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As Crônicas de Samaria :: Redentores
Aurora Von Wyrn
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[OP] Retorno nada agradável - Postado Seg Jul 05, 2021 5:32 pm
As Crônicas de Samaria
Retorno nada agradável
Hiro, o sacerdote, acabou por retornar à sua guilda. Acontece que, nos dias em que esteve ausente, seja drakir ou em licentia, um terrível ataque aconteceu com seus membros. O Draconato, devoto ao criador, acharia sua guilda bagunçada e destruída. Boa parte das coisas estariam depredadas e reviradas. Ele encontraria dois corpos na cozinha, ambos já mortos e um rastro de um terceiro que sumiu. Bem você observou rastros de sangue saindo. Tudo aquilo que foi construído com amor e carinho tinha sido consumido por algo, na verdade tinha sido destruído por alguém ou algo. Até os dormitórios tinham sido atacados. Era um cenário triste, mas havia algo que lhe confortaria...
Reborn, Anne e Anastácia lhe notificaram que estariam escondidas em licentia até a recuperação de Anne e do próprio cavaleiro, os demais, estavam no vilarejo fazendo outros afazeres. Hiro saberia dessas informações assim que encontrar a carta...
_____________________________________
+ OP média
+ Relate o que Hiro sente e suas ambições. Aqui é algo simples para caso queira gerar a trama, de resto, pode arrumar o local.
+ Espero que se divirta, caso precise de algo, me avise via Discord.
+ Boa sorte!
Hiro Imai
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Re: [OP] Retorno nada agradável - Postado Ter Jul 06, 2021 1:16 pm
O peregrino atravessava a densa floresta da Folha do Oeste com a companhia de Geada, sua égua branca. Havia vindo de Licentia, onde conheceu alguns de seus aliados. Seu coração encontrava-se calmo por saber que as pessoas com quem os Redentores se juntaram eram honradas. Até mesmo encontrou um dragão entre eles. As coisas podiam mudar a uma velocidade lenta, mas ainda assim mudavam. Acreditava que de pouco em pouco, se cada um fizer a sua parte, Samaria se tornaria um lugar melhor.
Após algumas horas finalmente chegaram na entrada escondida de sua guilda. Soltou de Geada e a guiou pelas rédeas para entrar.
—Finalmente vamos poder descansar - Disse para sua égua.
Entretanto, assim que se aproximavam do portão notou que algo estava errado. Este encontrava-se escancarado como se tivessem sido invadidos.
Hiro sentiu suas mãos gelarem e tremerem, seu rosto ficou pálido. Nervoso, desembainhou a espada pronto para correr e chamar pelos amigos. Mas parou porque logo sentiu que havia um cheiro fétido no ar, este lhe era terrivelmente familiar. O odor da morte.
—Não pode ser… Pelo Criador… Ay, Senhora da vida… - Sussurrou para si mesmo — Por favor, que o pior não tenha acontecido…
O sacerdote sentiu um nó se formar em sua garganta, seu estômago se revirou enjoado. Teve medo de prosseguir e descobrir quem era o cadáver ou os cadáveres. Mas não podia ficar parado para sempre, teria que enfrentar a verdade ou até mesmo ajudar quem estava ali. Engoliu em seco e prosseguiu com a espada nas mãos.
Conforme adentrava o local apressado e desesperado, via que este estava uma bagunça e todo revirado. Uma cena realmente triste. Porém não era isso que o preocupava agora. Nervoso gritou pelo nome dos amigos:
—Reborn!! Nate!! Bianca!!
Correu pelo corredor os chamando a cada cômodo que passava até que quando chegou na cozinha viu dois cadáveres já entrando em estado de decomposição. Verificou o rosto deles, ao menos não era familiar. Teriam sido eles parte dos causadores disso? Apressado e preocupado, continuou verificando os outros cômodos e gritando pelo nome dos amigos:
—Reborn! Anne?! Anastacia?!
Não demorou a constatar que a guilda estava vazia, exceto por esses dois corpos. Pelo menos não encontrou nenhum conhecido morto. Várias coisas lhe passavam pela mente. Sentiu que o ar lhe faltava. Agachou no chão abalado, juntou as palmas das mãos trêmulas e as encostou na testa.
