Após uma torrente intermináveis de papeladas reunia-me no quintal do castelo algumas pessoas com comerciantes de Xuridra, tal qual os atraí antes dialogando sobre os eventos que ocorreram e como isto poderia afetar a economia. Haviam ainda algumas líderes de cidades novas que ainda não eram anexadas ao território com os quais negociava sua confiança tentando convencê-los a devotar sua lealdade a mim, afinal, este era o próximo passo depois dos auxílios financeiros que a líder de Fyer me concedeu para investir em seus territórios, caso eles estivessem de acordo, de modo a desenvolver ainda mais os solos daquela ilha.

Era para ser, em tese, uma tarde normal dos dias corridos de minhas responsabilidades e, sem o auxílio de Kage que cuidava de assuntos com Nefertari na universidade para medidas preventivas a influência de Azrallum enquanto resolvíamos os outros conflitos, evitando que pessoas usassem desavisadas de magia por aquele momento, eu estava "sozinha" em muito tempo. Não literalmente, afinal era uma reunião com muitas pessoas, só no aspecto de não estar em presença de nenhum dos meus pulsares que se tornaram tão comuns ao meu dia a dia.

Ou era o que eu pensava, levando um gole de chá a boca entre sorrisos falsos e simpatia exacerbada vendo os homens que obviamente tinham muito mais interesses que vontade em si de auxiliar a ilha escuto algo que toma minha atenção. Quando viro-me sobre um cavalo ao longe em resposta ao meu pensamento, justamente uma das que me é próxima clama meu nome. - Ilia!? Estreito meus olhos com ela ainda um pouco distante sentindo que tinha algo errado até ver que sua pele estava abrasada como se atingida por uma de minhas magias, mas, juro, desta vez não é culpa minha! - U-um momento senhores! Digo afastando-me em passos ansiosos.

O que viria seria um avanço veloz, o bastante para balançar a veste de alguns dos homens e desequilibrar outros mais frágeis enquanto lanço-me na direção de Ilia em parafuso utilizando de minha força para aumentar minha velocidade, mesmo que um pouco, não sendo eu exatamente a mais rápida para pousar de forma mais breve ao lado da elfa. Ela parecia frágil de modo que a massa deslocada de ar e o pequeno vácuo de minha parada devia ser o bastante para derrubá-la para minha direção um pouco atrás de suas costas diagonalmente. Ergo os braços para segurá-la cedendo em partes para amaciar a sensação e tentar não feri-la ainda mais. - O que houve contigo? Tu estás...

Minha tola pergunta era interrompida por mim mesma, era claro que ela não estava nada bem. Aquela era outra das oportunidades em que era grata pelo sangue fádico, graças a ele tinha a habilidade herdada que permitia-me tratá-la sem maiores alardes ou riscos ali mesmo. Minha mana se aquece em um brilho puro e alvo enquanto ela ainda "descansa" em meus braços. - Irei curá-la! Minhas asas abrem-se ao redor enquanto minha mana lhe preenche e ergo meu passo caminhando em direção ao interior até que alço voo em direção aos corredores que conectam-se aos quartos.

Não vou até o meu, pela segurança e restrição ele acaba por ser muito abafado e não o melhor dos ambientes. Entro em um dos de hóspedes mais ventilados, puxo a barra do lenço com o pé até retirá-lo e deito-a sobre a cama. Com as mãos livres posso aproximar gentilmente a minha testa da sua para sentir sua temperatura. - Ainda estás um pouco febril, mas, me pareces melhor. Precisas descansar, pedirei que informem os homens que adiaremos nossa reunião. Não posso deixar que a minha "Rosa de Era" murche por algumas chamas, quando puderes contar, se alguém vos fez isto cuidarei de apresentar-lhe a justiça de minha espada.

Minha face se assombra de uma forma assustadora, ainda mais do que antes após acabar desenvolvendo uma habilidade nata em intimidar as pessoas. Apesar de manter a postura e a calma diante os que antes negociava, perdia um pouco da compostura ali. Havia muito coisa acontecendo e estava consideravelmente irritada, de modo que aquela era outra pancada no meu emocional que eu ainda não entendia por completo.

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Ilia parecia bastante abalada pelos eventos que antecederam nosso encontro, não só fisicamente com as feridas que marcam seu corpo como também pelo psicológico que parece bastante instável. Virando-se após algumas palavras sobre uma flor finalmente teria um pouco da história dos eventos que antecederam aquele estranho encontro. - Uma flor? Abaixo-me novamente arqueando meu corpo para observar o que ela retira dali. Pétalas laranjas que remetiam aos dragões antigos, rara, ao ponto de quase tornar-se apenas uma lenda seu nome era flor do fogo e curiosa não posso deixar de observá-la com certa atenção.

