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As Crônicas de Samaria :: Clã Yami :: U. Ignis de Yami
Shizuke
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[rp/fechada] PLANOS EM MOVIMENTO. - Postado Ter Set 15, 2020 11:17 pm
329, HOS.
IGNIS DE YAMI.
--
Oh, como esse lugar onde pena é diverso do céu que caiu.
Shizuke tinha deixado os negócios no porto para trás e designou suas tarefas no porto para um subordinado. Dentre os seus, era o que tinha o mínimo de experiência necessária para lidar com os Kusanagi nos contratos usuais.
Foi a Xuridra com nenhum objetivo senão o de extravasar a tensão usual dos negócios com a máfia, embora carregasse todos os pertences, o que o dava a oportunidade de se passar por um nobre ou comerciante rico, com suas vestes floridas e a espada bem trabalha de punho decorado visível.
Adentrou a universidade de Xuridra sem esconder a bainha presa à cintura, as roupas balançando ao vento, junto dos cabelos. Tinha aparência ambígua, opulenta, e quando esbarrou propositalmente numa figura responsável pelos cuidados da biblioteca interna, se desculpou o melhor que pôde. Exalava afetação em seus modos, mas ajudou a draconata a se levantar, segurando-a por seus cotovelos.
— Ah, me desculpe. Sou um tanto atabalhoado. — O vocabulário somaria à farsa, modos genuínos de uma figura senão erudita, ao menos minimamente educada. Puxou o manto contra o corpo, tentando ocultar a visão da bainha de couro, que mesmo assim surgia como uma sombra protuberante debaixo da estampa florida de seu quimono.
— Não foi nada.
— Me deixe, ahn, compensar de alguma forma. Por favor. — Notou que ela carregava uma pilha de livros. Estes jaziam espalhados no chão. Se agachou e começou a pegar desajeitadamente, derrubando um a cada dois. Ela riu e se abaixou para pegar junto delo. — Céus, estou acostumado somente com os trabalhos de escrivão. Minhas mãos parecem inábeis para qualquer outra coisa.
— Não se preocupe, vou ajudá-lo. Ehh, primeira vez à Ignis? Nunca o vi por aqui. Na biblioteca ao menos.
Shizuke sentiu-se um pouco mais no controle da situação, se aproveitando na inocência da garota para afundar-se ainda mais na farsa. Estendeu a mão, pegando na dela sem permissão e a erguendo até sua boca, para beijá-la. O gesto ela aceitou sem ressalvas, mas não conseguiu conter a surpresa.
Demorou apenas um instante para pensar no restante da farsa. Nomes, um local de nascimento. Por fim, decidiu por usar a si mesmo, trocando apenas informações chave. Acima do experimento em si, Shizuke precisava experimentar suas habilidades, afinal as colocaria em prova quando voltasse para Rhaethra.
— Shizuke. Um prazer. Vim de outra das ilhas, fiquei sabendo da famosa universidade do Clã Yami e resolvi ver com meus próprios olhos. Sou um comerciante, entende? Algumas partes da história me fascinam.
— Entendo. — Apesar da reação contida ela parecia muito ansiosa em lhe mostrar as seções da biblioteca, provavelmente iria sugerir livros e autores de sua preferência com base nos períodos da história que ele desejasse aprender. Não sabia se pela inocência dela ou pela qualidade da atuação, mas seu desempenho até agora, numa autoavaliação, parecia impecável.
Avaliou o movimento na biblioteca. Ela parecia estar confortável com ele, apesar da espada na cintura. Nenhum outro visitante àquele horário, pois pelo que julgou tinha pouco tempo desde aberta. Fechar as portas seria suspeito demais e poderia estragar sua atuação, portanto se virou a ela, com um sorriso no rosto.
— Já ouviu falar sobre tratados comerciais? Aliás, imagino que tenha alguns livros desse assunto aqui, não? Poderia me mostrá-los.
— Sim. Temos uma seção inteira dedicada a isso. Li alguns autores eu mesma, tenho lá meus preferidos. Queira me seguir, sim?
— Ah, mas com toda certeza.
