Últimos assuntos
Entrar
As Crônicas de Samaria :: Clã Yami :: Bordel Lupanar
Katarina Van Horn
Imagem grande :
Imagem grande :
[RP Flashback Fechada] Abrigo - Postado Qui Mar 11, 2021 6:20 pm
Abrigo
"A dona do Bordel e a Alma perdida"
— Mês/Ano: Era, 328.
— Pessoas envolvidas: Katarina Van Horn e Lunaminari Talassus.
— Localidade: Xuridra - Drakir - Bordel Lupanar
— Descrição: O que você faz ao ouvir um som desconhecido em sua casa em um horário em que todos deveriam estar dormindo? A sua resposta eu desconheço, mas Katarina não deixaria por isso mesmo, e iria averiguar a situação. Na verdade, foi isso o que aconteceu.
— Pessoas envolvidas: Katarina Van Horn e Lunaminari Talassus.
— Localidade: Xuridra - Drakir - Bordel Lupanar
— Descrição: O que você faz ao ouvir um som desconhecido em sua casa em um horário em que todos deveriam estar dormindo? A sua resposta eu desconheço, mas Katarina não deixaria por isso mesmo, e iria averiguar a situação. Na verdade, foi isso o que aconteceu.
Lunaminari Talassus
Imagem grande :
Imagem grande :
Re: [RP Flashback Fechada] Abrigo - Postado Qui Mar 11, 2021 9:12 pm
Abrigo - A dona do bordel e a
alma perdida
alma perdida
O frio não era tão intenso quanto os que eu havia sentido em Dawhan, mas eu também nunca havia passado um mês de Era desabrigada. O vento era impiedoso e cortava minha pele como lâminas geladas. Eu havia desembarcado no início da manhã e precisei esperar todos saírem para não ser vista.
Por sorte, uma carroça carregando mobília estava prestes a partir logo que desci. Me escondi entre os móveis, esperando uma carona do porto até uma cidade ou vila. Enquanto atravessei aquela ilha, vi o céu ser pincelado de rosa e laranja e depois perder a luz do sol gradativamente, dando espaço para as estrelas brilharem. A noite já havia caído há horas, e isso não era uma boa notícia para mim. "Vou te colocar para fora, garota! Se o frio não te levar, os espíritos levam!" Lembrei da ameaça que a governanta de um dos orfanatos em que fiquei falou quando quebrei um vaso de plantas. Senti um calafrio descer por minha espinha e saltei da carroça no primeiro lugar habitado que vi. Apertei o passo, olhando ao redor em busca de um abrigo para o resto de noite que sobrou.
"Não posso ficar do lado de fora, mas também não quero arrombar a casa de ninguém... O que eu faço?!"
Avistei então um local que parecia uma taverna e parecia estar fechado. Imaginei que o dono poderia ter ido para casa e deixado o lugar trancado, o que era um cenário perfeito para mim. Me aproximando da porta, respirei fundo e me transformei lentamente em um líquido idêntico à água. Comecei a passar por baixo da porta e voltei ao meu estado normal do outro lado.
Eu procurei algum lugar para encostar minha cabeça, imaginando que o local só abriria novamente à noite. Os primeiros raios da alvorada já começavam a rasgar o céu e eu respirei aliviada por ter encontrado um abrigo. Contudo, eu esbarrei em algo de vidro de um balcão que deduzi ser um bar. Me encolhi instintivamente ao ouvir o barulho e fechei os olhos. Quando os abri novamente, olhei ao redor, assustada.
"Espero que não tenha ninguém aqui" - pensei enquanto juntava os cacos do vidro quebrado, temendo que alguém pudesse se machucar.
Katarina Van Horn
Imagem grande :
Imagem grande :
Re: [RP Flashback Fechada] Abrigo - Postado Qui Mar 11, 2021 10:44 pm
Aquecendo Corações
Um Guerreiro valoroso, jamais temeria sujar sua espada de sangue
Mais uma noite agitada tomava seu lugar em Lupanar. Apesar do cansaço, agradecia internamente o movimento abastado que possuíamos, afinal, era nosso sustento.
As meninas estavam, como sempre, radiantes e bem acompanhadas. Elas passavam por mim acenando e fazendo brincadeirinhas, enquanto eu apenas fiscalizava tudo.
Não fazia muito tempo que havia assumido as rédeas do bordel, e ainda não possuía a experiência necessária para gerir um negócio. Por sorte, Okami me ajudava com cálculos, ela era realmente boa nisso.
Cada uma possuía sua individualidade e vantagem, mas todas nos ajudávamos a gerir aquele lugar, apesar de eu ter sido apontada como a líder.
O tempo que precisamos para curar nossas cicatrizes físicas e mentais já havia passado, mas isso não nos isentava do medo. Das companhias principalmente, enfaticamente, os homens.
Mas aquela não era uma noite para recordar fantasmas do passado, e sim para celebrar os novos ventos da liberdade, que pareciam trazer consigo o cheiro de álcool e outros fluídos, mais comumente encontrados em um ambiente como este.
A noite passava sem problemas, com muita animação, e ao badalar da madrugada, todos já haviam se recolhido, nos deixando sozinhas para irmos dormir.
O mês de Era tinha em seu cerne um frio intenso, de congelar os ossos de qualquer um, e muitos procuravam abrigo e conforto nos braços de mulheres quentes. Por isso, era normal tamanho movimento nessa época.
