Data: Final de Amy, 330 E.R. FB
Data: Nyr, 329
Participantes: Balthier S. Basch & Riki Matsuo
Resumo: Continuação do dia em que Balthier e Riki se encontram em um dia entediante.
Observação: Cena social, por favor, sem casualidade.

[ Ani ]

— Sem jeito? Você realmente não sabe ser modesto. — Brincou com o homem, negando com a cabeça. Ficando em silêncio, esperando para que ele concluísse sua frase sobre comidas aronianas, aquilo o deixou em silêncio por um tempo. Observando o cabeça de grama por um tempo, pensativo. Uma expressão estranha passou por seu rosto e negou com a cabeça. — Tudo é venenoso. — falou baixo, abaixando a cabeça e voltando a comer, até que perdeu totalmente o apetite. — Voltar? Não sei. — Sua voz saiu grave, e ele ficou um tanto sério, não gostava de falar de Aronian. — Se eu tiver um motivo para ficar, eu fico. Se aparecer motivo para voltar, volto. Mas por hora não tenho nada em mente. — comentou baixo, dando de ombros, a realidade é que Balthier se sentia perdido. Perdeu a tripulação e agora não sabia o que fazer. — Aronian certamente não é um lugar bom de se viver, fazendas não tem plantações boas, o continente vive em um sistema escravista, tem corrompidos e pessoas que podem te matar em um ritual.

Sentia por si? Isso era algo novo, seu coração se apertou, mas… Ele sentia que muitas das coisas que aconteceram foram sua culpa. Por que ele era o único sobrevivente de todas as tragédias que aconteciam? Se fosse alguma provisão divina ele não sabia, mas sentia que isso no mínimo não era justo. Olhou para o homem com calma, sentindo seu corpo quente. A bebida forte o atingia aos poucos, realmente, soltou o ar com força, olhando para o homem. — Está tudo bem, aconteceu a muito tempo de qualquer forma. — falou para ele baixinho, ficou quieto por um tempo, negando com a cabeça para ele.

Sentiu a aproximação dele e o observou colocar mais bebida para ambos. Ficou quieto olhando a bebida. Sentia o calor dele bem próximo de si, ele soltou o ar com força, pegando o pequeno copo e bebericando-o. Sentia a nostalgia de viver com uma tripulação mais alegre, mas ao mesmo tempo sentia a tristeza do que havia perdido. — Vocês dragões sabem fazer bebida e beber, ao menos um ponto positivo para vocês. — Disse irônico para o outro, um sorriso torto apareceu, então o draconato o pegou de surpresa. Piscou longamente, atento ao que ele iria fazer. Por que ele estava falando tão próximo? O que aquele cabeça de grama queria?

Sentiu o toque quente em sua nuca e aquilo o fez arrepiar, seu rosto ganhou uma coloração avermelhada. O beijo veio, rápido, e sem esperar uma reação sua logo acabou. O homem falara em seu ouvido e Balthier se arrepiou mais, fazendo sua coluna esticar e se endireitar. — Mat… — Ele parou de falar, engasgando com as próprias palavras. O olhou para o homem longamente. De… Onde isso veio? Ele piscou longamente e abaixou a cabeça para a bebida, pegou e bebeu com tudo. Não se afastou do homem nem tirou suas mãos de si. — Por que isso de repente? — questionou baixo, voltando seu olhar para ele, apesar da feição séria, seu rosto estava vermelho e os olhos brilhando confusos.

Considerações:

[ Ani ]

O primeiro passo… Ou melhor dizendo, o primeiro beijo havia sido realizado. O arriscado ato durou poucos segundos e, apesar dessa breve duração, Matsuo notou que aquilo poderia ter afetado Balthier da mesma maneira que o próprio draconato. Pôde chegar a essa conclusão antes de concretizar o beijo, por conta da reação do homem de cabelos escuros, que se arrepiou com o simples toque dos dedos na sua nuca. Todavia, o draconato não seria capaz de dizer que possuía uma certeza em relação a sua opinião, sabia que existia uma significativa porcentagem de falha ao se prontificar a beijá-lo.