Novamente, percebeu que o disfarce permanecia inabalável. Cada frase, cada gesto — pontuava tudo com o máximo de esforço para manter-se crível.
E, bem, agora partiria para a segunda parte de seu plano.
- Treino de Atuação.
IGNIS DE YAMI.
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Oh, como esse lugar onde pena é diverso do céu que caiu.
Shizuke tinha deixado os negócios no porto para trás e designou suas tarefas no porto para um subordinado. Dentre os seus, era o que tinha o mínimo de experiência necessária para lidar com os Kusanagi nos contratos usuais.
Foi a Xuridra com nenhum objetivo senão o de extravasar a tensão usual dos negócios com a máfia, embora carregasse todos os pertences, o que o dava a oportunidade de se passar por um nobre ou comerciante rico, com suas vestes floridas e a espada bem trabalha de punho decorado visível.
Adentrou a universidade de Xuridra sem esconder a bainha presa à cintura, as roupas balançando ao vento, junto dos cabelos. Tinha aparência ambígua, opulenta, e quando esbarrou propositalmente numa figura responsável pelos cuidados da biblioteca interna, se desculpou o melhor que pôde. Exalava afetação em seus modos, mas ajudou a draconata a se levantar, segurando-a por seus cotovelos.
— Ah, me desculpe. Sou um tanto atabalhoado. — O vocabulário somaria à farsa, modos genuínos de uma figura senão erudita, ao menos minimamente educada. Puxou o manto contra o corpo, tentando ocultar a visão da bainha de couro, que mesmo assim surgia como uma sombra protuberante debaixo da estampa florida de seu quimono.
— Não foi nada.
— Me deixe, ahn, compensar de alguma forma. Por favor. — Notou que ela carregava uma pilha de livros. Estes jaziam espalhados no chão. Se agachou e começou a pegar desajeitadamente, derrubando um a cada dois. Ela riu e se abaixou para pegar junto delo. — Céus, estou acostumado somente com os trabalhos de escrivão. Minhas mãos parecem inábeis para qualquer outra coisa.
— Não se preocupe, vou ajudá-lo. Ehh, primeira vez à Ignis? Nunca o vi por aqui. Na biblioteca ao menos.
Shizuke sentiu-se um pouco mais no controle da situação, se aproveitando na inocência da garota para afundar-se ainda mais na farsa. Estendeu a mão, pegando na dela sem permissão e a erguendo até sua boca, para beijá-la. O gesto ela aceitou sem ressalvas, mas não conseguiu conter a surpresa.
Demorou apenas um instante para pensar no restante da farsa. Nomes, um local de nascimento. Por fim, decidiu por usar a si mesmo, trocando apenas informações chave. Acima do experimento em si, Shizuke precisava experimentar suas habilidades, afinal as colocaria em prova quando voltasse para Rhaethra.
— Shizuke. Um prazer. Vim de outra das ilhas, fiquei sabendo da famosa universidade do Clã Yami e resolvi ver com meus próprios olhos. Sou um comerciante, entende? Algumas partes da história me fascinam.
— Entendo. — Apesar da reação contida ela parecia muito ansiosa em lhe mostrar as seções da biblioteca, provavelmente iria sugerir livros e autores de sua preferência com base nos períodos da história que ele desejasse aprender. Não sabia se pela inocência dela ou pela qualidade da atuação, mas seu desempenho até agora, numa autoavaliação, parecia impecável.
Avaliou o movimento na biblioteca. Ela parecia estar confortável com ele, apesar da espada na cintura. Nenhum outro visitante àquele horário, pois pelo que julgou tinha pouco tempo desde aberta. Fechar as portas seria suspeito demais e poderia estragar sua atuação, portanto se virou a ela, com um sorriso no rosto.
— Já ouviu falar sobre tratados comerciais? Aliás, imagino que tenha alguns livros desse assunto aqui, não? Poderia me mostrá-los.
— Sim. Temos uma seção inteira dedicada a isso. Li alguns autores eu mesma, tenho lá meus preferidos. Queira me seguir, sim?
— Ah, mas com toda certeza.
