• Azor Hokar, o deus da destruição, o senhor da consumação, retornou. Reencarnado no mês de Era, em 329, no Império Corrompido de Aronian. Enquanto o continente dos heróis, Samaria, está mergulhado em guerras e conflitos territoriais e políticos, Hokar reúne suas forças para trazer por fim sua vingança sobre toda a Criação – E por sua trágica derrota na Era dos Deuses.

    Enquanto isso, Mahoro Trakarhin, o rei dos imortais e guardião do Criador, prepara os reis e tenta apaziguar as guerras de Samaria para que possam olhar para o verdadeiro perigo que reside ao norte, no Império Aroniano.

    Não se renda ao temor que Azor Hokar representa e todo o mal que ele ameaça trazer. Una forças com o lado que melhor te convier e participe dessa aventura épica!
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    As Crônicas de Samaria :: Clã Amori

    Áster Ælulrien
    Líder de Clã Maior
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    ALIADAS

    Esta é uma RP que ocorre com a personagem Áster Ælulrien e a npc Sayuri Amori

    Local: Ælulrien
    Período: Variado
    Data: Amy - 327
    Clima: Ameno
    Resumo:  Ela sabe que a situação de alguns moradores além das muralhas inspira atenção, no entanto, não conta com a surpresa do dia. Uma mulher, uma mãe desgrenhada e fedida leva ao seu conhecimento uma situação preocupante. O clã Oki, um clã menor pertencente à Ælulrien, está abusando de seu povo. Áster precisa tomar uma atitude já que o líder do clã não acatara a lei de isenção de impostos para a classe mais simples e trabalhadora. O petulante Oshitaru Oki recebe a visita da garota e o seu fim é surpreendente.
    「R」
    Áster Ælulrien
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    ALIADAS
    uma casa de cartas e nós estamos dentro
    Ela despertou após certas horas de sono. Revirou-se na cama, mente ainda enevoada, não havia nada muito claro ou preocupante que permeasse seus pensamentos. Algo raro de acontecer, principalmente depois do último mês. Tantas coisas vinham acontecendo que muitas vezes o simples ato de despertar poderia ser considerado um martírio. Felizmente o dia não se iniciara assim, mas nunca há certeza de como tudo irá se desenrolar, principalmente quando o destino parece estar lhe testando e de uma forma exigente.

    Após tantas desgraças, o ciclo parecia impossível de ser quebrado. Dois dias atrás Áster havia se deparado com o risco de morte. Saira pra levar comida aos pobres além das muralhas e experimentara algo aterrador: um ataque de criaturas das trevas, antes vistas apenas como lendas, mas que agora se sabia de sua real existência. Eles, os "servos do devorador", atacavam vilas desprotegidas, aproveitando-se de um momento de fragilidade. Envenenavam e depois consumiam a carne podre dos mortos e no fim, partiam. Ainda não se sabia o real número daquelas bestas, mas muitos haviam sido abatidos por um grupo de soldados e milicianos das terras de Ælulrien, porém, ainda havia criaturas como aquelas livres, era certo. O bando havia sofrido grande baixa, mas ao menos cinco conseguiram escapar.

    Quando a recordação se instalou na sua mente, Áster logo se situou. O aperto constante no peito se manifestou, ela recordou-se de onde estava, de quem era e de todas as responsabilidades e turbulências que passava. Era desanimador deparar-se com isso logo pela manhã. Lembrou-se das baixas que também tivera. Seu grupo não voltou intacto. E por isso, por reconhecer mais uma vez que não era invencível, ela teve uma recaída.

    — Hmmmm… —  Soltou um lamentoso gemido, cobrindo sua cabeça com os lençóis de seda. Não desejava levantar.

    Devia ser umas oito da manhã e ela não sabia como seria aquele dia, nada havia sido programado. Mas nada em Ælulrien parava, ainda mais naquele momento. O som dos civis seguindo suas vidas chegava até o quarto da líder e ela sabia que os problemas borbulhavam, e alguns ainda demorariam certo tempo para chegar ao seu conhecimento. No entanto, não iria fugir, não iria se trancar no quarto novamente, esperando que o tempo curasse as feridas de suas terras e dela mesma. Ela quem faria isso acontecer.

    Levantou-se. Em poucos minutos já estava banhada e tomara seu café da manhã ali mesmo em seu quarto. Pensativa, ainda tentando encontrar a melhor solução para os problemas que conhecia, passou por volta de duas horas de pé, frente à janela. Não era como seu pai que para refletir se enfurnava na biblioteca real. Áster gostava de observar a vista, o mar, o horizonte que conseguia trazer um mínimo de paz à sua mente e coração.

    A draconata já sabia de algumas atitudes covardes de agricultores como Riki, mas naquele dia descobriria que o problema se tornava muito maior…

    Ælulrien era sua, seu pai não cansava em dizer. Toda aquela extensão de terra rodeada por mares, rios, lagos, córregos, tudo ali pertencia à sua família. Kim conquistara no passado e cuidava de tudo com muito apreço e dedicação. Por isso Áster havia se arriscado dias atrás, por esse motivo havia perdido alguns de seus homens. Aquela ilha era sua, aquele povo era seu, tudo ali lhe pertencia. Mas nem todos pensavam desse jeito...

