Últimos assuntos
Entrar
As Crônicas de Samaria :: Mãos dos Deuses :: Canon e Tramas :: Tramas :: Tramas Globais
A Luz
Imagem grande :
Imagem grande :
[OFICIAL] Ocaso - Postado Sáb Mar 13, 2021 3:06 pm
As crônicas de samaria
Ocaso
O gelo derretendo com um baque no copo de cristal despertou o pequeno nobre de sua sonolência vespertina. A baba escorria de sua boca acima de seus desenhos feitos com giz de cera de uma criação de abelhas de seu pai. Dawhan estava tranquila, e o jovem apenas sentia a saudade de seu progenitor enquanto passava os dias longe dele pela guerra. Com um pouco de imobilidade latente, coçou os olhos e desceu da cadeira que mal conseguia tocar com os pés no chão.
Seu caminho foi até a porta, passando por debaixo de uma janela, iluminando não mais do que os fios dourados de sua cabeça encaracolada, como uma auréola divina que protegia sua essência naquela inocente alma de um inocente corpo. Entretanto, em seus caminhar zonzo e sua vista embaçada, de algo ele teve certeza: o sol que tocava suas madeixas parava de brilhar aos poucos, como se uma nuvem começasse a se materializar abaixo do astro de rubi.
Paralisado por aquela sensação ruim, o pequeno encostou-se contra a parede para se esconder daquelas nuvens, daquele mal. Agora não existia mais sol para iluminá-lo e protegê-lo. Com o peso no peito apertando aos poucos, ele soltou um grito de socorro.
- Mama!
E foi esse grito que parece ter desencadeado uma reação em simultâneo com todos os guardiões. Mahoro, Arbellia, Zoren, Elora, Demmethra, Nasubi, Lyanna, Hikari, Althea, e Liusaidh: todos sentiram pavor por um instante, algo mais brutal do que a própria morte em uma fração de segundo, como se suas almas tivessem sido arrancadas de dentro de seus corpos e colocadas de volta de uma maneira irregular. Seus olhos voltaram-se imediatamente para o norte, e, indiferente de quem, seus deuses afirmaram com certeza ao seu lado:
- Isso é Hokar.
O céu começava a se tornar cinza, como se uma nuvem nascesse em meio ao nada e cobrisse toda a extensão que os olhos poderiam alcançar, indo além. Não havia chuva, porém não haveria sol; agora só existia um frio de abandono constante. Um espelho do céu de Aronian, de onde vinha a fonte daquela força.
- Que meu corpo se espalhe, que minhas veias se alastrem. Que o mundo seja unido pelo meu poder, e que a consumação seja voraz. Abram as portas de meu reino e festejem entre os carniçais! Comutem a vida pela morte, a Criação pelo Fim, e que chova sangue daqueles que se opuserem ao meu poder!
A voz era única, colossal, ímpar, maligna e horripilante. O Arionin Antigo era dito com clareza, sem tropeços de qualquer tipo, significando que quem o dizia provavelmente era mestre naquela língua. Um feito raro, um trabalho hercúleo, a própria potência de um deus.
- TW - sangue, automutilação:
Entre os corpos que se moviam em devoção ao pensar que aquele era só mais um tipo de adoração a Hokar, alguns começaram a sentir o pesar em suas veias que acenderam em luz e conflagaram-se em fogo, dando início a um círculo de fumaça, energia e cinzas. Nobres, comerciantes, escravos e qualquer coisa que não servisse para um exército seria transformado em consumação, em magia, em um ritual muito mais forte do que Arzallum, as Bruxas Élficas e a Ordem de Licentia poderia conter juntos. As mãos levantadas do deus eram acompanhadas do ritual simples e prático de quinze Dançarinos, que já não mais copulavam, e sim canalizavam toda aquela energia negativa em um coro através de costuras na própria pele, conectando-se entre si no êxtase da dor. O fio longo logo completava um círculo que aumentava mais e mais em grossura, até que toda a volta fosse dada e então os corpos sangrados levantassem-se e atirassem-se para trás, rasgando toda sua pele. O sangue espirrava num totem iluminado pelas chamas dos corpos, enquanto os religiosos regozijavam em dor.