Observava a reação de Basch atentamente, retirando sua mão do homem e ficando parcialmente sem entender aquele longo piscar e o abaixar da cabeça, acreditando que o seu verdadeiro sucesso fora em deixar o aroniano sem jeito. O fato dele ter esvaziado o copo em apenas um gole lhe dera uma maior certeza nisso.

— Não foi de repente. — Respondeu sincero a pergunta. — Eu até cheguei a te dar sinais de meus interesses com você! Foram sutis, mas estavam logo a sua frente. — O homem de cabelos verdes solta um breve sorriso ao desviar o olhar, apanhou seu copo e tomou um gole do sakê de dentro, era quase como se a bebida lhe desse coragem para o que iria dizer a seguir. — Tive o desejo de te beijar desde o momento que você despertou, Basch. — Após aquelas palavras, deixou escapar uma pequena bufada de alívio.

Apesar do possível desentendimento, Riki acreditava que ainda havia uma chance de se aproximar mais daquele homem, mas dessa vez não partiria para um movimento tão arriscado quanto um beijo. Sua mão se aproximava lentamente a do aroniano, parando quando estavam prestes a se tocar e, alguns segundos depois da repreensão, permitiu que a ponta de seus dedos pousassem sobre os dedos do homem tatuado. — Por alguma razão, sinto que você não quis recusar o beijo, tampouco se sentiu ofendido... — Seu dedo indicador começava a fazer leves movimentos circulares na pele pálida. — Mas não me dá a certeza que estou certo.

O militar fita Balthier, permanecendo em silêncio por alguns segundos, era como se esperasse uma resposta do moreno, mesmo que uma não verbal. No entanto, ele aproxima seu corpo para mais próximo ao do outro, mas sem parecer intimidador ou pressioná-lo de alguma forma e, olhando nos olhos dele de forma serena, o draconato leva sua cabeça até a de Basch o suficiente para sentirem a respiração em seus rostos. — Se não me impedir de beijá-lo agora, considerarei que você queira o mesmo que eu e seguiremos a partir desse instante.

Considerações:

[ Ani ]

O navegador o olhou com atenção, com o choque percorrendo seu corpo e o paralisando ali. Sua respiração falhou, parecia até difícil de respirar naquele momento. Sua mente estava recheada de perguntas sem respostas lógicas para as ações do homem. O silêncio era mais contemplador do que questionador, não sabia onde olhar, o que fazer. Apenas sentir seu coração bater mais, mais e mais. Como tambores que rufam em um festival, mas o que ele estava comemorando? Ele franziu o cenho, sinais? Que sinais? Por mais que pensasse, não sabia onde estavam esses sinais. Nada vinha em sua mente, era como contorcer seu cérebro como um tecido molhado e úmido, tentando espremer qualquer informação que batesse com o que ele estava dizendo para si.

Seus olhos estavam fixos no homem, e mesmo que estivesse quieto, sua mente se mostrava totalmente o oposto. Balthier era um poço de confusão, dentro de uma casca séria. Seu olhar se manteve fixo no homem querendo ter suas dúvidas saciadas. As últimas palavras o fizeram ficar mais tímido, o rosto vermelho que o navegador negaria ser de vergonha e colocaria a culpa toda na bebida, principalmente o calor que sentia com as mãos daquele homem sobre si. Respirava fundo toda vez que ele percebia que ficava sem ar, aquilo o estava deixando cada vez mais acanhado.