Eu, no entanto, não precisava ou queria abrigar nenhum homem sob meu teto e cuidados, não após o que havia acabado de enfrentar para construir tudo isso.
Com esses pensamentos teimosos e frustrantes, eu me deitava, tentando me aquecer ao máximo naquela noite extremamente fria.
Contudo, junto com o sono, vinha também um som ao longe. Algo que me despertava aos poucos. Não era muito alto, nem tampouco parecia ter acordado alguém mais, contudo, eu já não estava dormindo bem naquela noite.
Me envolvia em um robe grande, cobrindo-me ainda com uma manta de minha cama. Andava a passos lentos, segurando em mãos uma vela, que usava para guiar meu caminho.
Alcançava as escadas e descia sem fazer barulho. Não me considerava uma pessoa religiosa, mas nesse momento, rezava para todas as entidades que conseguia lembrar.
Em minha garganta, um nó se formava, preparada para gritar por ajuda se precisasse. E ao alcançar a cozinha era que eu via, uma pequena figura esguia e assustada, não sabia se tremia pelo frio ou por medo.
De qualquer forma, por mais que me apiedasse da situação, ainda não sabia o que ela queria ali. Por isso, a olhava de cima para baixo, um semblante sério invadia meu rosto, e apontando a luz para o intruso, eu falava.
- Não abrimos até a próxima noite. O que quer aqui a esta hora? - Esperava uma resposta da criatura. Já havia visto algumas raças diferentes antes, mas aquela parecia ser de fato a mais singular. Talvez fosse a luz cálida e escassa da vela que transmitisse tal impressão, mas mantinha meus olhos fixados nos seus.
As meninas estavam, como sempre, radiantes e bem acompanhadas. Elas passavam por mim acenando e fazendo brincadeirinhas, enquanto eu apenas fiscalizava tudo.
Não fazia muito tempo que havia assumido as rédeas do bordel, e ainda não possuía a experiência necessária para gerir um negócio. Por sorte, Okami me ajudava com cálculos, ela era realmente boa nisso.
Cada uma possuía sua individualidade e vantagem, mas todas nos ajudávamos a gerir aquele lugar, apesar de eu ter sido apontada como a líder.
O tempo que precisamos para curar nossas cicatrizes físicas e mentais já havia passado, mas isso não nos isentava do medo. Das companhias principalmente, enfaticamente, os homens.
Mas aquela não era uma noite para recordar fantasmas do passado, e sim para celebrar os novos ventos da liberdade, que pareciam trazer consigo o cheiro de álcool e outros fluídos, mais comumente encontrados em um ambiente como este.
A noite passava sem problemas, com muita animação, e ao badalar da madrugada, todos já haviam se recolhido, nos deixando sozinhas para irmos dormir.
O mês de Era tinha em seu cerne um frio intenso, de congelar os ossos de qualquer um, e muitos procuravam abrigo e conforto nos braços de mulheres quentes. Por isso, era normal tamanho movimento nessa época.
Eu, no entanto, não precisava ou queria abrigar nenhum homem sob meu teto e cuidados, não após o que havia acabado de enfrentar para construir tudo isso.
Com esses pensamentos teimosos e frustrantes, eu me deitava, tentando me aquecer ao máximo naquela noite extremamente fria.
Contudo, junto com o sono, vinha também um som ao longe. Algo que me despertava aos poucos. Não era muito alto, nem tampouco parecia ter acordado alguém mais, contudo, eu já não estava dormindo bem naquela noite.
Me envolvia em um robe grande, cobrindo-me ainda com uma manta de minha cama. Andava a passos lentos, segurando em mãos uma vela, que usava para guiar meu caminho.
Alcançava as escadas e descia sem fazer barulho. Não me considerava uma pessoa religiosa, mas nesse momento, rezava para todas as entidades que conseguia lembrar.
Em minha garganta, um nó se formava, preparada para gritar por ajuda se precisasse. E ao alcançar a cozinha era que eu via, uma pequena figura esguia e assustada, não sabia se tremia pelo frio ou por medo.
De qualquer forma, por mais que me apiedasse da situação, ainda não sabia o que ela queria ali. Por isso, a olhava de cima para baixo, um semblante sério invadia meu rosto, e apontando a luz para o intruso, eu falava.
- Não abrimos até a próxima noite. O que quer aqui a esta hora? - Esperava uma resposta da criatura. Já havia visto algumas raças diferentes antes, mas aquela parecia ser de fato a mais singular. Talvez fosse a luz cálida e escassa da vela que transmitisse tal impressão, mas mantinha meus olhos fixados nos seus.
Falas
epifania
Lunaminari Talassus
Imagem grande :
Imagem grande :
Re: [RP Flashback Fechada] Abrigo - Postado Sex Mar 12, 2021 12:41 pm
Abrigo - A dona do bordel e a
alma perdida
alma perdida
Ouvindo aquelas palavras, virei-me em um salto e vi uma mulher enrolada em um cobertor me fitando. Ela tinha um ar de curiosidade em seu olhar, algo que não era comum em pessoas quando me viam. Geralmente, tudo o que emanava de olhos que me analisavam era desgosto ou luxúria, sentimentos que eu detestava perceber em outras pessoas. Procurando uma forma de explicar minha situação, eu congelei por alguns segundos, buscando as palavras em minha mente.
- Mi-mil desculpas... Eu não tinha para onde ir. Achei que não havia ninguém aqui... Eu só buscava um lugar para passar a noite. Já estou de saída. - eu falei, dando alguns passos para trás.
