente soldados, mas guerrilheiros ou um tipo de unidade espiã. Aquela terra nutria um desgosto pelo ataque de 323, culpavam uma má gestão dos generais da época, isso motivou parte dos órfãos e os remanescentes da nobreza a adotarem algo mais pragmático. Talvez seja a única área de toda Vaanalt a manter um projeto secreto a qual se dedica a pesquisa de forma sutil.

Nada disso importa para Garad

A comitiva era simples. Quinn era um um simplório conselheiro, não necessitava de algo muito opulento, bastou percorrer, pelos tubos de Uno e partes aquáticas, a distância de Vaneel até onde seria o principal palácio dos Wymare. O Conselheiro de Darya havia conhecido o Herdeiro de Wymare em uma de suas tantas aventuras na capital, são histórias a qual nem se deve ser mencionada, diferente de Quinn, Garad era mais agradável e carismático. Acontece que aquele herdeiro era um dos poucos que agia na contramão da maioria dos nobres. Ao menos o julgava assim, em virtude desse conceito pré-definido, achava-o um sujeito interessante de se manter uma amizade.

Sua vestimenta seria simples, usaria uma farda com um símbolo de Muriel em seu peitoral direito, seus cabelos, formavam uma trança e um coque masculino. Sabia que viajar com seus fios soltos poderia ser problemático, ainda mais a galope. Sua comitiva era limitada a 10 cavalarias pesadas, apenas por uma precaução. Nada muito chamativo. Até onde sabia, Wymare era bem pragmática com inúmeras questões.

Do lado de fora, vendo o imponente castelo tal qual se assemelha à uma fortaleza, meneou a cabeça positivamente, mas questionava-se se não seria interessante dar uma ornamentada, enriquecer com um pouco de arte. De qualquer forma, um dos cavalariços e serviçais do castelo lhe atenderia. Quinn descia do cavalo em um movimento rápido, olhando para aqueles a qual o recepcionaram, disse-lhes.

── Saudações! ── Disse-lhes de forma cordial e breve ──  Poderia por gentileza acomodar nossos cavalos? Ficarei por alguns dias, pois vim ter com Garad ── Seu hábito de deixar a educação em muriel ainda se mantinha. Odiava formalidades. Era desperdício de tempo, mas tendo visto a expressão de desgosto de um serviçal, rapidamente se retratou ── Perdão. Senhor Garad. A viagem me deixou cansado e aparentemente perdi parte de minha educação.

── Aguarde um minuto, senhor conselheiro, notificarei a sua chegada. A qual propósito serve a sua estadia?

── Acordos e assuntos militares e políticos. diga que será breve, não quero tomar tempo do duque ou do herdeiro.

Quinn deixou-se ser guiado, passando pelas opulentas salas ornamentadas de armaduras, armas entre outros artigos militares. ── Um quadro cairia bem nessa sala ── Seus olhos meneavam por cada detalhe daquele local. Era bem diferente, mas não se importava. Deixou seus soldados nos estábulos e seguiu os funcionários. Estava feliz em poder esticar as costas do que ter que ficar curvado no cavalo por horas.

NOTAS