— Desde a primeira vez? — Questionou baixo, olhando para o próprio copo e bebendo novamente, seus olhos se voltaram para ele. — Eu… Não sei o que te responder, Matsuo. — Falou para ele baixo, ficando quieto, soltando o ar com força levando a mão a têmpora e massageando a região, nunca teve uma experiência sequer em toda a sua vida, não sabia nem por onde começar por ali. Sentiu as mãos dele novamente em si, fazendo-o fechar os olhos e se arrepiar, sentindo um incomodo no estômago, como se houvesse algo ali, talvez tivesse engolido uma mariposa sem querer enquanto dormia e agora ela estava lhe incomodando. Seu corpo não recuou quando ele se aproximou, sua mão foi instintivamente para a cintura do outro. Tinha medo de abrir a boca e falar algo horrível que afastasse o outro. Quando escutou o que ele disse, parecia que precisava de mais ar, era como se Matsuo puxasse o ar do qual estava em volta deles. Precisava de oxigênio para bombear para o cérebro. Abriu a boca uma ou duas vezes, apenas roçando contra os lábios do outro, muitos consideraram como uma ação provocadora, mas a expressão que ele tinha variava entre o nervosismo, confusão e inocência, então claramente não era intencional. — Eu não… nunca fiz isso. — Foi tudo o que pode falar para o outro, a voz saiu em um sussurro revelando um segredo a muito guardado. Sua mão na cintura dele era como um aviso para ir com calma, mas nada o impediria.

Considerações:

[ Ani ]

Matsuo tinha sido direto com o homem à sua frente, claro como os raios de sol que aquecem as montanhas e honesto como talvez nunca fora antes. Ele não tinha certeza de que gostaria ou de que deveria ter se declarado para o outro, mas de certa forma se viu aliviado com a coragem que tomou. Além disso, a situação se demonstrava menos delicada do que poderia ter se tornado com a imprudência do draconato, o que lhe fazia permanecer mais relaxado sem sequer precisar da ajuda da bebida alcoólica que ainda não conseguiu afetar a sua linha de raciocínio.

Fitava aqueles olhos brilhantes da mesma maneira que os seus eram fitados, sendo capaz de notar o quanto o navegador tentava quase sucessivamente esconder toda confusão trazida pelas palavras do dragão espadachim que perturbara a sua mente. — Desde a primeira vez — Repetiu Riki aquelas mesmas palavras, afirmando para o tatuado que aparentava ter uma certa dificuldade em processá-las. — Eu não preciso que você me dê uma resposta, pelo menos não com palavras. — Comentou o espadachim desviando o olhar por breves segundos. — Às vezes apenas os seus gestos já são o suficiente para eu decifrar a mensagem que você quer me passar.

O homem de cabelos esverdeados analisava cada ação que Balthier realizava, fazendo o seu melhor para ter a interpretação correta transmitida pela linguagem corporal do homem que tocava carinhosamente. O fato de ele não se afastar quando se aproximou. Os olhos se fecharem enquanto a pele se arrepiava. A mão tatuada ser levada até a cintura de Riki. Todos esses sinais demonstraram para Matsuo que o outro estava disposto a se entregar para o que estivesse prestes a acontecer no meio da cozinha rústica naquela casa construída no alto da montanha. Entretanto, a respiração de Basch era um pouco alarmante e fez com que o militar fosse um pouco mais devagar com os seus próximos passos.

A revelação deixou o homem com o peito cicatrizado um pouco surpreso, não esperava que o náufrago não chegara ter alguma experiência sexual, considerando o quanto aquele homem fosse atraente para seus olhos. De todo mundo, aquilo não era algo negativo para o espadachim que teve um pequeno sorriso formado pelos lábios. — E você quer fazer isso comigo? — Perguntou pela aprovação. Riki então chegou mais perto de Balthier e aproximou o seu rosto ao dele ao ponto que cada um pudesse sentir a respiração do outro. — Eu não vou avançar mais do que isso. Se você acredita que está pronto, basta me dar um beijo para eu saber!

Considerações:

[ Ani ]

Revirou os olhos, quando ele disse que era justo, o olhando entre tédio e desconfiança. Imaginava que o outro já tivesse tido suas experiências, deixando bem claro para o pirata que a última coisa que tinha ali era justiça. Claramente o mais velho estava na frente da situação, o que tornavam as coisas mais complicadas para Balthier e olha que ele nem sabia até onde iria o nível de complexidade naquilo que estavam para ter.

O dragão se aproximou mais de si, fazendo-o se sentir mais quente e corar mais, mais do que seria possível. Ele não sabia que isso realmente era possível, escutando-o com atenção, mas ele não recuou, deixando claro que o homem estava certo no fim.

Não podia negar que o aroniano estava curioso e temeroso também, o que poderiam fazer naquilo tudo? Sua falta de resposta e ação foi o suficiente para Riki que se moveu contra si, o beijando. Fazendo-o se surpreender e piscar longamente, até finalmente apenas ceder. Por mais que esperasse aquilo, parecia que uma parte de si ainda desconfiava que nada iria acontecer e que Riki apenas estava mexendo consigo (claro, que ainda não mudava essa última constatação, visto que estava bem claro).

Assim que ele começou a invadir sua boca, permitiu, abrindo minimamente para ser invadido e para si, não foi algo ruim. Estranho, mas de longe ruim. Ele não sabia exatamente como fazer, mas se deixou observar e repetir sutilmente os movimentos do outro. Começando a encontrar um certo ritmo.

Quando estava se acostumando, soltou o ar meio frustrado, mas não menos excitado e estava pronto para reclamar quando sentiu as mãos dele em si. Abrindo seu quimono e o tocando, fazendo sua respiração travar. Olhou para ele um tanto perdido, quando ele se afastou de seu pescoço e o escutou, ele abriu a boca para falar, mas foi impedido por um gemido baixo quando ele foi em seu pescoço novamente. Se arrepiando e derretendo, fazendo-o corar mais violentamente.

— Matsuo… O… Que eu tenho que fazer? — Questionou baixo, sua mão que ainda estava em sua cintura, indo para o peito dele ainda coberto, seu olhar fixo no outro e piscando longamente. — Eu tenho muitas dúvidas, então… Seja paciente. — Murmurou desviando o olhar para onde sua mão estava, sentindo o calor e o coração do outro rufar que nem tambores fortes e firmes. Com cuidado, sua mão foi para a barra do kimono, já meio desfeita com a movimentação, puxando com cuidado para deixar a região livre para si.

Mirou a região sem pêlos dele e assim como Riki tinha feito consigo, se aproximou com lentidão, e um misto de curiosidade, beijou por sobre a região onde o coração do outro pulsava rápido. Subindo com lentidão para o pescoço dele, onde também seus lábios repousaram sobre sua superfície.

Seus movimentos se repetiam aos do outro, mas com um toque seu a mais, até onde sua ousadia e curiosidade permitiam. Ele se afastou olhando um tanto perdido para Riki, seu olhar cheio de perguntas: Estou fazendo certo? O que mais tenho que fazer? Até onde posso ir? Está gostando?

Considerações:

[ Ani ]

Somente uma coisa permanecia na cabeça do homem cicatrizado naquele momento, tendo decidido que iria cumprir seu objetivo de todo modo e haveria apenas uma única pessoa que poderia impedi-lo: o próprio aroniano, mas pelo que pôde supor, acreditara que tinha a completa permissão do moreno para continuar com aquilo. Matsuo estava quase como uma fera faminta prestes a saborear sua presa, provando a carne macia através de beijos nos cantos do pescoço e ombros, se deleitando com aquele sabor novo em seu paladar, certamente era algo que nunca teve o prazer de provar durante a vivência em Kan Drakir.

Riki deixa escapar um sorriso muito breve ao ouvir o questionamento, soltando o ar quente no peitoral tatuado e agora despido de Balthier. Embora tenha achado engraçado a pergunta, o riso estava longe de ser zombaria. — Por agora, eu só preciso que você relaxe. — Comentou entre rápidos beijos que descia do peito para a barriga definida do homem de cabelos negros. — Não precisa se preocupar, deixa que eu te guie, mas é normal que esteja nervoso. Está descobrindo algo novo, afinal! — As mãos do draconato seguiu para a altura do quadril de Basch, adentrou os dedos nas vestes inferiores e distribuiu uma pequena parcela de força para descer o tecido, insinuando para o pirata elevar aquela área do corpo por alguns segundos.

— Oh… — Iria fazer um comentário impertinente quando avistou o “amiguinho” do náufrago já se despertando, mas como não queria causar nenhum sentimento de constrangimento, preferiu que permanecesse calado. Ao invés de falar, ele iria agir e assim fez. Aproximou seu rosto na virilha do parceiro, colocou a língua para fora da boca e lambeu lentamente o penis, começando dos testículos e seguindo até a ponta da cabeça. Logo após, deslizou sem pressa suas mãos em cada coxa, as firmando somente ao chegarem na cintura do homem tatuado.

Como de relance, lançou seu olhar para a face de Balthier com a finalidade de observar sua expressão, porém voltou em seguida sua atenção para o órgão ereto e, simultaneamente, fechou seus olhos e abriu sua boca, fazendo com que sua língua sentisse primeiro o rapaz e por fim seus lábios. Iniciando o ato quando o vácuo de sua boca fora preenchido com a parte do homem, dando leves inclinações e movimentando a língua para que a saliva fizesse seu trabalho. A ação continuou por alguns minutos, mas decidiu que o melhor era dar uma pausa nos estímulos, pois não desejava que o sexo acabasse por ali.

Então, tendo o pensamento resolvido, Riki levantou os joelhos do chão e sentou sobre a mesa no centro da cozinha, o que fazia a visão do aroniano que estava sentado numa cadeira de frente a ela ficar na direção de sua virilha. — Quer tentar? — Perguntou, dando um pequeno sorriso com o contorno da boca fechada e limpando a saliva escorrida com o polegar.

Considerações:

[ Ani ]

Seus pensamentos estavam entrando em um congestionamento vertiginoso, era como se cada uma das informações que chegava até sua mente se empurrasse e chocassem uma contra a outra. Por mais que não houvesse palavras entre eles, os toques que Riki exercia em si eram como informações que entravam suficientemente para o manter em parafuso.

O olhar dele o mantinha aquecido e exposto ao outro, seu olhar ia de seu rosto para seu peito, seus olhos percorrendo por toda sua extensão e contornos. Já se viram sem camisa antes, mas… Aquilo era totalmente diferente, suas mãos pareciam encaixar perfeitamente em qualquer parte do corpo daquele homem, assim como as dele pareciam saber exatamente por onde deveria percorrer por seu corpo.

Ele arfou, quando a mão desceu mais, fazendo o homem fechar os olhos levemente e suspirar, movendo levemente o quadril para o outro o despir. Eles estavam fazendo aquilo mesmo, seu coração batia forte, parecia que a qualquer momento poderia saltar de sua boca e ele sufocaria naquela situação. Engoliu em seco quando ele falou e parecia o observar… Bem ali. Fazendo-o ficar um tanto acanhado, e erguer sutilmente a perna, quase que inconscientemente para se proteger da própria vergonha.

O silêncio dele o acalmava de certa forma, se estivesse fazendo algo errado, talvez ele já teria dito, não é? Quer dizer, não era como se tivesse feito algo de relevante até agora, além de confiar no outro e se acalmar à medida que ele agia, mas era inevitável sentir um pouco do frio na barriga. Se sentia ser devorado só por seu olhar, e mesmo com a vergonha, ele se mantinha olhando para ele, sua respiração travou.

Sua mão apertou o tampo do assento em que estava e a outra, foi para os lábios, mordendo levemente os dedos, abafando os gemidos que já saiam baixos. Sentindo as mãos percorrerem por suas coxas e cintura, fazendo-o abrir os olhos que nem tinha percebido que havia os fechados. Olhou para o homem que inicialmente o provocava para de um instante para o outro, o engolir por completo, fazendo Balthier fechar os olhos e a mão indo de seus lábios para os fios verdes.

Seu corpo se inclinou sobre o homem levemente, sentindo seu corpo se retrair, os efeitos do prazer o tomando, seus lábios se abrindo para gemer grave e baixo, arfando com os estímulos que o homem fazia em seu membro. Sentia seu corpo quente e gradativamente contrair, sabendo bem que a reação era totalmente condizente a situação. Além de um navegador nato, ele era um médico, sabia que era natural e já havia se tocado antes, mas era totalmente diferente ter alguém lhe tocando. Era terrivelmente bom, ele não sabia dizer se era por que era Riki ali com ele ou pela experiência do dragão, mas algo lhe dizia que ambos os motivos eram racionais e mais prováveis de estarem interligados.

Sentia seu corpo próximo do auge, seus dedos se apertaram nos fios esverdeados, puxando-os levemente, apertando e gemendo longamente.

— Mat-... Eu vou… — E antes que pudesse dizer algo à mais, o mais velho parou e ele soltou o ar entre o frustrado e o aliviado, não queria que aquilo acabasse tão cedo, mas sabia que queria continuar, céus… Era uma contradição que o confundia.

A movimentação do homem, o fez erguer o rosto e olhou para o homem à sua frente, o peito subindo e descendo rápido, a respiração entrecortada pelo ar pesado que saia de sua boca em baforadas quentes. Seu olhar pousou no rosto do homem que agora estava totalmente inclinado sobre si… Tentar? Seu rosto já estava vermelho pela adrenalina e quando seus olhos percorreram por sobre seu corpo, podia ter certeza que a vermelhidão se intensificou em sua face com o objeto de desejo do capitão da guarda firme e próximo de si, podendo ver claramente o desejo de Matsuo.

Sua boca secou, suas mãos devem ter esfriado um pouco, visto que o seu sangue deve ter sido drenado totalmente pelo seu coração e pulmão, o primeiro órgão deu um salto e batia mais rápido, e o segundo órgão deveria estar captando o máximo de oxigênio que podia de suas hemácias, visto que sua respiração travou por alguns instantes.

Era só pensar em como fazia consigo mesmo… Usando as mãos, elas foram um tanto trêmulas para as coxas do dragão, sentindo a firmeza de seus músculos e pernas, ele não tinha coragem de olhar para Matsuo naquele momento, seu olhar estava totalmente no órgão ereto do outro. Seus dedos, percorrem pela parte interna da coxa dele, como se desbravando por sua pele, querendo sentir a textura e a conhecer melhor. Perceber as reações do outro com seus toques.

Sua mão então subiu para o membro dele, tocando-o com cuidado, os dedos circulando-o e fechando-se ali, como não o observava, deixou que seu instinto o guiasse à medida que o outro gemia e reagia. Então os movimentos eram lentos a princípio, para se tornarem firmes e irem aumentando a intensidade à medida que o tempo passava e escutava o outro.

Balthier respirou fundo, e então sua boca desceu, se lembrando como o outro havia feito a alguns instantes atrás, se guiando pelo o que o outro havia feito, mas com um toque mais seu. A mão que subia e descia pela extensão, desceu para os testículos do homem, massageando-os. E sua língua brincou com a ponta, pressionando o pequeno furo e circulando-o. Sentindo o gosto dele e não achando ruim, apenas… Diferente.

Sua boca foi o engolindo com cuidado, chupando apenas o topo de início, mas aos poucos foi o tomando, sua cabeça subiu e desceu, não o engolindo totalmente, com medo de engasgar e o pior acontecer, mas não demorou muito para conseguir um ritmo e intensidade que ele se manteve, se satisfazendo com os sons que arrancava do outro.

Os sons o incentivaram a erguer o olhar, ainda com ele em sua boca, para tentar ver sua expressão de prazer… E se os deuses existissem, certamente aquele dragão seria um. Ele se sentiu compelido a continuar, até ter aquele membro preenchendo sua boca, ele engasgou de leve, mas foi o suficiente para o fazer se afastar levemente, tossindo baixo, mas os lábios ainda roçavam levemente sobre a ponta do membro formando uma linha fina de saliva que os conectava.

Ele ergueu o olhar para o homem, procurando em silêncio informações ou até instruções, mas a verdade era que queria aqueles lábios contra os seus, em um instinto, ele se ergueu com cuidado, se apoiando nas coxas fortes do homem, e o beijou.

Considerações:

[ Ani ]

O homem de cabelos esverdeados começara a perguntar para si mesmo se não estava pressionando muito o mais novo com aquela proposta, considerando o quão aquilo era novidade para o seu parceiro — e também pela vergonha que nitidamente o outro estava sentindo, o vermelhidão em seu rosto lhe denunciava. Apesar desse pensamento, a situação acabara divertindo o dragão, que ficou ainda mais tentado a ver até onde o outro iria, se deixaria a timidez te vencer ou se seria mais forte do que o embaraço? Para a felicidade de Riki, a resposta seria positiva.

Nesse instante, o espadachim estava quase que completamente despido, deixando apenas a parte superior do kimono cobrindo os seus braços e ombros. Sentado sobre aquela mesa de madeira, o capitão da guarda aguardou os próximos passos do homem à sua frente, sem qualquer intenção de apressá-lo. A paciência é uma das maiores virtudes e o homem sabia bem disso.

Sentindo o toque macio daqueles dedos fortes deslizando sobre a sua perna, Matsuo firmou suas mãos na borda da mesa e instintivamente dirigiu sua face para cima, fechando os seus olhos enquanto sentia as mãos do moreno chegarem em sua parte íntima, desfrutando de toda a sensação que os movimentos estratégicos do seu companheiro poderiam lhe proporcionar. Os seus lábios ainda cerrados contornaram um sorriso discreto e a sua respiração se tornou mais intensa, reações que permitiu se entregar por alguns segundos. Em instantes depois, a sua visão volta para o aroniano.

Quando o outro o colocou na boca, sentiu que seu órgão não poderia ficar mais rígido e o toque da carne molhada o fez guiar sua mão direita para os cabelos negros do homem tatuado, entrelaçando seus dedos nos fios lisos e os penteando parcialmente. Com certeza aquele ponto estava se aproximando do ápice do prazer, porém, embora tivesse a certeza que conseguiria controlar os seus impulsos, o maior desejo do espadachim era provar daqueles lábios novamente.

Após alguns minutos consideráveis de sensações intensas e agradáveis proporcionadas por Balthier, o homem de cabelos verdes levou suas mãos até os bíceps do outro e o levantou com cuidado no mesmo momento que jogava a si próprio para os pés tocar no chão, colando os corpos no final da ação. Então, sei dizer qualquer palavra, levou seus lábios aos dele e o beijou num tempo prolongado. Quando o beijo terminou, seus lugares foram trocados por Riki, que em seguida segurou firme o quadril de Basch para pousá-lo sobre a mesa.

— Está pronto para passar para o próximo nível? — Perguntou após dar mais um beijo rápido. Ao terminar a frase, levou seus dedos indicador e médio até a sua língua e os molhou com saliva. Não demorou para que a sua mão fosse levada até entre as pernas do homem tatuado, passando pela virilha e, com tamanha destreza, posicionando as pontas dos dedos na abertura daquela área discreta do rapaz. — Se estiver tudo bem para você, eu vou continuar.

Considerações:

[ Ani ]

Ele o beijou com desejo, ignorando as coisas ao redor deles. Era como se nem estivessem na cozinha de Riki, ou que poderia chegar alguém a qualquer momento na casa do capitão da guarda, no fundo ele não se importava. Jogando as favas toda e qualquer sanidade que tinha, sua mente estava nublado com aquele beijo.

Era bom beijar, ele nem sabia como isso era realmente bom, e agora Riki o mostrava com prazer, lhe guiando com a língua. Claro que de primeira, não acertava bem, não conseguia encaixar-se bem, mas aos poucos foi pegando o jeito, ainda meio atrapalhado, mas ainda assim, estava conseguindo ter algum tipo de triunfo naquela bagunça de lábios, línguas e dentes.

Respirar parecia algo que ele tinha certeza sentia falta, precisando aprender com urgência a como respirar e continuar roçando a sua boca na dele, sua mão foi para as costas dele, permitindo que ele o movesse, estava totalmente entregue à ele sem nem perceber. Ele sentia o rosto quente, a mão foi ao peito dele, se apoiando, sentindo os batimentos dele, sabendo que ele estava ali com ele, com o peito no mesmo estado.

O coração rufando como tambores que triunfaram uma longa batalha e agora festejavam com direito a vinho, pois era assim que se  sentia, embriagado. Matsuo havia o embriagado de alguma forma que o deixava totalmente seguro em suas mãos, como ele havia feito isso? Não sabia, mas sua mente apenas aceitava aqueles toques e reagia como se várias descargas elétricas passassem por si. E céus… Era só um beijo, como isso havia ficado tão erótico?

Sentiu as costas contra a superfície da mesa, o viu molhar os próprios dedos, o observou ainda meio inebriado e perdido, quando sentiu os dedos dele naquela região, ele tocou em seu braço ainda coberto pelo tecido, apertando sua roupa. Tenso, não perdendo o contato visual com ele.

Confiança. Era isso que precisava, então com um tímido assentir de cabeça, ele permitiu que o outro continuasse o que iria fazer. Respirando fundo e tentando relaxar como podia, seus olhos totalmente contra os dele, precisando daquele contato visual, agarrando-se a ele como se fosse o porto-seguro naquele mar complexo e escuro.

Seu peito subia e descia gradativamente em um ritmo constante, mas logo que ele forçava o dedo em si, sua respiração travou, um tanto surpreso, mas ele fechou os olhos, deixando-o cuidar de si. Não era doído, mas certamente incômodo e tentava se acostumar com a invasão que começava.

Considerações:

[ Ani ]

O sabor de um aroniano é realmente diferente de qualquer outro draconato que Riki já havia provado. Estamos nos referindo aqui sobre a distinção dos sabores que cada raça tem em seus beijos, nada de coisas mais estranhas do que isso, para sermos bem claro. O homem mais velho poderia sentir o amadorismo na troca de saliva pela parte do outro, mas nada que o fizesse ficar incomodado ou desejar parar com aquele ato, pois estava inteiramente disposto em prestar seus ensinamentos para o moreno com a maior das boas vontades, pelo menos era o que ele gostava de acreditar.

Paciente e de maneira carinhosa, o draconato guiara o maxilar do moreno tatuado para próximo ao seu com a sua mão livre. Seus lábios abriam calmos, o bastante para que sua língua tivesse espaço para sair e lamber a ponta da língua de Basch, sempre executando movimentos estratégicos, tanto para ajudar o novato quanto para extrair daquilo o prazer do beijo para ambos os envolvidos. Não era capaz de parar de pensar o quão doce era aquela boca. Toda a ação era feita de maneira despreocupada, com o único objetivo de unir ainda mais os dois naquele momento dentro da pacata cozinha sobre a humilde mesa de madeira.

Embora aqueles prolongados beijos mantinham de forma sucedida a chama acessa do relacionamento que começara confusa, o foco do homem de fios verdes se direcionava para outra parte do corpo do aroniano, uma parte que Matsuo sabia que poderia extrair sensações um tanto intensas ao seu companheiro. Seus dedos, ora úmidos por sua própria saliva, estavam adentrando lentamente a intimidade de Balthier. Aquilo era um experimento, um jeito de descobrir como o moreno se comportaria em relação aos seus movimentos, se daria passe livre para um ato mais agressivo.

— Vou começar com o dedo médio, depois colocarei também o indicador. — Alertou. E assim o dragão fez, aprofundando o primeiro dedo até a metade e o deslizando para fora sem deixar que a ponta parasse de tocá-lo, repetindo o movimento durante alguns minutos até que decidisse finalmente colocar junto o segundo dedo e recomeçar os movimentos repetitivos. — Se não estiver gostando, não tenha medo de me repreender. — Comentou sincero, direcionando seus olhos para a face do moreno. Riki não tinha noção de como chegara no ponto que estava junto de Basch neste momento, mas desejava com toda certeza que continuassem com aquilo, pois a luxúria dominava a sua mente.

Considerações:

[ Ani ]