Com a cabeça baixa, me virei e fui mais rapidamente em direção à porta, esperando que aquela cena não se tornasse um conflito. Eu então respiraria fundo novamente e começaria a me transformar em líquido, formando uma poça ainda dentro do estabelecimento, sem passar pela fresta entre o chão e a porta. Eu voltaria a minha forma normal e a escutaria caso ela tivesse algo a dizer, afinal, eu havia invadido sua propriedade. Mas estaria pronta para fugir por baixo da porta caso ela não quisesse conversar.
Última edição por Lunaminari Talassus em Sáb Mar 13, 2021 12:02 pm, editado 1 vez(es)
Katarina Van Horn
Imagem grande :
Imagem grande :
Re: [RP Flashback Fechada] Abrigo - Postado Sex Mar 12, 2021 5:41 pm
Aquecendo Corações
Um Guerreiro valoroso, jamais temeria sujar sua espada de sangue
A criatura se mantinha imóvel ali, exceto, claro, por sua intensa tremedeira por conta do frio. Eu seguia analisando-a, tentando perceber alguma intenção vinda dela, boa ou ruim.
A voz vinha suave e encantadora quando ela falava, algo como nunca antes havia percebido por meus ouvidos. Surpresa, eu a fitava, prestando atenção em suas palavras, e ao perceber a situação da moça, respirava fundo, como quem se dá por vencido.
Mas antes que pudesse falar qualquer coisa, ela fugia até a porta, e eu seguia em seu encalço. Não gritava ou me afobava, afinal, ser perseguido após invadir uma casa é bem preocupante. Ao invés disso, andava apressada, sem me exaltar.
Ao parar na frente da porta principal, porém, via algo que me surpreendia ainda mais que sua voz. Ela se transformava em um líquido! Minha fala quase não saía, mas ao perceber que ela iria fugir, eu estendia minha mão e falava de maneira calma, ainda que exaltada.
- Espere! Não há necessidade disso. - Me aproximava da moça com passos lentos, mostrando que não iria lhe fazer mal. - Tome, se enrole nisso. - Entregava minha manta para ela, e ficava apenas com o robe aquecido.
Em seguida, me virava para a lareira do salão principal e caminhava até lá, acendendo rapidamente o fogo. - Não quer se aquecer próxima ao fogo? Pode vir, eu não mordo... A não ser que peçam. - Sorria calorosamente para a moça, brincando para que ela se sentisse mais confortável.
Sentava-me ao pé da lareira, sobre um tapete que ali havia disposto. Continuava com meu olhar preso a ela, e batia no chão ao meu lado, para que ela se acomodasse.
- Conheço uma criatura assustada quando vejo, afinal, já fui uma também. - Sorria apenas por educação, mas por trás de toda aquela expressão forçada, havia uma dor profunda, que mesmo após um tempo, ainda não estava cicatrizada. - Por quê não me conta como veio parar aqui? Aliás, você sabe onde é "aqui"?
Eu sempre fui uma pessoa muito perceptiva, e em qualquer situação esse traço não me abandonava. Talvez a moça ficasse surpresa por saber tanto sobre ela, mas verdadeiramente não precisava de muito.
Suas roupas pareciam surradas, ela não possuía nada de valor, na verdade, não parecia possuir nada. Seu rosto estampava preocupação e um cansaço extremo, sem contar sua pele, ressecada pelo frio intenso.
Eram detalhes chamativos para alguém que prestasse atenção, mas para alguém que se viu uma vez naquela mesma situação, era apenas familiar.
Eu encarava o fogo, deixando-a livre para explorar o local à sua volta, bem como a mim mesma, se ela desejasse. Era importante para mim deixar claro que não queria lhe fazer mal.
A voz vinha suave e encantadora quando ela falava, algo como nunca antes havia percebido por meus ouvidos. Surpresa, eu a fitava, prestando atenção em suas palavras, e ao perceber a situação da moça, respirava fundo, como quem se dá por vencido.
Mas antes que pudesse falar qualquer coisa, ela fugia até a porta, e eu seguia em seu encalço. Não gritava ou me afobava, afinal, ser perseguido após invadir uma casa é bem preocupante. Ao invés disso, andava apressada, sem me exaltar.
Ao parar na frente da porta principal, porém, via algo que me surpreendia ainda mais que sua voz. Ela se transformava em um líquido! Minha fala quase não saía, mas ao perceber que ela iria fugir, eu estendia minha mão e falava de maneira calma, ainda que exaltada.
- Espere! Não há necessidade disso. - Me aproximava da moça com passos lentos, mostrando que não iria lhe fazer mal. - Tome, se enrole nisso. - Entregava minha manta para ela, e ficava apenas com o robe aquecido.
Em seguida, me virava para a lareira do salão principal e caminhava até lá, acendendo rapidamente o fogo. - Não quer se aquecer próxima ao fogo? Pode vir, eu não mordo... A não ser que peçam. - Sorria calorosamente para a moça, brincando para que ela se sentisse mais confortável.
Sentava-me ao pé da lareira, sobre um tapete que ali havia disposto. Continuava com meu olhar preso a ela, e batia no chão ao meu lado, para que ela se acomodasse.
- Conheço uma criatura assustada quando vejo, afinal, já fui uma também. - Sorria apenas por educação, mas por trás de toda aquela expressão forçada, havia uma dor profunda, que mesmo após um tempo, ainda não estava cicatrizada. - Por quê não me conta como veio parar aqui? Aliás, você sabe onde é "aqui"?