Novamente, percebeu que o disfarce permanecia inabalável. Cada frase, cada gesto — pontuava tudo com o máximo de esforço para manter-se crível.
E, bem, agora partiria para a segunda parte de seu plano.
- Treino de Atuação.
Convidado
Re: [rp/fechada] PLANOS EM MOVIMENTO. - Postado Ter Set 15, 2020 11:32 pm
Shizuke
O resultado do seu treino de Atuação foi:
• Coerência e Dinâmica (25/25):
• Desempenho da Perícia (15/15):
• Estrutura e Digitação (25/25):
• Enredo e Criatividade (25/35):
XP FINAL: 100xp x4
• Coerência e Dinâmica (25/25):
• Desempenho da Perícia (15/15):
• Estrutura e Digitação (25/25):
• Enredo e Criatividade (25/35):
XP FINAL: 100xp x4
RESULTADO
+ 400xp em Atuação
+ 400xp em Atuação
Dúvidas ou reclamações? Favor, enviar mp a Justiça.
Atenciosamente, Valyrie.
Atenciosamente, Valyrie.
Shizuke
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Re: [rp/fechada] PLANOS EM MOVIMENTO. - Postado Qua Set 16, 2020 6:03 pm
Uma memória em particular voltava à ele, agora que estava diante de um momento crucial para o avanço de seus planos. Sim, é como jogaria esse xadrez. Peça por peça, um avanço vagaroso, mas cruelmente estratégico. Xeque. Bem, ainda não, mas era seu objetivo.
— Aliás, não sei seu nome. Já lhe disse o meu, portanto devolva o cortesia. — A boca de Shizuke se curva num riso discreto, o canto da boca se estreitando muito casualmente, o tipo de ato que um comerciante faz ao fechar um negócio, sabendo que tirou vantagem de sua presa. Contudo, o gesto veio de forma involuntária, se embrenhando na farsa, uma vez que ela estava de costas para ele.
Quando se virou para respondê-lo, a mão de Shizuke a golpeou. Um impacto quente e ardido na bochecha, que absorveu com uma resistência que ele julgou inesperada. Antes de se recuperar do golpe, só teve tempo de ver a espada desembainhada. Na bainha, o nome Yoshimura brilhava, assim como na gravura do punho. Pegou ela pelos cotovelos, como fizera antes, ao ajudá-la a se levantar, mas dessa vez para arrastar pelo corredor até uma salinha pequena que avistou, no fim do corredor.
Parecia ser o lugar destinado a guardar livros sem condições de serem expostos, velhos demais, faltando páginas, etc. Empurrou ela bruscamente. A responsável pela biblioteca chocou suas costas contra a parede, caindo, arfando de dor e tensão. Shizuke fechou a porta atrás dele, se virando muito casualmente para ela e perguntando:
— Essa porta tem chave? Não? — A mulher conservava no rosto uma expressão congelada, de medo, de surpresa, provavelmente ainda tentando entender como a figura gentil e simpática se transformara naquilo. Entendi claramente a crueldade de seus atos, mas Shizuke também entendia a necessidade de estar pronto para assumir o controle. A verdade é que não se contentava em ser um mero associado, desejava a liderança ou ao menos destituí-los de seu posto. Sua vinda à biblioteca era um aprendizado.
Sem resposta por parte dela, voltou a agarrá-la pelos cotovelos, arrastando-a através da pequena sala, que não passava de um quadrado com medidas de cinco metros. A colocou sobre uma cadeira, à força, claro, aproximando seu rosto do dela, até que ambos podiam sentir um o bafo quente do outro.
— Desculpe-me desde já. Vou ter que, ahn, fazer algumas coisas com você. Coisas das quais não me orgulharei, mas você é um passo necessário aos meus planos. Vou te torturar um pouquinho, extrair algumas informações importantes sobre Xuridra, o máximo que puder me dar, e depois vou te matar e desovar seu corpo no porto, tudo bem? Espero que não se importe. — O semblante feminino transfigurou-se no mais puro horror, o medo uma lembrança distante.
Como era bom estar no controle. Aquele olhar sem nenhuma esperança, os tremores do corpo, o sangue fugindo das faces. Pegou-se maravilhado com a sensação, transbordando de poder.
