Eu vinha tendo um contato bastante próximo ao coven nos últimos tempos desde os eventos no portal. Sua distância foi desfeita e nossos laços estreitados, seus feitos heróicos de fato seriam devidamente lembrados sem mais tardar dentre os solos daquela terra que devia parte de sua segurança aos bruxos. Naquele momento mais um dos que foram bravios estava diante mim, pelo que pude ouvir, seus feitos foram consideráveis e seus machados foram firmes e imparáveis. "O bruxo mateiro", foi como ele tornou-se conhecido. De terceiros chegou aos meus ouvidos a versão apresentada pela torre, conhecido por desviar magias com um machado e por possuir um chapéu deveras estiloso de outro ferreiro destas terras.

Não vinha ao caso a fama que agora lhe antecedia, eu o conhecia por sua voz no comunicador e pela sua presença sempre animada, seja na forja ou no casamento. Ali não era diferente, ele adentrava o recito cumprimentando à todos com a costumeira irreverência quando eu estava descansando um pouco no exterior junto à Giuliart. - Olá Ys. Posso chamar-lhe apenas desta forma? Questiono calmamente sobre a contração de seu nome, levantando-me e caminhando em sua direção - Fico feliz que tenhas apreciado. Confesso que ainda há um pouco daquela ansiedade em mim, mais um voto, mais uma responsabilidade, todavia não lembro de arrepender-me de nenhuma das quais escolhi assumir e Ilia é uma mulher fascinante. Olho para o alto, pondero um momento, dando-me conta sobre minha conduta. - O que estou eu fazendo, gabando-ne sobre minha pareceira, perdão.

Era impossível não manter um sorriso sempre presente, seja pela conversa de antes ou pelo clima que o homem transmite. Ele comenta sobre os machados e sobre o mesmo ato que culminou em sua alcunha e nas falácias. - Ouvi histórias sobre seus feitos de amplas perspectivas. A torre ainda teme o grande mateiro. Brinco sorrindo erguendo as mãos diante mim com as palmas voltadas para cima. - Não há necessidade de agradecimentos, tu teves as habilidades para executar um bom uso e ouvir uma criação minha como parte de uma lenda viva como a tua é uma grande honraria para qualquer ferreira.

Ele então fala sobre uma armadura que ele deseja. Segundo sua descrição ele precisa de algo que possa resistir bem às magias, que consiga resistir ao poder destrutivo da magias dos inquisidores assim o auxiliando a confrontar a torre de Azrallum. - Tu sabes bem, somos dragões, se há indivíduos que podem especializar-se em confrontar inimigos especializados em magia meu caro, somos nós. Digo confiante caminhando ao virar-me em direção aos fundos convidando-o para que me acompanhe. - Tu queres uma aparência chamativa como os machados, imagino. O busto de um dragão, escamas, creio que tenha algumas ideias em mente, esperes um segundo por favor.

Sento-me rapidamente tracejando em uma folha em branco um esboço de uma armadura. Não me atenho tanto a perfeição de tons ou forma, o que quero é transmitir de forma suscinta e veloz a forma que a armadura terá ao fim de sua confecção. A pena desliza de forma veloz com ombreiras robustas com as feiçoes de dragões, um peitoral largo, escamado e com a feição dracônica ao centro com olhos furiosos angulados e inclinados exaltando o tom roxo do metal, suas boca de um maxilar espaçado e um queixo sobressalente com dentes mais internos diferindo-se dos dragões mais chamativos e leoninos que iriam aos ombros. - O que tu achas, de teu agrado?


Com a aprovação do draconata começo então a caminhar mais ao fundo abrindo os estandes para remover dali os lingotes brilhantes daquele minério particular das ilhas presentes no arquipélago de Drakir. As levo cuidadosamente a forja, duas delas que seriam destinadas a construção do peitoral do homem enquanto eu mesma ia lhe avisando sobre os contrapontos daquele minério. - Bem, escutes. Este é um minério bastante pesado, então é difícil utilizar todas as peças sem algum "auxílio", contudo farei todas as peças menos o elmo. Creio que prefiras o teu chapéu. Em geral lhe aconselho a manter as ombreiras recolhidas e quando sentir-se seguro em força utilize-as completando o teu conjunto. Enquanto isto alguma capa leve de couro ou outro tecido que lhe proteja nesta área seria o melhor caminho para que evite ser surpreendido.

