• Azor Hokar, o deus da destruição, o senhor da consumação, retornou. Reencarnado no mês de Era, em 329, no Império Corrompido de Aronian. Enquanto o continente dos heróis, Samaria, está mergulhado em guerras e conflitos territoriais e políticos, Hokar reúne suas forças para trazer por fim sua vingança sobre toda a Criação – E por sua trágica derrota na Era dos Deuses.

    Enquanto isso, Mahoro Trakarhin, o rei dos imortais e guardião do Criador, prepara os reis e tenta apaziguar as guerras de Samaria para que possam olhar para o verdadeiro perigo que reside ao norte, no Império Aroniano.

    Não se renda ao temor que Azor Hokar representa e todo o mal que ele ameaça trazer. Una forças com o lado que melhor te convier e participe dessa aventura épica!
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    As Crônicas de Samaria


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    O dia amanhecia no ducado de Woodguard. A neve caía sem perdão e o frio era intenso. Tomar banho pelado, poderia ser horrível (não que de roupa resolvesse).

    Entretanto, o duque tinha um compromisso importante com um conde de suas terras. O conde em questão havia lhe convidado para um jantar em seu castelo. Provavelmente o convite tinha algo a mais, talvez fosse negociações, quem sabe.

    A comitiva aguardava você para seguirem. Quando finalmente estavam viajando, depois de longas horas enfrentando a neve que fazia o percurso ser mais demorado, você e seus homens eram atacados por saqueadores. Um combate ocorria e no meio disso, você acabou sendo golpeado de maneira que saiu rolando pela neve, e com esse deslize parou na beirada de uma ribanceira que dava em uma queda para um rio na qual acabou caindo.

    Nesse momento o duque precisava se livrar daquele rio com água extremamente gelada e procurar uma forma de se aquecer, alimentar-se e demais necessidade. E claro, encontrar uma forma de prosseguir a viagem ou retornar para casa.

    ____________________________________________________________________________

    + Essa é uma quest pessoal de dificuldade Média para Alexander Woodguard.

    + Observação: Deixe sempre explicito a dificuldade que deseja e principalmente seja coerente com as capacidades que possuí. Seu personagem por mais que tenha uma destreza alta, peca em outros quesitos. Portanto, foi esse o que definiu sua quest ser uma Média. Caso contrário, mesmo em uma OP o risco de morte pode acontecer. Pra prevenir seu personagem de algo pior, decidi por essa dificuldade. Espero que compreenda.

    + Quanto ao desenvolvimento da quest, está bem claro. Estes fatos aconteceram. Você pode narrar tudo que ocorreu com suas palavras. O combate contra os saqueadores e como acabou sendo "nocauteado" e parando em uma situação agonizante.

    + Dúvidas, procurar pela Loli no Discord ou se preferir, PM.

    + Desejo bom jogo e boa sorte!

    Nasubi
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    Alexander Woodguard
    Duque
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    — Senhor, hoje você tem o jantar com o conde Olivar, das terras ao sul. Como estamos no auge de Era o frio é intenso. A viagem normalmente dura por torno e 3 horas, mas como está nevando muito, recomendo saírem ao menos 5 horas antes. Após o almoço, lhe prepararei um banho para que possa se arrumar e roupas quentes. Sua carruagem estará à sua espera para a viagem junto à comitiva para lhe proteger.

    — Tsc... Comitiva? Não podem ser apena Haron, Jean e Iroh? Um é um mestre de combate e meu protetor particular, o outro é um dos melhores caçadores do reino e sua pericia com o Arco é impar até se comparado a elite de arqueiros e Ethera, e Iroh é um cavaleiro que além de saber conduzir uma carruagem, é um dos responsáveis pela segurança do castelo. São homens hábeis que tornariam a viagem mais rápida e menos constrangedora. Afinal, chegar em um ducado menor com toda a comitiva de um Duque para um jantar de negócios é, no mínimo, intimidador, não acha?