—Criador… Meus amigos… Onde eles estão?! Quem os levou?! - Murmurou consigo mesmo — Eu não deveria ter saído…
Logo a culpa começava a consumi-lo. Se havia algo que perturbava o sacerdote era a culpa. Arrependia-se de ter saído. Talvez se estivesse ali conseguiria evitar o pior de acontecer. Agora não sabia se eles estavam mortos, se foram sequestrados ou se estavam vivos. Para piorar nem mesmo sabia quem fez isso.
—Não consegui salvar minha família e agora vou perder meus amigos? - Perguntou aflito a si mesmo.
Para ele todos os membros da guilda eram seus amigos. Tudo que ele queria era criar um abrigo para proteger as pessoas, mas este havia acabado de ser violado. A segurança não foi suficiente, ela era falsa. Deveria ter investido mais, ter sido mais cuidadoso. Porém não era possível voltar no tempo. Quando mais precisaram dele, não estava ali. Esse pensamento fazia seu coração doer profundamente.
Olhou ao redor ainda angustiado, os olhos percorreram a bagunça deixada pelo invasor. Cada móvel ali, os objetos, todos tinham sido arrumados com tanto zelo e carinho. Agora estavam quebrados e revirados. Todo esforço destruído. Quem teria feito essa crueldade?
Deveriam ter sentido medo quando foram atacados. Se colocar no lugar deles, imaginar o rosto deles aflitos e assustados o deixava ainda mais nervoso. E se tivessem sentido dor? Era horrível se sentir incapaz de proteger seus amigos. De que adiantava ser tão forte se não estava ali para protegê-los? Por que foi tão idiota e ingênuo?
—Sou um idiota! - Xingou a si mesmo — Tanto treino para nada! Para eu não ter feito nada! Eu não deveria ter saído…. Prometia que estariam seguros aqui... Mas quem fez isso? Estávamos escondidos… Alguém nos traiu? Será coisa de Azor Hokar?
Hiro deixou o ar sair como um sopro devagar para tentar se acalmar, pensou consigo mesmo:
"Preciso ficar calmo, ainda há esperança. Pelo Criador, eles precisam estar bem. Tenho que descobrir onde estão. Podem estar precisando de mim… Que não seja tarde demais..."
Apesar de se sentir mal, se levantou e voltou até os cadáveres. O cheiro era terrível e o estado deles também. Mas queria tentar encontrar alguma informação. Aproximou-se e observou bem a fisionomia deles. Não havia nada familiar neles. Chegou a tatear os bolsos deles apesar de ser uma tarefa nojenta, já havia algumas larvas percorrendo o corpo deles.
Foi nesse momento que notou marcas de sangue no chão como se alguém tivesse se arrastado. Seguiu o rastro de sangue e percebeu que este provavelmente escapou ou morreu na floresta de hemorragia. Novamente sentiu o coração gelar, desejava fortemente que esse sangue não fosse de um dos membros da guilda.
—Seus malditos! - Xingou olhando para os corpos mortos — Foram vocês que fizeram isso! Só pode ter sido vocês!
A raiva começava a querer surgir, tinha vontade de destruir ainda mais esses corpos que invadiram seu lugar seguro. Sua personalidade draconata desejava pegar a cabeça deles e sair caçando todos aqueles que participaram disso. Mas como peregrino sabia que não podia dar vazão a essa raiva. Hiro já estava em um nível que conseguia se controlar bem. Entretanto, ainda pediu perdão aos deuses pela raiva momentânea:
—Essa raiva não é correta, são resquícios da minha natureza. Perdão, deuses, sabem que eu não faria isso.
Continuou a procurar por informações. Quando entrou estava tão aflito que não havia visto os detalhes. Agora mais focado, prestava atenção. Gastou mais alguns minutos procurando até que encontrou algo que parecia uma carta. Ansioso, abriu o papel e correu o olhar pelos dizeres dele.
