• Azor Hokar, o deus da destruição, o senhor da consumação, retornou. Reencarnado no mês de Era, em 329, no Império Corrompido de Aronian. Enquanto o continente dos heróis, Samaria, está mergulhado em guerras e conflitos territoriais e políticos, Hokar reúne suas forças para trazer por fim sua vingança sobre toda a Criação – E por sua trágica derrota na Era dos Deuses.

    Enquanto isso, Mahoro Trakarhin, o rei dos imortais e guardião do Criador, prepara os reis e tenta apaziguar as guerras de Samaria para que possam olhar para o verdadeiro perigo que reside ao norte, no Império Aroniano.

    Não se renda ao temor que Azor Hokar representa e todo o mal que ele ameaça trazer. Una forças com o lado que melhor te convier e participe dessa aventura épica!
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    O retorno de Hokar




    Era.

    Recordava-me de ser um mês frio, em Aronian era constantemente assim, mas as correntes que irrompiam do abismo presente daquele céu sem estrelas eram de um gelar cadavérico que nos feria a alma — a alma que pedi inúmeras vezes aos deuses que me retirassem, pois nascer com um espírito ali era nascer roedor em meio à serpentes. Meu pedido no entanto, nunca havia sido atendido, e neste dia como venho à relatar no final desse episódio, senti que havia sido esmagado.

    Forçados a movermo-nos de nossos lares até praça pública, caminhávamos como um rebanho de gados, sem vontade própria andávamos colados uns aos outros, espremendo nossos corpos miúdos e magricelos uns contra os outros, faltava-nos comida tal qual como espaço. Ainda assim, julguei que deveria ser uma situação especial, pois esbarrei num homem de porte mais parrudo durante meus milimétricos passos e o ouvi escarrar ofensas à berros, com um forte sotaque arranhado: devia ser de Infernia, pois era de lá que os guerreiros mais alimentados vinham, assim como os mais cruéis. Mas foi durante todo o meu devaneio de observações que constatei em minha conclusão a importância da situação: a plebe nunca era colocada em conjunto, e em Aronian pouco se viajava, pois havia perigo demais nas estradas para qualquer importação e pouco ou nenhum dinheiro para peregrinações. Ainda assim, ali estávamos, em massiva quantidade, pelo menos trinta cabeças de cada povoado.

    Observei então o que ao longe fora dos portões da cidade já se via: o castelo de Hodun, com a colossal arquitetura hokariana era a única coisa de pé sobre o continente que já ouvi uma ou outra boca dizer que superava o ducado de Schwarz. As largas torres e grossas paredes eram feitas de um material mui antigo cujos mais supersticiosos diziam até mesmo que não se queimava — pois do que havia sobrado dos dias em que Aronian foi gloriosa, o castelo havia sido a única coisa que não se deteriora: havia adquirido uma cor mais sombria enquanto afundado na penumbra, plantas e fungos desconhecidos para nós cresciam nas paredes e as tornavam lisas e escuras numa vida lúgubre, mas ali estava o castelo de Hodun, intacto em sua estrutura.

    Quando consegui um lugar meio à multidão onde pudesse ao menos tragar o ar em paz — que era fétido e enfermo, pois eu não me arrisco a dizer todos os tipos de seres que ali estavam presentes — consegui ao longe na ponta de meus dedos avistar uma ala separada, a que estava à frente de todos. Montavam cavalos de pelos muito mais cuidados que nossa saúde, e eu julguei que deveriam ser nobres de diferentes locais. Vi então que todos olhavam para cima e sem pestanejar os imitei para que entendesse o que tanto atraía suas sempre tão exauridas atenções. Percebi que era para a torre norte, cujas paredes mais se aproximavam de nós e possuía quase em seu cume uma abertura como varanda e de lá numa visão que malemal os olhos alcançavam, vi surgir uma figura.

    Sua face era coberta por uma máscara de ouro e todo seu corpo era tampado por vestes negras, aproximou-se bem rente à varanda e acenou: vi que guardas que faziam da multidão um cerco cutucavam e feriam com suas armas quem não gritava, então gritei também, forçando um sentimento que não soube descrever ao certo o que deveria parecer: os gritos de angústia dos feridos me pareciam muito mais naturais. Percebi então pelo contorno que havia em sua cabeça — que julguei ser uma coroa há muito já acabada — que ele deveria ser quem nos imperava. O nome de Yoan me veio à mente e meu estômago retorceu-se mais fortemente do que quando urrava pela fome rotineira, o que me assolava era um desgosto e nojo que me fazia preferir lamber o chão dali à volta de minha casa do que permanecer em sua presença.

    Quando a figura cerrou um punho ao alto tudo calou-se, e um temor que me assombrará até os confins de minhas reencarnações nesta terra maldita se instaurou na minha alma quando ouvi sua voz. Não tenho explicações de como ela tudo atingia por trás daquela máscara, apenas sabia que os ventos sombrios que me chegavam aos ouvidos carregando suas palavras mais pareciam fantasmas de cócoras sob meus ombros. Disse ele então:

    — Povo de Aronian! Eis aqui seu imperador e aos nobres que aqui estão sobre lealdade às minhas ordens, vos digo: serão recompensados, não por mim, mas pelo verdadeiro senhor de todas estas terras. Que eterno seja Hokar!

    E como alguém despossuído de vontade própria, respondi eu mesmo sem perceber junto à todos os presentes: “e que eternamente possa lançar luz sobre a cabeças dos condenados”. O imperador retomou sua fala.

    — Trago aqui uma notícia que enche meu coração de êxtase: em minhas mais profundas visões de meu sacerdócio à Hokar, vi destruição, vi sombras, distorções e caos, havia trevas, havia agonia e desespero, havia enorme plenitude naquela espiral e a medida em que em caia nas graças dessa doce epifania, vi o final de sua espiral. E nela havia vida, uma vida corrompida e deturpada, uma vida que subiria as escadas da espiral pela qual caí e até a ela consumiria. Vida essa, segurada pelos braços de uma sedutora mulher, tamanha era sua soturna graça.

    E após aquela fala, vi que ele estendeu um dos braços para trás, e uma outra figura apareceu. Feminina, despida da cintura para cima, e quem dera fosse os seios descobertos que me causassem espanto: fora outra parte que me roubara o olhar, e junto deste, qualquer esperança que eu pudesse cultivar naquela terra esquecida pelos deuses.

    — Esta, meu povo, é Miha, a maior e melhor de minhas concubinas e em seu ventre repousa o verdadeiro imperador deste mundo: Azor Hokar!

    Em sua barriga, erguia-se uma clara protuberância, cuja feminina postura realçava com um predatório orgulho.

    E então, começou.

    ━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━━

    Nascimento de Azor Hokar: 05 de dezembro (OFF) / Era, 329 ER (ON).


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