Eu sempre fui uma pessoa muito perceptiva, e em qualquer situação esse traço não me abandonava. Talvez a moça ficasse surpresa por saber tanto sobre ela, mas verdadeiramente não precisava de muito.
Suas roupas pareciam surradas, ela não possuía nada de valor, na verdade, não parecia possuir nada. Seu rosto estampava preocupação e um cansaço extremo, sem contar sua pele, ressecada pelo frio intenso.
Eram detalhes chamativos para alguém que prestasse atenção, mas para alguém que se viu uma vez naquela mesma situação, era apenas familiar.
Eu encarava o fogo, deixando-a livre para explorar o local à sua volta, bem como a mim mesma, se ela desejasse. Era importante para mim deixar claro que não queria lhe fazer mal.
Falas
epifania
Lunaminari Talassus
Imagem grande :
Imagem grande :
Re: [RP Flashback Fechada] Abrigo - Postado Sáb Mar 13, 2021 8:09 pm
Abrigo - A dona do bordel e a
alma perdida
alma perdida
Antes que eu pudesse passar por baixo da porta, ouvi aquela dama me pedir para esperar. Eu voltei à minha forma física normal e olhei para trás. Ela me entregou o cobertor que a agasalhava e disse para eu me enrolar nele e eu não recusei, pois ainda sentia muito frio. Sentei ao seu lado após acompanhá-la até uma lareira. Ela acendia uma chama enquanto falava que não iria me morder em um tom amistoso. Eu sorri levemente sem perceber, mas logo voltei ao meu semblante anterior.
Eu provavelmente estava com uma cara horrível. Mas não era de se surpreender: eu estava há horas sem dormir. Estava fugindo do grupo que havia me raptado... Aquele homem estava obcecado por mim. Tudo que eu podia faer agora era aceitar a ajuda que me era oferecida.
- O-obrigada. Eu não queria interromper seu sono. Sinto muito pelo transtorno que causei... Meu nome é Luminari Talassus.
Ela era bastante acolhedora. Me dizia que sabia que eu estava assustada, pois já esteve em uma situação parecida. Ela sorriu, mas eu senti uma dor no fundo de seu olhar... Algo sombrio que eu não consegui desvendar apenas observando. "Ela deve ter sofrido muito no passado..."
Logo depois, ela me perguntou o que havia acontecido e se eu sabia onde eu estava. Meu olhos se encheram de lágrimas e eu desviei meu olhar, fitando o fogo que crepitava na lareira e me abraçava com seu calor.
- E-eu... Eu tinha que fugir... Eu não tinha outra opção. Eles estavam atrás de mim. Eu não podia voltar para casa! - eu soluçava entre as palavras e exugava as lágrimas com o dorso da minha mão. Respirando fundo, eu engoli o choro e tentei explicar minha situação de forma mais coerente - Eu era cantora em uma taverna em Dawhan. Um mercenário, Darius, era um cliente assíduo lá. Eu achava que ele gostava da comida ou do ambiente, mas descobri que ele na verdade ia sempre me ver. Chegou ao ponto de ele surrar outros clientes homens que eu conhecia e mandar seus capangas para minha casa. Eu perdi meu emprego e... precisei fugir. Eu subi em um barco como clandestina. Tudo que eu sabia é que ele estava indo para o Arquipélago de Drakir.
Eu pegaria as pontas do cobertor e o apertaria ainda mais contra minha pele, usando-o também para enxugar minhas lágrimas.
- Desculpe por falar tanto. - soltaria um leve riso triste - Acho que eu não falo com alguém há alguns dias... Você é a dona desse lugar? - eu disse olhando ao redor.
"Ela é uma pessoa boa, sinto que devo retribuir sua bondade" - pensei enquanto abri um sorriso sincero.
Katarina Van Horn
Imagem grande :
Imagem grande :
Re: [RP Flashback Fechada] Abrigo - Postado Sáb Mar 13, 2021 9:15 pm
Aquecendo Corações
Um Guerreiro valoroso, jamais temeria sujar sua espada de sangue
A observava hesitante antes de responder minha pergunta, mas ao menos, parecia mais aquecida com a manta. Ouvia sua resposta e sorria para ela em seguida.
- Não se preocupe, não estava tendo a melhor das noites para dormir. É um prazer conhecê-la, Lunaminari. É um belo nome que você tem. - Realmente nunca havia conhecido alguém com nome tão diferente quanto o dela, o que só me fazia ponderar sobre sua origem e história ainda mais.
Naquele momento em que lhe perguntei sobre onde estava e o que havia acontecido, via seus olhos se encherem de lágrimas. Ela desviava o olhar, e eu acompanhava o movimento, fitando o fogo também.
Fingindo não perceber seu choro, apenas ouvia sua fala. Contudo, a situação complicava um pouco quando ela começava a soluçar entre sua fala. Eu a olhava com empatia, mas jamais pena, e então escutava tudo o que tinha a dizer sobre sua história.
Ao fim de sua fala eu soltava um longo suspiro, de olhos fechados. Abria então o olho esquerdo, espiando a moça secar as lágrimas com o cobertor enquanto se desculpava. Virava meu rosto para ela e a observava analisar o lugar.