Suspirou aliviado, era uma mensagem dos seus amigos. Pela graça do Criador eles estavam seguros, embora dois deles feridos. Hiro chegou a deixar-se cair no chão de joelhos, era como se uma grande carga fosse removida de seus ombros.
—Obrigado Criador! Muito obrigado! -Agradeceu com os olhos cheios de água.
Fez uma reverência na posição que se encontrava. Estavam seguros em Licentia e isso era o que mais importava agora. Ainda se sentia culpado e angustiado, mas grande parte da sua aflição havia sido consolada. Agora era tentar consertar seus erros.
“Os Redentores precisam de um lugar mais seguro. E eu tenho que aprender melhor a protegê-los. Reborn deve ser sido ótimo enquanto eu estive fora, com certeza que foi ele que deu conta desses invasores. Que ele fique bem, ele e Anne. Por favor Criador, cuide deles.“
Hiro queria muito revê-los, ver como estavam os feridos, ajudar a cuidar deles também. Porém olhou novamente ao redor, não podia deixar as coisas como estavam. Primeiro tinha que ver o que faria com os corpos, estavam empesteando o lugar.
Então foi se ocupar deles, pegou dois lençóis para embrulhá-los. Não mereciam esse cuidado todo, mas o peregrino precisava respeitar os mortos. Não sabia a história deles também. Estirou o tecido no chão e rolou o morto para cima o embrulhando. Fez o mesmo com o outro, e se tivesse partes soltas, os colocaria junto.
Amarrou-os firmemente com corda para que não escapassem do tecido. Foi um processo que não poderia ser realizado por pessoas de estômago sensível, mas o peregrino estava acostumado. Era horrível, mas aguentava bem. Seu costume era queimar os mortos, porém seria difícil fazer isso em uma floresta. Dentro da guilda iria intoxicar todo o local.
Os arrastou para fora, tirou o casaco, arregaçou as mangas e começou a cavar uma cova para colocá-los. As moscas se aproximavam em grande quantidade, isso atrapalhava um pouco o trabalho. Enquanto cavava, seus pensamentos iam longe. Lembrava do dia que fundou a guilda.
Tudo que ele queria era criar um esconderijo seguro. Um lugar também para encontrar uma segunda chance. Porém agora via que falhou nessa tarefa. Como ajudaria as pessoas assim? Apesar de ser fisicamente forte, ainda se sentia um fraco. As coisas facilmente saíam fora do controle de suas mãos.
—Preciso pensar em como resolver isso - Falava consigo mesmo e com sua égua Geada que estava por perto.
Respirou fundo, o que não era lá boa ideia com o cheiro do ambiente. O estômago revirou, mas continuou cavando e refletindo consigo mesmo:
—Tenho que descobrir quem invadiu nossa guilda. Reborn deve saber alguma coisa. Preciso neutralizar essa ameaça seja lá de onde ela surgiu. Não me olhe assim Geada, não é vingança. Só quero encontrar esses inimigos e perguntar educadamente porque fizeram isso. Depois vou aconselhá-las a não seguirem esse caminho. Agora se eles quiserem nos atacar ainda, tenho que proteger aqueles que prometi defender.
O peregrino também sentia que devia perdão a eles por ter estado fora enquanto precisaram dele. Talvez houvesse um meio de se comunicarem quando estivesse longe. Seria algo para pesquisar também.
—A guilda dos Redentores precisa de um lugar realmente seguro, para eles e para os novos membros que ainda iremos proteger, eu falhei, mas vou consertar - Prometeu a si mesmo — Vou criar um lugar onde quem precisa possa se refugiar e ser realmente protegido. Um lugar para os famintos terem o que o comer.
Depois de um tempo finalmente conseguiu enterrar os corpos. Assim que terminou fez uma oração por eles, mesmo sendo seus inimigos. Voltou então para dentro para limpar ao menos alguma coisa. Chegou a levantar alguns móveis, mas principalmente a sujeira dos cadáveres e de comida estragada da cozinha se tivesse alguma. Não ficaria muito tempo nesse processo, mas tentaria garantir que as coisas podres estariam fora e que ao menos que o portão ficasse trancado para não perderem mais. Outra coisa também o preocupava:
— Um deles escapou, se ele ainda está com vida pode voltar para se vingar... Eles não podem voltar ainda. Mas vou resolver isso. Antes tenho que encontrar todos os membros de novo, vou verificar se estão bem e pedir desculpas por não ter estado aqui... - Prometia a si mesmo, sempre que lembrava de não ter estado ali seu coração doía.
