A rainha das fadas, de forma dura e cruel, descobriu que nem os altos muros de seu palácio podiam contra o mal que tanto temia. Apesar de sua cautela com o assunto, a doença mágica adentrou o castelo. Sorrateira, através de uma serva doente, responsável por gerir a cozinha onde preparavam-se as refeições da família real. Foi assim, dessa forma tão simples, por pequenos erros inocentes, que a doença chegou à rainha.

Serana, nos primeiros sintomas da doença, por um instinto maternal, carregado por racionalidade ou não, ordenou que Adore, sua única herdeira, fosse levada à Torre de Marfim. Ficaria isolada, numa sala em quartzo branco, no ponto mais alto da torre, o qual deveria ser abastecido com alimentos previamente avaliados, com todo cuidado para que a doença não chegasse à ela. Ninguém teria permissão para chegar perto enquanto a situação não se resolvesse.

A doença abateu a rainha muito rapidamente, assim como todos no palácio. Os olhos da soberana cerraram-se próximos aos de suas servas. e a coroa silenciou-se.

"As fadas caem de seus vôo rotineiro para então alçarem o vôo da morte! O povo sofre nos portões do palácio! Munhal está colapsando, mas e a coroa? Até quando a rainha ficará em silêncio? Fomos abandonados, somos órfãos! Que os deuses nos socorram!"

Gritos nas praças e clamores à porta do palácio. O reino perdeu a fé em sua rainha. O povo, revoltado, bradava "Abaixo a família real!" E quem os condenaria? Já fazia mais de um mês que Serana, a sua rainha, não se pronunciava.

Os guardas à porta do palácio também estranhavam a situação. Era incomum a falta de movimentação. Nada acontecia, ninguém saía ou entrava. Tudo estava tão... quieto. Os homens resolveram entrar, verificar a situação, e com certeza não esperavam pelo o que encontrariam ali. Corpos! Haviam corpos espalhados por todo o canto. Nas salas, nos salões, nas cozinhas e corredores do palácio. Não apenas isso, mas os corpos já estavam se desfazendo em energia pura, uma característica já conhecida da enfermidade mágica.

No primeiro momento correram pelo palácio em busca da rainha. Não estava na sala do trono, como esperavam, mas foi encontrada em seu quarto. E a princesa? Não estava em seu quarto, então onde estaria? Buscaram por todos os cantos e, com muito espanto, a encontraram na Torre de Marfim. Debilitada, fraca. O alimento preparado tinha acabado nas primeiras semanas. O estado de Adore era deprimente, emocionando os mais sensíveis que a encontraram.

A morte da rainha e toda aquela notícia trágica foi espalhada por Munhal.

"A rainha faleceu junto ao povo! A princesa sobreviveu, mas está fraca! Estamos fadados ao fim!" O povo se lamentava, ainda que muitos em tom rude, de palavras egoístas e com o coração duro, não por verdadeira compaixão para com a rainha, mas como quem dissemina o caos..

Dias passaram-se com um piscar de olhos. Agora, a princesa convocou a sua presença os duques e condes de Munhal. Era chegada a hora de decidir o destino do reino das fadas.

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**Pode se ler mais a respeito na oficial Uma Nova Rainha.