- Bom, homens são criaturas peculiares em sua maioria, e acreditam que são donos de tudo e todos. Fico feliz que tenha fugido desse porco. E eu que lhe perguntei, não precisa se desculpar. - Erguia minhas mãos para perto do fogo, esquentando-as enquanto continuava. - Sim, estamos em Drakir, mais especificamente, em Xuridra, no Clã Yami. Está bem longe de casa agora... - Eu me lembrava de quando eu havia chegado aqui, bem como ela, sozinha, perdida, maltratada e assustada. - Esse lugar é um bordel, e sim, sou a dona. Gostou de meu pequeno império?
Sorria para ela ao apontar o local com o braço direito, como um artista que apresenta sua arte. Ela sorria para mim, e por algum motivo, aquele gesto aquecia meu coração, talvez por ver alguém em uma situação parecida, mas agora podendo ajudar.
- A melhor parte de ter um pequeno império, é mandar nele como quiser. - Eu me erguia e estendia minha mão para ela. - Pode ficar o tempo que precisar, estará segura aqui. - Um sorriso caloroso se formava em meu rosto e então erguia a pequena. - Quer conhecer o resto do lugar? Mas terá que me contar algumas coisas sobre você, nunca vi alguém assim antes, e olha que já conheci muita gente!
Esperava que ela me acompanhasse, e prestava atenção em suas falas sobre o que havia perguntado.
- Não se preocupe, não estava tendo a melhor das noites para dormir. É um prazer conhecê-la, Lunaminari. É um belo nome que você tem. - Realmente nunca havia conhecido alguém com nome tão diferente quanto o dela, o que só me fazia ponderar sobre sua origem e história ainda mais.
Naquele momento em que lhe perguntei sobre onde estava e o que havia acontecido, via seus olhos se encherem de lágrimas. Ela desviava o olhar, e eu acompanhava o movimento, fitando o fogo também.
Fingindo não perceber seu choro, apenas ouvia sua fala. Contudo, a situação complicava um pouco quando ela começava a soluçar entre sua fala. Eu a olhava com empatia, mas jamais pena, e então escutava tudo o que tinha a dizer sobre sua história.
Ao fim de sua fala eu soltava um longo suspiro, de olhos fechados. Abria então o olho esquerdo, espiando a moça secar as lágrimas com o cobertor enquanto se desculpava. Virava meu rosto para ela e a observava analisar o lugar.
- Bom, homens são criaturas peculiares em sua maioria, e acreditam que são donos de tudo e todos. Fico feliz que tenha fugido desse porco. E eu que lhe perguntei, não precisa se desculpar. - Erguia minhas mãos para perto do fogo, esquentando-as enquanto continuava. - Sim, estamos em Drakir, mais especificamente, em Xuridra, no Clã Yami. Está bem longe de casa agora... - Eu me lembrava de quando eu havia chegado aqui, bem como ela, sozinha, perdida, maltratada e assustada. - Esse lugar é um bordel, e sim, sou a dona. Gostou de meu pequeno império?
Sorria para ela ao apontar o local com o braço direito, como um artista que apresenta sua arte. Ela sorria para mim, e por algum motivo, aquele gesto aquecia meu coração, talvez por ver alguém em uma situação parecida, mas agora podendo ajudar.
- A melhor parte de ter um pequeno império, é mandar nele como quiser. - Eu me erguia e estendia minha mão para ela. - Pode ficar o tempo que precisar, estará segura aqui. - Um sorriso caloroso se formava em meu rosto e então erguia a pequena. - Quer conhecer o resto do lugar? Mas terá que me contar algumas coisas sobre você, nunca vi alguém assim antes, e olha que já conheci muita gente!
Esperava que ela me acompanhasse, e prestava atenção em suas falas sobre o que havia perguntado.
Falas
epifania
Lunaminari Talassus
Imagem grande :
Imagem grande :
Re: [RP Flashback Fechada] Abrigo - Postado Dom Mar 14, 2021 10:29 am
Abrigo - A dona do bordel e a
alma perdida
alma perdida
A cada minuto de nossa conversa eu me sentia um pouco mais à vontade. Ela elogiou meu nome, ouviu cada palavra que eu disse emostrou empatia para com a minha situação. Ela também confirmou que eu estava em Xuridra, Drakir e aqule estabelecimento era seu bordel.
Eu nunca havia entrado em um bordel antes, mas lembrei de ter ouvido pessoas falando mal do local, das pessoas que o frequentam e das que lá trabalham também. Contudo, aquele lugar desmentiu tudo que haviam falado para mim: era o lugar mais acolhedor que eu havia encontrado desde que havia fugido e a própria dona me acolheu. Eu sabia que eu estava segura ali.
Ela me falou que aquele era seu império e me perguntou se eu havia gostado.
- Sim! Achei bem aconchegante. - falaria enquanto aproximava as mãos do fogo e olhava ao redor.
Ela então se levantou e eu a segui. O local era apresentado para mim com uma alegria incomensurável. Eu percebi que ela havia batalhado para chegar onde estava e valorizava cada centímetro quadrado de sua conquista. O lugar espelhava o apreço que sua dona tinha, tudo era bem arrumado e de qualidade.
Ela então disse que eu poderia ficar o quanto eu quisesse e perguntou mais sobre mim, revelando sua curiosidade quanto a minha aparência, que de fato era bastante incomum.