O céu de Aronian havia se tornado vermelho naqueles instantes, notificando a todos o tamanho e intensidade do fogo conjurado. Marca sentiu o peso de toda energia de seu mantenedor sendo despejada para o Sul, sentindo-se como um ponto ínfimo diante do colosso que abrigava-a em sua graça, ou tormento.
- TW - sangue:
O totem de Garon era manchado pelo rubro vivo e absorvia todo o suco que vazava de dentro dos ritualistas, puxando-o tal como uma esponja e sorvendo-o pela pele obsidiana. Alimentado cada vez mais, o signo da escuridão vibrava em alguns momentos, rachando-se em pontos separados e soltando uma névoa roxa. Hokar então se aproximou da estátua, fincando sua adaga e rompendo sua forma até que explodiu em cacos, matando os ritualistas simultaneamente e consumindo-os. A energia que restava dos corpos era transformada naquela mesma bruma negativa, obscurecendo-a e trazendo aspectos de eletricidade tal qual uma nuvem de tempestade.
De cada sacrifício que se uniu a magia e teve sua essência transportada para Samaria, uma esfera do tamanho de uma bola de gude caiu do céus, mas sem se encontrar com a terra no fim de seu trajeto: cinco repousaram a vinte metros do chão, e dez pararam a oito metros. Suas localidades variavam pelo mundo: Dawhan, Xuridra, Etherea e Krun foram agraciadas com a presença de pelo menos uma delas.
Aqueles itens logo começaram a interagir com a escuridão das nuvens e com o frio da ausência do sol, puxando o vento em sua direção como se consumissem sua matéria. Logo ficaria claro para os camponeses que observavam o fato que a esfera existia como um ponto no céu, e alguns se aproximaram para observar o fenômeno. Os minutos seguintes marcaram algo único que provavelmente seria a última visão de muitos deles.
A pequena esfera expandiu-se e neutralizou sua absorção, parando o progresso dos ventos na direção de seu corpo cinzento e roxo. Como ovos, eles incubavam o mal e quando as pessoas se aproximaram o suficiente, a clausura se rachou, explodindo em um portal que expulsou uma voz que não parecia pertencer a realidade da Criação, estourando os tímpanos dos homens e mulheres ao redor. Surdos, não conseguiram ouvir as feras que começaram a escapar como uma nuvem de gafanhotos em forma monstruosa e que partiram para cima de seus corpos frágeis para sua primeira refeição glamurosa em séculos.
Estava consumado.
A escuridão completa de Aronian agora pairava acima de Samaria, e portais cuspiam criaturas bestiais de dentro de si. Dentre todo o caos e escuridão, o centro do continente se iluminava e suas montanhas ganhavam um brilho especial de uma aurora ao seu redor. Novamente, as criaturas se lembravam dos imortais que seus pais contavam histórias em sua infância e voltavam a rezar para eles em pedido de ajuda. Orações jogadas ao vento por um povo sem fé, mas com muito medo.
-------------------------------
- Hol, 330 ER.
- Dez portais pequenos e cinco grandes nasceram em Samaria. Narrar que observou o nascimento de um portal significa estar surdo.
- Bestiais é apenas um termo. O que sai de dentro dos portais não é necessariamente um corrompido bestial.
- As pessoas mencionadas são guardiões. Quaisquer outros guardiões não mencionados também presenciaram a voz do seus deuses indicando o poder de Hokar.
- Toda a viagem feita em on em tempo atual ou futuro terá a dificuldade de rolagem de Era.
- Para fechar qualquer portal grande é necessário uma quest pesadelo, e para fechar um pequeno é necessário uma quest insana. Quests desafio serão apresentadas, e elas serão pelo reino.
- Todos os informativos de Samaria estão com -50% de produção atualmente. Esse problema se resolve removendo o portal de dentro das terras.
Pai de Todos
Imagem grande :
Imagem grande :
Re: [OFICIAL] Ocaso - Postado Sex Mar 26, 2021 3:52 pm
As Crônicas de Samaria
Ocaso
A localização dos portais revelada!
+ Dez portais pequenos e cinco grandes nasceram em Samaria.
Xuridra:
Clã Yami (Grande), Clã Ashigaru (Pequeno), Clã Nagarki (Pequeno, intenção de apoiar o nobre aliado).
Dawhan:
Etherea:
Krun:
Urulgok:
Grande, Condado 1 (Pequeno), Condado 2 (Pequeno).