Últimos assuntos
Entrar
As Crônicas de Samaria :: Mãos dos Deuses :: Canon e Tramas :: Tramas :: Tramas Globais
Mãe das Bestas
Imagem grande :
Imagem grande :
[Anúncio global] — EVENTO DO MÊS DE ERA. - Postado Qui maio 21, 2020 3:40 am
As Crônicas de Samaria
FILHOS DA ESCURIDÃO — Evento do mês de Era.
— ‘Aaara — o velho homem cuspiu no chão, dando bufadas que fizeram mais fumaça sair daquela espécie de cachimbo — Eu já te disse, rapaz, deixe de teimosia! Eu não sei de nada, sou só um velho acabado.
O rapaz sentado no tronco à frente do outro suspirou. A fogueira ainda os aquecia, mas sabia que em poucos dias nem aquilo satisfaria a necessidade de calor que o corpo humano precisava em Era. Por enquanto, a fogueira ainda servia tanto para o aquecer, quanto para iluminar as páginas do pequeno caderninho que levava consigo — a pena que havia molhado no tinteiro quando se sentou ali já deveria ter secado, tamanha enrolação para que o homem falasse.
— Senhor, pela última vez, eu sou só um aventureiro! Estou só relatando as criaturas dos lugares que passo pelas minhas viagens — o idoso não pareceu convencido, olhou-o atravessado e, então, como em um rápido flash de ideias, o rapaz folheou o caderno, procurando por anotações que já havia feito — Aqui, veja! — ele apontou para as folhas, rabiscadas com gravuras de diferentes criaturas e anotações — Vê? Eu estou só anotando, para uso pessoal... Quem sabe mais tarde, para em comunidade — mas a última parte foi murmurada.
O velho deu mais algumas tragadas e lufadas de fumaça do cachimbo, com as costas já curvadas pelo intenso trabalho nos confins daquele esquecido ducado, ele apertou os olhos com as vistas já há muito desgastada para que pudesse ver melhor o que o rapaz mostrava. Se concentrou nas gravuras e demorou um pouco fingindo ler — afinal, era um dote que não possuía. Encarou o tacho que continha sopa de legumes pendurado por cima da fogueira que há pouco comiam — o aventureiro tinha sido gentil com ele durante toda estadia. Ajudou a arar, colher as plantações para estoque, cozinhou e até mesmo cuidou das crianças da pequena vila. Voltou-se para trás.
— Muito bem, eu vô’te contar, mas é só porque ‘ocê não é mais um daqueles enxeridos do senhor que aparecem só quando é pra arrancar nosso oro — cuspiu no chão mais uma vez, e respirou fundo — Olha... Faz muito tempo da última vez que eu avistei um desses, e tem pouca coisa que eu sei — o caipira tirou então o cachimbo da boca e apontou ele para o rapaz, gesticulando — Mas uma coisa te digo! Coisa boa num são.
O aventureiro então apressou-se para molhar a pena e mover o caderno para alguma página livre. O homem continuou.
— Eles aparecem quando num tem luz, gostam do escuro — ele voltou às suas tragadas — Uma vez eu matei um, juro procê, e eu entendi porque eles gostam do frio, o sangue deles é quente, quente igual essa sopa que eu e ‘ocê ‘tamo comendo. A pele deles tem um negócio... Alguma coisa que não resiste com a luz do sol.
Concentrado, o rapaz tudo anotava, o senhor ali sentado levantou o olhar para encarar o céu estrelado.
— Eles também num tem olhos, sabia? Mas ouvem que é uma beleza! Deve ser por isso que não gostam de luz também, afinal, eu num gostaria de algo que todo mundo consegue ver, menos eu — curvando-se para frente, o homem tirou um pouco mais de erva de uma pequena bolsa ali jogada e a colocou na ponta do cachimbo — Reza a lenda que são os filhos das não escolhidas.
— Desculpe, não escolhidas, senhor? — o mais jovem parou de anotar, confuso, olhando para o velho.
— É, rapaz! Das moças que se deitam com o consumidor, mas não são escolhidas para ser sua mãe — ele tragou profundamente, como quem busca paciência e ânimo para continuar — Dizem que só a mãe das trevas pode engravidar dos sacrifícios, mas que quando se sucede com outra menina, esse é o resultado — o idoso mexeu o caldo da sopa que estava no tacho, tentando fazer com que ele não entornasse ou perdesse muito gosto para o calor — As garotas parem criaturas disformes, parecidas com cachorros, sem olhos, que urram bisonhamente quando a luz as toca, um primo meu me disse que um deles se alimentou da parteira depois que saiu.