- Claro! Deixe-me ver... Por onde começo? Eu sou uma submundana. - comecei minha fala ainda olhando ao redor e colocando minhas mãos juntas atrás de mim. - Eu sou meio Ganaltiana, por isso consegui virar água para passar por baixo de sua porta. Eu costumava cantar em tavernas de Dawhan para sobreviver e, bom... agora estou aqui. Eu agradeço o abrigo que você me promete, mas não quero ser um custo a mais para a senhora... Minha nossa, que falta de educação da minha parte! Não perguntei seu nome!
Terminei minha fala levando as mãos ao rosto. Fiquei envergonhada, mas não perdi a sensação de segurança. Eu sabia que não precisava ter medo e queria mostrar para ela que eu também não queria causar nenhum mal.
Katarina Van Horn
Imagem grande :
Imagem grande :
Re: [RP Flashback Fechada] Abrigo - Postado Dom Mar 14, 2021 9:48 pm
Aquecendo Corações
Um Guerreiro valoroso, jamais temeria sujar sua espada de sangue
A moça demonstrava estar à vontade em Lupanar, fato esse que me deixava feliz. Um local que antes gerou tanta dor, agora conseguia acolher alguém para tirá-la de uma situação de sofrimento. Ouvia suas palavras com um sorriso no rosto, e então, a guiava pelos cômodos.
A mais nova moça de Lupanar fazia seus caminhos pelos corredores, em meu encalço. Após aquelas horas de conversa, as meninas já haviam se levantando, e começavam a fazer suas tarefas tentando ignorar a convidada.
O que se tornava uma missão difícil, uma vez que ela começava a falar sobre si mesma e sua história. A ouvia com atenção, e ao final de sua fala, olhava surpresa para ela. - Ganaltiana? Não creio que já tenha visto alguma por aqui. Mas agora faz sentido ter virado líquido. - Em minha mente, os rostos de todas as meninas de meu passado apareciam, me deixando tensa, mas não demonstrava. - Cantava em tavernas.... Bem isso pode ser interessante.
Um plano começava a surgir em minha cabeça avermelhada, mas não comentava nada agora. - Não se preocupe em ficar aqui por enquanto, as meninas são de todas as raças, sabem como é passar o que você passou. Wolfy é submundana também, inclusive, lhe apresento mais tarde. - Dizia calmamente, mas logo percebia uma exaltação em sua voz, eu ria da situação e respondia em seguida. - Você não estava nas melhores condições para ser cordial, não é mesmo? Me chamo Katarina Van Horn, um nome demasiado grande para uma conversa casual, me chame como preferir. - Sorria simpaticamente para ela, enquanto continuava o caminho.
A reação dela era fofa e aquela sensação quentinha em meu peito retornava, algo naquela menina me chamava a atenção, e estava determinada a descobrir mais em um futuro próximo.
De qualquer forma, nos encontrávamos com Loba, que olhava curiosa para Lunaminari. - Quem é essa ai, Katarina? - Ríspida como sempre, a menina nem mesmo se apresentava. Seu comportamento me arrancava um suspiro e rapidamente realizava as apresentações.
- Loba, esta é Lunaminari, uma convidada e potencial companheira. - Agora me virava para a submundana e continuava. - E como pode ver, essa é a Loba, nosso raio de felicidade.
- E sou mesmo! Os clientes sempre me escolhem. - Ela falava orgulhosa de si mesma, mas eu me abaixava para ficar próxima ao ouvido de Lunaminari e sussurrava. - Sim, porque é a única disponível. - Cobria minha boca e ria.
- Mas qual é a sua, Lumarinami? Seu nome é muito difícil, vou te chamar só de Luna. - E assim, sem mais nem menos, Loba definia o nome perfeito para uma nova integrante do bordel. Novamente, me mantinha calada, observando a interação das duas, trataria de tais assuntos depois.
A mais nova moça de Lupanar fazia seus caminhos pelos corredores, em meu encalço. Após aquelas horas de conversa, as meninas já haviam se levantando, e começavam a fazer suas tarefas tentando ignorar a convidada.
O que se tornava uma missão difícil, uma vez que ela começava a falar sobre si mesma e sua história. A ouvia com atenção, e ao final de sua fala, olhava surpresa para ela. - Ganaltiana? Não creio que já tenha visto alguma por aqui. Mas agora faz sentido ter virado líquido. - Em minha mente, os rostos de todas as meninas de meu passado apareciam, me deixando tensa, mas não demonstrava. - Cantava em tavernas.... Bem isso pode ser interessante.
Um plano começava a surgir em minha cabeça avermelhada, mas não comentava nada agora. - Não se preocupe em ficar aqui por enquanto, as meninas são de todas as raças, sabem como é passar o que você passou. Wolfy é submundana também, inclusive, lhe apresento mais tarde. - Dizia calmamente, mas logo percebia uma exaltação em sua voz, eu ria da situação e respondia em seguida. - Você não estava nas melhores condições para ser cordial, não é mesmo? Me chamo Katarina Van Horn, um nome demasiado grande para uma conversa casual, me chame como preferir. - Sorria simpaticamente para ela, enquanto continuava o caminho.
A reação dela era fofa e aquela sensação quentinha em meu peito retornava, algo naquela menina me chamava a atenção, e estava determinada a descobrir mais em um futuro próximo.
De qualquer forma, nos encontrávamos com Loba, que olhava curiosa para Lunaminari. - Quem é essa ai, Katarina? - Ríspida como sempre, a menina nem mesmo se apresentava. Seu comportamento me arrancava um suspiro e rapidamente realizava as apresentações.