— Ah, por favor, continue assim.
Guardou a espada na bainha, tirando do vão entre a cintura das vestes sob o quimono e o seu corpo uma espécie de embrulho de couro, tilintando ao fazê-lo. Quando desdobrou, seu conteúdo se revelou uma par de agulhas de ferro, de tamanho incomum. Uma muito grande, pouco mais que um dedo, e outra menor, de tamanho usual.
Balançou as duas, cada uma segurada por uma das mãos, diante do olhar da mulher.
— Acho que eu a havia interrompido da última vez. Pode dizer seu nome agora. Não? O gato comeu sua língua por acaso?
Depois de alguns segundos em silêncio, muito provavelmente em choque, ela resolveu falar.
— Elissa.
— Ah, que nome bonito. E-li-ssa. — Repetiu, enumerando as sílabas como se provasse o gosto do nome na língua. — Bem, vamos começar.
Sem usar das agulhas, desferiu um soco no estômago dela. Arqueando-se para frente, ela enfim soltou seu primeiro guincho de dor. Shizuke sentiu o poder se aflorar ainda mais dentro dele. Ergueu o rosto dela, segurando seu queixo e olhando bem perto, como quem avalia um obra de arte e pensa nas possíveis melhorias que dará a ela. Certo, murmurou, afundando seu punho no nariz dela. Dessa vez, o guincho de dor foi mútuo. Seus dedos estalaram no golpe, mas não se fraturaram. Foi apenas uma dor, genuína, mas suportável, parte do processo.
Avaliou as feições dela. A dor parecia conferir um pouco de ódio a Elissa, que, ao menos pelo seu semblante, indicava que não cederia tão facilmente. Sendo assim, o Yoshimura decidiu que faltaria ainda algum tempo antes de dar início ao interrogatório. Desferiu outro soco contra o rosto dela, lateralmente, atingindo em cheio a maçã esquerda, deslocando-a de modo que caiu junto com a cadeira, batendo a lateral da cabeça no piso de pedra lisa. Shizuke se aproximou num passo curto e lento, afastando a cadeira de perto do corpo caído, puxando Elissa pelo braço para que ela ficasse mais próxima de seu corpo. Chutou ela no tronco uma, duas, três vezes. Ela cuspiu sangue nos seus pés, começou a tossir e a tentar se levantar. Com um empurrão, ele repeliu essa última tentativa. Isso, é o suficiente.
— Agora sim, estamos prontos para conversar. Preciso que me diga o seguinte: esse lugar em que estamos, a universidade. Quem a administra, a qual clã está subordinado?
Ao invés de responder, Elissa esvaziou todo o sangue morno que preenchia sua boca nos pés de Shizuke, sem sinal de pretender dar resposta alguma. Sem aviso, ele cravou ambas as agulhas na parte externa da coxa de Elissa, recompensado com um grito sufocado de agonia. Os olhos dela imploravam para que parasse, mas a boca era um túmulo.
— Porra, me dê alguma resposta. Ande. — Gritou, chutando mais vezes e pisando, e dando socos no tronco dela. Tirou as agulhas bruscamente, pressionando seu pé na ferida. A boca de Elissa enfim cedeu, mas apenas para deixar sair um grito agoniado de dor lancinante. — Você é a bibliotecária mais durona que já vi.
Se afastou alguns passos, para observar seu trabalho à distância. Aproveitou para se esgueirar, abrindo a porta e olhando através do corredor. Ainda estavam sozinhos. Voltou-se para ela, que se retorcia de dor, tentando erguer-se.
— Nada? — Ela fez que não, um meneio dolorido. — Bem… de todo modo, mesmo que parcialmente, você serviu seu propósito, Elissa. Obrigado. Na verdade já tenho a resposta para minha pergunta, apenas queria ouvir de você. Afinal, uma bibliotecária não saberia nada sobre os planos da Kusanagi, não é? Claro que não.
Por fim, pontuou sua última palavra saltando sobre ela e se agarrando ao seu pescoço com as mãos nuas, a estrangulando até que seu corpo parasse de se debater.