Era por isso que fazia o que fazia, se aventurava, pesquisava, anotava. Imerso no que escrevia, o aventureiro ao mesmo tempo tentava desenhar algo caricato com a descrição dada. O mundo era repleto de lendas e ele havia se dado ao luxo de conhecer e registrá-las. Muito mais coragem do que senso.
— Reza a lenda que quanto mais tempo vivem, maiores ficam, no começo depois que largam a mãe porque crescem muito, muito rápido, eles se juntam e começam a atacar em bandos de dez, cada dezena mata muitos humanos nesse período e comem até os ossos — o velho pareceu recordar-se de algo, pois olhou tristemente para o chão — Sobra nem os ossos pra família enterrar — tomou fôlego e prosseguiu — Depois que crescem, atacam em cinco, e depois de velhos... Nem precisa mais, os ‘bicho já ‘tão grande o suficiente pra se virar sozinho.
Registrou então as últimas falas, acrescentando mais alguns detalhes ao desenho nas pausas que o homem fazia. Quando se deu por satisfeito, encarou a página, molhou a pena no tinteiro e voltou-se mais uma vez ao velho.
— Muito bem, só para encerrarmos... Qual o nome dos animais?
O caipira riu. A fumaça presa na garganta escapou. Foi um riso desdenhoso, pouco incrédulo.
— Eu não me atreveria a chamar aquilo de animais, rapazinho, são monstros — a fala foi recepcionada por um olhar sarcástico e impaciente, o idoso meneou a cabeça e então prosseguiu — ‘Ocês da cidade num acreditam em nada mesmo, grandes coisa esse tal negócio de ciência, mas se ‘ocê quer saber, de onde eu venho, nós chamamos eles de filhos da escuridão, pois nem no seu nascimento é dado a luz.
O aventureiro anotou então o dito, em grandes letras como título daquelas páginas. Fechou o caderno de anotações quando se atentou à um detalhe. Questionou então:
— De onde você vem, senhor?
O homem riu, firmou o cachimbo na boca para que desocupasse as mãos e então abriu a camisa que trajava. Toda parte de pele onde o sol não tocava era acinzentada.
— Faz tempo que vim pra cá, meu rapaz... Mas acho que eles acharam caminho também — sem encarar o jovem, ele se levantou — Vamos entrar, a noite está fria. Era está chegando... E eles também.
━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━
Vamos ao pormenores então! Haverão vilarejos sendo atacados pelas criaturas conhecidas como filhos da escuridão e a casualidade deste mês de maio serão estas quest's, enfrentando as criaturas. Serão disponibilizadas o total de seis quests, divididas por dificuldade, pra cada quest poderão ser formados grupos de ATÉ quatro jogadores. Todas as quests serão narradas.
As quests deverão ser solicitadas logo abaixo do anúncio!O rapaz sentado no tronco à frente do outro suspirou. A fogueira ainda os aquecia, mas sabia que em poucos dias nem aquilo satisfaria a necessidade de calor que o corpo humano precisava em Era. Por enquanto, a fogueira ainda servia tanto para o aquecer, quanto para iluminar as páginas do pequeno caderninho que levava consigo — a pena que havia molhado no tinteiro quando se sentou ali já deveria ter secado, tamanha enrolação para que o homem falasse.
— Senhor, pela última vez, eu sou só um aventureiro! Estou só relatando as criaturas dos lugares que passo pelas minhas viagens — o idoso não pareceu convencido, olhou-o atravessado e, então, como em um rápido flash de ideias, o rapaz folheou o caderno, procurando por anotações que já havia feito — Aqui, veja! — ele apontou para as folhas, rabiscadas com gravuras de diferentes criaturas e anotações — Vê? Eu estou só anotando, para uso pessoal... Quem sabe mais tarde, para em comunidade — mas a última parte foi murmurada.
O velho deu mais algumas tragadas e lufadas de fumaça do cachimbo, com as costas já curvadas pelo intenso trabalho nos confins daquele esquecido ducado, ele apertou os olhos com as vistas já há muito desgastada para que pudesse ver melhor o que o rapaz mostrava. Se concentrou nas gravuras e demorou um pouco fingindo ler — afinal, era um dote que não possuía. Encarou o tacho que continha sopa de legumes pendurado por cima da fogueira que há pouco comiam — o aventureiro tinha sido gentil com ele durante toda estadia. Ajudou a arar, colher as plantações para estoque, cozinhou e até mesmo cuidou das crianças da pequena vila. Voltou-se para trás.