Não queria demorar, pois pretendia ir logo até Licentia para reencontrar seus amigos. Não podia estar longe novamente caso precisassem dele. Então assim que fez o básico ali, partiu para rever os amigos.
Após algumas horas finalmente chegaram na entrada escondida de sua guilda. Soltou de Geada e a guiou pelas rédeas para entrar.
—Finalmente vamos poder descansar - Disse para sua égua.
Entretanto, assim que se aproximavam do portão notou que algo estava errado. Este encontrava-se escancarado como se tivessem sido invadidos.
Hiro sentiu suas mãos gelarem e tremerem, seu rosto ficou pálido. Nervoso, desembainhou a espada pronto para correr e chamar pelos amigos. Mas parou porque logo sentiu que havia um cheiro fétido no ar, este lhe era terrivelmente familiar. O odor da morte.
—Não pode ser… Pelo Criador… Ay, Senhora da vida… - Sussurrou para si mesmo — Por favor, que o pior não tenha acontecido…
O sacerdote sentiu um nó se formar em sua garganta, seu estômago se revirou enjoado. Teve medo de prosseguir e descobrir quem era o cadáver ou os cadáveres. Mas não podia ficar parado para sempre, teria que enfrentar a verdade ou até mesmo ajudar quem estava ali. Engoliu em seco e prosseguiu com a espada nas mãos.
Conforme adentrava o local apressado e desesperado, via que este estava uma bagunça e todo revirado. Uma cena realmente triste. Porém não era isso que o preocupava agora. Nervoso gritou pelo nome dos amigos:
—Reborn!! Nate!! Bianca!!
Correu pelo corredor os chamando a cada cômodo que passava até que quando chegou na cozinha viu dois cadáveres já entrando em estado de decomposição. Verificou o rosto deles, ao menos não era familiar. Teriam sido eles parte dos causadores disso? Apressado e preocupado, continuou verificando os outros cômodos e gritando pelo nome dos amigos:
—Reborn! Anne?! Anastacia?!
Não demorou a constatar que a guilda estava vazia, exceto por esses dois corpos. Pelo menos não encontrou nenhum conhecido morto. Várias coisas lhe passavam pela mente. Sentiu que o ar lhe faltava. Agachou no chão abalado, juntou as palmas das mãos trêmulas e as encostou na testa.
—Criador… Meus amigos… Onde eles estão?! Quem os levou?! - Murmurou consigo mesmo — Eu não deveria ter saído…
Logo a culpa começava a consumi-lo. Se havia algo que perturbava o sacerdote era a culpa. Arrependia-se de ter saído. Talvez se estivesse ali conseguiria evitar o pior de acontecer. Agora não sabia se eles estavam mortos, se foram sequestrados ou se estavam vivos. Para piorar nem mesmo sabia quem fez isso.
—Não consegui salvar minha família e agora vou perder meus amigos? - Perguntou aflito a si mesmo.
Para ele todos os membros da guilda eram seus amigos. Tudo que ele queria era criar um abrigo para proteger as pessoas, mas este havia acabado de ser violado. A segurança não foi suficiente, ela era falsa. Deveria ter investido mais, ter sido mais cuidadoso. Porém não era possível voltar no tempo. Quando mais precisaram dele, não estava ali. Esse pensamento fazia seu coração doer profundamente.
Olhou ao redor ainda angustiado, os olhos percorreram a bagunça deixada pelo invasor. Cada móvel ali, os objetos, todos tinham sido arrumados com tanto zelo e carinho. Agora estavam quebrados e revirados. Todo esforço destruído. Quem teria feito essa crueldade?