Minha ressalva sendo feita e comunicada ao homem para que ele mesmo não fosse pego de surpresa ao vestí-la eu poderia seguir com os preparativos. Não queria que ele acabasse tomando um susto ao perceber que mesmo para mim algo completo daquilo era simplesmente pesado de mais, principalmente pois eu tinha dentro do meu uso uma peça extra naquelas que protegeriam as minhas asas. Confiro a temperatura abrindo a "escotilha" da fornalha e estando o metal no ponto ideal para modelar as suas chapas introduzo a pá coletora removendo os lingotes densos até por cima da bancada lateral. Dali com as garras eu levo o metal abrazado emitindo uma luz bastante característica até a bancada onde usaria o martelo.

- Já acostumaras à ti com os sons violentos do metal se batendo em uma forja? Pergunto de certa forma em tom de brincadeira, mas, também sondando se ele estaria desconfortável em permanecer. O martelo batia com violência e força exímia, tal atributo era algo do qual eu podia orgulhar-me mesmo dentre os dragões a chapa ia alongando-se a cada novo tilintar. Meus braços enrijecidos não cessariam em manter os intentos presentes ali, afinal, eu precisava alargar bastante ambos os lingotes para que eles assumissem o aspecto amplo e imponente desejado, tal qual buscaria tentar satisfazer também o bruxo que em comportamento de batalha assemelhava-se bem mais com um tipo de guerreiro de fronte.

No bloco de modelagem criava as curvas necessárias para que ambas as chapas se encaixe por sua dorsal, além disso para que seu pescoço seja protegido até a altura de seu maxilar. Como ele não utilliza um elmo em si que realmente prencha todo o perímetro de sua cabeça tento compensar boa parte disso no peitoral, mesmo na parte anterior onde alongo pelo percurso de sua coluna até onde ficaria o seu bulbo. Após concluir isso podia trabalhar na parte exterior da armadura, com o auxílio de uma talha moldando as camadas que iriam conferir o aspecto visual de escamas dracônicas. Elas seriam diferentes das mais curtas que estariam em seu machado, ao invés disso elas eram mais largas, tal qual as presentes nas asas reptlianas dos nossos ancestrais.

No centro, na área do peito em si, olhos verticais tais quais os desenhados eram gravados. Bato com o martelo abaixo deles criando uma dobradura interna que seja responsável por transcrever a ideia de uma maxilar profundo ao busto ali feito. Ele não era saltado aos olhos como outras armaduras que teria feito antes, ou, mesmo as ombreiras do conjunto em si. Ao contrário, este seria feito com nivelamentos precisos e perspectiva visual, deste modo ele poderia mover-se naturalmente e isto manteria uma certa identidade enquanto um mago como é. Fazia de forma ágil pois aquele metal logo ia esfriando-se possuindo uma capacidade exímia de disperar energia, o que também o caracterizava como perfeito para conter o levante de magos.

Com esmero prosseguia ainda com a talha para gravar na sua dorsal o encantamento que permitiria com que aquele metal pudesse ser removido e aderido sem maiores dificuldades, descritos inclusive por mim como imprescindível para que ele possa manter uma armadura como aquela funcional. Além disso gravo também a minha marca e assinatura, ela era facilmente algo a reconhecer-se como uma obra prima e não desejaria não deixar meu legado ali. Quem sabe ela possa tornar-se tão conhecida como foi com o machado que ele conduziu nos seus combates, certamente oportunidades para alguém que ia de encontro à uma facção tão poderosa não faltariam. - Vamos, experimente-o. Se houver algum incômodo eu corrijo. Um nome em linguagem dracônica poderia ser interessante, o que achas de Hua Bahakatu?