Como ele mesmo havia dito, mesmo que parcialmente, o encontro fora fortuito. Seus planos estavam em movimento e ele também.
- Treino de Tortura.
— Aliás, não sei seu nome. Já lhe disse o meu, portanto devolva o cortesia. — A boca de Shizuke se curva num riso discreto, o canto da boca se estreitando muito casualmente, o tipo de ato que um comerciante faz ao fechar um negócio, sabendo que tirou vantagem de sua presa. Contudo, o gesto veio de forma involuntária, se embrenhando na farsa, uma vez que ela estava de costas para ele.
Quando se virou para respondê-lo, a mão de Shizuke a golpeou. Um impacto quente e ardido na bochecha, que absorveu com uma resistência que ele julgou inesperada. Antes de se recuperar do golpe, só teve tempo de ver a espada desembainhada. Na bainha, o nome Yoshimura brilhava, assim como na gravura do punho. Pegou ela pelos cotovelos, como fizera antes, ao ajudá-la a se levantar, mas dessa vez para arrastar pelo corredor até uma salinha pequena que avistou, no fim do corredor.
Parecia ser o lugar destinado a guardar livros sem condições de serem expostos, velhos demais, faltando páginas, etc. Empurrou ela bruscamente. A responsável pela biblioteca chocou suas costas contra a parede, caindo, arfando de dor e tensão. Shizuke fechou a porta atrás dele, se virando muito casualmente para ela e perguntando:
— Essa porta tem chave? Não? — A mulher conservava no rosto uma expressão congelada, de medo, de surpresa, provavelmente ainda tentando entender como a figura gentil e simpática se transformara naquilo. Entendi claramente a crueldade de seus atos, mas Shizuke também entendia a necessidade de estar pronto para assumir o controle. A verdade é que não se contentava em ser um mero associado, desejava a liderança ou ao menos destituí-los de seu posto. Sua vinda à biblioteca era um aprendizado.
Sem resposta por parte dela, voltou a agarrá-la pelos cotovelos, arrastando-a através da pequena sala, que não passava de um quadrado com medidas de cinco metros. A colocou sobre uma cadeira, à força, claro, aproximando seu rosto do dela, até que ambos podiam sentir um o bafo quente do outro.
— Desculpe-me desde já. Vou ter que, ahn, fazer algumas coisas com você. Coisas das quais não me orgulharei, mas você é um passo necessário aos meus planos. Vou te torturar um pouquinho, extrair algumas informações importantes sobre Xuridra, o máximo que puder me dar, e depois vou te matar e desovar seu corpo no porto, tudo bem? Espero que não se importe. — O semblante feminino transfigurou-se no mais puro horror, o medo uma lembrança distante.
Como era bom estar no controle. Aquele olhar sem nenhuma esperança, os tremores do corpo, o sangue fugindo das faces. Pegou-se maravilhado com a sensação, transbordando de poder.
— Ah, por favor, continue assim.
Guardou a espada na bainha, tirando do vão entre a cintura das vestes sob o quimono e o seu corpo uma espécie de embrulho de couro, tilintando ao fazê-lo. Quando desdobrou, seu conteúdo se revelou uma par de agulhas de ferro, de tamanho incomum. Uma muito grande, pouco mais que um dedo, e outra menor, de tamanho usual.
Balançou as duas, cada uma segurada por uma das mãos, diante do olhar da mulher.
— Acho que eu a havia interrompido da última vez. Pode dizer seu nome agora. Não? O gato comeu sua língua por acaso?
Depois de alguns segundos em silêncio, muito provavelmente em choque, ela resolveu falar.
— Elissa.
— Ah, que nome bonito. E-li-ssa. — Repetiu, enumerando as sílabas como se provasse o gosto do nome na língua. — Bem, vamos começar.
Sem usar das agulhas, desferiu um soco no estômago dela. Arqueando-se para frente, ela enfim soltou seu primeiro guincho de dor. Shizuke sentiu o poder se aflorar ainda mais dentro dele. Ergueu o rosto dela, segurando seu queixo e olhando bem perto, como quem avalia um obra de arte e pensa nas possíveis melhorias que dará a ela. Certo, murmurou, afundando seu punho no nariz dela. Dessa vez, o guincho de dor foi mútuo. Seus dedos estalaram no golpe, mas não se fraturaram. Foi apenas uma dor, genuína, mas suportável, parte do processo.
Avaliou as feições dela. A dor parecia conferir um pouco de ódio a Elissa, que, ao menos pelo seu semblante, indicava que não cederia tão facilmente. Sendo assim, o Yoshimura decidiu que faltaria ainda algum tempo antes de dar início ao interrogatório. Desferiu outro soco contra o rosto dela, lateralmente, atingindo em cheio a maçã esquerda, deslocando-a de modo que caiu junto com a cadeira, batendo a lateral da cabeça no piso de pedra lisa. Shizuke se aproximou num passo curto e lento, afastando a cadeira de perto do corpo caído, puxando Elissa pelo braço para que ela ficasse mais próxima de seu corpo. Chutou ela no tronco uma, duas, três vezes. Ela cuspiu sangue nos seus pés, começou a tossir e a tentar se levantar. Com um empurrão, ele repeliu essa última tentativa. Isso, é o suficiente.
— Agora sim, estamos prontos para conversar. Preciso que me diga o seguinte: esse lugar em que estamos, a universidade. Quem a administra, a qual clã está subordinado?
Ao invés de responder, Elissa esvaziou todo o sangue morno que preenchia sua boca nos pés de Shizuke, sem sinal de pretender dar resposta alguma. Sem aviso, ele cravou ambas as agulhas na parte externa da coxa de Elissa, recompensado com um grito sufocado de agonia. Os olhos dela imploravam para que parasse, mas a boca era um túmulo.
— Porra, me dê alguma resposta. Ande. — Gritou, chutando mais vezes e pisando, e dando socos no tronco dela. Tirou as agulhas bruscamente, pressionando seu pé na ferida. A boca de Elissa enfim cedeu, mas apenas para deixar sair um grito agoniado de dor lancinante. — Você é a bibliotecária mais durona que já vi.
Se afastou alguns passos, para observar seu trabalho à distância. Aproveitou para se esgueirar, abrindo a porta e olhando através do corredor. Ainda estavam sozinhos. Voltou-se para ela, que se retorcia de dor, tentando erguer-se.
— Nada? — Ela fez que não, um meneio dolorido. — Bem… de todo modo, mesmo que parcialmente, você serviu seu propósito, Elissa. Obrigado. Na verdade já tenho a resposta para minha pergunta, apenas queria ouvir de você. Afinal, uma bibliotecária não saberia nada sobre os planos da Kusanagi, não é? Claro que não.
Por fim, pontuou sua última palavra saltando sobre ela e se agarrando ao seu pescoço com as mãos nuas, a estrangulando até que seu corpo parasse de se debater.
Como ele mesmo havia dito, mesmo que parcialmente, o encontro fora fortuito. Seus planos estavam em movimento e ele também.
- Treino de Tortura.
Liùsaidh Cailleach
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Re: [rp/fechada] PLANOS EM MOVIMENTO. - Postado Sex Set 18, 2020 12:39 am
Shizuke
O resultado do seu treino de Tortura foi:
• Coerência e Dinâmica (25/25):
• Desempenho da Perícia (15/15):
• Estrutura e Digitação (25/25):
• Enredo e Criatividade (35/35):
XP FINAL: 100 x 4 (Quarentena + Casa de Armas) = 400 xp
• Coerência e Dinâmica (25/25):
• Desempenho da Perícia (15/15):
• Estrutura e Digitação (25/25):
• Enredo e Criatividade (35/35):
XP FINAL: 100 x 4 (Quarentena + Casa de Armas) = 400 xp
RESULTADO
+ 400 xp em Tortura
+ 1 ponto em Tendência Negativa
+ 400 xp em Tortura
+ 1 ponto em Tendência Negativa
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Atenciosamente, Liùsaidh.
Atenciosamente, Liùsaidh.
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Re: [rp/fechada] PLANOS EM MOVIMENTO. - Postado