- Loba, esta é Lunaminari, uma convidada e potencial companheira. - Agora me virava para a submundana e continuava. - E como pode ver, essa é a Loba, nosso raio de felicidade.
- E sou mesmo! Os clientes sempre me escolhem. - Ela falava orgulhosa de si mesma, mas eu me abaixava para ficar próxima ao ouvido de Lunaminari e sussurrava. - Sim, porque é a única disponível. - Cobria minha boca e ria.
- Mas qual é a sua, Lumarinami? Seu nome é muito difícil, vou te chamar só de Luna. - E assim, sem mais nem menos, Loba definia o nome perfeito para uma nova integrante do bordel. Novamente, me mantinha calada, observando a interação das duas, trataria de tais assuntos depois.
Falas
epifania
Lunaminari Talassus
Imagem grande :
Imagem grande :
Re: [RP Flashback Fechada] Abrigo - Postado Qua Mar 24, 2021 5:13 pm
Abrigo - A dona do bordel e a
alma perdida
alma perdida
Katarina me falou seu nome e me contou sobre Lupanar e todas as garotas que ali trabalhavam. Apesar de tudo, ela ainda se mostrava receptiva e caridosa, algo raro de se ver para com uma submundana. Ela me deixou ainda mais surpresa quando falou que havia outra submundana ali. Com isso, eu soube que a dona do bordel não se importava com aparências ou raças, ela só queria ajudar garotas como eu. Uma pequena lágrima se formou em meu olho, mas essa era de felicidade: eu havia encontrado um abrigo.
Nossa conversa, porém, foi interrompida por uma voz ríspida e direta que perguntava quem eu era. Katarina disse que aquela era Loba, a submundana a qual havia se referido. Ela parecia bem carismática e disse ser a favorita dos clientes. Katarina, então, me falou que era porque ela era a única disponível. Eu dei uma leve gargalhada e sorri para Loba.
- É um prazer te conhecer! - eu disse de maneira suave e amistosa.
Ela então disse que meu nome era muito difícil e decidiu me chamar de Luna. Eu nunca tive um apelido, mas aquele me fez sentir como se ele soasse natural. Ele me agradava muito!
- Luna...? Eu amei! Pode me chamar de Luna! - eu respondi com uma leve euforia.
Katarina parecia manipular as engrenagens de sua mente de forma ávida. Ela me olhava e me analisava, provavelmente imaginando meu papel ali.
- Bom. Acho que não há mal nenhum em ficar aqui um tempo! Obrigada, Katarina! - eu diria sorrindo e olhando, em seguida, para Loba, agradecendo-a também.
Era bom ter um lugar para ficar e eu me sentiria honrada em ajudá-las em Lupanar.
Katarina Van Horn
Imagem grande :
Imagem grande :
Re: [RP Flashback Fechada] Abrigo - Postado Qui Mar 25, 2021 1:07 am
Aquecendo Corações
Um Guerreiro valoroso, jamais temeria sujar sua espada de sangue
Ver as feições de Luna enquanto conversávamos era... Reconfortante? Eu não sabia ao certo descrever o sentimento, mas ele com certeza tinha um misto com a felicidade.
Encontrar Loba por ali só preenchia ainda mais o momento, uma vez que logo de cara as duas pareciam se dar bem, e conversavam animadamente, surgindo até um apelido. Aparentemente, Luna gostava muito dele, o que também me agradava, já que ela precisaria de um codinome.
- Bem, vejo que já se conheceram, mas as amizades podem esperar... Luna, poderia me acompanhar para tratar de algumas coisas? - Eu dizia apontando o braço para as escadas que levavam aos meus aposentos. - Não se preocupe, só gostaria de lhe conhecer um pouco melhor.
A verdade por trás daquele pedido era apenas uma, descobrir o que a garota poderia oferecer. Claro que gostaria de ajudá-la, mas primeiro precisava garantir sua renda para que não passasse mais necessidades, por isso, esperava sua resposta, já rumando até o local.
Enquanto o fazia, porém, mantinha meu semblante calmo e simpático, afinal, ir com uma estranha para um quarto afastado poderia ser tudo, menos convidativo. Mas ainda assim, esperava que à essa altura ela pelo menos não desconfiasse tanto de minhas intenções.
Chegando no quarto, puxaria uma cadeira para a mesa próxima à janela. Naquela hora, os primeiros raios cálidos de sol se apresentavam, por mais que fossem quase que completamente extinguidos pela neve.
- Bem vinda ao meu quarto... Venha, fique à vontade. - Apontava a cadeira para ela, indicando que poderia sentar. - Gostaria de um chá? Okami sempre deixa um preparado para mim. - Colocaria a chaleira sobre a mesa e então ofereceria para ela, servindo-a se fosse de seu agrado, e fazendo o mesmo com meu copo.
- Bem, Luna. Percebi que gostou do apelido, então espero que não se importe. E não hesite em me chamar da forma que for conveniente. - Sorria tranquilamente para ela e então continuava. - Pois bem, como disse, é bem vinda para permanecer o tempo que quiser, contudo, não posso fazê-lo de graça, para seu próprio bem, inclusive. - Nesse momento eu mostrava uma cicatriz em meu pescoço, agora já apagada pelo tempo.