    A tão jovem líder sabia que havia clãs menores naquela terra e todos deveriam demonstrar respeito e devoção à sua soberania. Mas até mesmo isso havia se quebrado em alguns pontos. Líderes de clãs menores, reconhecendo o momento frágil do governo, já passavam a se aproveitar. Dragões eram assim, fáceis de se corromperem pela ambição, pelo desejo de tomar e dominar tudo o que os rodeava. Não seria difícil de imaginar que em breve algum se rebelaria. A coragem tola destes já os impulsionava a ao menos sobrepor suas ordens às ordens da líder maior. Riki era apenas um aproveitador estúpido. Áster em breve tomaria conhecimento de figuras muito mais perniciosas que ele. E entre essas figuras estava Oshitaru Oki, um velho arrogante e violento, um nome que a draconata ouviria muito naquele dia.

    O território de Oki era pequeno, localizado naquela ilha, fazendo parte de Ælulrien. Oshitaru, além de tudo, era petulante, muitas vezes confrontando o falecido Kim. Só não teve coragem de peitá-lo em batalha porque reconhecia o poder militar do clã maior. Oki sabia que seria massacrado. Mas o destino parecia lhe sorrir naquele instante. O Senhor de toda Ælulrien não estava mais entre eles, seu posto agora era ocupado por uma menina inexperiente e estúpida, uma jovem criada em meio a luxo e mimos, uma draconata que certamente não estava habituada a governar, a se envolver em batalhas de sangue, a manter um pulso firme em relação a todos os problemas que ele mesmo estava disposto a criar.

    Oki gargalhara ao saber da "encenação" da Áster dias atrás. Prender mercenários? Quanta burrice! Todos deveriam ser mortos e suas tripas alimentarem os cães da guarda. Isentar seus súditos de impostos? Outro erro! Como os ricos se manteriam? Como se recuperariam? Era algo inaceitável. Uma pirralha não poderia decidir por ele, não poderia prejudicar sua soberania naquele local que também havia sido afetado duramente pelo ataque de Nagarki.

    Oshitaru Oki decidiu ignorar a ordem clara de Áster e em poucos dias já havia tirado praticamente tudo de seu povo. As terras de Oki estavam perto de adotar um regime escravista. Ele pensava em fazer aquela gente trabalhar pela sua comida, pagar por viver naquele lugar e receber o privilégio da proteção de seus homens. A fome já era certeza para alguns e a maioria se resignava. Não queria confrontar a nova atitude covarde daquele ser, ele os puniria. Era uma certeza. Contudo uma mulher, uma mãe que já entrava em desespero por ver seus filhos reclamarem da fome, tomou uma atitude.

    Sayuri decidiu ir em busca de auxílio. Seu povo sabia da lei de isenção de impostos para todos aqueles que se prestavam a trabalhar pela recuperação de Ælulrien. Seu marido estava trabalhando por isso, ela também, até seus dois filhos. Por quê então o líder daquele Clã não adotara a lei? A brava draconata não fez como a maioria dos seus. Ela decidiu que iria até a nova líder de Ælulrien. O povo ali falava sobre ela, que, apesar de tudo, parecia ser como seu pai. Áster não era como muitos. Não iria extorquir o que aquela gente nem tinha. Ela iria ajudá-los, era a única que podia. Sayuri abraçara-se a essa certeza e por isso se arriscou.

    A valente draconata aproveitou-se da arrogância de Oki. Ele estava confiante demais de que ninguém ali ousaria rebelar-se contra sua ordem. Todos se manteriam calados, trabalhando e pagando pela sopa rala que devoravam na metade do dia. Ele, como sempre, estava enganado.

    Sayuri aproveitou que haveria uma entrega de aves para o povo no interior das muralhas e para a senhorita do Clã Maior. Não havia vigilância para esse serviço e a viagem sequer seria longa, um dia no máximo de carroça, em meio à galinhas, patos, todo tipo de ave que aquele povo comercializava. Então ela se escondeu entre eles. Seu marido tomara conhecimento de suas idéias, a proibira de tentar fazer o que estava pensando, mas ela não o ouviu. Não aceitaria ver seus filhos passando fome.

    Sayuri só não pensava que seria tão difícil. As aves eram ariscas, faziam muita sujeira, bicavam seus cabelos e braços, não aceitavam a draconata em meio a elas. A cada parada do homem que guiava a carroça ela sentia o aperto no peito, o medo de ser descoberta. Para sua sorte aquele era um comportamento natural das aves, faziam muito barulho, se estranhavam, não estavam em gaiolas. Muitas vezes brigavam entre si. O carroceiro não se importava com isso. Ela só precisou aguentar a viagem, o cheiro, a fome e a sede, tudo calada e praticamente imóvel naquele lugar.

    Chegou no meio da manhã, ansiosa para se ver livre da carroça e das aves, tudo ali dentro havia se tornado algo insustentável. Ouviu os homens conversando. A carroça seguiria para o castelo, os servos da líder escolheriam as melhores aves e o resto seria comercializado pelo povo. Era de costume. Sayuri só precisou esperar mais meia hora para então poder despejar toda as atitudes de seu senhor. Ela esperou, ainda que seu estômago passasse a se revirar.

    Chegou à entrada do castelo e foi descoberta. Na central de Ælulrien a vigilância era constante e, bem, uma hora ou outra isso aconteceria. Os guardas questionaram sobre a presença daquela mulher, o carroceiro explicou que sequer a conhecia. A mulher foi revistada, estava em uma situação deplorável. Fedia, com roupas sujas, cabelo desgrenhado. Mas ela tinha coragem e anunciou que estava ali para falar com Áster, a Senhora entre todos os senhores de Ælulrien.

    Sayuri explicou o que acontecia nas terras de Oki e levou cerca de quinze minutos para convencer os guardas de que falava a verdade. Não era tão fácil conseguir uma audiência com a líder, ainda mais chegando em uma carroça, fedendo a cocô de galinha e toda maltrapilha. O que estava a seu favor era a boa vontade daqueles guardas. Todos dentro das muralhas estavam dispostos a ajudar, talvez por conta da promessa de recompensas futuras. Delatar traidores e causadores de desordem era algo recompensável. Áster queria saber de cada problema existente em suas terras e incentivava o povo a falar. Sayuri havia chegado com uma grande novidade e não parecia estar mentindo. Ela conseguiu o que queria, seu esforço valera a pena.

    Não havia nada programado para o dia, mas ainda assim, no salão, houve o encontro entre as duas. A surpresa de Áster foi imediata. Ela deparou-se com uma mulher de braços magros e feridos. O mau cheiro embrulhava o estômago da líder, mas ela evitou demonstrar o incômodo. Não queria causar desconforto na mulher, principalmente por saber por alto o motivo dela estar ali.

    Assim que teve permissão para falar, Sayuri despejou tudo. Falou sobre a cobrança indevida de impostos, sobre um povo passando fome, sobre um tal Oshitaru descumprindo as leis…

    Áster soltou um sonoro suspiro e levou às mãos ao rosto. Sayuri nesse momento temeu a reação, pensou que a menina não havia acreditado, pior, que não se importava. Estava enganada. Áster só se mostrou cansada. Mais um problema surgia e seu grupo de homens sequer havia partido para vasculhar cada canto de Ælulrien em busca dos "servos do devorador".

    — Como se chama? —  Ela perguntou à mulher.

    — Sayuri Amori, Senhora. —  Ela respondeu olhando para os lados, reparando na reação dos guardas que se mostravam incomodados com o mau cheiro. Abraçou seus próprios braços e baixou a cabeça. Queria estar mais apresentável ao ficar frente a frente com a Senhorita de toda Ælulrien.

    — E como chegou aqui? —  Com certa serenidade a líder questionou, percebera o desconforto da  draconata. Seus esforços não haviam surtido efeito, seus próprios guardas não eram nada sutis.

    — Eu vim de carroça. Aproveitei uma encomenda de galinhas. Passei um dia no meio delas e sei que não estou muito apresentável. Peço que me perdoe.

    Áster sem querer deixou escapar um sorriso. Não era um momento adequado, o problema exposto era grave, mas a valentia da mulher a havia conquistado. Sayuri passara um dia em meio à galinhas para chegar até ela e revelar o abuso de um draco. Sim, sem dúvida era muita coragem, mas ela se preocupava com seu estado.

    — Minhas criadas te levarão para um banho e quando você retornar, retomamos o assunto. —  Áster disse. A draco estava incomodada, ela também, o melhor era dar fim ao motivo do incômodo e aproveitar para pensar sobre tudo.

    Fez um simples gesto para um dos guardas e ele saiu, retornando minutos depois com um par de senhoritas que levaram a maltrapilha. A líder aproveitou o momento para solicitar a presença de Raiden, precisava de auxílio. Ele estava em algum lugar do palácio e logo chegara ao salão. Pelo pedido da própria líder não estava presente na hora da audiência, mas a partir dali Áster percebeu que precisava de seus conselhos, era muito cedo para se declarar auto suficiente, principalmente diante a um problema grave como aquele.

    Raiden detalhou todo o comportamento de Oshitaru, revelando também que nunca confiou no draconato. Foi pelas palavras de Raiden que Áster entendeu a gravidade política da desobediência. Antes ela só tinha seu ego ferido, para ela Oki era apenas um draconato arrogante que desobecera a ordem e precisava ser colocado em seu devido lugar. Mas não era apenas isso.

    Raiden explicou que aquela atitude dava margem para outros vassalos fazerem o mesmo. E ainda a alertou que se isso tomasse uma proporção maior, daria coragem para uma tentativa de golpe. Áster sabia exatamente o significado da palavra, era algo muito presente em certas áreas de Drakir, mas algo que seu pai nunca precisou se preocupar. Contudo, na situação era algo possível de acontecer. Então boa parte de sua tranquilidade ruiu. Ela acreditava na lealdade do povo, ainda que dracos como Riki surgissem, ele não era tão importante para ser considerado uma ameaça, mas se ele unisse seus pensamentos à Oshitaru isso poderia acontecer. E se os dois se aliassem a mais dracos com os mesmos ideais… Pronto! A ameaça se tornaria poderosa ao ponto de fazer estremecer sua soberania. Não era difícil supor, a menina era jovem sim, mas não burra. E ainda estava com todos seus sistemas de alerta ligados. O mais eficiente era Raiden, sem dúvida, e a ele ela perguntou:

    — O que acha que devo fazer, Raiden?

    Vê-la com uma expressão que beirava ao desespero o incomodou, mas de certa forma era positivo. Aos poucos o sábio draconato passava a conhecer a forma de liderança de Áster. Ela agia pela paixão, não conseguia ser fria como a maioria. Ela realmente se preocupava e não somente pelo risco de perder tudo o que conquistara. Áster confiava que era a melhor para permanecer soberana naquela ilha e Raiden reconhecia, ela realmente era. Talvez naquele momento fosse um dos poucos a pensar dessa forma.

    — Não poderá manter esse dragão com suas terras, senhorita. Seu pai o presenteara anos atrás por conta de uma aposta. Um erro tremendo. E também nunca poderá confiar que esse… senhor não se levantará contra ti. Oshitaru é arrogante e muito ardiloso. Ferido, buscaria apoio de qualquer um… E aqui em Ælulrien poderia causar uma grande dor de cabeça.  

    Ouvir todas essas palavras deixou a menina inquieta. Áster ponderou, refletiu. Pensou sobre cada atitude que poderia tomar. Uma conversa não deveria funcionar com aquele ser, para Sayuri ele era um louco, para Raiden um petulante capaz de tudo. Pessoas do tipo não ouvem nada além de suas próprias vontades. Então ela decidiu o que lhe parecia o melhor a fazer no momento. O diário de seu pai tinha lhe ajudado muito até então e ela se relembrou de um capítulo onde ele relatara uma situação semelhante há muito tempo atrás. Se iria funcionar? Ela não sabia, mas sempre era lhe cobrado uma atitude e por mais insegura que estivesse, ela teria que encontrar uma. E estava optando pela que mais parecia indicada.

    — Oshitaru Oki não é digno de permanecer em Ælulrien, tampouco de usufruir de nossas terras e abusar de nosso povo. Faremos uma visita ao seu clã e levaremos nossos soldados. — Anunciou com um brilho convicto no olhar.

    — Eles também possuem uma tropa, senhorita. Não posso dizer se é fiel àquele senhor, mas… —  Raiden rebateu. Gostaria de dar alguma certeza sobre o assunto, porém não era algo que poderia opinar, apenas alertar. Áster estava ciente, não esperava deparar-com um líder sem exército, mas isso não a intimidava, principalmente por já ter seus planos.

    — Reúna a quantidade suficiente de dracos. Quero que apenas a presença desses soldados já faça com que os soldados de Oki repensem se querem permanecer sob suas ordens. Aproveitaremos as novas armas e armaduras. —  Ela ordenou, solicitando não somente seus homens, mas também aquilo que poderia fazer muita diferença em um campo de batalha.

    O trabalho de melhoria dos equipamentos da tropa havia se iniciado antes da morte de Kim. Ele sempre fazia o mesmo a cada espaço contado de anos. Ele investia no armamento de seus dragões, dando a eles o que havia de mais poderoso na época, surpreendendo a cada reforma, principalmente alguns tolos que ainda se consideravam inimigos de Kim. Era por esse motivo que muitos evitavam confrontá-lo, era por isso - também - que recebera a alcunha de "Senhor das Armas".

    Raiden havia retomado o processo assim que surgiu a possibilidade, tudo estava quase finalizado, mas já era possível contar com armaduras ainda mais fortes e armas ainda mais letais. Contudo, revelar os equipamentos tão prematuramente poderia ser perigoso.

    — Suas novas armas são as melhores que Kim já investiu. Usá-las agora pode não ser algo recomendável, a senhorita não pode dar certeza de que não haverá um confronto e… —  Raiden tomou uma pausa para refletir e analisar. Toda a paixão de Áster poderia também ser confundida com um ímpeto nocivo. Ela amava o povo, suas terras e até então agira com certa cautela. Poderia matar os mercenários, mas optou por preservá-los, mas também arriscou seus soldados para salvar vilas isoladas. Isso fazia bem para a imagem dela perante ao povo, mas sempre havia o risco de homens julgarem suas atitudes. E agora ela estava solicitando um "trunfo" para usar contra uma tropa que certamente estava abaixo das suas.

    — Um confronto em nossas terras, entre clãs de Ælulrien, seria algo perigoso, ainda mais se for o seu lado massacrando o outro. Líderes menores poderiam confundir as coisas, se eles sentirem o perigo, podem se sentir acuados e se aliarem. — Ele alertou.

    — É fato que nenhum clã menor pode ameaçar o nosso, Raiden. Oshitaru tem poder suficiente ao menos para tentar? —  Ela questionou, com a chama voraz acendendo ainda mais em seus olhos. Não se preocuparia tanto com líderes acuados, não se pudesse mostrar a força que possuía e como reagia ao desrespeito. Ignorou muitas palavras e viu Raiden balançar negativamente a cabeça. Ele sabia que o draco também perdera muito no massacre liderado por Sirius. Mas Áster também o tranquilizou com suas palavras seguintes:

    — Então… Não haverá embate, só quero mostrar à todos que nosso exército está preparado, pelo menos isso conseguimos recuperar. E não quero massacrar o que já está massacrado. Eu tratarei de convencer os homens de Oki de que uma batalha não é necessária, não quero mortos em nenhum dos lados. Eu só quero Oshitaru fora da minha ilha. E é bom que ninguém se oponha a isso.

    — Alguns de seus soldados podem se opor a isso. —  Raiden revelou. Áster conquistava aos poucos seus homens, mas ainda havia muita insegurança entre eles. Não confiavam cegamente nela, ela nunca foi treinada na arte da guerra. Poderia mandá-los para a morte, sem nenhuma ideia do que estava fazendo. Áster suspeitava disso, até mesmo compreendia, há dois dias atrás Elenoy claramente demonstrara sua insegurança em tê-la como líder e muitos deveriam pensar como ele. No entanto Áster sabia que não podia permitir que eles também se tornassem rebeldes. Impor-se poderia ser cedo demais, não queria ser reconhecida dessa maneira, como uma tirana, queria adquirir respeito e isso viria apenas com o tempo. Ela teria que ser inteligente enquanto isso, e pareceu encontrar uma maneira de ao menos inspirar alguns soldados para aquela ação.

    — Sei que nem todas as armaduras e armas estão prontas. As que já estiverem deverão ir para os soldados fiéis a mim desde o início. Ofereça a Elenoy e todo o grupo que me acompanhou na batalha contra as bestas do devorador. Ofereça também àqueles que aceitarem ir comigo até Oshitaru Oki.  

    Então ela saiu, sem mais palavras ou questões. Raiden ficou com mais uma missão complicada. Ele não imaginava qual seria a reação de muitos soldados mais antigos  ao saberem que recém-chegados estavam sendo presenteados com os melhores equipamentos. Seria algo difícil de resolver, mas ele tentaria….

    Áster buscou Sayuri e a levou até o jardim do castelo. Com a draconata muito mais apresentável e perfumada, começaram uma conversa. A líder extraiu tudo o que precisava, conhecendo a real força militar de Oki, sabendo que a maioria ali só o seguia pelo temor. Ainda descobriu muito sobre a situação do povo, que estavam a ponto de virarem escravos. Dragões escravizados por um… Infeliz como Oshitaru? Nunca! Isso precisava parar e pararia, assim que Áster colocasse os pés naquela área e isso aconteceria o mais breve possível.


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    A tropa bem equipada, formada por duzentos lanceiros, cem espadachins e mais cem cavaleiros, começara a marcha enquanto o sol ainda nascia. A viagem demoraria certo tempo, mesmo sem ter paradas longas. Áster seguia na retaguarda, sobre um cavalo negro guiado por Yoongi que nunca perderia a chance de viajar com aqueles homens, mesmo sabendo que era muito provável que não aparecesse a necessidade de combate.

    Eles seguiram em viagem até às terras de Oki, em uma marcha rápida com uma única parada no começo da noite, retomaram o caminho quatro horas depois. Carregavam consigo as armaduras mais reluzentes e as lâminas mais afiadas. O brasão da família estava estampado no peitoral de cada armadura, talhado em negro sobre prata. Oki saberia quem eram assim que batesse os olhos sobre eles e se fosse esperto, ouviria as palavras de Áster. Ela não queria que ninguém em Ælulrien tombasse no encontro, mas se isso acontecesse, era a cabeça de Oshitaru que rolaria sobre o solo que a draco tanto amava.


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    Oshitaru foi avisado assim que os homens de Áster foram avistados ao longe. Saiu literalmente de calças na mão, fora pego de surpresa, estava dormindo. Por mais que sua arrogância o impulsionasse a cometer atrocidades, preocupou-se com a ameaça de ataque. Subiu ao topo do palácio para ter uma visão mais ampla, já tendo instruído seus homens a tomarem formação em frente ao palácio.

    O clã realmente estava muito afetado após a investida de Nagarki, mas contava com muitos soldados jovens que foram obrigados a se alistar apenas para suprir a falta de quantidade.  Qualidade não havia muito entre eles, menos ainda vontade de entrar em combate, mas… A ordem havia sido dada e se descumprisse, morreriam.

    Demorou cerca de vinte minutos até a tropa de Áster alcançar a entrada daquelas terras. Quando os soldados pararam, a líder desceu do cavalo e seguiu até a dianteira. Oki, do alto do palácio, reconheceu o brasão e a garota. E riu mais uma vez. Ela não estava ali para lutar, estava fazendo um teatro para intimidá-lo. Tranquilamente ele se vestiu de maneira pomposa e desceu longos minutos depois. Seus soldados, todos enfileirados, observaram a marcha lenta e debochada do velho, ele não parecia nem um pouco preocupado, não mais.

    Oshitaru ficou frente a frente com a líder. A conhecia graças as visitas feitas ao castelo de Ælulrien. Não houve cumprimentos, ele não se curvou diante à menina que ele tanto desdenhava. Oki apenas perguntou:

    — Visita de cortesia? Para que tantos soldados, filhotinha? Veio tomar minhas terras? —  Seu tom era de pura zombaria, e ele era tão confiante de si que por mais que tivesse levantado a possibilidade, nunca acreditaria que era realmente possível.

    Áster permaneceu calada, alimentando a raiva que sentia por aquele draco. Ele mostrava o sorriso sarcástico. E ela reagiu o ignorando. Desviou-se dele sem nenhum tipo de cerimônia, deu alguns passos e parou diante ao exército de jovens apreensivos e destreinados. Ela elevou sua voz a todos soldados que estavam ali. Estava interessada neles.

    — Tomei conhecimento da situação de todos vocês. O Clã Oki sofre nas mãos de um insano que ousou desobedecer minhas ordens. Sei que muitos nessa tropa não gostariam de estar carregando uma espada, que foram obrigados a isso. Sei também que suas famílias podem estar passando fome neste momento.

    Oki ouvia as palavras e trincou os dentes, furioso. Havia sido ignorado na frente de seus guerreiros e a garota ainda falava com eles, conhecendo a história, o que era pior. Ele presumiu a tática dela, ela queria conquistar seus homens e não cessava suas palavras.

    — Não estou aqui para batalha. Quando deixei meu castelo prometi a mim mesma que nenhum dos homens da tropa de Ælulrien e de Oki sangraria pela insolência desse verme e quero que isso realmente aconteça…

    Ao ouvir a ofensa, Oshitaru se manifestou. Foi até Áster, tocando seu ombro com aspereza e fazendo com que se voltasse para ele.

    — A senhorita me ofende diante aos meus homens e nas minhas terras? Tem noção do que está fazendo?  

    A draconata livrou-se do toque que passava a apertar seu ombro com mais força, um indício claro de que Oshitaru perdia a paciência. Áster repousou sua mão sobre a mão do outro, os olhos brilhavam em fúria, mas o toque não foi agressivo, pelo contrário, fora muito sutil. A líder torceu o polegar do seu vassalo, usando uma tática simples que havia aprendido. Oki se curvou, irritado, mas cheio de dores. Gemeu. Áster o libertou do golpe. Ela se afastou alguns passos, enquanto os soldados de Ælulrien avançaram mais dois metros. Aquele simples movimento pareceu estremecer o solo e o som dos passos daqueles dracos fizeram Oshitaru diminuir ainda mais a confiança que tinha em si.  Oki desviou seus olhos para a movimentação, agora engolindo em seco sua arrogância. As armaduras e lâminas do exército passaram a intimidá-lo, pois Ælulrien era reconhecida por possuir os soldados com os melhores equipamentos do sul. A lâmina de qualquer espada era capaz de decepar qualquer membro em um só golpe e o soldado nem precisava usar a força, os "pontos fracos" encontrados em qualquer armadura quase não existiam ali. O segredo daquelas vantagens vinha do conhecimento que seus talentosos ferreiros haviam adquirido dos anões e aperfeiçoado com o passar do tempo. Cada soldado de Ælulrien era conhecido como uma muralha intransponível, uma muralha que, além de tudo podia arrancar membros. E os homens de Oki... Bem, eles carregavam armas surradas, pois as melhores haviam sido levadas pelo bando do bárbaro .

    Oshitaru recuperou sua postura, pigarreou, quis parecer mais ameno nas palavras seguintes, mas a arrogância o impedia de ser alguém agradável.

    — Meus homens me servem, pois reconhecem minha experiência. Estou no comando desse Clã por longos anos, não cheguei a pouco mais de um mês, adotando prisioneiros quando deveria matá-los e nem colocando essa tropa em risco para salvar a plebe em vilas remotas.

    Aquilo havia sido uma direta clara, algo que fez Áster semicerrar os olhos enquanto encarava o senhor. Ele, vendo que a tinha atingido, sorriu mais uma vez.  Queria despejar toda sua experiência, mas fez errado, só que isso não importava, havia atraído a atenção da garota insolente. Ela manteve seus olhos sobre ele por alguns segundos. Ele ainda mantinha o sorriso debochado. Diante a essa atitude, a líder dos dragões estrelados elevou sua voz para o anúncio.

    — Eu estou aqui como líder maior de toda Ælulrien. Ninguém vai desobedecer nossas leis, ainda mais para abusar de nosso povo. Oshitaru Oki não é mais senhor dessas terras, mais ninguém aqui está sob suas ordens tirânicas, nem seus soldados e nem seu povo.

    Oki gargalhou, achando tudo um absurdo. Mas Áster não parava de falar.

    — O Clã Oki não existe mais. Esse senhor está abaixo de qualquer um de nós, não soube respeitar a benevolência de meu pai e…

    Todos ouviram o sonoro som do tapa, assistindo aquele homem tão violento perder completamente a cabeça. Ele avançara contra a líder, esbofeteando seu rosto, causando comoção geral. Agarrou-a pelos cabelos, puxando a cabeça para um dos lados. O pescoço da jovem reclamou, um filete de sangue passava a brotar do canto direito de sua boca, enquanto isso seus lanceiros erguiam as armas. Áster sentiu o sangue ferver naquele momento, agarrou a mão que puxava seus cabelos, tentou aplicar um golpe para derrubar Oki, mas tudo o que conseguiu foi ter sua cabeça sacudida, levou sua mão ao pescoço do covarde, cravou suas unhas naquela traquéia, mas ainda ouviu as palavras do maldito.

    — Você, praticamente uma filhote de dragão, vem às minhas terras falar asneiras? Não queria uma batalha, não é? Mas não vou tolerar isso. Soldados de Oki, ataquem!

    Ela abaixou sua mão logo em seguida. E ninguém se moveu, de nenhum lado ninguém moveu um dedo. Oki olhou ao seu redor, achou tudo muito estranho, apenas um tapa contra a líder já seria suficiente para levar os soldados de Ælulrien ao ataque, mas nada acontecia. Então ele viu o movimento discreto das mãos de Áster, ela pedia com esse gesto que ninguém reagisse. Os soldados de Oki obedeciam aquela ordem, talvez por reconhecerem que estavam em desvantagem, talvez por confiarem nas palavras da menina. Aquilo fez Oshitaru perder o pouco do bom senso que ainda lhe restava.

    Oki tinha noção do que acabara de fazer, e como a própria Áster dissera, estava abaixo de todos ali. Seria capturado e morto, não tinha nada a perder. Então ele agiu. Jogou a líder no chão e avançou sobre um de seus soldados, tomando sua a espada. Antes de qualquer movimento mais ameaçador, sentiu a perfurada no joelho esquerdo. Uma lança atravessou pele osso e nervos, até vazar do outro lado. Ficou presa à carne até pela metade. Tudo aconteceu tão rápido que Oki nem teve a oportunidade de se virar, caiu para o lado, largando espada e urrando de dor segurando a haste de aço, aqueles lanceiros de Ælulrien não possuíam lanças comuns.

    Áster se levantava. Limpou o sangue de sua boca e caminhou poucos passos até o draco que se contorcia no chão.

    — Você sabe qual é a punição para esse tipo de ofensa.

    Ele sabia… Aquilo não era uma pergunta. Kim já decepara muitas cabeças de traidores.

    — Vamos, deixa de conversa. Mande seus dragões acabarem com isso. Matem-me! Eu nunca vou aceitar ser capacho de uma pirralha incapaz de segurar uma espada, quanto mais liderar toda Ælulrien.

    Áster se abaixou, olhando-o nos olhos.

    — Há muita bondade em meu coração, criatura. E perdão também. Ninguém em Ælulrien irá te matar.  

    Por um segundo Oki teve esperança, mas percebeu o sarcasmo naquele olhar, ela estava planejando algo. A draco se levantou. Retomando seu tom elevado de voz para ser ouvida por todos ela disse:

    — Este ser está banido de toda a ilha. Convido a todos a presenciarem sua partida. Ela será feita no porto, daqui a dois dias e no mesmo dia eu revelarei quem assumirá o controle dessas terras.  

    Os homens ergueram o dragão, que teve que assistir Áster lhe dando as costas mais uma vez. Ele não era digno de sua atenção, não mais, estava completamente derrotado.


    DOIS DIAS DEPOIS


    Havia uma grande aglomeração na área costeira. Qualquer um estava convidado a assistir a partida de um traidor da benevolência dos soberanos naquela ilha. Áster estava ali, rodeada por guardas, segurando um chicote. Ela não queria que demorasse muito e logo viu seus homens trazerem Oshitaru. O homem tinha corrente nas mãos e o ferimento do joelho impedia que caminhasse bem, mas ainda assim ele mantinha a arrogância no olhar. Risadas começaram a explodir de todos os lados, além de acorrentado e manco, ele também estava completamente nu, com o joelho infeccionado pela ferida que não foi tratada enquanto aguardava pela sentença nas masmorras.  

    Oki foi posto de frente à Áster e ela desenrolou seu chicote, movimentou seu punho com destreza, fazendo o corpo de couro estalar no chão. Não havia tanta técnica quanto ela desejava, mas para intimidação era o suficiente. Logo depois ela disse:

    — Encontre seu novo lar, Oshitaru. Já que a Governante dessas terras não é merecedora de seu respeito, ela lhe convida a se retirar. Nade até a próxima ilha, mas você não vai levar nada de Ælulrien, apenas as suas lembranças.

    Oshitaru a encarava com intensa fúria, mas acorrentado e manco nada podia fazer. Foi posto de costas. Apenas ouviu o som do couro cortando o ar, em um movimento rápido e simples, Áster girou seu chicote sobre sua cabeça. O tamanho curto permitia um manejo facilitado e ainda no ar, sem nenhum tipo de parada, o chicote rebateu contra o traseiro nu do insolente. Oshitaru permaneceu parado, apenas levou seus olhos ao mar. Ele sabia que no estado em que estava não poderia nadar. E naquele dia em especial as ondas estavam muito mais furiosas do que de costume. A Ælulrien fez o chicote estalar mais uma vez, com seu movimento simples movimentou a peça. E houve mais uma chicotada, essa mais forte e precisa. Um corte se abrira no lombo de Oki, mas ele permaneceu imóvel. Áster já estava impaciente, mas usou a ironia para resolver o problema.

    — O que foi? Repensou sobre seu conceito? Vai aceitar que sou eu a soberana por aqui? Isso não devolverá suas terras, Oki. Elas já tem uma nova senhora. Sayuri Amori demonstrou imensa bravura vindo até mim para me contar suas atrocidades. Ela já tem minha permissão para liderar aquela área.

    Oki trincou os dentes. Aquelas malditas dracos! Ele deu seu primeiro passo. E depois outro e mais outro. Mancava, sentia a dor. Oshitaro sabia que o mar lhe engoliria em poucos metros, mas mantinha seu orgulho. Morreria com ele. Nunca se curvaria diante àquela que o mandava para morte. As ondas o derrubaram assim que foi tocado pelas águas, ele se ergueu e continuou. As águas do mar de Ælulrien eram indomáveis, fortes e traiçoeiras. Carregavam qualquer um incapaz  de confrota-las. O mar era revolto, parecia furioso e intocável. E naquela manhã mais uma vez levou um para as profundezas. Oki só conseguiu caminhar por cinco metros e depois sumiu. Seu corpo seria encontrado dias depois, boiando em um lado qualquer da ilha.

    Áster, a inexperiente líder de um clã que poderia sofrer com uma revolta e uma tentativa de golpe, dera um recado para qualquer um que se arriscasse a pensar nisso. Ælulrien era benevolente com todos os seus, o povo seria respeitado e trabalharia em conjunto para retomar toda a glória, mas rebeldia entre eles, levantadas até mesmo por senhores de terras, não seria tolerada. Todos teriam que respeitar a nova líder, que independente da idade, era a real herdeira. E a partir daquele dia todos também teriam que respeitar a corajosa Sayuri Amori.


    HORAS MAIS TARDE


    As duas líderes se encontravam no salão, finalizando uma primeira reunião política. Áster sabia que as terras de Oki possuía grandes árvores e serralherias, era algo que seria necessário para seu próprio clã e por isso estava deixando claro para sua grata amiga suas necessidades.

    — Faremos um tratado comercial, trabalhando em conjunto. Eu preciso muito do apoio de todos, Senhora Amori. A situação é complicada, eu ainda inexperiente, mas tudo o que mais desejo agora e poder depositar minha confiança em alguém que a mereça, e acho que és essa pessoa. — Áster se mostrou sincera em suas palavras. Tanto já havia acontecido em um espaço tão curto de tempo, agora ela retirava o título de um líder e o repassava para outro. Alguém que também possuía suas inseguranças.

    — Eu asseguro que poderá confiar em mim, Senhorita, além de tudo terás minha eterna gratidão. Só que também não sou experiente no assunto. Eu sequer saberei o que fazer com os soldados de Oki. — Revelou. Para isso Áster já tinha uma idéia.

    — Não poderemos deixar suas terras desprotegidas, por isso enviarei um bom comandante para que possa lhe instruir sobre o assunto. Também tenho esperanças de que possamos estabelecer uma relação leal entre aqueles jovens de Oki e nós. Vamos treinar esses jovens, Sayuri. Irei trazer alguns para Ælulrien, temos mais condições aqui. Vamos aprender muito sobre como governar nossas terras e isso faremos juntas.

    A aliança foi formada dessa maneira. Áster há tempos atrás ainda era uma líder inexperiente, alguém até mesmo perdida, alguém que só desejava encontrar apoio e saber em quem confiar. Sayuri se tornou uma verdadeira aliada e não apenas isso, também se tornou uma grande amiga, sempre apoiando e também recebendo apoio da maior. Uma grande parceria surgiu ali.



    :: ATRIBUTOS ::

    AGI: 04 | FOR: 01 | DES: 05 | INT: 19 | CAR: 12 | RES: 07 | HP: 570 | MP: 60

    :: EQUIPAMENTOS ::

    ★:

    :: PERÍCIAS ::

    :

    :: AÇÕES ::



    ::OBSERVAÇÕES::

    ★ Houve uma tentativa de treino de combate desarmado e chicote. A importância foi dada a Sayuri e explicar sua ascenção. Peço o aumento da confiança entre os clãs e se possível a formalização de tratados como apoio bélico e aliança. Se possível também queria adquirir tropas leais aos dois clãs.

    ★ Música:   House Of Cards
    ★ Com @Sayuri Amori (Npc)
    ★ Qualquer dúvida, MP!
    ★ Abraços!
    Áster Ælulrien
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    Zoren Fwëryatt
    Príncipe
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    Áster

    O resultado do seu treino de Combate desarmado, Chicote e Intimidação foi:

    • Coerência e Dinâmica (25/25)

    • Desempenho da Perícia (15/15)

    • Estrutura e Digitação (25/25)

    • Enredo e Criatividade (35/35)

    Sua narração estava maravilhosa e não achei nada que merecesse desconto. Adorei como detalhou bem seu texto, explicando tudo que era necessário para um bom entendimento do contexto além de ter feito isso com uma escrita leve e agradável de se ler. Parabéns pela ótima DIY.

    XP FINAL: 100 x 2 = 200xp


    RESULTADO
    + 200xp em Combate Desarmado, + 200xp em Chicote e + 200xp em Intimidação, + 200xp em Carisma, + 2 pontos em Tendência Positiva + 5 Sanários de Ouro, + 10 Pontos de Criação, + 40 Pontos de Confiança entre os clãs e um Tratado Comercial.  


    Dúvidas ou reclamações? Favor, enviar mp a Justiça.
    Atenciosamente, Zoren.
    Zoren Fwëryatt
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