Sua história fica um pouco estranha quando um vulcão é abordado, algo assim na ilha? Estava quase certa de que não tinha nada semelhante a isto, mas, enviaria algumas tropas para averiguar o relatado confiando em minha pulsares e nas feridas que ela possuía. Isto poderia em tese estar relacionado as feras que cacei outrora, enfrentei algumas feras que geralmente estão vinculadas a este tipo de estrutura, talvez, poderia ser algo até criado artificialmente por algum tipo de magia e não havia como descartar a possibilidade de isso estar atrelado aos desenvolvimentos da guerra.

- Não tem problema, ordenarei que isto seja visto. Isto pode ter relação do aparecimento de alguns monstros em tempos nem tão recentes, mas, após coagidos por uma força que liderei podem ter aguardado até agora para agir novamente, quando a guerra nos fragiliza. Há pesar e cansaço em minha fala, afogada entre tantas responsabilidades e deveres claramente meu aspecto abatia-se um pouco em detrimento de minhas emoções. - Imagino que sim, sinto-me lisonjeada "que comigo" sinta-se menos assassina. É uma flor bem impressionante, o que é extraído dela é líquido? Se for muito pastoso ou muito volátil temo que não possa ajudá-la muito mas, se for algo líquido com um balanço equilibrado o bastante para deslizar por ranhuras posso fazer algo a respeito na minha forja, ainda que eu vá lhe cobrar um pouco por isso. Sorrio em tom de piada, apesar de falar sério que cobraria pelo serviço principalmente quando eu precisava de dinheiro para manter algumas metas em vista.

Sento-me ao seu lado, em silêncio a priori criando um intervalo entre as falas de antes e este evento. Estalo meu pescoço sem muitas dificuldades apoiando minhas mãos nas bordas enquanto olho as paredes do cômodo com pupilas distantes. - Estou tão cansada... Comento por alto em um breve desabafo a elfa, não me sentia bem de nenhuma forma, como se precisasse lutar o tempo inteiro sem pausas ou intervalos, machucando-me a cada novo passo. - Bem, tem algo que preciso de você, já a li antes e agora preciso que você tome conta de algo por mim, um encontro com uma aliada e com outros líderes maiores e menores, quero que consiga uma aliança entre todos e Yami que conseguir, todo apoio é bem vindo se em prol de salvar a vida e a qualidade de vida do povo. Tiro um papel de dentro do bojo que ostenta meus seios através do vestido que utilizo, entregando-o a Ilia.

Áster escreveu:Hikari, creio que tenha chegado o momento de um grandioso encontro. As circunstâncias anseiam por ações e precisamos expandir nossos contatos. Te convido a visitar minhas terras o mais breve possível. Talvez eu tenha informações importantes.

Até breve, Áster Ælulrien.

Com isto noto também minha vestimenta e sorrio de forma fraca ponderando o quão precipitada fui ao socorrê-la. - Esqueci completamente que vestia-me assim por um momento, creio que os meus convidados devam ter obtido uma "vista privilegiada" no processo. Meu sorriso aumenta, quase em uma gargalhada enquanto viro-me para fitar os olhos da mulher e ver se ela está bem depois de tudo.

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Ela fala sobre as possibilidades de trabalhar com a estrutura em qualquer estado físico e, apesar de isto não ser diretamente a minha resposta, intrínseca a sua afirmação está o que procuro, o fato de ser possível deixá-la na textura ideal para que minha ideia cumpra-se. Quando ela pergunta se eu tenho certeza não respondo nada verbalmente, apenas a olho de canto de olho com um sorriso balançando a cabeça passando a minha mensagem tão claro quanto se fizesse um longo discurso e que não poderia voltar atrás com aquilo.

Após isto um desenrolar diferente se desenvolve, consigo sentir o calor de sua aproximação, suas coxas aos poucos avançam, direcionam-se a aninhar-se por meus entornos e um toque sutil percorre por meu ombro. Sua voz tão próxima sopra sobre minha pele exposta causando um certo arrepior enquanto meu sorriso mais sarcástico sobre a pergunta dos custos tranforma-se em algo mais voltado a curiosidade. Um semblante que valida-se na expectativa de como a elfa pretende prosseguir com seus avanços, misturando-se a isto a sensação de progessão que beira a estranheza cômica, tão hostis e agora tão próximas que o calor de nossos corpos tende a tornar-se um... pela segunda vez.

Com tudo que estava acontecendo e tão exausta estava, parecia que Ilia era capaz de retirar de minha uma infinidade de tons para os meus sorrisos. Sarcasmo, luxúria, agora apenas a diversão da reação da mulher aos avisos que esfriavam um pouco o progresso que encaminhava-se calmamente. - Lamento mas, cansada ou não adiar certas coisas podem custar caro e não desejo perder a nenhum de vós por procrastinar. Em especial... Fito seus olhos desfazendo meu sorriso mais aberto em algo bem sutil. - Bem, ainda nos assuntos sérios, tens doze sanários certo? Farei-te algo bom de modo que deixes comigo e não tardarei sequer até tua viagem.