- Ganhei isto quando fui sequestrada, tinha pouco mais de 10 anos. E quando vim parar aqui, não tinha dinheiro ou sustendo, e fui forçada a... Trabalhar. De qualquer forma, não quero que façam o mesmo contigo. Por isso tenho uma proposta. - Meu semblante não era triste, indicando que não me importava em abordar meu passado. Aproveitava para encarar seus olhos e ostentar um sorriso sugestivo. - O que me diz de ser a cantora do Bordel? Há tempos procuro uma, e sua voz é deveras espetacular... Em suma, você ficaria aqui em troca de seus serviços no palco. E então?
Encontrar Loba por ali só preenchia ainda mais o momento, uma vez que logo de cara as duas pareciam se dar bem, e conversavam animadamente, surgindo até um apelido. Aparentemente, Luna gostava muito dele, o que também me agradava, já que ela precisaria de um codinome.
- Bem, vejo que já se conheceram, mas as amizades podem esperar... Luna, poderia me acompanhar para tratar de algumas coisas? - Eu dizia apontando o braço para as escadas que levavam aos meus aposentos. - Não se preocupe, só gostaria de lhe conhecer um pouco melhor.
A verdade por trás daquele pedido era apenas uma, descobrir o que a garota poderia oferecer. Claro que gostaria de ajudá-la, mas primeiro precisava garantir sua renda para que não passasse mais necessidades, por isso, esperava sua resposta, já rumando até o local.
Enquanto o fazia, porém, mantinha meu semblante calmo e simpático, afinal, ir com uma estranha para um quarto afastado poderia ser tudo, menos convidativo. Mas ainda assim, esperava que à essa altura ela pelo menos não desconfiasse tanto de minhas intenções.
Chegando no quarto, puxaria uma cadeira para a mesa próxima à janela. Naquela hora, os primeiros raios cálidos de sol se apresentavam, por mais que fossem quase que completamente extinguidos pela neve.
- Bem vinda ao meu quarto... Venha, fique à vontade. - Apontava a cadeira para ela, indicando que poderia sentar. - Gostaria de um chá? Okami sempre deixa um preparado para mim. - Colocaria a chaleira sobre a mesa e então ofereceria para ela, servindo-a se fosse de seu agrado, e fazendo o mesmo com meu copo.
- Bem, Luna. Percebi que gostou do apelido, então espero que não se importe. E não hesite em me chamar da forma que for conveniente. - Sorria tranquilamente para ela e então continuava. - Pois bem, como disse, é bem vinda para permanecer o tempo que quiser, contudo, não posso fazê-lo de graça, para seu próprio bem, inclusive. - Nesse momento eu mostrava uma cicatriz em meu pescoço, agora já apagada pelo tempo.
- Ganhei isto quando fui sequestrada, tinha pouco mais de 10 anos. E quando vim parar aqui, não tinha dinheiro ou sustendo, e fui forçada a... Trabalhar. De qualquer forma, não quero que façam o mesmo contigo. Por isso tenho uma proposta. - Meu semblante não era triste, indicando que não me importava em abordar meu passado. Aproveitava para encarar seus olhos e ostentar um sorriso sugestivo. - O que me diz de ser a cantora do Bordel? Há tempos procuro uma, e sua voz é deveras espetacular... Em suma, você ficaria aqui em troca de seus serviços no palco. E então?
Falas
epifania
Lunaminari Talassus
Imagem grande :
Imagem grande :
Re: [RP Flashback Fechada] Abrigo - Postado Sáb Mar 27, 2021 4:57 pm
Abrigo - A dona do bordel e a
alma perdida
alma perdida
Conversar com Loba só me provara que eu realmente estava em um local receptivo e agradável. Eu estava animada para conhecer o resto das meninas e poder ajudá-las de alguma forma! Katarina, porém, me chamou para conversar em particular. Mesmo mantendo sua feição simpática,seu tom me pareceu mais sério, mas não em um sentido ruim. Uma seriedade de quem está a tratar de negócios. Eu assenti com a cabeça e segui a mulher sem hesitar.
"Uma entrevista de emprego?" - pensei de forma alegre.
Chegando em um quarto decorado e aconchegante, que logo Katarina indicou ser seu, fui convidada a entrar e aceitei o chá que me foi oferecido. Katarina, agora me chamando de Luna, disse que o abrigo que me oferecia não era de graça. Ela disse que isso se tratava inclusive da minha proteção. A dona do bordel, então, me contou sobre como conquistou o local e do seu passado de trabalhos forçados. Ela me mostrou sua cicatriz, uma recordação de um passado amargo, mas agora distante.
"Eu sabia que havia sombras por trás do brilho em seu olhar. Katarina é uma mulher admirável..."
- Eu não poderia aceitar de outra forma! - eu disse, indicando que trabalhar não seria um problema. - Fico feliz de ajudar como puder!
Foi então que ela fez a proposta de me tornar a cantora do bordel. Eu imaginei que ela pudesse fazer isso, já que contei para ela que cantava em outros locais, mas não sabia se realmente precisavam de uma cantora ali. Meu coração deu um salto de felicidade. Eu poderia trabalhar com o que gosto e ajudar quem me ajudou!
- Sim!! Eu aceito! Não vou decepcionar vocês! - eu disse indo em direção a Katarina e segurando suas mãos enquanto esboçava um sorriso e dava um pequeno pulo. - Prometo inclusive praticar para atrair mais clientes!
Eu então soltaria suas mãos e a abraçaria. Mal podia esperar para poder usar minha voz para auxiliar as outras pessoas!
Conteúdo patrocinado
Re: [RP Flashback Fechada] Abrigo - Postado