O calor de Hol suscita respirações ofegantes a todos que se atrevem a andar sob os seus raios. E para a minha infelicidade, terei de travar essa batalha caso eu queira os ingredientes do chá que pretendo fazer. Prometi a Blossom que faria um delicioso chá mate, no entanto, apenas um comerciante especializado no assunto vai ter a erva necessária em uma época de sol tão forte quanto essa.

Quis de toda forma me desvencilhar dessa realidade, trajando um vestido leve apesar de comprido. Mas receio que o véu quase translúcido do tecido não será o suficiente para aliviar-me do calor da estação. É por isso que passos cautelosos — debaixo da sombra de uma sombrinha — me levaram a caminhar nas ruas, cujo chão possui uma cor nada convidativa.

Escuto o sussurro dos véus folgados da roupa escolhida, um bom sinal. O vento sopra ao meu favor. Por um momento, um sorriso de alívio desprende-se dos meus lábios. O comércio está cheio, porém. A aglomeração em nada ajuda. Mas a aparência que reflete a nobreza local sim. Instintivamente todos se afastam, sem que eu precise pedir licença.

Finalmente, a grande loja de produtos naturais.

— Olá, estou à procura de erva-mate. — Falo de modo direto, com o vendedor que encontra-se no balcão.

O vendedor não responde, não de imediato. Seu rosto se fecha em um semblante confuso, a mão no queixo desenrola seus pensamentos. — Hmmm... Deixe-me ver.

Suspiro, aguardando o homem procurar em seu estoque. — Está bem.

— Ah, veja só! Já ia me esquecendo. Desculpe mocinha, mas todo o estoque de erva-mate foi encomendado para um hospital de uma das ilhas vizinhas. — Ele sorri meio sem graça. — Sabe, é bem difícil o cultivo dessa planta em Hol.

— Oh... — Expresso um espanto, não esperava por isso.

Contudo, não pretendo voltar para casa com as mãos abanando. Não enfrentei o sol ardente para não achar o que procuro. Então sorrio. Inclino levemente a cabeça e deixo os meus cabelos escorrerem sobre os meus ombros, como o véu negro da noite. Fixo meu olhar ébano no homem de postura desajeitada. Pálpebras semicerradas. Lábios semiabertos.

— Você tem certeza? Uma só erva não vai fazer diferença em todo o estoque. — Minha voz soa tranquilamente. Meus dedos começam a correr pelo balcão, aproximando-se dos braços do homem que se encontram apoiados sobre a madeira do móvel.

Visivelmente ele fica mais sem graça. Suas bochechas estão fortemente coradas. — Érrr... Mas, senhorita, eu não posso...

— Por favor, eu preciso. — Sinto que devo apelar mais. — Minha melhor amiga está acamada, esse chá faz parte da sua receita. Somos só eu e ela no mundo. Se eu não tratar a sua enfermidade, não sei como será viver sozinha... — Exagero, claramente, ainda mais com lágrimas mentirosas que começam a transbordar em meus olhos.

Ele demora a responder, observando-me. Sua feição transparece certa inquietude, sei que ele quer ajudar. Ele é uma boa pessoa, caso contrário não se importaria com a barganha, nem ao menos tentaria resistir aos encantos de uma bela elfa. E é por isso que resolvi atacar o que ele me mostrou ter de mais precioso: sua bondade.

Enfim, o vendedor honesto cedeu. — Está certo. — Deu as costas por alguns segundos e logo voltou, com um saquinho de papel nas mãos. — Aqui tem a erva que precisa. Acredito que mês que vem terá mais. Então se apresse para vir comprar, está bem? — Disse o homem, entregando-me a mercadoria.

— Está certo. — Sorrio. Pego o saquinho e deixo algumas moedas sobre a madeira.

Assim sigo para fora do estabelecimento. Um suspiro de alívio escapa pelo meu fôlego. Por pouco não faço uma viagem perdida. Dessa maneira, traço rumo para casa. Porém, parece que hoje o dia não nasceu para ser fácil; um garoto desatento passa rente ao meu lado. Quase nossos ombros esbarraram. Então parei, por um momento. Em seguida escuto suas palavras, fazendo-me olhar para trás.

— Achei que nós éramos mais atentos. — Respondi o rapaz. Além do que foi dito, as orelhas pontudas denunciam a raça em comum. Logo, não pude resistir ao rostinho dele corado ao notar que percebi sua fala. — Sabe, aqui em Xuridra é bem comum encontrar outras raças. Senão, também estaria surpresa. — Comento.

Considerações:

Tão formal, chego a ficar desconfortada comigo mesma por ter aparentado ser rude com o rapaz. Com mais calma, consigo me atentar aos traços delicados de sua fisionomia. O que não me surpreende tanto, afinal, uma das características dos elfos é justamente ser a raça mais bela. Enquanto o observo, ele não mede esforços para me recompensar pelo inconveniente.

— Sim, Hikari é uma ótima líder. — Respondo, levando uma mão aos lábios a fim de aparar as pequenas risadas que escapam. — Então você conhece este lugar antes da Hikari assumir? — Questiono com certa curiosidade no olhar. Se ele realmente já veio aqui há um tempo, isso significa que não é tão novo quanto aparenta ser. Ademais, pode ter uma boa história para contar sobre o passado de Xuridra.

Em seguida, percebi que não sou a única oportunista do lugar. A vendedora não deixou passar a chance de garantir uma venda. Ela levantou-se com entusiasmo e convenceu o garoto a me presentear com alguma das frutas. À vista disso, acho que não há nada demais em aceitar a oferta.

— Com tanta gentileza é difícil recusar. — Brinco. — Estas maçãs estão com uma cor adorável, no ponto perfeito para um chá. Vou querer duas. — Indico as frutas, escolhendo quais vou levar.

Sem relutar, o simpático elfo retirou do seu bolso a quantia em moedas para pagar a senhora. Peguei as maçãs, embrulhadas dentro de uma sacola, e junto ao garoto comecei a tomar distância do comércio. Uma atitude quase que instintiva. Logo, uma pausa na caminhada sucedeu a apresentação cordial do rapaz; entreguei minha mão sobre a dele, aceitando o seu beijo.

— É um belo nome, Elendor. Sou Ilia. — Comento, com um sorriso de canto. — Ah, a propósito, o que acha de tomar o chá preparado pelas maçãs que gentilmente comprou para mim?

Embora Xuridra tenha bastante diversidade de raças em seu território, agora que paro para pensar, Elendor é o primeiro elfo que encontro desde que cheguei aqui. Exceto por Yubaba, mas acho que ela não conta muito como parâmetro da população da ilha. Fora isso, devo admitir que os olhinhos tão meigos e a postura tão carismática do elfo me conquistaram.

— Que ótimo. — Responderia. — Bom, esse sol não te incomoda? Se quiser, pode aproveitar da sombra. — Ele poderia se aproximar para também ser coberto pela sombrinha que carrego.

Caso Elendor aceite o convite, seguiria com ele até em casa. A estalagem onde Blossom e eu estamos morando, um pouco afastada do centro e próxima à floresta. O bom senhor Mushu, dono do estabelecimento, com certeza deixaria que eu entrasse com o rapaz como visita. Lá, poderíamos usar a cozinha.

Considerações:

Respirei fundo.

O perfume dos jardins da estalagem são inconfundíveis. Ainda que o sol não tenha timidez no mês de Hol, o velho Mushu sabe bem como cuidar das suas flores. Um sorriso se estende no rosto do senhor. Ele se levanta da pedra em que se encontrava sentado, a mão envelhecida firme sobre a bengala de madeira, então aproximou-se sem pressa.

— Senhorita Ilia, vejo que está acompanhada e dessa vez não é pela pequena. — Ele comenta.

— Olá, Sr. Mushu. Este é um viajante que encontrei no comércio, Elendor. Um elfo também. — Apresento o rapaz, enquanto continuo caminhando para dentro da estalagem. — Convidei-o para tomar um chá. Espero que não se importe. — Sorrio.

Os olhos de Mushu se fecham como arcos. — Guarde um pouco pra mim. — Ele sorri e volta a cuidar das plantas.

Passos leves me levam percorrendo o interior do local. O piso de madeira emite seu rangido típico a cada passo dado. Antes de irmos à cozinha, sigo rumo ao meu quarto. Minha mão escorre sobre a maçaneta, sem dificuldade abrindo a porta marrom. Está destrancada, provavelmente causa de um descuido de Blossom que não se encontra no quarto. Todavia, agora posso repousar a sombrinha assim como Elendor pode descansar os seus pertences mais pesados.

— Obrigada. Mas quem merece o mérito é Mushu, ele é o dono dessa estalagem. — Respondo Elendor.

Vejo que Elendor já está mais à vontade para prosseguirmos. Esperando que o elfo me siga, caminharia até a cozinha. Um ambiente grande, com aparelhos tão grandes quanto. Ainda com as sacolas de compras em mãos, despejaria as mercadorias sobre a bancada próxima à pia. Então, um a um, começaria a lavar os ingredientes.

— Era pra ser temporário, mas já está virando fixo. — Penso até onde poderia contar a respeito da minha história. Embora Elendor não parece um espião ou coisa do tipo, informações sobre a Elite de Hikari devem ser mantidas em segredo. — Digamos que eu tenha me tornado uma diplomata de Xuridra. Por enquanto, estou servindo Hikari em seus propósitos políticos de aliança com outras nações.

A água escorre sobre as minhas mãos, enquanto meus dedos esfregam-se na superfície da maçã. Ao final do processo, repito com a outra. Procuro deixar as maçãs o mais higienizadas o possível. Não dá pra confiar totalmente nos vendedores, ainda que a fruta tenha uma ótima aparência. Logo, com um pano enxugo ambas. Então procura uma tábua de corte nas gavetas da cozinha, bem como uma faca afiada.

— E você, o que o trouxe à Xuridra? — Pergunto ao elfo.

A pergunta parece ingênua, mas por ser tão vaga pode ser capciosa. Ninguém vai armado à turismo, nem para visitar parentes. Algo despertou a atenção desse elfo para sair de Etherea e chegar aqui. Não duvido que ele tenha segundas intenções como eu mesma tive. Resta saber quais são suas motivações. Pois, aprendi que não dá para confiar nos habitantes da floresta, lugar onde sofri parte da minha vida.

— Conte um pouco mais sobre você. Vi que carrega uma espada. É um guerreiro? — Minha voz soa doce, de maneira bastante meiga continuo querendo saber mais dele.

Já com a faca e a tábua de corte, posiciono as frutas e começo a cortá-las. Sem que seja necessário retirar a casca, corto as maçãs ao meio. Logo, com a ponta da faca retiro as sementes e o miolo, separado-as ao lado para descartá-las depois. Em seguida corto as metades em quatro partes.  Agora, busco uma panela de tamanho médio no armário baixo. Após encontrar, coloco-a sobre o fogão. Ponho as laranjas picotadas dentro da panela, então despejo água suficiente para cobri-las.

— Pode pegar a canela pra mim? Está naquele potinho ali em cima. — Aponto para um frasco amarelo sobre o armário mais alto. — Ela dá um ótimo sabor. — Nunca usei canela no chá de maçã, mas quero ver como o elfo vai fazer para pegar o objeto lá no alto sendo que não há nenhum móvel para se apoiar. Será que ele é treinado?

Esperando que Elendor pegue a canela para mim, jogaria algumas pitadas da especiaria na água com as maçãs. Então, poderia deixar ferver em fogo alto, com a panela tampada.

— Agora é o tempo da água ferver. — Sorrio.

Considerações:

Ele foi ágil. Bastou um pequeno impulso para apoiar-se na parede com o pé e então apanhar o pote.

— Talvez o Sr. Mushu não fique tão contente ao ver uma marca na parede, — comentei dentre algumas risadinhas. Falei para encabular o rapaz, sei que o velho não vai se emburrar por tão pouco.

Parei os risos e sorri para ele. — Então você é um aventureiro, viajante... entendo. A sensação de liberdade é boa. Eu também vivia assim, viajando de reino em reino, porém ocupando o cargo de conselheira para vários membros da nobreza. Posso dizer que Hikari é diferente, a começar por sua raça, híbrida de fada com dragão; e depois pelos seus ideias justos e bem ponderados. — Afirmo, respondendo questões anteriores do elfo.

Posso afirmar que as palavras de Elendor até então são convincentes. Ele não parece mentir, tão pouco representar uma ameaça. Suas falas criam uma ideia lógica, não encontrei falhas nem em seus dizeres nem em suas expressões. À vista disso, creio que um bom chá possa finalizar este dia. De qualquer maneira irei reportar a presença do elfo à Hikari, porém. Inclusive, caso ele goste de Xuridra, o rapaz pode servir de força militar contra a guerra que está por vir.

— Enquanto a água ferve, você pode ficar à vontade. Os jardins daqui guardam flores muito belas. — Respondo, ao final dando uma piscadela, indicando o que ele poderia fazer. — Já eu, vou trocar esta roupa. Com licença. — Apesar do apreço que tenho por vestidos longos, nada supera uma roupa curta no calor. Com a licença de Elendor, sairia da cozinha e voltaria para o quarto. Já com a peça de roupa em mente, iria direto ao ponto, não posso demorar por conta do chá no fogo.

E por conta da pressa, deixei a porta entreaberta.

Jogaria o vestido curto sobre a cama, uma veste de cor tão negra quanto os meus cabelos. Do vestido composto por véus, desceria pelos meus ombros a única coisa que o sustenta em meu corpo: as alças. A peça de tons azulados escorreria sobre a minha pele alva, contornando minhas curvas até cair no chão. Já despida, quando encostei os dedos na roupa preta, de relance vi os pertences do elfo sobre a cama.

Curiosa, aproximei-me. Sentei ao lado e dedilhei os equipamentos. A espada embainhada do elfo, é o que mais faz os meus olhos brilharem. Seguro a arma, repousando-a sobre o meu colo com cuidado, e a retiro de sua bainha. Ela é pesada. Suas extremidades parecem extremamente afiadas. E o reflexo nítido do meu olhar curioso sobre o metal mostra o quão polida ela é. Por todas as características que encontrei, certamente é de um material muito bom.

Um estalo se sucede em minha mente. — O chá, — acabo sussurrando.

Apressada novamente, guardo a espada do elfo procurando deixá-la da mesma forma que a encontrei. Levantei-me, peguei o vestido preto e rapidamente o trajei. Então suspiro, apalpando o tecido para arrumar um bom caimento sobre o meu corpo. Recolho a outra peça do chão e a devolvo para o guarda-roupa. Agora posso voltar à cozinha.

Considerações:

No meio do corredor, encontro o elfo. Seu olhar me repara de um modo mais expressivo. Então, aproximando-se ele me elogia.

— Obrigada, — respondi com um sorriso. O aroma da bebida da maçã se faz presente, invadindo o interior da estalagem. — O chá já deve estar pronto.

Elendor se aproximou ainda mais. Logo nossos olhares se encontraram. O jeito como ele fala, já não é mais o mesmo. Agora é menos meigo e mais incisivo. Eu consigo interpretá-lo, é como se ele entrasse em um jogo comigo, no mesmo tabuleiro em que disponho as minhas vítimas. Mas não foi por indução, o elfo quis jogar por conta própria.

— E o que você sugere? — Uma pergunta capciosa, com expressões lânguidas.

Sem uma resposta verbal, o elfo contorna minha cintura com sua mão. Ele me puxa. Nossos corpos se chocam, por um momento posso sentir o seu calor. Ele está agitado, sedento. Porém, o ápice foi os seus lábios; o beijo que se sucedeu foi intenso, repentino. Meus olhos se fecharam e minhas mãos subiram aos ombros de Elendor.

— Entendi... — Sussurro assim que nossas bocas se desencontram.

Ergo uma mão entre nós, tateando o peitoral de Elendor e em seguida o empurrando para trás. Em meu rosto o elfo pode ver um sorriso malicioso. Então dou as costas, voltando para dentro do quarto, esperando que ele me siga.

Ao entrar, ele me encontraria sentada sobre a cama, passando as mãos pelos meus cabelos que ondulam-se como um tecido negro de seda. De pernas cruzadas, olhando para ele.

— E então, Elendor? — Minha voz ecoa, provoca um desejo iminente.

Considerações:

Elendor se aproxima. Sua perna invade as minhas, pondo-se bem ao meio. Seus toques me conduzem a ficar deitada sobre a cama, e enquanto ele se atira por cima de mim os seus lábios colam nos meus. Nos poucos segundos em que nossas bocas se desencontram ele provoca com palavras, proferidas através de uma voz rasteira. Então as mãos inquietas do elfo resvalam nos meus seios, fomentando suspiros calorosos quando seus dedos massageiam, rodeando meus mamilos, de um jeito delicado, porém firme.

Minha pulsação acelera. Mordo os lábios, consequentemente mordendo os dele também.

Noto que estou ficando à mercê do aventureiro. Não que seja ruim, só não é como quero deixar acontecer. Por conseguinte, escorro uma mão no seu peitoral, desatando as amarras de suas vestes, liberando seu corpo, e então passo de leve as pontas das minhas unhas sobre a sua pele. Leves arranhões vão descendo, dos peitos ao abdômen. Até meus dedos chegarem ao cós da calça. Com o indicador e o médio invado a roupa inferior, abrindo o zíper, e inclinando-se até sentir o que me interessa. Está ereto.

Paro os beijos, erguendo a nuca para deixar minha boca próxima ao seu ouvido. — Já está bem animado, hein? — Solto um sussurro provocativo, em tom malicioso.

Agarro seus ombros. Em uma ação mais bruta, empurro-o para o lado, forçando-o a se deitar, ao mesmo tempo em que me coloco por cima. Sento em seu colo, e com as pontas dos dedos em seu peitoral empurro o seu corpo contra a cama. Travo sua cintura com as minhas coxas. Agora o encaro com feições acintosas, lançadas através do meu olhar de ébano, subjugando suas íris peroladas. Nessa posição, onde nossas partes se encontram, consigo senti-lo latejando logo sob o meu íntimo.

— Você queria tirar o meu vestido, garoto? — Mordo os lábios, falando sorrateiramente. — Deixa que eu te ajudo.

Ponho as mãos na barra do vestido, começando a puxar a peça de roupa para cima. Aos poucos minha pele alva e quente vai sendo revelada. Das coxas à cintura, da cintura aos seios. Enquanto isso, inicio alguns movimentos com os quadris, rebolando vagarosamente sobre o seu colo. As pulsações vão se intensificando. Naturalmente começo a ficar úmida. Ele pode sentir através do atrito entre as nossas partes. Até que consigo retirar o vestido, atirando o traje de tecido negro para longe, restando apenas as roupas íntimas.

Não paro de me movimentar, ainda lentamente. Inclino o rosto quando o encaro mais uma vez, deixando os fios negros do meu cabelo escorrerem sobre os meus ombros, deslizando sobre os meus seios. Com as minhas mãos novamente livres, tateio o meu corpo, passeando em minhas curvas.

— Acha que aguenta?

Considerações: