• Azor Hokar, o deus da destruição, o senhor da consumação, retornou. Reencarnado no mês de Era, em 329, no Império Corrompido de Aronian. Enquanto o continente dos heróis, Samaria, está mergulhado em guerras e conflitos territoriais e políticos, Hokar reúne suas forças para trazer por fim sua vingança sobre toda a Criação – E por sua trágica derrota na Era dos Deuses.

    Enquanto isso, Mahoro Trakarhin, o rei dos imortais e guardião do Criador, prepara os reis e tenta apaziguar as guerras de Samaria para que possam olhar para o verdadeiro perigo que reside ao norte, no Império Aroniano.

    Não se renda ao temor que Azor Hokar representa e todo o mal que ele ameaça trazer. Una forças com o lado que melhor te convier e participe dessa aventura épica!
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    As Crônicas de Samaria :: Ilha da Estrela

    Ellaes
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    — (s)he's a pirate! —
    O vento sombrio parecia tomar o espaço da ilha, trazendo um dia cinzento consigo. Ellaes não ouvia o canto irritante dos pássaros, não ouvia os pinguins discutindo entre si embaixo de sua janela e, tampouco, os homens que bebiam vinte e quatro horas gritando do outro lado da rua. Abriu as janelas com força, batendo propositalmente a veneziana contra a parede. Os olhos claros seguiram preguiçosos para onde Roger estava deitado, esticado nu sobre a cama de madeira escura. — Bom dia, meu raio de sol! — exclamou em tom debochado. — Esse climinha gostoso não te lembra Aronian? Aquele lugar podia queimar, né!? — o humor ácido denunciava o amargor da capitã, principalmente depois de receber notícias nada agradáveis na noite anterior: o número de piratas aumentava cada vez mais, mas não havia espaço suficiente para todos dentro da Ilha. Muitos estavam debandando por falta de moradia, ou ocupando navios, o que levava a um grau moderado de destruição de seus navios.

    Respirou fundo e deslizou de forma preguiçosa até enrolar o corpo de Roger como se fosse uma serpente. — Acho que você já está sabendo dos problemas que estamos enfrentando… Minha frota está enfrentando um dilema complicadinho, pois a maioria não tem onde morar — ergueu os olhos claros por baixo do queixo do lorde, como se pedisse uma solução sem precisar pensar demais. O aroniano suspirou, fazendo as bochechas de Ellaes roçarem na marca já cicatrizada com sua inicial. — Não vai doer você pensar um pouco, Ellaes. A solução é bem simples e você deve resolvê-la sozinha, não tenho tempo para seus problemas. — ele responde enquanto esfrega os olhos. Os sulcos embaixo das orbes escuras do pirata lembravam-na que ambos tiveram a mesma origem: Aronian. O lugar sombrio e cruel que moldara ambas personalidades a ferro e fogo. Não nutriam uma relação amorosa, apenas dotada de interesses em todos os âmbitos, mas procuravam se respeitar na medida do possível.

    A Baronesa depositou um beijo na mandíbula do lorde e riu baixo, um tanto quanto debochada. — Claro, claro, o todo poderoso super ocupado. — e rolou os olhos. Havia um limite de até onde poderia provocar Roger, se o ultrapassasse as coisas poderiam ficar… complicadas. Seu “marido” não tinha um gênio lá muito agradável. Apoiou-se na cama com as duas mãos espalmadas, pairando acima do aroniano. — Eiii, é uma brincadeira! Vamos lá, vamos lá, não fique tão zangadinho — e deitou-se como uma gata preguiçosa outra vez, provocando o homem com seu jeito manhoso e, bem, quase sedutor. O que havia acontecido a seguir fez com que os guardas do lado de fora do quarto simplesmente tapassem os ouvidos, tanto em respeito ao seu lorde quanto à baronesa.

    Era meio-dia quando ambos estavam prontos e rumando cada um para seu destino. Ellaes desceu para o primeiro andar da mansão de cinco pontas, trombando com Baol que a aguardava desde cedo da manhã. Tinha uma carranca fechada, marcada pelo desgosto e tédio em ter que fazer parte do espetáculo que a dupla havia dado desde manhã cedo. — Finalmente, capitã. ‘Tá mais levinha agora? — debochou. A platinada riu alto, olhou para os lados certificando-se de que ninguém estava vendo, e depositou um beijo demorado nos lábios do baduriano. — Melhor agora? Ou ainda está com ciúmes? — deu dois tapinhas suaves no rosto do navegador caolho e sinalizou para que a acompanhasse até a sala de reuniões.

    Quando entraram, viram dois de seus capitães, Sadira e Falkon, sentados lado a lado, aguardando a baronesa em silêncio. Era muito estranho clima pesado que existia entre aqueles dois, como se uma camada densa de animosidade se instalasse no ambiente quando estavam juntos. Ellaes dá de ombros e se senta na cadeira acolchoada de couro escura. Jogou os pés para cima da mesa redonda e suspirou outra vez. — Certo… Chamei vocês dois aqui porque preciso de ideias para a ilha. Como não tenho um conselheiro e nem quero um pra falar a verdade, prefiro pedir auxílio de meus capitães. As ideias são para expandir nosso território, o problema é que não temos mais terreno para cobrir. — Ellaes sabia que a parte florestal estava fora de cogitação, uma vez que os nativos preservavam aquele espaço como a terra sagrada do “Terror Profundo”. Embora não concordasse muito com aquela palhaçada, tinha de preservar a paz entre os nativos. Havia feito muita bagunça quando estava corrompida, então a harmonia com aquela gente estranha não era a das melhores.

    Baol foi o primeiro a falar, tirando a maçã e a faca de dentro do bolso enquanto resmungava. — Se não podemos expandir para os lados, que seja para cima ou para baixo. — E as palavras foram o suficiente para fazer a mente da capitã fervilhar. Bateu as mãos magricelas uma na outra, abrindo um sorriso surpreso. — Claro! Bom, a única maneira de fazermos isso será para cima, pois o solo é arenoso e instável demais para criar uma galeria subterrânea, pelo menos na costa da ilha. — Vasculhou rapidamente pelas gavetas, procurando o arquivo que constava o quanto a ilha havia acumulado de materiais para construções. Ou seja, madeiras, pregos, vigas de metal e afins. Precisariam de uma madeira resistente, assim como lingotes de metal que não perecessem na maresia. A escolha do metal com toda certeza transformaria aquele projeto em algo custoso demais para o cofre da ilha… E ela não poderia contar com a boa vontade de Roger, é claro.

    Deslizou o indicador pelo livro de registros, contabilizando mentalmente o quanto precisaria para investir naquilo. A mão de obra seria, obviamente, outro ponto de gasto, pois teria de iniciar o projeto com casas vagas e edifícios para que fossem ocupados por moradores e comércios abertos pelos mercadores. — Certo… Bom, precisarei de um arquiteto e um engenheiro. Embora entenda muito bem a respeito de ambas partes, sozinha não conseguirei me lembrar de tudo e criar as contra medidas necessárias. — falou sem tirar os olhos dos registros. — Vocês estão dispensados — comentou baixo, acenando com a mão no ar. Os capitães rolaram os olhos e saíram desgostosos da sala de reuniões.


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    Baronesa da Estrela
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    — (s)he's a pirate! —
    Baol comia sua maçã em silêncio, preenchendo o som ambiente com mastigadas crepitantes. Ellaes ponderou, ponderou… Calculou algumas coisas para si, estipulando ângulos e por onde seria melhor começar. Mas uma coisa ela sabia: o ferro não seria capaz de suportar a maresia por muito tempo. Com toda certeza teriam de trocar as vigas em menos de um ano, o que tornaria todo projeto inviável pelo gasto a longo prazo. Horas se passaram até que um sujeito de cabelos longos, orelhas pontudas e um monóculo bateu em sua porta. Quando o viu, a aroniana apenas ergueu uma sobrancelha em surpresa. Era o segundo elfo que via em sua ilha, mas o primeiro tão cheio de pompa e boa educação. Até ela se sentiu compelida a  usar suas boas maneiras diante a aura tão aristocrática. Ajeitou-se na cadeira e sorriu suavemente, contradizendo totalmente a postura usual da “Capitã Ellaes”.

    Então você é o arquiteto barra engenheiro? — a pergunta era óbvia, soando mais como uma constatação. Sinalizou para que o homem entrasse na sala de reuniões, apontando para uma das cadeiras ao seu lado. — Bom, acredito que meus homens já tenham lhe inteirado a respeito do assunto em si. Minha ambição é expandir a ilha da estrela, quero fazer com que possamos ter mais construções e moradias para nossos marujos. — entregou o registro do cofre para o elfo — Minha ideia é construir para cima, em edifícios. Não será o mais confortável, mas será o mais prático. — o elfo analisou o que estava escrito, ponderou a respeito e estendeu uma espécie de papel gigantesco sobre a mesa e começou a desenhar com um lápis de carvão. — Eu memorizei toda ilha, de cima abaixo, desde que vim para cá. Na verdade, vim com o intuito de estudar a lenda da Ilha da Estrela. Os selos especiais ao redor da ilha são deveras interessantes e bem construídos. Bom, de qualquer forma, como você pode ver, pela altitude da ilha em relação ao mar, deveremos evitar construir alto demais, Baronesa. — apontou para o que seria o mar e a ilha sobre rochas.

    Os ventos do mar são muito fortes quando há tempestade, e, por conta de estarmos acima do nível do mar, eles se tornam ainda mais fortes. Isso faria com que as construções balançassem demais, fazendo o terreno instável ceder gradativamente. Eventualmente, daqui uns três anos, muitos prédios viriam a cair e causar danos economicamente e moralmente para você. — comentou o elfo. Então ele começou a esboçar de maneira rústica, projetando uma altura exata e segura baseada nos cálculos que fazia no canto do papel. Ela podia ver que ele seguia um padrão de alturas intercaladas, que, segundo ele, serviriam para evitar que a ilha se tornasse um corredor de vento, pois planejava interligar as construções com pontes de madeira sustentadas por fios de aço. Dessa maneira, muitos ainda manteriam sua privacidade sem problemas algum.

    Aproximou-se do elfo cada vez mais, imergindo naquele mundo de construções e ideias mirabolantes. E eles tinham tudo, tudinho pronto em suas mentes, só restava colocar em prática. E é aí que o problema se fazia presente:  precisariam do triplo de madeira que tinham nas serralherias, além de incontáveis lingotes de aço temperado, o único mais em conta capaz de suportar os danos causados pela maresia. Ellaes ponderou por alguns minutos, anotando tudo que precisariam num papel e colocou no bolso. — Enviarei uma equipe de busca para procurar minério dentro da ilha enquanto a outra irá atrás da madeira. — estalou a língua. Novamente teria de lidar com os nativos e explicar para aqueles cabeças ocas que desmatar era necessário para evolução econômica e estrutural. Bom, ficaria tudo bem se ela replantasse aquelas porcarias de onde estava tirando. O lado ruim era que não poderia usar de magia para fazê-las crescerem mais rápido.

    Não tinha percebido, até então, que a noite avançava enquanto trocavam ideias e que seu navegador já não estava mais lá. Respirou fundo, jogando o corpo sobre a mesa e espichando o corpo na superfície dura. — Isso foi realmente… Satisfatório! Se conseguirmos manter esse ritmo e recolher tudo que precisamos, teremos a ilha reformada em menos de um ano. — abriu um sorriso aliviado com a expectativa de seus problemas resolvidos. O elfo atou os cabelos louros num coque despretensioso e afrouxou alguns botões de sua camisa de tecido élfico. — Sim, baronesa. Se tudo ocorrer como nos conformes e com ordem, as coisas serão resolvidas muito rapidamente. O problema, e falo isso sem a intenção de ofender, é que estamos lidando com piratas. Muitos sequer farão questão de participar de algo que irá gerar desconforto físico e não encherá seus bolsos. Por mais que respeitem você e Roger, a natureza gananciosa não os deixará fazer nada de graça. — apontou para o bolso da capitã. — Essa será a sua parte, Baronesa — sim, claro, por que não dar mais um problema no colo de Ellaes!?

    Ela sabia que Roger nunca concordaria em pagar marujos para arrumar seu próprio lar. Provavelmente diria a ela que arrumasse algum jeito de fazê-los colaborar sem ter que gastar, nem que tivesse de ameaçar um por um. Voltou a se sentar, retirou o casaco escuro e puxou as mangas bufantes, abrindo espaço para receber a brisa fresca que vinha da janela. — E porque você resolveu ajudar de tão bom grado? Você não receberá nada em troca, elfo. O máximo que posso lhe oferecer é uma noite de prazer e uma casa para morar quando o projeto estiver concluído. — ergueu as duas sobrancelhas de maneira sugestiva. Viu o sangue subir nas bochechas do altivo e depois desaparecer. Ele se inclinou por cima da capitã, afrouxando mais um botão de sua camisa clara. — Não provoque o que você não é capaz de aguentar, baronesa. E meu nome é Varitan, não “elfo”. — sussurrou baixo, deixando um suave aroma amadeirado antes de se afastar da aroniana.

    Pela primeira vez em muito tempo, Ellaes se sentiu compelida a aceitar um desafio. Entretanto, deixaria aquele jogo de sedução para mais tarde quando seu projeto estivesse em andamento. Não queria arriscar um de seus homens acabar abrindo a boca para Roger e ela perder o arquiteto. Daquela mesma forma, se retirou para seus aposentos depois do desjejum, descontando sua frustração no marido.

    Durante a manhã, ordenou que um grupo de busca fosse formado para dentro da floresta. O primeiro grupo conteria ela própria, Baol, Xana, Napat, Garuda, Mahonne, Kinku, Chandon, Aharis, Balu, Miu e José. Este iria atrás da madeira utilizada para confecção das ripas. O segundo grupo, liderado pelo arquiteto, seguiria atrás dos minérios dentro e fora da ilha, utilizando os recursos do cofre para a compra dos lingotes em Drakir e Havir. Obviamente o pior trabalho havia ficado com ela, pois teria de lidar com os analfabetos nativos insuportáveis. Assim que estavam finalmente prontos, com as armas embainhadas e roupas apropriadas, rumaram para dentro da floresta dos ecos, utilizando a trilha gasta feita através dos anos. Não havia pavimentação alguma naquela parte da ilha, tornando-a um setor quase selvagem. Felizmente, um dos integrantes aleatórios, Ishid, tinha pleno conhecimento da fauna e da flora da Ilha da Estrela. O marujo era… curioso a respeito dessas coisas. Bom, ela não poderia julgá-lo.

    Capitã, devemos evitar rios e quaisquer coisas que exijam travessia. Os nativos dizem que lá mora uma criatura que desafia viajantes com charadas. Caso falhemos, ele irá nos matar. — disse baixo, tentando não assustar os demais integrantes da expedição. Acostumada com as criaturas horripilantes de Aronian, uma criaturinha daquelas não era nada para a capitã, mas não sabia como os membros de sua tripulação se sentiriam com aquilo. — Como exatamente é essa criatura, Ishid? — perguntou. O marujo coçou a cabeça, procurando uma maneira melhor de descrever o que havia ouvido falar. — Olhe só, não sei se é totalmente verdade, mas dizem parecer um camaleão gigante e falante. Sei que parece absurdo, mas, segundo minhas pesquisas, é realmente verdade. Alguns dos piratas que estão há mais tempo na ilha mostram com orgulho as cicatrizes que adquiriram ao enfrentar aquela criatura. — deu de ombros. — Acredito que seja sábio evitarmos conflitos diretos, sabe? Só queremos madeira. — advertiu.


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    Em outros tempos, Ellaes fincaria uma espada na perna do homem pela arrogância em dizer o que ela deveria fazer, maaaasss… Era uma pessoa mudada. Depos de se livrar da corrupção de Hokar, passou a prestar mais atenção ao seu redor, ter mais tato com as pessoas. Não poderia e nem conseguiria viver para sempre de ameaças e medo. Assentiu positivamente com a cabeça, mesmo que contra  a vontade, e deu de ombros. — Certo, certo… Vamos seguir pelo interior da floresta, evitando os córregos, cachoeiras e toda essa parafernalha. — resmungou.

    E eles avançaram por quase meio dia, delimitando a área que seria desmatada. Segundo Varitan, aquela pequena porção de desmatamento não alteraria de forma significativa a fauna e a flora da ilha, desde que, claro, plantassem mais mudas no lugar das que estavam tirando. Os homens começaram a cortar os troncos, tirando pedaços e pedaços com machados grandes e pequenos, enquanto a Baronesa estava sentada em uma cadeira tomando seu precioso líquido num cantil perfeitamente refrigerado com a força do pensamento. Deu um, dois, três… Duzentos goles até estar completamente entediada. Não gostava de toda essa palhaçada burocrática. Ninguém disse que para liderar algo você tinha que, de fato, ser líder. — Quanto tempo isso vai levar? — perguntou para Baol que tomava uma água gelada com sua magia estranha.

    O baduriano deu de ombros, olhou para o sol que rachava na cabeça da dupla apertando os olhos e, então, se voltou para a baronesa. — Por algum acaso eu tenho a mínima ideia? Não. — respondeu. Provavelmente ela estava acostumando mal demais sua tripulação, pois a maioria já estava adquirindo seu sarcasmo por osmose. Ergueu uma sobrancelha pálida para o moreno — Ah pronto — retrucou quase que de imediato. Baol balançou a cabeça e voltou a comer a maçã - que por sinal estava quase xoxa. Horas se passaram entre cortes de troncos, pilhagens de madeiras em carroças, pausa para comer algo e voltar a trabalhar. Obviamente o trabalho da baronesa era apenas supervisionar tudo aquilo, porque ela jamais colocaria seus bíceps para trabalhar.

    Era quase noite quando já haviam avançado uma boa porção da floresta, deixando uma trilha de desmatamento para trás. Ergueu as mãos e deu um belo dum assovio. — Princesas do meu coração! Vamos parar por hoje e vamos plantar as mudas que nosso querido herbolário trouxe. São mudas das mesmas árvores que cortamos, as quais ele vem cultivando em sua estufa. Porque? Eu não faço ideia, mas veio a calhar agora. —  balançou os braços no ar, indicando para que seus homens começassem o trabalho de replantio. Claramente, mais uma vez, ela apenas assistiu com um sorriso satisfeito no rosto. Ellaes sabia que aquele não seria um trabalho para um único dia, que provavelmente levariam meses até que as obras estivessem concluídas.

    A lua cantava no alto enquanto os homens finalizavam o replantio, fazendo retoques e seguindo as instruções do marujo muito versado em plantas. Foi então, entre uma afofada de terra e outra, que ela escutou uma espécie de assovio ritmado. Uma, duas e três vezes. Travou os pés onde estava, deslizando calmamente a mão para as armas na cintura. Lançou um olhar sugestivo para Baol, fazendo com que o baduriano repetisse o mesmo movimento da capitã. — Parece que teremos companhia — assim que terminou suas palavras, uma flecha passou voando pelo lado da cabeça de Ellaes, fazendo com que ela girasse o corpo para o lado.

    Aquilo foi o suficiente para alarmar toda tripulação, a qual tomava postos ligeiramente, sacando suas armas e fechando um círculo ao redor do alvo principal: a baronesa. Despreocupadamente ela puxou a flecha cravada logo atrás de sua cabeça, perfeitamente alojada no resto de um dos troncos. Observou toda extensão daquele material o qual, para sua surpresa, não era feito de metal ou uma madeira perfeitamente esculpida. Era rústica, grosseira, continha marcas de lâmina por toda a extensão. — Nativos — sussurrou baixo. A última vez que havia lidado com eles as coisas acabaram… saindo um pouco do controle. Conseguiu convencer metade da tribo do homem a se juntar à frota, mas a outra metade se escondeu nas florestas, relutante a abandonar o lar. Ergueu as mãos para os seus próprios, indicando para que baixassem suas armas. — Alô!? Fala aí, cara, pra quê ficar atirando assim? A gente pode conversar numa boa, sem ter esse desgaste todo — falou em alto e bom tom, tentando ser um pouco menos sarcástica, mas sem muito sucesso.

    Uma segunda flecha voou na direção da capitã, mas foi rapidamente aparada pelo navegador caolho. Ela respirou fundo, outra vez, colocou as mãos na cintura e soprou a mecha prateada de frente do rosto. — Olhem só, a gente pode resolver isso aqui numa boa ou eu posso entrar floresta adentro e destruir todos os nativos dessa merda de ilha um por um. Somos mais de quinhentos, enquanto vocês são apenas cem ou cento e pouquinhos. Não vai ser um massacre bonito de ver — estalou a língua três vezes em desaprovação. Houve, então, o silêncio na floresta noturna. Um farfalhar de folhas seguido de passos suaves, tão suaves que poderiam facilmente ser confundidos com um bater de asas. Refletido na luz da lua, estava o rosto enrugado do líder nativista, carregando pinturas e tatuagens em alto relevo. — Quando vocês chegaram aqui, destruíram tudo! Mudaram tudo! Aui-Rongô dorme na floresta. Aui-Rongô descansa dentro da floresta há várias luas atrás! Vocês acordar Aui-Rongô e todos pagar — cuspiu nos pés da capitã, fazendo com que ela torcesse o nariz.

    ‘Tá, tá, já entendi. A gente é mal, muito mal, bandidões criminosos que procuram evoluir essa espelunca. Meu Deus, que coisa mais horrível!! — levou as duas mãos para as bochechas, simulando uma careta de espanto. De trás do líder da tribo, um rapaz mais novo tomou espaço: tinha cabelos escuros e compridos, era mais alto que Ellaes e muito mais corpulento. Em outra situação, provavelmente a capitã teria dado em cima dele, mas aquele não era o caso. — Você deve ser a Baronesa. Sou Tikkmak, filho de Ukkitak — gesticulou para o senhor de cara amarrada que havia acabado de cuspir em seu sapato. — O que meu pai quer dizer é que vocês estão destruindo uma área sagrada para nós. Durante anos nossa tribo foi responsável por manter o Aui-Rongô em silêncio e alimentado, para que ele não saísse de sua caverna e devorasse a todos na ilha. Os anciões temem que toda essa barulheira e deturpação vá acabar acordando o terror profundo. — a maneira com que o rapaz conversava era suave, como se soubesse exatamente o que e como falar. A aroniana coçou o queixo, bateu a ponta do pé no chão fofo e voltou o rosto para o indigena. — Mas olha só, nossa ilha precisa crescer. Somos duas pessoas com dois problemas aqui em mãos, sabe? — acenou para o alto duas vezes. — Talvez… Possamos chegar num acordo, mas precisarei da ajuda de vocês sim? — passou por Baol, esgueirou-se pelo velho Ukkitak e se escorou no ombro de Tikkmak feito uma gata preguiçosa — Deixaremos essa parte da floresta em paz, mas em troca vocês nos ajudam a lidar com a tribo do outro lado da ilha. Eles encheram o caminho de armadilhas e não querem trocar ideia, saca? Então a coisa tá meio complicada. Vocês, como bons nativos e conhecedores da ilha, com toda certeza sabem de um caminho alternativo para neutralizá-los ou falar na língua deles pra chegar a um acordo. — deu dois tapinhas nas costas do grandalhão.


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    O velhote voltou-se para gritar algo na direção dos dois, algo em língua nativa provavelmente, pois ela não foi capaz de compreender. Tikkmak balançou negativamente a cabeça e respondeu num rosnado alto, parecendo argumentar com sons guturais. Ellaes alternava olhares entre a discussão de sapos, tentando captar alguma palavra repetitiva que remetesse a algo, para entender suavemente o que estavam falando. Mas, obviamente, sua tentativa foi falha. Coçou a testa, espantando um mosquito, e esperou que ambos terminassem. — Meu pai disse que os ajudaremos, mas tentaremos não entrar em confronto com os tribais. Eles são uma tribo mais… feroz. Evitam diplomacia, pois acreditam que a força determina o curso da vida. — cruzou os braços, olhando para os lados e procurando pelo que parecia ser uma anciã sem um braço e perna. — Malikka lutou com eles uma vez sem querer. Acabou quase morta se não fosse por seu par. Ele morreu naquele dia. Bom, voltaremos para falar com você amanhã, Baronesa. — findou.

    A tribo se dissipou rapidamente, deixando para trás o mesmo farfalhar de folhas que havia ouvido antes. Seus marujos suspiraram aliviados pela ausência de conflito, muitos ainda confusos do que havia acabado de acontecer. Virou-se lentamente para Baol, demorando-se na última sombra que desaparecia no horizonte. — Vamos rezar para não termos que torcer o pescoço de uns tribais. — comentou baixo. O navegador apenas rolou os olhos, pois, conhecendo Ellaes, sabia exatamente o tipo de conflito que aquilo resultaria. Ou o líder seria exterminado ou a tribo inteira. A capitã não media oito ou oitenta em suas ações.

    [...]


    Acometida por insônia, ela levantou no meio da madrugada depois de sair dos aposentos de Xana. Por algum motivo, aquela noite havia virado em bebedeira e, depois disso, em algo muito confuso dentro do quarto da haviriana. Ela não tinha o que reclamar, é claro. Quanto mais gente, melhor. Napat também sabia o que estava fazendo, assim como Kinku, Mahonne, Voux… E poderia continuar contando os nomes. Amarrou os cabelos num coque torto e rumou para a mansão de cinco pontas, indo direto para o banho. Assim que estava limpa e renovada, cruzando os corredores com o roupão de cetim branco, trombou com Varitan, o elfo distinto que estava sendo encarregado de arquitetar a nova construção da ilha. — Você já está de volta? — perguntou. O loiro balançou as orelhas e voltou-se na direção de Ellaes, soltando o que parecia ser uma pesada bolsa de couro sobre uma das mesas do salão.

    Sim… A expedição não foi tão boa quanto previmos. A costa leste de Drakir ainda está um completo caos, criaturas estranhas por todos os lados e existem rumores de… Um dragão negro? Não sei ao certo. Mas, se bem me lembro, os dragões foram extintos há séculos. Então acho que deve ser um rumor infundado. — balançou a cabeça e estralou o pescoço. Ellaes deslizou pelo piso de madeira, partindo do corredor para a lateral do salão escuro, onde estava o bar particular da mansão. — Bom, a coisa não foi complicada só para você, se isso te reconforta. Tivemos problemas com os nativos e suas crenças. Por conta disso, vamos ter que tentar negociar com a tribo do outro lado da ilha. Ou matar todos eles — deu de ombros. E nesse momento ela se perguntou se realmente valeria a pena uma chacina. Não que seus homens fossem ligar para isso, uma vez que eram todos piratas ambiciosos. Mas tinha, hum, algo no fundo de sua mente que parecia lhe incomodar minimamente. Esticou o braço e puxou uma garrafa de rum debaixo da mesa, a qual parecia ter seus bons anos de idade. Provavelmente era da coleção de Roger. Puxou a rolha com os dentes e tomou um gole. — ‘Pra abrir o peito. — enviou uma piscadela pro elfo.

    Amanhã é um novo dia, de qualquer forma. Mas temos de preencher os recursos necessários até o final dessa semana, se não atrasaremos demais o projeto — e o inverno de Era chegará. Todos sabem que a ilha, durante o mês de Era, se torna um ponto morto. Apenas ela e Roger têm coragem de pegar navios e sair em expedições ou para algum tipo de saque. Se até o alto inverno aquilo não estivesse pronto, teriam de esperar até o próximo ano, quando as madeiras provavelmente já estariam podres e tomadas por cupins que chegariam no início do verão. — Porque não tenta em Dawhan? Havir também é uma boa opção. — comentou enquanto encarava a garrafa com cheiro forte. — Existem bons ferreiros em Dawhan e eles não são tão ariscos com estrangeiros quanto Havir. Ah, caso você pise no Império das Areias, não esqueça de tirar minha bandeira. Eles me odeiam — fez uma careta e tomou outro gole. Bom, depois que ela colocou um dos barões pra correr sem um braço, um olho e com o rabo no meio das pernas, os rumores sobre ela não eram os melhores.

    O elfo deu de ombros e tomou a garrafa das mãos de Ellaes, examinou-a com os olhos, depois com o nariz e, finalmente, permitiu-se um gole - apenas para sair tossindo feito um cachorro. A Baronesa caiu na gargalhada, rindo tão alto que seu abdômen começou a doer. — PFFFHAHAHA! Isso não é seu refinado vinho não, viu? É bebida de verdade. — apontou para a garrafa. O elfo limpou os lábios, claramente desgostoso com a situação. Balançou a cabeça negativamente e partiu para seus aposentos, deixando a baronesa com um aceno. O problema de tudo isso, é que ele havia deixado uma curiosa aroniana para trás juntamente de sua preciosa bagagem. Os olhos azulados observaram aquela bolsa de couro por um tempo, analisando e ponderando se deveria ou não mexer naquilo. Ele havia deixado para trás, certo? Não era idiota a ponto de deixar algo valioso nas mãos de piratas. Mas, antes que ela pudesse levantar e ir até a bolsa, o elfo retornou, quase tão silencioso quanto um vulto. Apanhou a bolsa e partiu novamente.

    [...]


    Sequer o sol havia raiado e a capitã já estava em pé. Ela e seus homens se organizavam, escolhiam armas e levavam comidas em bolsas para a viagem. Ocuparam, então, todos os cavalos possíveis das estrebarias para que chegassem o mais rápido possível do outro lado da ilha. Após encilhados, a viagem começou, partindo até a ponte que conectava os dois pedaços de terra através do rio. Lá os nativos, Tikkmak e Ukkitak, iriam esperar com seu próprio grupo de tribais. Assim que chegaram, foram recebidos com um retesar de flechas vindo de todos os cantos, ocultos na vegetação abundante. — Calmem, calmem! — ergueu as duas mãos após soltar a rédea do cavalo. — Viemos em paz, amigos! — sorriu de canto com o trocadilho. — E estamos prontos para seguir viagem até a aldeia. — bateu duas vezes no peito do cavalo com a palma aberta. Os dois conhecidos saíram do meio do matagal, ostentando pinturas por todo corpo e armas relativamente exóticas.

    Seguiremos unidos, então, Baronesa. Mas seu exército terá de ficar alguns metros para trás. Se os bárbaros desconfiarem que levamos homens conosco, irão atacar sem pestanejar. — comentou Tikkmak. Ellaes coçou a nuca, ponderou por um curto tempo, e finalmente cedeu às condições dos nativos. — Tá, eles ficam ‘pra trás. Eu e Baol iremos com vocês na frente. Xana, você ficará responsável pelo exército, beleza? — sinalizou para a haviriana montada em outro cavalo atrás de si. Então esporeou a égua e partiu com Baol ao lado dos nativos. Muitos deles continuavam se escondendo entre a vegetação densa, evitando entrar em contato visual com os dois.


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