Era um dia como qualquer outro. Estava pensativa do que fazer em relação ao tanto de coisas que ia colecionando com o passar dos tempos. Diversos itens iam se estocando em meu quarto e eram muito valiosos ou úteis em diversos momentos. Seria bom poder ter todos de uma vez nas situações adversas. Entretanto, como eu faria isso?

As horas se passaram. Sem solução fui dar um cagão e tomar banho depois. Mas enquanto "reinava" feliz pensando em doces, eis que lembrava de algo que meus parentes usavam com frequência. Uns duentes, quer dizer, duendes esquisitos e muito feios. Porém, os pequeninos pareciam guardar suas coisas em um baú mágico na qual bastava apenas conjurar os itens com o pensamento.

Lembrava como era feito o contrato com o duendes e pegava um lenço no banheiro. Furava o dedo depois de fazer minha caquinha e deixar lá. Um pequeno furinho no dedo era feito e a gota de sangue sujava no papel. Fazia todo processo necessário pra invocar o duende. Alguns segundos depois um duende brotava diante mim. Ele olhava, fazia uma careta de nojo, e comentava.

— Que cheiro horrível, andou defecando? Sua cagona.

Me enxia de vergonha por ter esquecido o que tinha acabado de fazer. Meio vermelha me enxia de raiva.

— Meeeeeeeeh! E esse teu nariz que parece um pedaço de cocô comprido, rhul.

— Desagradável. Diga o que quer? Vai fazer o contrato? Quanto antes terminar, mais rápido eu fujo desse aroma da calamidade.

— AAAAAH! RHUL! Faça logo então. Nasubi tem mais o que fazer também.

O duende fazia o que tinha que fazer e enfim selavam o pacto, contrato, coisa, seja o que for o nome daquilo, estava feito.

— Bom, quando quiser usar seus itens, basta desejar e estará em suas mãos. Quando quiser registrar um novo item, me invoque. E er... Faça o favor de não me invocar em um lugar tão fedido.

— Seuuu!!!!

Sem delongas, o duende sumia e retornava pra sua dimensão.