    Falo, fitando Alegria levar a destra à uma mecha de cabelo enquanto dar uma volta no mesmo, pensativa. Alegria é a governanta do castelo. Apesar de ter pouco menos de 30 anos, sua família sempre serviu a minha e ela servia meu pai desde seus 16 anos, quando sua mãe morreu. Com a morte dele, ela prometeu a ele que cuidaria de mim assim como ele cuidou dela com a morte de sua mãe e desde então ela me trata como se fosse uma criança que deve sempre ser protegida e cuidada. Contudo, eu sou um Duque e tenho que tomar as rédeas das situações por minha própria conta e risco, afinal, se eu não puder fazer isto, o que poderei fazer por meu povo?

    Outra questão importante em nossa relação é o fato de Alegria ser uma submundana. Apesar de quase não possuir traços que a destoem de um Samariano comum, suas orelhas alongadas, olhos finos e delicados e mais de 1,90 de altura revelam a herança genética de seu pai, um elfo viajante que por pouco tempo esteve nestas terras e então seguiu viagem sem saber o que deixou para trás. Alegria é cuidadosa e carinhosa. Muitas vezes é tão severa que faz mesmo os mais fortes soldados se dobrarem, mas mesmo assim, todos a amam. Todos sabem que sempre poderão contar com seu carinho, ajuda e cuidados, principalmente os médicos. Ela mesma me ensinou primeiro socorros e como tratar de ferimentos, em casos de necessidade. Eu nunca vi minha mãe, mas, imagino que ela seja como Alegria, bondosa e gentil, apesar de super protetora e severa.

    — Está certo. Mas o Sr. Ozir irá com vocês. Hoje é dia de sua aula de Línguas e pode ir estudando durante a viagem. — Fala ela, séria. Eu sequer retruco, imaginando que poderia usar a viagem para relaxar um pouco pois sei que se não aceitar, é capaz dela mesma ir na viagem comigo e me forçar a estudar o caminho todo.

    Após uma refeição adequada e cheia de energias para suportar a viagem que seria longa, tomo um banho quente de banheira que já havia sido preparado e então visto roupas de couro e peles. Os tecidos nobres ainda estavam por baixo, mas um casaco robusto e felpudo é minha proteção contra o frio do caminho. Não que eu ache que dentro da carruagem estará muito frio. Minha cota der malha por baixo das vestes também é peça obrigatória e se eu sair sem ela, é capaz da própria Alegria me dar uma surra por isto.

    Após me arrumar, já era próximo a uma da tarde quando estou pronto para partir. Eu não queria admitir, mas o frio estava uivante e o vento gélido era de cortar. Haron esperava logo na porta do castelo a minha chegada e com seu semblante sério, ensaia um sorriso confiante para mim, mesmo eu sabendo que por dentro e como meu professor de combate, ele deveria estar odiando estas roupas nada flexíveis que eu estava usando. Mais à frente, posso ver o senhor Ozir já subindo a carruagem com um livro em mãos enquanto Jean e Iroh cuidam dos cavalos e amarram correntes ao redor da roda da carruagem para dar maior tração na neve. Uma carruagem para 6 pessoas dentro e 4 fora, dois na frente guiando e dois atrás fazendo a proteção, puxada por 4 cavalos, hoje, mais fortes e robustos para aguentarem o trajeto longo de neve. Eram mais lentos que meus cavalos tradicionais, mas eram melhores para viagens longas, cansativas e, principalmente, frias. Seus pelos eram grossos e com uma manta de carneiro sobre as costas que lhe cobriam quase todo o corpo, estariam aquecidos durante a viagem.

    — E aí, chefinho. Bora? Dizem que o condado de Olivar possui uma cozinheira excepcional que faz uma ótima corça assada ao molho de laranjas. — Comenta Iroh, risonho. Iroh é definitivamente o mais velho da comitiva, mas seu espirito jovial e sempre contente o tornam tão novo quanto eu, na maioria das vezes. Talvez, até mais. Normalmente nos divertimos quando estamos juntos, mas hoje, ele vai guiar a carruagem, então, não poderei ficar conversando com ele por muito tempo.

    Assim que adentro na carruagem, me posicionando ao meio do banco de trás, com Ozir a minha frente, Haron se senta ao meu lado com sua armadura completa, mão posicionada dobre a espada e a outra segurando o trinco da porta da carruagem, emnposicao de vigília. Heron é um homem sério e cuidadoso. Seus treinos de espada sempre giram em torno de defender, esquivar e então contra atacar. Segundo ele, a prevenção e cautela são nossa melhor arma e se eu quiser vencer um combate, primeiro devo me manter vivo. Apesar de ser um bom amigo, não é o mais animado para se ter de companhia em uma viagem.

    Pouco após Jean se posicionar a frente da carruagem com Iroh para guiar o caminho e avistar a distância o trajeto com sua visão qiase perfeita, Alegria nos aborda antes de saírmos. Em suas mãos uma cesta contendo 6 embrulhos preparados com comida. Ela mesma havia feito um prato especial para cada um de nós, algo único que poderia nos alimentar durante a viagem, tendo cuidado para servir só vegetais, cereais e grãos para Ozir que é vegetariano. Mas, apesar de sermos em 5, ela preparou uma a mais para o caso de encontrarmos alguém necessitado pelo caminho, sendo generosa e gentil como sempre.


    Com tudo pronto, conseguimos partir em meia hora para chegar as terras ao sul em aproximadamente 5 horas devido ao clima invernal. Contudo, eu tinha um mal pressentimento. Lembro de meu pai me contando sobre os meses e uma lembrança me veio nítida à mente.

    “Era é o mês da morte. É o mês de conclusão dos ciclos do ano e onde tudo morre para renascer e, Ira. É o “ Mês negro” e, neste mês, todo cuidado é pouco”

    Eu normalmente não costumo me apegar tanto a estas superstições, mas um calafrio me subiu a espinha e me fez ficar pensativo sobre isto. Durante a viagem o senhor Ozir tentava me dar aulas sobre ananico (Língua dos anões), mas minha mente vagueava pela neve branca do caminho. Algumas horas haviam se passado até que, finalmente, chegamos no limite das terras de Olivar, o conde ao sul de Woodguard. O caminho de entrada, entretanto, era uma estrada um tanto mal cuidada e íngreme na lateral de uma montanha. Apesar da aparência de perigosa, Iroh deu certeza de que passar por ela seria simples, mas teria que ser devagar. Quando chegamos ao ponto mais estreito da estrada a luz do fim de tarde entrava pela janela ao meu lado, iluminando o interior da carruagem. É então que ouço do lado de fora um assovio agudo e quase cantado de Jean e, repentinamente a carroça para.

    — Isto é... —

    Tento falar, mas sou interrompido por Haron que grita — Todos em suas posições. Estamos sendo atacados. Alex, fique na carruagem. — E com um hábil movimento de quem passou mais de 3° horas com uma mão no cabo da espada e a outra no trinco da porta ele a abre e salta para fora da carruagem tão agilmente que me impressiona.

    O senhor Ozir se encolhe na carruagem assustado me fitando com cara de “Meu deus, será que vamos morrer?”

    Neste momento, agradeço por alegria ser tão super protetora e ter me feito vestir minha cota de malha por baixo de minhas vestes. Se estava havendo um combate lá fora eu precisava ajudar. Eram só salteadores, não? Abro a minha porta lateral e ao sair, ouço um grito chamando pelo meu nome. É Iroh, desesperado.

    Quando me viro para ver, noto a fonte de seu desespero. Do alto da montanha um deslizamento de pedras corre paredão a baixo em nossa direção. Os 3 homens de minha guarda são obrigados a saltar para o lado para não serem levados pelas pedras junto a mais ou menos uns 15 bandidos encapuzados ao lado de fora que também buscam fugir das pedras após nos atacar.

    Em um momento de puro instinto salto para o lado desviando no último instante do deslizamento que colide com a carroça e a leva penhasco abaixo. Tanto ela quantos os cavalos e o senhor Ozir, dentro da mesma. Meu coração aperta de imediato quando vejo aquilo tirando minha atenção geral do combate, preocupado com meu tutor de línguas. Apenas ouço, no fundo do penhasco um ou outro cavalo relinchando, indo  à beira deste para verificar a carroça que estava destruída e os cavalos sendo levados pela correnteza do rio. Prestes a me virar para ver o combate, entretanto, sou acertado na nuca por um golpe de bastão que imediatamente me nocauteia. Alí, perco minha consciência imediatamente, caindo penhasco a baixo rolando por umas pedras até cair no rio e submergir, sendo levado por ele. 2 dos bandidos ainda se aproximam da beira e com arcos atiram cegamente no rio tentando me acertar, sem sucesso.