Com isto tinha quase certeza que, considerando a reação de antes quando "esfriei" as coisas poderia vir a acontecer, mas, não era algo que eu pretendia. Com ela me dando o que pedi para que prosseguisse mais tarde com o que deixaria de lembrança durante a sua viagem, deslizaria minha canhota por seu antebraço tomando-o a manter-se sobre meu decote como antes e não afastar-se. - Mas é claro, o item em si pode esperar... Após dizer isto deslizaria minha destra por sua nuca, entrelaçãndo meus dedos pelos fios negros da mulher, puxando-os para trás. Meus lábios mergulham por seu pescoço tomando-os intensamente em um beijo cálido que avança próximo ao seu maxilar deslizando o tecido para baixo com o queixo. Minha canhota solta de sua mão para contornar sua cintura. Não deixo de preocupar-me, mantenho meus olhos abertos e atentos se ainda reside alguma ferida que poderia abrir-se se fosse extravagante, e, justamente por isso era consideravelmente mais "carinhosa" que o habitual ao tocá-la.

Retiro seu casaco por suas costas em uma calma que desfaz-se ao jogar-lhe de lado sem o receio que existe ao tocá-la, sutilmente a deito sobre a cama enquanto minha coxa invade por entre as suas. - Estás bem? Questiono ainda um pouco incerta enquanto enfio minha mão por entre sua blusa em um movimento ascente lento, afinal, queimaduras residuais poderiam acabar por fixarem-se ao tecido.

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Ela dava a quantia referente ao item, relutante como podia perceber em seu suspiro e em tua fala simples. Ela sabia porém que eu era uma mulher que separava meus negócios de minhas particularidades, ainda que fossem tão intensas. Por outro lado, quem sabe eu não fosse um pouco além do que ela requisitou? Isto é feitos para outra oportunidade. Naquele momento tinha toda minha atenção voltada a sensação de tua pele tocada por meus lábios, teu cheiro, a forma delicada como ela se permite ser guiada. Sua confiança em mim me inspira, quem diria, naquele dia atípico e cálido repleto de carinho que este traço nos levariam ao sucesso além dos lençóis?

Minhas mãos que desvendam pelos mistérios de seu corpo encoberto oscilam apenas um breve instante. Meus olhos se erguem aos seus de forma repentina, um sutil grunhido de dor e lhe sondo sobre teus desejos e receios. Continuo, não quero parar e ao que observo, isto também é válido para a elfa. Uma brevidade sonora escapa de seus lábios, clama por meu nome e cala qualquer chance de resposta em um beijo afetuoso. Sentia-me diferente, estranha, confusa. Em realidade todos meus casos foram tão intensos e eu sempre me sentia com o controle de todas as coisas, ali parecia que algo misterioso inquietava meu coração de uma forma sublime e assustadora. Envolvendo-a e depositando parte do peso de meu corpo consigo sentir sem dificuldades o tremor de seu coração a cada batida sincronizados aos meus, acelerando-se, pulsando, conflitando a clareza de minha mente.

Afasto-me apenas um segundo, fito tua face de olhos fechados e a beleza de teu rosto, o caimento de teus fios negros sobre o lençol branco, o rubor de suas maçãs e de seus lábios tomados novamente pelos meus enquanto minhas mãos seguram firme por sua perna. Se fosse ser franca, diria que me satisfaria apenas com aquilo, mais que sexo desenfreado daquela vez eu queria prolongar as emoções mais simples e básicas, como as provocadas por um "simples beijo". - Realmente Era foi a minha primavera... Toco seu lábio inferior com meu polegar novamente a olhando de tão perto, permanecendo em silêncio ainda que minha mente completasse a frase com "Pois muitas coisas que eu não conheciam antes floresceram."

Seguiria com o fluxo de minhas ações anteriores, mas, não queria abandonar o vislumbre de tua face, o som cálido de tua voz e respiração. Deslizando a mão através de seu abdômen em uma carícia que leva sutilmente até suas intimidades mais profundas, dedilho teu corpo com as cordas da instrumento mais raro, cujo preço não pode ser estimado. degusto de teu pescoço, bebo de teu suor e do timbre intenso do ar que lhe escapa. Mergulho nas sensações de Ilia, sem hesitar, sem pensar em mais nada que não na elfa. Ela tinha um dom de me fazer esquecer dos problemas que moravam ao lado de fora daquela porta que nos separava do mundo exterior.

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