Deveriam ter sentido medo quando foram atacados. Se colocar no lugar deles, imaginar o rosto deles aflitos e assustados o deixava ainda mais nervoso. E se tivessem sentido dor? Era horrível se sentir incapaz de proteger seus amigos. De que adiantava ser tão forte se não estava ali para protegê-los? Por que foi tão idiota e ingênuo?
—Sou um idiota! - Xingou a si mesmo — Tanto treino para nada! Para eu não ter feito nada! Eu não deveria ter saído…. Prometia que estariam seguros aqui... Mas quem fez isso? Estávamos escondidos… Alguém nos traiu? Será coisa de Azor Hokar?
Hiro deixou o ar sair como um sopro devagar para tentar se acalmar, pensou consigo mesmo:
"Preciso ficar calmo, ainda há esperança. Pelo Criador, eles precisam estar bem. Tenho que descobrir onde estão. Podem estar precisando de mim… Que não seja tarde demais..."
Apesar de se sentir mal, se levantou e voltou até os cadáveres. O cheiro era terrível e o estado deles também. Mas queria tentar encontrar alguma informação. Aproximou-se e observou bem a fisionomia deles. Não havia nada familiar neles. Chegou a tatear os bolsos deles apesar de ser uma tarefa nojenta, já havia algumas larvas percorrendo o corpo deles.
Foi nesse momento que notou marcas de sangue no chão como se alguém tivesse se arrastado. Seguiu o rastro de sangue e percebeu que este provavelmente escapou ou morreu na floresta de hemorragia. Novamente sentiu o coração gelar, desejava fortemente que esse sangue não fosse de um dos membros da guilda.
—Seus malditos! - Xingou olhando para os corpos mortos — Foram vocês que fizeram isso! Só pode ter sido vocês!
A raiva começava a querer surgir, tinha vontade de destruir ainda mais esses corpos que invadiram seu lugar seguro. Sua personalidade draconata desejava pegar a cabeça deles e sair caçando todos aqueles que participaram disso. Mas como peregrino sabia que não podia dar vazão a essa raiva. Hiro já estava em um nível que conseguia se controlar bem. Entretanto, ainda pediu perdão aos deuses pela raiva momentânea:
—Essa raiva não é correta, são resquícios da minha natureza. Perdão, deuses, sabem que eu não faria isso.
Continuou a procurar por informações. Quando entrou estava tão aflito que não havia visto os detalhes. Agora mais focado, prestava atenção. Gastou mais alguns minutos procurando até que encontrou algo que parecia uma carta. Ansioso, abriu o papel e correu o olhar pelos dizeres dele.
Suspirou aliviado, era uma mensagem dos seus amigos. Pela graça do Criador eles estavam seguros, embora dois deles feridos. Hiro chegou a deixar-se cair no chão de joelhos, era como se uma grande carga fosse removida de seus ombros.
—Obrigado Criador! Muito obrigado! -Agradeceu com os olhos cheios de água.
Fez uma reverência na posição que se encontrava. Estavam seguros em Licentia e isso era o que mais importava agora. Ainda se sentia culpado e angustiado, mas grande parte da sua aflição havia sido consolada. Agora era tentar consertar seus erros.
“Os Redentores precisam de um lugar mais seguro. E eu tenho que aprender melhor a protegê-los. Reborn deve ser sido ótimo enquanto eu estive fora, com certeza que foi ele que deu conta desses invasores. Que ele fique bem, ele e Anne. Por favor Criador, cuide deles.“
Hiro queria muito revê-los, ver como estavam os feridos, ajudar a cuidar deles também. Porém olhou novamente ao redor, não podia deixar as coisas como estavam. Primeiro tinha que ver o que faria com os corpos, estavam empesteando o lugar.
Então foi se ocupar deles, pegou dois lençóis para embrulhá-los. Não mereciam esse cuidado todo, mas o peregrino precisava respeitar os mortos. Não sabia a história deles também. Estirou o tecido no chão e rolou o morto para cima o embrulhando. Fez o mesmo com o outro, e se tivesse partes soltas, os colocaria junto.