    O combate acima então se intensivou. Iroh não era conhecido como o dragão do Oeste atoa e com técnicas marciais avançadas, sua espada em punho e algum conhecimento de magia ele deu conta de ao menos 5 bandidos de uma vez. Haron com sua espada deu conta de outros 3 e de proteger Jean de um combatentes corpo a corpo enquanto suas flechas perfeitas encontraram o fim da vida de 6 oponentes, inclusive os 2 arqueiros que atiravam em mim. A batalha parecia estar ganha quando Jean ouve palavras que o fazem virar.

    — Ignis Explosion!

    Um homem no canto da luta, coordenando os bandidos então aponta seu braço a frente com o punho fechado como se fosse uma arma e o firmando com a oura mão, ataca. De seu anel de ouro com um rubi encrustado dispara uma fagulha flamejante que ganha proporções de bola de basquete pelo caminho e ao tocar o solo explode em uma tormenta de fogo que atira tudo para os lados, destruindo tudo ao contato. Seria ali o fim dos 3 guerreiros mais habilidosos do Ducado de Woodguard?

    Algumas horas após, eu acordo nas margens do rio com uma forte dor de cabeça. Levo minha mão a nuca e sinto um ardor. Ao remover a mão, vejo que está manchada de sangue, mas este está estancado. A água fria da noite no mês de Era foi suficiente para estancar o sangramento que poderia ter fluído até minha morte. Eu tinha dado sorte. Contudo, ao me mover, sinto meu pé vacilar e ao olhar este ainda na água, noto que ele está torto e inchado. Eu não sentia dor no momento, mas o motivo pelo qual não era dos melhores. Eu estava pálido, gélido e encharcado em meio a neve. Eu dificilmente sentiria dor anestesiado neste frio. Nem mesmo os vários pequenos cortes e escoriações pelo corpo eu sentia. Tento sair do lago me arrastando um pouco  quando finalmente encontro uma arvore, me recosto nesta para respirar um pouco de ar e descansar, nem que fosse 2 minutinhos antes de agir contra o frio que iria me congelar.

    Mais à frente, noto estilhaços da carruagem, 3 cavalos mortos e um deles vivo, lutando por sua vida apenas com a cabeça fora da água prestes a se afogar. Vou até ele, nadando e o desamarro de seu elo a carruagem. Puxo ele pela corda até fora do lago e o amarro em uma arvore próxima. Assustado e com frio, ele se treme todo tentando se secar, mas eu sabia que neste frio, não seria suficiente. Tento tirar o maximo de minhas roupas encharcadas pois elas me deixariam com mais frio por estarem encharcadas do líquido gelado. Nas margens do rio próximo aos estilhaços da carruagem vejo o assento estofado da carruagem, minha espada e 3 refeições preparadas pela Alegria. Fico instantaneamente agradecido de ver aquilo e corro até lá para pegar. Neste momento sinto meu tornozelo doer e caio em meio ao caminho. Ele está claramente torcido, se não, quebrado.

    Junto a árvore em que amarrei o cavalo eu escavo a neve até o solo e faço um buraco no mesmo, tirando a neve com madeira retirada da carroça para afastar a mesma do buraco onde coloco pedaços de madeira e com uma pedra e minha espada faço uma fogueira com as fagulhas do metal sobre a madeira. Demora um pouco para o fogo pegar, mas quando este ganha vida, fico muito grato pelos ensinamentos do meu irmão mais velho, já falecido. Me aproximo das chamas tentando me esquentar e torço minha roupa mais ao lado para a água não apagar o fogo. Com o calor, pouco mais de uma hora após eu já estava novamente vestido, seco e aquecido próximo ao cavalo sobrevivente que me acompanhava próximo ao fogo para também se esquentar. Lhe dou duas das marmitas e como uma, que suponho ser a de Heron, com bastante carne e vegetais, bem do jeito que ele gosta para se nutrir bem e preparar seu corpo para os seus treinos rotineiros.

    Ali, naquela situação, vejo como minha vida é pífia comparado aos eventos da natureza. Um deslizamento naquele local? É muito azar. Ainda mais com este rio que poderia ter me matado não fossem as pedras pelo caminho. Se bem que, o mesmo rio foi o que me salvou de sangrar até a morte,  estancando meu ferimento na cabeça com sua água gelada. Com um pedaço de tecido que arranco da barra de minhas vestes e um pedaço de madeira, faço primeiro uma espécie de mordaça para colocar na boca para morder. Eu iria precisar já que não sou tão tolerante a dor como eu gostaria de ser. Firmando meu pé torcido no laço do arreio do cavalo, seguro a corda com ambas as mãos e com firmeza, puxo, movendo meu pé torcido com força para o lado o encaixando novamente no lugar. A dor é tremenda e me faz gritar abafado pela mordaça em minha boca. Lagrimas de dor escorrem pelo meu rosto enquanto ranjo meus dentes contra a madeira revestida com o tecido que improvisei. Por uma instantes fico imóvel tebtabdobtolerar a dor antes de conseguir agir novamente. Então,  cato um pouco de gelo dos arredores e coloco sobre o tornozelo para resfriar e amenizar a dor, o que me faz suportar aquela situação. Instantes após, então, eu desamarro a madeira com o tecido e com mais um pedaço de madeira faço um torniquete duplo ao redor do meu tornozelo, amarrando com o tecido de forma firme para manter o pé no lugar e evitar movimentos que possam o lesionar ainda mais.

    Neste momento eu agradecia as aulas de primeiros socorros que Alegria me ensinou, assim como as táticas de sobrevivência ensinadas por Jean. Me alimento agradecendo a sorte que tenho de ter companheiros tão prestativos e preparados. Contudo, meu peito dói de imaginar o que poderia ter acontecido com eles. Nos destroços da carruagem não achei o senhor Ozir, o que me dá uma pontinha de esperança de imaginar que ele possa ter sobrevivido. Em meio a estes pensamentos acabo dormindo com o fogo da lareira me aquecendo e, querendo ou não, espantando qualquer predador noturno que possa estar caçando mesmo com toda está neve.

    Com o raiar do sol eu acordo, observando que o fogo da lareira está prestes a apagar. Coloco mais uns pedaços de madeira ali e testo meu pé que já está bem menos dolorido e que agora posso firmar no chão. Ele ainda incomoda, mas consigo andar, se precisar. Ainda haviam algumas estrelas no céu e com elas posso me guiar, identificando a estrela que indica o Sul, sigo montado no cavalo por pouco mais de 20 minutos antes de ver no horizonte um castelo conhecido. Aquele era o castelo de Olivar, o conde que estava à minha espera para o jantar. Montado em meu cavalo eu corro em direção ao castelo seguindo por dentro da mata para chegar lá rapidamente até que um assovio longo e agudo faz meu cavalo levantar as patas dianteiras ao ar e parar seu trote, virando de lado e seguindo para o outro lado. Diferente do esperado eu não fico assustado com a situação, mas contente, muito contente. Eu reconhecia aquele assovio e ele só me indicava uma coisa.

    — JEAN, HARON, IROH, VOCÊS ESTÃO BEM!

    O cavalo trota na direção deles e então para próximo a Jean que acarinha sua façe e o elogia pelo bom trabalho prestado.

    — Jovem mestre, estou tão feliz de ver o senhor bem, seguro. Eu não sei o que faria se o senh...

    — Cara, menos. Depois matamos as saudades, temos algo mais importante para tratar primeiro.

    Haron interrompe Iroh e este assente com a cabeça. Eu podia notar nos olhos deles que o assunto era sério. Contudo, nem mesmo isto me tirou a alegria de ver meus amigos vivios.