— Muito bem, eu vô’te contar, mas é só porque ‘ocê não é mais um daqueles enxeridos do senhor que aparecem só quando é pra arrancar nosso oro — cuspiu no chão mais uma vez, e respirou fundo — Olha... Faz muito tempo da última vez que eu avistei um desses, e tem pouca coisa que eu sei — o caipira tirou então o cachimbo da boca e apontou ele para o rapaz, gesticulando — Mas uma coisa te digo! Coisa boa num são.
O aventureiro então apressou-se para molhar a pena e mover o caderno para alguma página livre. O homem continuou.
— Eles aparecem quando num tem luz, gostam do escuro — ele voltou às suas tragadas — Uma vez eu matei um, juro procê, e eu entendi porque eles gostam do frio, o sangue deles é quente, quente igual essa sopa que eu e ‘ocê ‘tamo comendo. A pele deles tem um negócio... Alguma coisa que não resiste com a luz do sol.
Concentrado, o rapaz tudo anotava, o senhor ali sentado levantou o olhar para encarar o céu estrelado.
— Eles também num tem olhos, sabia? Mas ouvem que é uma beleza! Deve ser por isso que não gostam de luz também, afinal, eu num gostaria de algo que todo mundo consegue ver, menos eu — curvando-se para frente, o homem tirou um pouco mais de erva de uma pequena bolsa ali jogada e a colocou na ponta do cachimbo — Reza a lenda que são os filhos das não escolhidas.
— Desculpe, não escolhidas, senhor? — o mais jovem parou de anotar, confuso, olhando para o velho.
— É, rapaz! Das moças que se deitam com o consumidor, mas não são escolhidas para ser sua mãe — ele tragou profundamente, como quem busca paciência e ânimo para continuar — Dizem que só a mãe das trevas pode engravidar dos sacrifícios, mas que quando se sucede com outra menina, esse é o resultado — o idoso mexeu o caldo da sopa que estava no tacho, tentando fazer com que ele não entornasse ou perdesse muito gosto para o calor — As garotas parem criaturas disformes, parecidas com cachorros, sem olhos, que urram bisonhamente quando a luz as toca, um primo meu me disse que um deles se alimentou da parteira depois que saiu.
Era por isso que fazia o que fazia, se aventurava, pesquisava, anotava. Imerso no que escrevia, o aventureiro ao mesmo tempo tentava desenhar algo caricato com a descrição dada. O mundo era repleto de lendas e ele havia se dado ao luxo de conhecer e registrá-las. Muito mais coragem do que senso.
— Reza a lenda que quanto mais tempo vivem, maiores ficam, no começo depois que largam a mãe porque crescem muito, muito rápido, eles se juntam e começam a atacar em bandos de dez, cada dezena mata muitos humanos nesse período e comem até os ossos — o velho pareceu recordar-se de algo, pois olhou tristemente para o chão — Sobra nem os ossos pra família enterrar — tomou fôlego e prosseguiu — Depois que crescem, atacam em cinco, e depois de velhos... Nem precisa mais, os ‘bicho já ‘tão grande o suficiente pra se virar sozinho.
Registrou então as últimas falas, acrescentando mais alguns detalhes ao desenho nas pausas que o homem fazia. Quando se deu por satisfeito, encarou a página, molhou a pena no tinteiro e voltou-se mais uma vez ao velho.
— Muito bem, só para encerrarmos... Qual o nome dos animais?
O caipira riu. A fumaça presa na garganta escapou. Foi um riso desdenhoso, pouco incrédulo.
— Eu não me atreveria a chamar aquilo de animais, rapazinho, são monstros — a fala foi recepcionada por um olhar sarcástico e impaciente, o idoso meneou a cabeça e então prosseguiu — ‘Ocês da cidade num acreditam em nada mesmo, grandes coisa esse tal negócio de ciência, mas se ‘ocê quer saber, de onde eu venho, nós chamamos eles de filhos da escuridão, pois nem no seu nascimento é dado a luz.
O aventureiro anotou então o dito, em grandes letras como título daquelas páginas. Fechou o caderno de anotações quando se atentou à um detalhe. Questionou então:
— De onde você vem, senhor?
O homem riu, firmou o cachimbo na boca para que desocupasse as mãos e então abriu a camisa que trajava. Toda parte de pele onde o sol não tocava era acinzentada.
— Faz tempo que vim pra cá, meu rapaz... Mas acho que eles acharam caminho também — sem encarar o jovem, ele se levantou — Vamos entrar, a noite está fria. Era está chegando... E eles também.
━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━
Vamos ao pormenores então! Haverão vilarejos sendo atacados pelas criaturas conhecidas como filhos da escuridão e a casualidade deste mês de maio serão estas quest's, enfrentando as criaturas. Serão disponibilizadas o total de seis quests, divididas por dificuldade, pra cada quest poderão ser formados grupos de ATÉ quatro jogadores. Todas as quests serão narradas.
- ✎ QUEST MÉDIA (1/2) — DISPONÍVEIS :
Muito bem jovenzinho, querendo uma quest não tão difícil? Chegue mais. Aqui você terá de defender um vilarejo que está sendo atacado e enfrentará dez filhotes da escuridão.
Vamos as considerações... Eles são pequenos... Relativamente pequenos. Entre um metro e cinquenta ou um metro e setenta.
Dificuldades técnicas:
● Cada um possuí 80 de HP.
● 17 nos dados para acertá-los.
● 20 nos dados para se defender.
● Causam 30 de dano por golpe acertado.
E vamos às recompensas:
● 4 níveis na perícia de livre escolha.
● 10 S.O
● 5 P.C
- ✎ QUEST DIFÍCIL (1/2) — DISPONÍVEIS :
Oh, você já é um guerreiro mais forte? Um lutador que se garante? Ótimo, ótimo, chegue aqui, tenho uma missão especial para você. Você resgatará vítimas de um ataque à um vilarejo, eles medem entre um e setenta e um e noventa. Boa sorte enfrentando cinco deles, nessa fase eles ainda andam em bando.
Dificuldades técnicas:
● Cada um possuí 150 de HP.
● 20 nos dados para acertá-los.
● 25 nos dados para se defender.
● Causam 60 de dano por golpe acertado.
E como recompensa ganhará:
● 6 níveis de perícia livre escolha.
● 15 S.O
● 10 P.C
- ✎ QUEST INSANA (2/2) — ENCERRADAS :
Ok. Te faltam parafusos nessa sua cabeça?! Certo, certo. Não diga que não avisei... Uma criatura virá pessoalmente te atacar. Um dos velhos. Medem entre dois metros e cinquenta e dois metros e setenta.
Dificuldades técnicas:
● Ele possuí 500 de HP.
● 27 nos dados para acertá-lo.
● 30 nos dados para se defender.
● Causa 110 de dano por golpe acertado.
Recompensas, caso você sobreviva, heh:
● 20 níveis para perícias de livre escolha.
● 15 S.O
● 20 P.C
Além disso, se você terminar essa quest com mais de 50% do HP você pode escolher um dos seguintes itens:
● Adaga amaldiçoada.
● Espada de aspergo.
● Ambas as armas tem fidelidade ao dono, dão 60 de dano e tem um bônus que são armas de retorno. Você joga, a arma volta.
Última edição por O Oculto em Seg maio 25, 2020 10:23 pm, editado 4 vez(es)
Convidado
Re: [Anúncio global] — EVENTO DO MÊS DE ERA. - Postado Qui maio 21, 2020 5:59 pm
Quest insana. Zulkras, Meera, Makoto Tempest e Lucilf
Atualizado.
Atualizado.
Guaraci
Imagem grande :
Imagem grande :
Re: [Anúncio global] — EVENTO DO MÊS DE ERA. - Postado Qui maio 21, 2020 7:08 pm
Quest insana: Guaraci e Ciaran.
Atualizado.
Atualizado.
Última edição por Guaraci em Ter maio 26, 2020 11:45 pm, editado 1 vez(es)
Derion Belserion
Imagem grande :
Imagem grande :
Re: [Anúncio global] — EVENTO DO MÊS DE ERA. - Postado Sex maio 22, 2020 12:33 am
• Quest Insana: Derion Belserion & Reborn Forge.
Negado. O número de quests insanas já foi fechado.
Negado. O número de quests insanas já foi fechado.
Reborn F. Sylvatrar
Imagem grande :
Imagem grande :
Re: [Anúncio global] — EVENTO DO MÊS DE ERA. - Postado Sex maio 22, 2020 2:02 pm
Quest difícil - Reborn Forge e Derion Belserion
Atualizado.
Atualizado.
Hiito Hope
Imagem grande :
Imagem grande :
Re: [Anúncio global] — EVENTO DO MÊS DE ERA. - Postado Dom maio 24, 2020 1:42 pm
Quest Média - Sasory Takeru, Maksim Krzyzstof e Hiito Hope
Atualizado.
Atualizado.
Conteúdo patrocinado
|
|