Amarrou-os firmemente com corda para que não escapassem do tecido. Foi um processo que não poderia ser realizado por pessoas de estômago sensível, mas o peregrino estava acostumado. Era horrível, mas aguentava bem. Seu costume era queimar os mortos, porém seria difícil fazer isso em uma floresta. Dentro da guilda iria intoxicar todo o local.
Os arrastou para fora, tirou o casaco, arregaçou as mangas e começou a cavar uma cova para colocá-los. As moscas se aproximavam em grande quantidade, isso atrapalhava um pouco o trabalho. Enquanto cavava, seus pensamentos iam longe. Lembrava do dia que fundou a guilda.
Tudo que ele queria era criar um esconderijo seguro. Um lugar também para encontrar uma segunda chance. Porém agora via que falhou nessa tarefa. Como ajudaria as pessoas assim? Apesar de ser fisicamente forte, ainda se sentia um fraco. As coisas facilmente saíam fora do controle de suas mãos.
—Preciso pensar em como resolver isso - Falava consigo mesmo e com sua égua Geada que estava por perto.
Respirou fundo, o que não era lá boa ideia com o cheiro do ambiente. O estômago revirou, mas continuou cavando e refletindo consigo mesmo:
—Tenho que descobrir quem invadiu nossa guilda. Reborn deve saber alguma coisa. Preciso neutralizar essa ameaça seja lá de onde ela surgiu. Não me olhe assim Geada, não é vingança. Só quero encontrar esses inimigos e perguntar educadamente porque fizeram isso. Depois vou aconselhá-las a não seguirem esse caminho. Agora se eles quiserem nos atacar ainda, tenho que proteger aqueles que prometi defender.
O peregrino também sentia que devia perdão a eles por ter estado fora enquanto precisaram dele. Talvez houvesse um meio de se comunicarem quando estivesse longe. Seria algo para pesquisar também.
—A guilda dos Redentores precisa de um lugar realmente seguro, para eles e para os novos membros que ainda iremos proteger, eu falhei, mas vou consertar - Prometeu a si mesmo — Vou criar um lugar onde quem precisa possa se refugiar e ser realmente protegido. Um lugar para os famintos terem o que o comer.
Depois de um tempo finalmente conseguiu enterrar os corpos. Assim que terminou fez uma oração por eles, mesmo sendo seus inimigos. Voltou então para dentro para limpar ao menos alguma coisa. Chegou a levantar alguns móveis, mas principalmente a sujeira dos cadáveres e de comida estragada da cozinha se tivesse alguma. Não ficaria muito tempo nesse processo, mas tentaria garantir que as coisas podres estariam fora e que ao menos que o portão ficasse trancado para não perderem mais. Outra coisa também o preocupava:
— Um deles escapou, se ele ainda está com vida pode voltar para se vingar... Eles não podem voltar ainda. Mas vou resolver isso. Antes tenho que encontrar todos os membros de novo, vou verificar se estão bem e pedir desculpas por não ter estado aqui... - Prometia a si mesmo, sempre que lembrava de não ter estado ali seu coração doía.
Não queria demorar, pois pretendia ir logo até Licentia para reencontrar seus amigos. Não podia estar longe novamente caso precisassem dele. Então assim que fez o básico ali, partiu para rever os amigos.
- Considerações:
Palavras: 1733
Recorra a misericórdia
Aurora Von Wyrn
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Re: [OP] Retorno nada agradável - Postado Ter Jul 06, 2021 1:31 pm
As Crônicas de Samaria
Retorno nada agradável
Mesmo em meio a desgraça, ao inevitável, Hiro arrumou forças para reerguer sua guilda e procurar seus amigos, mas, antes de partir, acabou por achar um pedaço de papel que iria remeter a uma pista sobre o que ou quem havia destruído seu amado lar....
+200xp Engenharia
+10 PC
+5 SO
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+ OP média
+ Relate o que Hiro sente e suas ambições. Aqui é algo simples para caso queira gerar a trama, de resto, pode arrumar o local.
+ Espero que se divirta, caso precise de algo, me avise via Discord.
+ Boa sorte!
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Re: [OP] Retorno nada agradável - Postado