    — Onde estar o senhor Ozir? — Pergunto, mas ambos os homens desviam o olhar neste instante, onde o silêncio se instaura no local. Eu já tinha minha resposta e isto me doía o coração. Providenciaria um funeral simbólico adequado para ele já que eu não possui a seu corpo, com todas as honrarias que merecia.

    Após o silêncio mórbido, entretanto, Haron volta a se pronunciar.

    — Capturamos um dos homens que nos atacaram. Segundo ele, era só para ter um desmoronamento de pedras e nos levar para o fundo do penhasco, mas como Jean notou a armadilha a tempo, eles tiveram que agir. Eram assassinos profissionais. Um deles era um mago poderoso que disparou uma habilidade de fogo em nossa direção e quase nos explodiu. Se não fosse a magia protetiva de Iroh que amenizou os danos, acho que estaríamos mortos agora.

    — Bem, eu estudei em Arzzalum antes de me tornar um cavaleiro. Não cheguei a concluir meus estudos, mas aprendi uns truques. Naquela época, Arzzalum não era como hoje. A torre era...

    — Então, como eu estava dizendo, capturamos o mago e Jean tirou algumas informações dele por meio de tortura. Não sabemos exatamente o motivo pois ele disse que não perguntou quando foi contratado para o serviço, mas alguém queria sua cabeça. O mago ainda falou em alguma coisa sobre alguém dizer que isto iria melhorar os negócios, mas não soube dizer mais sobre. — Explica Haron, cortando Iroh que sempre se empolgava em falar.

    — Uma armadilha? Bem, terei que ver isto com cautela, então. A esta hora, devem achar que eu estou morto. Devemos voltar para Greenplace e formular um plano. Tenho que me recuperar e descobrir quem fez isto. Não só isto, o punir severamente por isto.

    Com estas palavras, os homens ali presentes fitaram Alexander um pouco impressionados com sua frieza. Todos ali conheciam a compaixão, gentileza e bondade que o garoto que banca o preguiçoso pra burlar os estudos e treinamentos costuma ter. Contudo, o ouvir falar desta forma o fazia parecer alguém já mais velho e experiente. De certa forma, todos ali sabiam que Alex foi obrigado a amadurecer muito rápido devido a morte de seu pai, mas ainda era estranho ver um jovem como ele agir desta forma.

    — Jean, à nordeste de nossa posição, se não me falha a memória, tem um pequeno vilarejo com uma fazenda ao redor. Va até lá e consiga mais um cavalo. Vamos voltar para o castelo hoje mesmo e lá poderemos descansar e não recuperarmos. Logo que acordarmos, vamos que investigar para descobrir quem fez isto. Por sinal, onde está o mago capturado? — Perguntei, curioso por não o ver por ali. O arqueiro, entretanto, parte em direção ao vilarejo.  

    — Eeeeér, então. Ele tinha pedido para ir ao banheiro e então eu o desamarrei da arvore. Quando fiz isto, mesmo com as mãos amarradas ele proferiu umas palavras e sumiu, do nada. — Conta Iroh, um pouco envergonhado. — Mas antes disto eu retirei dele seu anel mágico e uma carta contrato entre seu contratante e ele, encomendando sua morte. Inclusive tem um brasão nela e a caligrafia do mandante. Acho que serve de prova suficiente pra condenar quem quer que seja por seu crime.

    Sorrio para Iroh que apesar de ser um cavaleiro exemplar, é um tanto ingênuo com este tipo de pessoa pois tende sempre a confiar nos outros e estas pessoas são sempre mentem para se safar.

    — Tudo bem, não se preocupe. Isto já me serve.  

    Pouco mais de meia horas após sua partida, Jean volta montado em um cavalo. Noto que deixou no vilarejo seu arco élfico que ganhou de seu amigo Algur e que provavelmente foi sua moeda de troca pelo cavalo. Montados em 2 cavalos, seguimos uma viagem de 4 horas de volta para o castelo aproveitando o sol da manhã. Chegamos antes do horário de almoço o que nos deixou contentes e após comer, Alegria tratar meu pé torcido e descansar, poderíamos então buscar descobrir quem  era o mandante do crime.

    3620 palavras

    — Ross
    Alexander Woodguard
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