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>>Link da aprovação Qualidade 3
>>Link de imagem representativa da armadura.
>>Materiais consumidos: 2 Peças de Askarhol

Item confeccionado:

Aquela peça que eu tinha feito anteriormente tinha sido um sucesso, demonstrando a efetividade do que até então eu havia planejado , a peça, apesar de larga e imponente tinha apenas o peso previsto para algo dentro do padrão daquela busca. O metal negro e roxo chamava a atenção naturalmente apenas pelo seu vislumbre, se Ys o vestisse, ficando ainda mais arrojado e imponente em um draconato com a marra e estilo presentes apenas naquele que estava diante de mim. Haviam ressalvas no pedido é claro, ele falava algo sobre seu chapéu que eu já imaginava ser considerávelmente importante para o homem em vista a forma como ele sempre o utilizava. - Uma forma de deixar seu chapéu mais forte? Hum, deixe-me pensa um pouco.

Não daria uma resposta imediata, aquele item parecia algo bem particular, uma mistura entre a forja e a tecelagem, parecido e diferente com meu elmo que tinha uma manta que me deixava um pouco mais "charmosa", conferia o estilo comercial de shampoo ao retirá-la, deixando meu cabelo esvoaçante e belo para arrebatar temporariamente o coração daqueles que me cercam. Uma pessoa preparada possui várias armas, até uma como esta, não me julgue! Levanto meus olhos, tão repentina quanto me perdi em meus próprios pensamentos para aliviar os devaneios que me distraem, ponderando calmamente sobre o que ele havia solicitado enquanto já ia pegando algumas outras peças do metal roxo para levá-las a forja. Cuidadosamente passo um paninho removendo qualquer poeira que atrapalhasse na hora da forja, em silêncio quase religioso, deslizando a mão no lábio com a que esta livre.

Ao finalmente deslocar aquele fragmento de askarhol carregando-o sem tanta dificuldade, fazendo uma segunda viagem com outro por estar ainda pensando sobre o pedido do homem, lembro-me de alguns materiais que obtive recentemente. Levo os lingotes para dentro da fornalha com auxílio da pá coletora pela escotilha que solta um bafo quente ao ser aberta novamente, apoiando ali dentro os metais. - Acho que é possível sim, tenho um tecido peculiar que possui uma boa resistência em comparação aos demais, porém, isto certamente não seria parato. Não para uma peça de roupa ao menos. Digo brincando com um sorriso erguendo os ombros ao informá-lo sobre o que, pelo que tenho contato com o coven, também não deveria ser um grande empecilho tendo eles finanças bastante expansivas. Menos Siniy, ela estava um tanto dura quanto veio até mim, mas, de todo modo, também me rendeu um maravilhoso acordo.

Quando penso em verdade meus negócios em geral com aquela facção foram realmente interessantes, sobressaindo-se Camélia e a garota da água que trouxeram algumas coisas bastante valiosoas para substituir parte do pagamento pelos itens. Me encheram os olhos por suas propostas e apostas com o destino. Mesmo os demais como Ys me deixaram grandes experiências, o movimento ali foi realmente amplo em virtude da presença destes, criando um certo vínculo e carinho meu para com o grupo ainda que incerta sobre a profundidade de suas intenções. Havia desconfiança é claro, incertezas ocasionadas pelo mistério e a imprevisibilidade de nossas relações futuras, mas, por hora uma relação mútua de gratidão mantinha-se estabelecida.

Olho de canto o homem que parece observar cada pequeno passo que eu faço, talvez, exatamente pelo que eu mesma havia pensado. Ele parecia curioso assim como Camélia antes foi, parecia tentar aprender. Inclino meu corpo, apoio a mão sobre a cintura e então lhe encaro de forma firme e curiosa. - Quer aprender? Não te acanhes, pode me perguntar o que deseja saber. Falo de forma positiva, um tom que não chega a ser sorridente mas possui certa estima e empolgação. - Não sou do tipo que monopoliza conhecimento, ao contrário, conhecimento é algo a ser levado adiante. Quando mais pessoas sabem aquilo, outras novas ideias se formam, é apenas assim que o avanço realmente acontece. Por um momento a Hikari líder transparece além da ferreira, mas logo se volta ao lado mais obscuro de meu comportamente comigo passando a mão para limpar o suor de minha testa deixando-a num tom brilhante de roxo pela fuligem do metal.

Ele parecia satisfeito com sua armadura, a peça pronta ao menos, vestindo-a e caminhando com esta no corpo pelo recinto. Isto me deixava um pouco curiosa, mas, primeiro responderia sobre o que ele mesmo disse. - Creio que vá deixar a ombreira por último, vou fazer as braçadeiras e as grevas, com estas três tu já estaria consideravelmente protegido. Explico para o homem de forma direta, de modo que pensava já na possibilidade de alguma interrupção ou a necessidade de uso parcial dos seus itens. - Como estás com o peso? Te sentes bem? Cada peça desta acaba pesando pelo menos o equivalente a duas aço ou açouro. Não subestimava sua força, ele parecia ter um físico considerável, alerta repetidas vezes apenas pois eu também tinha o hábito de usar armaduras e tinha peças daquele metal, o suficiente para saber que eu por exemplo não consigo manter uma armadura completa do metal de forma confortável sem pelo menos o auxílio de Yun.

Vou removendo as peças dali afim de começar a sua moldagem deixando-as sobre a bancada. Vou pegando o martelo da oficina, seguro-o firme em minha mão e olho para o dragão de licentia. - Askarhol não tem uma forja tão complicada, oriundo deste nosso arquipélago e suas temperaturas consideráveis, em minas que experimentam muito contato com Magma, é bastante resistente ao calor e tem pouco risco de por exemplo, ser esquecido na fornalha. Mas, na hora de moldar o metal é o real risco de causar algum dano severo, este metal não lida tão bem com impactos físicos violentos de modo que precisa-se comedir o quanto você bate, entendes? Bem, é melhor ver na prática. Dou ua pequena lição lhe ensinando sobre o que antes parecia curioso enquanto começo a alargar o lingote fundido em uma longa chapa de metal. Quando chega a certo ponto, vou separando em placas que formariam as articulações da perneira.

- Os movimentos com a talhadeira ali de quebra, é para criar as articulações, entendes? Falo olhando de lado enquanto já vou levando as peças para o bloco de modelagem para dar a angulação ideal para cada parte. - Se não quiseres, apenas pedir também, eu acabo me empolgando fácil na forja. Dou um sorriso enquanto vou indo naturalmente prosseguindo na confecção. Nas placas separadas vou esculpindo cuidadosamente os desenhos nas quinas que assemelham-se com escamas dracônicas, tal qual a outra peça. Não teria um busco ou semelhante ali, ainda assim o aspecto em si acompanharia o design descrito no desenho que lhe mostrei anteriormente. Por fim vou indexando as peças por estruturas finas de metais que as prendem por eixos de rotação em torno do joelho e parte superior da coxa, além do calcanhar permitindo que ele caminhe e corra sem nenhuma dificuldade apesar de ser grande o bastante para encaixar-se no peitoral.

- Não expliquei muita coisa ali, mas, basicamente foi um etapa de ornamentação e finalização, conseguiras compreender? Como disse, toda ouvidos para explicar-lhe se desejar alguma informação adicional. Pergunto um pouco icerta ao perceber que fiquei imersa nas últimas etapas e só fui fazendo sem ensinar praticamente nada, parte do motivo de eu deixar meus aprendizes, os quatro que possuo, todos vinculados à universidade para que eu apenas complemente o seu estágio com algo mais apurado. É comum para mim acabar me destraindo ali e esquecendo de ensinar de fato, ainda que tenha passado algumas coisas. - Bem, a etapa seguinte é basicamente um encantamento, creio que como mago não tenhas tanta dificuldade de compreender.

Conforme lhe explico já vou entalhando na peça deixando espaço para que ele assista os hieróglifos rúnicos que permitem que ele possa ver como este processo é feito. Um conhecimento mágico era necessário junto ao de ferraria, mas, também não era nada tão complexo assim, principalmente sendo de saque mágico. Algumas batidas e logo ia ficando pronto, dando espaço também para que logo eu colocasse a minha assinatura enquanto artesã. - Se não tiveres dúvida, o que tu achas de experimentá-la? Percebas se as articulações lhe incomodam ou outra coisa, se estiver boa prosseguimos para o próximo.


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Item confeccionado: